Calçadistas buscam liberação de cargas retidas
Empresários pressionam por uma solução para os 700 mil pares de calçados parados na fronteira com a Argentina
GABINETE DEPUTADO RENATO MOLLING/DIVULGAÇÃO/JC
Uma comitiva de entidades do setor e lideranças políticas reuniu-se ontem no MDIC
Uma comitiva de calçadistas e lideranças políticas e setoriais foi recebida ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em Brasília. Em pauta, novamente, a Argentina. Na oportunidade, o titular do MDIC reiterou o discurso da semana passada, quando em encontro com a nova equipe econômica do governo argentino, sentiu a “boa vontade” na resolução do problema que já acumula mais de 700 mil pares de calçados brasileiros já negociados impedidos de entrar no país vizinho por conta das burocracias na concessão das licenças para importação.
Na oportunidade, Pimentel ressaltou que o governo argentino reconhece a situação do comércio bilateral entre os dois países, mas que existe uma preocupação muito grande com o superávit brasileiro na balança comercial dos vizinhos “O ministro repassou que existe a disposição de dar um novo ritmo às importações brasileiras”, contou o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein.
O executivo apontou, ainda, para a importância do retorno da previsibilidade nos negócios, lembrando a Comissão de Monitoramento do Comércio Bilateral entre os dois países, mecanismo que estabelecia uma cota de 15 milhões de pares de calçados brasileiros a serem importados anualmente para lá, iniciativa desativada há quatro anos. “A comissão funcionava muito bem, especialmente porque existia uma sinergia entre os governos e os empresários”, destacou Klein. A ideia foi acatada pelo ministro Pimentel, que irá levar o assunto para Buenos Aires.
Os calçadistas reiteraram a importância da liberação dos pares retidos e que já provocam um prejuízo imediato de US$ 13 milhões. Apesar de não apontar data para a liberação, o titular do MDIC destacou que o prazo solicitado pela nova equipe econômica já passou e que entrará em contato com os representantes da Casa Rosada até o final desta semana para ter uma posição efetiva.
O ministro ressaltou, ainda, que os governos dos dois países poderão organizar missões empresariais de intercâmbio de informações comerciais, o que poderia criar um ambiente de conversação interessante para a manutenção das boas relações. As primeiras missões devem ocorrer a partir de janeiro do próximo ano.
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