Receita apura 400 empresas do Amazonas por sonegação

Receita apura 400 empresas do Amazonas por sonegação


No Amazonas, Fisco cobra R$ 78,3 milhões de pessoas jurídicas por diferenças na apuração.

Da Redação / portal@d24am.com


Manaus - A Delegacia da Receita Federal em Manaus apura a sonegação em 400 empresas do Amazonas que caíram na malha fiscal, após encontrar diferenças de R$ 78,3 milhões a menos do que deveria ter sido recolhido. Caso a empresa não quite seus débitos até fevereiro de 2016, a multa pode chegar a 225% e, em alguns casos, pode ser enviada representação ao Ministério Público Federal (MPF) por crime de sonegação fiscal.


O montante apurado pelo Fisco envolve a diferença entre os valores pagos de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e os valores informados na Declaração de Tributos e Contribuições Federais (DCTF) do ano-base de 2013.


A partir desta segunda-feira, a Receita colocou à disposição do contribuinte o extrato de sua situação através do e-CAC. Para regularizar sua situação fiscal, o contribuinte pode encontrar as orientações no site da Receita Federal com acesso por assinatura digital. O contribuinte não precisa se dirigir à unidade da Receita Federal e pode fazer as correções virtualmente. O Fisco também fez notificações para as empresas por meio de cartas.


No País, foram identificadas 15 mil empresas nesta segunda fase da malha fina, com indícios de sonegação de R$ 2 bilhões. Em fevereiro deste ano, o Fisco enviou 25,6 mil cartas a contribuintes relativas a divergências. Do total de R$ 7 bilhões detectados pela Receita na época, os empresários retificaram e pagaram R$ 6 bilhões por meio da autorregularização. Dos 13 mil que não se regularizaram, pouco mais de 1,3 mil têm declarações incorretas também neste segundo lote. A diferença de R$ 1 bilhão não regularizada no primeiro lote será cobrada em fevereiro de 2016, junto com o segundo lote da malha fiscal anunciado nesta segunda-feira.


“Neste primeiro momento, o objetivo é dar oportunidade para se autorregularizar em vez de punir com multas que podem chegar a 225%”, informou, em Brasília, o coordenador-geral de Fiscalização da Receita, Flávio Vilela Campos.

Segundo Campos, a Receita promoverá mais cruzamentos de dados em 2016 para elaborar mais listas de malha fina.


Auditores


Em um movimento por melhores salários e condições de trabalho, auditores da Receita estão se recusando a cadastrar no sistema as novas fiscalizações para 2016.


A ação poderá paralisar todas a fiscalização de grandes devedores, Imposto de Renda e outros, e a Receita iniciará 2016 sem ações programadas.


Além disso, os auditores que trabalham na aduana começarão amanhã, uma operação-padrão na liberação de cargas que chegam e saem do País, segundo informou o vice-presidente do Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), Kleber Cabral.


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