Dirigível é construído para o uso no transporte de cargas no Brasil
Equipamento está sendo desenvolvido pela Airship; há expectativa de que seja homologado em 2017.
Foto: Cynthia Castro
Uma inovação exposta na 2ª TranspoAmazônia (Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística), em Manaus, tem chamado a atenção dos visitantes. O modelo de dirigível ADB-3-30 está sendo apresentado pela Airship do Brasil Indústria Aeronáutica. A proposta é usar esse meio de transporte para levar cargas entre diferentes estados brasileiros e também ao interior da região amazônica.
Na feira, há um modelo em escala de 1 por 10, em relação ao que está sendo construído há cerca de um ano e meio, em São Carlos (SP). Até o final de 2015 ou início de 2016, deve ficar pronta essa primeira unidade, e a expectativa é de que o processo de homologação ocorra dois anos depois, em 2017. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está acompanhando o desenvolvimento, o que deve dar mais agilidade aos trâmites necessários.
“Adotamos uma linha de desenvolvimento semelhante à de uma grande aeronave. Temos expectativa de que esse trabalho conjunto dê agilidade. Quando o dirigível estiver pronto, voando, deve demorar, no máximo, dois anos para certificar”, disse o diretor de relações estratégicas e institucionais da Airship do Brasil, Marcelo Felippes.
O ADB-3-30 tem capacidade para transportar de 30 a 52 toneladas e pode voar com uma velocidade de cruzeiro de 125 km/h a cerca de 1.200 pés (400 metros). A empresa não informou o valor total que está sendo investido no desenvolvimento, mas há um financiamento de R$ 110 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Uma das principais vantagens é que o dirigível permite aumentar o volume das cargas transportadas, desde que seja mantido o peso máximo permitido. Conforme destaca Felippes, ele não é um meio para se transportar grãos ou carvão mineral. Mas sim para levar produtos de alto valor agregado de um lugar a outro.
“Quando eu falo de 50 toneladas, me refiro a peso. Mas não tem problema com o volume. Em um avião, produtos como computador ou remédios ocupam muito volume e têm pouco peso. Então, o avião decola com 9 toneladas ou 6 toneladas, enquanto poderia decolar com 30 toneladas”, comentou o diretor de relações estratégicas e institucionais.
Segundo Felippes, futuramente, poderá se pensar em 125 toneladas de carga e depois em 250 toneladas. “Ele tem tecnologia de ponta, mas que se baseia em modelos de mais de cem anos, como o velho Zeppelin”, comentou.
O dirigível é movido a óleo diesel e no seu interior há gás hélio. São quatro motores a diesel e um motor elétrico. Nesse primeiro modelo, está sendo pensada uma operação entre Manaus e Goiânia em 23 horas de viagem. A tripulação terá três pessoas: dois pilotos e um mestre de cargas. Quando o dirigível chegar ao local de destino, também será necessário haver pessoas em terra para oferecer apoio, ajudando na aterrissagem e na retirada das cargas.
Outra vantagem apresentada pelo diretor de relações da Airship, é que o dirigível não precisa de pista de pouso. Há projetos em desenvolvimento de balsas para se fazer a operação de carga e descarga. “Mas eu posso sair de qualquer lugar do distrito industrial de Manaus e seguir para um lugar onde eu tenha espaço para pousar, em São Paulo, Goiânia, Brasília ou outra cidade.”
O dirigível também poderá ser útil para o transporte de cargas em áreas isoladas. Felippes disse ainda que haverá um trabalho conjunto com o Exército para atender à população do interior da Amazônia, especialmente na fronteira - não somente em relação aos produtos básicos para a sobrevivência, mas também para oferecer apoio médico e educacional. Como o equipamento não necessita de aeroporto, poderá ser útil em áreas de difícil acesso.
A Airship é especializada em desenvolver, fabricar, comercializar e operar aeronaves e soluções utilizando tecnologias mais leves que o ar (lighter than air – LTA). Está localizada em São Carlos e é uma empresa 100% nacional pertencente aos grupos Engevix e Transportes Bertolini.
