LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 15 de junho de 2015

EXPORTAÇÃO AOS PAÍSES ÁRABES CRESCEU 12% EM MAIO


EXPORTAÇÃO AOS PAÍSES ÁRABES CRESCEU 12% EM MAIO




Houve avanço significativo nos embarques de produtos como açúcar, carne bovina congelada e soja. Desempenho coincide com o período de formação de estoques para o Ramadã.


As exportações do Brasil aos países árabes renderam US$ 1,1 bilhão em maio, um aumento de 12,4% sobre o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Houve crescimento expressivo nas vendas de alguns dos principais produtos da pauta, como açúcar (51,7%), soja (41,5%), carne bovina congelada (59,8%), óxidos de alumínio (64,7%), ouro (US$ 34 milhões, contra zero em maio de 2014) e farelo de soja (148%).

Sobre os alimentos, o diretor-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, comentou que o avanço decorre da necessidade no mundo árabe de formação de estoques para o período do Ramadã, mês do calendário islâmico em que os fiéis jejuam do nascer ao por do sol, mas é tradição a realização de grandes refeições coletivas à noite.

“No caso do açúcar, o consumo de doces é grande [neste período], e da carne, há preocupação em garantir o abastecimento”, observou Alaby. Em relação à soja, ele ressaltou que o mês coincide com o começo do embarque da safra 2014/2015.

O calendário muçulmano é lunar, portanto as datas religiosas e festivas são móveis em relação ao calendário gregoriano. Este ano, o Ramadã está previsto para começar em 18 de junho, mas em 2014 teve início em 28 de junho e com isso as importações destinadas ao período começaram mais cedo em 2015, e ainda deverão aparecer nas estatísticas do mês atual.

“Os primeiros dias de junho deverão registrar um volume grande de exportações de alimentos”, disse Alaby. Os dados relativos ao mês corrente, porém, só serão divulgados pelo MDIC em julho.

Sobre o ouro, importado exclusivamente pelos Emirados Árabes Unidos, o executivo cita também o Ramadã, pois é comum a troca de presentes, incluindo joias, no Eid Al-Fitr, feriado que marca o fim do período de jejum. O país é ainda um polo importante de comércio de metais preciosos, e objetos de ouro são bastante procurados no mundo árabe como investimentos.

Os Emirados e o Catar foram responsáveis pela totalidade das importações de óxidos de alumínio, insumo utilizado em diferentes setores da indústria.

Aumentaram os embarques também de produtos como chassis com motor para ônibus, pastas químicas de madeira, café solúvel e ferro fundido.

Entre os destinos, cresceram as vendas para a Arábia Saudita, Emirados, Egito e Argélia, que são os quatro maiores mercados do Brasil no mundo árabe, e também para a Tunísia, Iraque, Mauritânia, Síria, Palestina, Djibuti, Sudão e Somália. Caíram, porém, as exportações para Omã, Catar, Marrocos, Líbano, Jordânia, Kuwait, Iêmen, Líbia, Bahrein e Ilhas Comores.


Ano

O avanço das exportações ao mundo árabe em maio, porém, ainda não foi suficiente para reverter o quadro de baixa no acumulado do ano. De janeiro a maio, os embarques renderam pouco menos de US$ 4,7 bilhões, uma redução de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

Na outra mão, as importações brasileiras de produtos árabes somaram US$ 618 milhões em maio, um recuo de 43,7% em comparação com o mesmo mês de 2014. Nos cinco primeiros meses de 2015, as compras totalizaram pouco mais de US$ 2,6 bilhões, uma redução de 40,7% sobre o mesmo período do ano passado.

Os principais itens importados de janeiro a maio foram petróleo bruto, naftas, querosene de aviação, gás natural liquefeito e ureia. Os maiores fornecedores do Brasil no período foram a Arábia Saudita, Argélia, Catar, Emirados e Iraque.

Fonte: www.anba.com.br

http://www.exportnews.com.br/2015/06/exportacao-aos-paises-arabes-cresceu-12-em-maio/

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