'La Nación': Brasil e barreiras tarifárias afetam comércio exterior argentino
Exportações argentinas caíram 18% em janeiro e as importações, 19%
Durante o mês de janeiro foi estabelecido um limite muito estreito às importações industriais. Houve poucos dias em que se liberaram as declarações juradas antecipadas de importação (DJAI), mas isso não foi suficiente para que se prolongasse até o mês seguinte a fluidez comercial. A combinação da queda dos valores exportados, o esquema administrativo do BCRA, a Secretaria de Comercio e também a AFIP juntaram forças para conseguir um saldo positivo, que chegou a 4,221 bilhões de dólares.
"O crescimento do superávit comercial se deu por uma repressão muito forte às importações, que incidiram muito durante o mês de janeiro", disse o economista Mauricio Claverí de Abeceb.com, que explicou que se deixaram entrar importações "com conta-gotas" pela forte pressão por parte do BCRA. "A esse panorama se somou a queda da atividade e a recessão que vem como herança do ano passado", acrescentou.
Quanto aos setores, Claverí explicou que o industrial é o mais comprometido tanto para a importação quanto para a exportação. E acrescentou que "a queda ininterrupta das exportações já tem mais de dois anos, sobretudo pela agravada perda de competitividade". Porém, o comércio do Brasil passou (e passa) por um mau momento e não consegue reagir "Sua demanda diminuiu e é nosso principal mercado das exportações", disse Claverí.
Por outro lado, Elizondo atribuiu a queda das exportações ao fato de que os produtos manufaturados na Argentina são vendidos a países latino-americanos que estão em um momento de apreciação do dólar em relação a suas moedas locais, e não acham competitivos os preços argentinos. "Excluindo a indústria automotiva, o problema mais claro está em que os custos de produção na Argentina medidos em dólares são muito altos e se torna muito difícil competir com outros mercados", acrescentou.
"As exportações apenas conseguiram alcançar os US$ 4,294 bilhões em janeiro, o valor mais baixo desde 2010. No que se refere a destinos, as maiores quedas corresponderam aos valores dos envios de bens ao Mercosul (-25%), Chile (-35%) e a União Europeia (-19%)", conclui a matéria do La Nación.
http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2015/02/25/la-nacion-brasil-e-barreiras-tarifarias-afetam-comercio-exterior-argentino/
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