Porto cubano fica à mercê do fim do embargo dos EUA
A estatal Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), junto com a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), comandou missão a Cuba, para ver se o Brasil poderia usar o porto de Mariel – financiado com US$ 1 bilhão do BNDES – como entreposto comercial. A própria Odebrecht – que participou da construção – fez parte da missão, além da gigante Ambev, da joint venture binacional de fumo Brascuba e até da Bauducco, conhecida apenas por seus panetones. Certamente, o porto será bem moderno – com tecnologia de Cingapura – e Cuba fica em frente ao maior mercado do mundo, que são os Estados Unidos.
No entanto, enquanto vigorar o embargo norte-americano, o investimento brasileiro será inútil. Mais do que isso, a Lei Helms-Burton impõe que empresa que negociar com Cuba não poderá vender para o mercado ianque. Assim, há obstáculos políticos a serem removidos antes de se pensar em usar Mariel, em Cuba, para vender para terceiros. Afinal, não vale a pena tanto esforço para exportar para o México e pequenos países da América Central ou Caribe. Segundo um analista do setor, o porto de Mariel equivaleria a se instalar um terminal em Campinas, sem poder vender para São Paulo. Um entreposto no Caribe, vetado para direcionar cargas para o maior mercado do mundo seria um gerador de prejuízos.
Já a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura, foi prática. Esteve no Canal do Panamá, que está para ser ampliado, e declarou que o novo canal será uma importante via de acesso dos produtos do agronegócio brasileiro à China. Com o uso de maiores navios, as mercadorias brasileiras poderão ser mais competitivas no segundo maior mercado do mundo.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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