LEGISLAÇÃO

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

BALANÇA COMERCIAL


DÉFICIT DE US$ 4,06 BILHÕES EM JANEIRO; O PIOR DE TODOS OS MESES

A balança comercial brasileira iniciou este ano no vermelho, registrando um saldo negativo de US$ 4,06 bilhões em janeiro – o pior resultado já apurado em todos os meses, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Até o momento, o pior resultado mensal da história havia sido justamente janeiro de 2013, quando foi registrado um déficit comercial (compras do exterior maiores do que vendas externas) de US$ 4,04 bilhões. A série histórica do Ministério do Desenvolvimento tem início em 1994 e, do Banco Central, em 1959. Em ambas as séries, o resultado de janeiro é o maior déficit mensal já registrado em um mês fechado.

Em janeiro deste ano, ainda de acordo com dados oficiais, as exportações somaram US$ 16,02 bilhões, com média diária de US$ 728 milhões, uma queda de 0,9% na comparação com igual período do ano passado.

As importações totalizaram US$ 20,08 bilhões, o equivalente a US$ 912 milhões por dia útil, aumento de 5,3% sobre janeiro de 2013. Com isso, as compras do exterior bateram recorde para meses de janeiro.



Resultado de 2013

Em todo ano passado, a balança comercial brasileira registrou um superávit (exportações menos importações) de US$ 2,56 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 2000 – quando houve déficit de US$ 731 milhões.

De acordo com o governo, a piora do resultado comercial do ano passado aconteceu, principalmente, por conta da manutenção de plataformas de petróleo no Brasil, que resultou na queda da produção ao longo de 2013, e pelo aumento da importação de combustíveis para atender à demanda da economia brasileira.

Os dados oficiais mostram, porém, que o saldo comercial do ano passado só foi positivo por conta da “exportação” de plataformas de petróleo que, na realidade, nunca deixaram o Brasil. Essas operações somaram US$ 7,73 bilhões em 2013.

As plataformas foram compradas de fornecedores brasileiros por subsidiárias (empresas que têm o capital de outras) no exterior de companhias como a Petrobras e depois “internalizadas” no país como se estivessem sendo “alugadas”, mesmo sem saírem fisicamente do Brasil. Com isso, as empresas do setor recolhem menos tributos.

Expectativa para 2014

A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, é de melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 8,25 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.

A autoridade monetária, por sua vez, estima um saldo comercial positivo de US$ 10 bilhões para 2014, com exportações em US$ 255 bilhões e compras do exterior em US$ 245 bilhões.

Segundo economistas, o melhor desempenho da economia mundial, conjugado com a alta do dólar, em comparação com o preço médio de 2013, tende a impulsionar as exportações brasileiras neste ano e a frear um pouco o ímpeto das compras do exterior.

Das Agências e do G1

http://www.exportnews.com.br/2014/02/balanca-comercial-deficit-de-us-406-bilhoes-em-janeiro-o-pior-de-todos-os-meses/

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