Serviço: II TranspoAmazônia - Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística
Data: até sexta-feira (23.5)
Local: Studio 5 Centro de Convenções, Manaus (AM)
Mais informações: http://www.fetramaz.com.br/transpoamazonia/site/
Agência CNT de Notícias
http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?noticia=transpoamazonia-manaus-dirigivel-transporte-cargas-airship-22052014
Uma inovação exposta na 2ª TranspoAmazônia (Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística), em Manaus, tem chamado a atenção dos visitantes. O modelo de dirigível ADB-3-30 está sendo apresentado pela Airship do Brasil Indústria Aeronáutica. A proposta é usar esse meio de transporte para levar cargas entre diferentes estados brasileiros e também ao interior da região amazônica.
Na feira, há um modelo em escala de 1 por 10, em relação ao que está sendo construído há cerca de um ano e meio, em São Carlos (SP). Até o final de 2015 ou início de 2016, deve ficar pronta essa primeira unidade, e a expectativa é de que o processo de homologação ocorra dois anos depois, em 2017. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está acompanhando o desenvolvimento, o que deve dar mais agilidade aos trâmites necessários.
“Adotamos uma linha de desenvolvimento semelhante à de uma grande aeronave. Temos expectativa de que esse trabalho conjunto dê agilidade. Quando o dirigível estiver pronto, voando, deve demorar, no máximo, dois anos para certificar”, disse o diretor de relações estratégicas e institucionais da Airship do Brasil, Marcelo Felippes.
O ADB-3-30 tem capacidade para transportar de 30 a 52 toneladas e pode voar com uma velocidade de cruzeiro de 125 km/h a cerca de 1.200 pés (400 metros). A empresa não informou o valor total que está sendo investido no desenvolvimento, mas há um financiamento de R$ 110 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Uma das principais vantagens é que o dirigível permite aumentar o volume das cargas transportadas, desde que seja mantido o peso máximo permitido. Conforme destaca Felippes, ele não é um meio para se transportar grãos ou carvão mineral. Mas sim para levar produtos de alto valor agregado de um lugar a outro.
“Quando eu falo de 50 toneladas, me refiro a peso. Mas não tem problema com o volume. Em um avião, produtos como computador ou remédios ocupam muito volume e têm pouco peso. Então, o avião decola com 9 toneladas ou 6 toneladas, enquanto poderia decolar com 30 toneladas”, comentou o diretor de relações estratégicas e institucionais.
Segundo Felippes, futuramente, poderá se pensar em 125 toneladas de carga e depois em 250 toneladas. “Ele tem tecnologia de ponta, mas que se baseia em modelos de mais de cem anos, como o velho Zeppelin”, comentou.
O dirigível é movido a óleo diesel e no seu interior há gás hélio. São quatro motores a diesel e um motor elétrico. Nesse primeiro modelo, está sendo pensada uma operação entre Manaus e Goiânia em 23 horas de viagem. A tripulação terá três pessoas: dois pilotos e um mestre de cargas. Quando o dirigível chegar ao local de destino, também será necessário haver pessoas em terra para oferecer apoio, ajudando na aterrissagem e na retirada das cargas.
Outra vantagem apresentada pelo diretor de relações da Airship, é que o dirigível não precisa de pista de pouso. Há projetos em desenvolvimento de balsas para se fazer a operação de carga e descarga. “Mas eu posso sair de qualquer lugar do distrito industrial de Manaus e seguir para um lugar onde eu tenha espaço para pousar, em São Paulo, Goiânia, Brasília ou outra cidade.”
O dirigível também poderá ser útil para o transporte de cargas em áreas isoladas. Felippes disse ainda que haverá um trabalho conjunto com o Exército para atender à população do interior da Amazônia, especialmente na fronteira - não somente em relação aos produtos básicos para a sobrevivência, mas também para oferecer apoio médico e educacional. Como o equipamento não necessita de aeroporto, poderá ser útil em áreas de difícil acesso.
A Airship é especializada em desenvolver, fabricar, comercializar e operar aeronaves e soluções utilizando tecnologias mais leves que o ar (lighter than air – LTA). Está localizada em São Carlos e é uma empresa 100% nacional pertencente aos grupos Engevix e Transportes Bertolini.
Serviço: II TranspoAmazônia - Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística
Data: até sexta-feira (23.5)
Local: Studio 5 Centro de Convenções, Manaus (AM)
Mais informações: http://www.fetramaz.com.br/transpoamazonia/site/
Agência CNT de Notícias
http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?noticia=transpoamazonia-manaus-dirigivel-transporte-cargas-airship-22052014
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