Exportações de trading companies somam US$ 13,654 bilhões até julho
Brasília – Nos primeiros sete meses de 2013, as exportações brasileiras realizadas via trading companies somaram US$ 13,654 bilhões e as importações do segmento foram de US$ 2,462 bilhões. Com isso, a corrente de comércio do setor totalizou US$ 16,116 bilhões e o saldo positivo alcançou US$ 11,191 bilhões.
Em relação ao total vendido pelo Brasil ao exterior no período (US$ 135,231 bilhões), as exportações das empresas trading companiesrepresentaram 10,1%. Já em relação ao total importado pelo país até junho (US$ 140,221 bilhões), a participação foi de 1,8%.
No comparativo com o mesmo período de 2012, as vendas brasileiras dessa categoria de empresas (US$ 14,185 bilhões) recuaram 3,7% e as aquisições (US$ 2,960 bilhões) diminuíram 16,8%. O saldo entre janeiro e julho do ano passado foi de US$ 11,226 bilhões e houve redução de 14% em relação ao mesmo período deste ano. A corrente de comércio foi de US$ 17.145 bilhões, em 2012, e retrocedeu 6%.
Mercados
O principal mercado de destino das exportações brasileiras do segmento, no semestre, foi a China, com vendas de US$ 5,877 bilhões, representando 43,1% do total exportado. Na sequência, apareceram: Japão (US$ 1,159 bilhão, participação de 8,5%), Países Baixos (US$ 752,1 milhões, 5,5%), Coreia do Sul (US$ 729 milhões, 5,3%) e Alemanha (US$ 524,9 milhões, 3,8%).
No acumulado até julho, a China é também o principal mercado fornecedor das empresas trading companies brasileiras, com transações de US$ 536,5 milhões, valor equivalente a 21,8% das compras totais. Na segunda posição está a Argentina (US$ 469,8 milhões, participação de 19,1%), seguida por Estados Unidos (US$ 390,6 milhões, 15,9%), Reino Unido (US$ 205,2 milhões, 8,3%) e México (US$ 148,1 milhões, 6%).
Produtos
As exportações de produtos básicos responderam por 88,1% do valor exportado por essa categoria de empresas. Nesta pauta, destacaram-se: minério de ferro (US$ 7,936 bilhões, participação de 58,1% do total exportado), soja em grão (US$ 2,822 bilhões, 20,7%), milho em grão (US$ 582,2 milhões, 4,3%), farelo de soja (US$ 360,1 milhões, 2,6%), e carne de frango (US$ 180 milhões, 1,3%).
No conjunto dos industrializados (11,9%), os bens manufaturados representaram 8,5% da pauta e os semimanufaturados, 3,4%. Os principais produtos industrializados vendidos, no período, foram: suco de laranja congelado (US$ 403,6 milhões, 3%), açúcar em bruto (US$ 370,7 milhões, 2,7%), café solúvel (US$ 110,4 milhões, 0,8%), suco de laranja não congelado (US$ 100,2 milhões, 0,7%), e açúcar refinado (US$ 72,5 milhões, 0,5%).
Na pauta de importação das trading companies, os bens industrializados representaram 98,2% (93,8% de manufaturados e 4,4% de semimanufaturados) e os produtos básicos corresponderam 1,8%. Os bens mais adquiridos pelo setor no semestre foram: automóveis de passageiros (US$ 870,8 milhões, participação de 35,4% do total importado), aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular (US$ 171,0 milhões, 7%), pneumáticos (US$ 116 milhões, 4,7%), máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 106,1 milhões, 4,3%), e máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 84 milhões, 3,4%).
Trading companies
As vendas ao exterior por intermédio das empresas trading companies são classificadas como exportações indiretas e são equiparadas às exportações diretas no aspecto fiscal. Elas apresentam vantagens, principalmente, para o pequeno e médio produtor nacional que não dispõem de uma estrutura própria dedicada às operações de comércio exterior.
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