OMC FECHA ACORDO E CONSEGUE DESTRAVAR RODADA DE DOHA
Apesar da resistência inicial de países como Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua, a Organização Mundial do Comércio (OMC) conseguiu desbloquear, neste sábado (07/12), a Rodada de Doha, série de negociações parada desde 2008.
“Desta vez houve consenso entre todos os membros”, anunciou o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo.
Os defensores do pacto afirmam que ele pode injetar na economia mundial US$ 1 trilhão. Porém, grupos antiglobalização não poupam críticas ao acordo porque, segundo eles, beneficiará principalmente as grandes corporações.
Além disso, Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua resistiam ao acordo, por considerarem que o bloqueio dos EUA aos cubanos não poderia existir em um contexto de flexibilização do comércio mundial. No entanto, acabaram cedendo e aprovaram a resolução.
Os ministros e representantes dos 159 países-membros da OMC presentes em Bali, onde se realiza uma conferência do órgão, vão emitir a declaração final e terminar a reunião um dia mais tarde do que o previsto, devido às intensas negociações realizadas nas últimas horas.
A reunião terminou atrasada, também por conta da posição da Índia, que afirmou que não negociaria questões que envolvessem segurança alimentar e eventuais subsídios que fossem necessários para políticas do gênero. Na sexta (06/12) à noite, no entanto, Azevêdo apresentou aos presentes na conferência ministerial uma minuta que convenceu Nova Délhi.
“Encomendamos ao Comitê de Negociações Comerciais que prepare um programa de trabalho, nos próximos 12 meses, claramente definido sobre as questões restantes do Programa de Doha para o Desenvolvimento”, diz a minuta aprovada pela conferência ministerial.
O Programa de Doha para o Desenvolvimento – também conhecido como Rodada de Doha – surgiu na capital do Catar em 2001 com o objetivo de liberalizar o comércio entre os países-membros da OMC e está estagnado desde 2008.
(*) Com Efe
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