Greve em porto australiano pode derrubar exportações do país, diz BHP
SÃO PAULO - O presidente da divisão de minério de ferro da BHP Billiton, Jimmy Wilson, criticou nesta quarta-feira a possível greve planejada por trabalhadores de Port Hedland, complexo portuário localizado no oeste da Austrália. Para o executivo, uma paralisação traria graves consequências à balança comercial do país.
“Os embarques serão canceladas e quem vende ao exterior como nós teria custos adicionais de cerca de 100 milhões de dólares australianos [US$ 92,6 milhões] por mês”, reclamou. “Por consequência, o governo perderia milhões em tributos e royalties relacionados à exploração.”
O Sindicato do Setor Marítimo da Austrália (MUA, na sigla em inglês) planeja tomar ações para reivindicar melhores condições de trabalho no porto. A perspectiva de arrefecimento da oferta global de minério de ferro australiano — um dos maiores volumes do mundo — levantou a cotação da commodity no mercado internacional.
Os funcionários locais exigem reajuste salarial de 10% e bônus adicional baseado na produtividade de cada ano. “A MUA pede um aumento salarial inaceitável quando seus membros já estão entre os mais bem pagos do setor em todo o país. As demandas não são razoáveis”, afirmou Wilson.
Para o executivo, se o porto de fato ficar ocioso, a reputação internacional da Austrália seria arranhada. O diretor declarou também que é de melhor interesse do país que não haja a greve planejada.
(Fonte: Valor Econômico/Renato Rostás)
http://www.portosenavios.com.br/industria-naval-e-offshore/24328-greve-em-porto-australiano-pode-derrubar-exportacoes-do-pais-diz-bhp
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