PORTO DE SANTOS BATE NOVO RECORDE DE MOVIMENTAÇÃO EM 2015
Em 12 anos, o Porto de Santos praticamente dobrou sua movimentação de cargas. Superando as projeções da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária), o cais fechou 2015 com a operação recorde de 119,9 milhões de toneladas de mercadorias. Em 2003, o volume foi de 60,1 milhões de toneladas.
Até o final do mês passado, a estimativa da estatal que administra o cais santista era de que 119 milhões de toneladas de cargas passariam pelo complexo entre janeiro e dezembro do ano passado.
A marca alcançada em 2015 é 7,9% superior ao movimento do cais santista em 2014, quando 111,1 milhões de toneladas entraram ou saíram do País pelos terminais da região. No ano passado, as exportações cresceram 14,4%, impulsionadas, principalmente, pelo escoamento do agronegócio brasileiro.
O açúcar (tanto em sacas, como em contêineres e solto), que detém a posição de carga mais movimentada no Porto, atingiu 18,1 milhões de toneladas, superando em 5,3% as operações no ano anterior. Em 2014, o volume foi de 17,2 milhões de toneladas.
Na sequência, os embarques do complexo soja, que reúnem as variações em grãos e farelo da commodity, chegaram a 17,7 milhões de toneladas. A variação é de 7,9% em relação às 16,4 milhões de toneladas movimentadas em 2014.
Mas o crescimento mais significativo foi o do milho, que teve um aumento de 76% nos embarques. Em 2015, foram 15,7 milhões de toneladas exportadas. No ano anterior, foram 8,9 milhões de toneladas.
Destacaram-se, também, os embarques de álcool, que atingiram 1,6 milhão de toneladas, 39,7% acima do volume registrado em 2014, 1,1 milhão de toneladas. O café em grãos registrou crescimento de 6,3% e atingiu a marca de 1,6 milhão de toneladas, enquanto no ano anterior, foram 1,5 milhão de toneladas do produto.
Já as importações registraram queda de 6,4%. De 34,5 milhões de toneladas desembarcadas no Porto em 2014, apenas 32,3 milhões de toneladas chegaram ao País pelo cais santista em 2015.
Conforme a Docas, essa queda resultou do declínio na operação de sete dentre as dez cargas de maior movimentação nesse fluxo. Os desembarques de adubo, por exemplo, registraram queda de 30% e alcançaram 2,4 milhões de toneladas. O volume é 1 milhão de toneladas menor do que a movimentação da carga em 2014.
Os desembarques de carvão também caíram fortemente. Em 2015, foram 978.682 operadas, 36,7% a menos do que o volume de 1,5 milhão de toneladas no ano anterior.
Minério de ferro e trigo seguiram na mesma linha de retração. A primeira carga teve uma redução de 44,1%, enquanto a segunda, de 55%, em 2015.
Contêineres
O Porto de Santos movimentou 2,4 milhões de contêineres em 2015. Em TEU (unidade equivalente a um cofre de 20 pés), a marca foi de 3,7 milhões, um aumento de 2,6% em relação aos 3, 6 milhões de TEU que entraram ou saíram do País pelo complexo santista em 2014.
A média de tonelagem das cargas operadas por navio (consignação média) cresceu 8,7%. Isto gnifica uma maior produtividade, pois enquanto a tonelagem cresceu 7,9%, o número de navios reduziu 0,9%, refletindo em mais cargas movimentadas em uma quantidade menor de navios. Em 2015, 5.144 embarcações atracaram no cais santista.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Industria e Comércio Exterior (Mdic), a participação do Porto no comércio internacional brasileiro em 2015 foi de 27,3%, o equivalente a US$ 99 bilhões. Em 2014, chegou a 25,6%, US$ 116,1 bilhões.
Nas exportações, a participação de Santos somou 26,5%, com US$ 40,8 bilhões, contra 25,6%, US$ 57,7 bilhões, em 2014. Já nas importações, o índice chegou a 28,2%, o equivalente a US$ 48,3 bilhões, contra 25,5% em 2014, US$ 58,4 bilhões.
Uma parcela de 13,9% dos embarques efetuados em Santos teve como destino a China. Outros 13,2%, os Estados Unidos, e 6%, a Argentina. Já as descargas tiveram como origem a China (21,2%), os Estados Unidos (16%) e a Alemanha (9,4%).
Na exportação, as três cargas mais movimentadas quanto ao valor foram a soja (para a China, a Tailândia e a Coreia do Sul), o café em grãos (Estados Unidos, Alemanha e Itália) e o açúcar (China, Bangladesh e Índia). Na importação, ganharam destaque inseticidas (vindo dos Estados Unidos, da Bélgica e da França), caixas de marchas (Japão, Coreia do Sul e Indonésia) e fungicidas (França, Reino Unido e Estados Unidos).
Fonte: A Tribuna
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