Calado do porto de Santos é reduzido
Portos e Logística
Duraram pouco os benefícios da dragagem do porto de Santos, obra que recebeu uma verba de R$ 200 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No início desta semana, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) reduziu em quase um metro o calado máximo operacional permitido na entrada do porto, o chamado trecho 1 - o que impacta a movimentação em todo o canal. O motivo é o assoreamento.
Com a limitação, o calado máximo dos navios que acessam Santos caiu de 13,2 metros para 12,3 metros. Na maré cheia, é permitido o acréscimo de um metro. Cada centímetro é importante na navegação: para um navio que transporta 70 mil toneladas de grãos, por exemplo, um centímetro pode acomodar 70 toneladas. "Significará um aumento de 10% no valor do frete do navio", diz o presidente do conselho de administração da Logz Logística, Nelson Carlini.
Em carta à Capitania dos Portos de São Paulo, a Codesp disse que iniciará "o mais brevemente possível a dragagem de manutenção do trecho 1". A estatal afirmou que está tomando as providências para eliminar em até 15 dias os pontos críticos de assoreamento no trecho.
Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires | Para o Valor, de Santos
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