LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Superávit da balança comercial passa de US$ 5 bilhões na parcial do ano




Superávit da balança comercial passa de US$ 5 bilhões na parcial do ano


As vendas externas superaram as importações, resultando em superávit da balança comercial brasileira, em US$ 5,33 bilhões no acumulado deste ano, até este domingo (9), informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta segunda-feira (10). Na parcial até julho, o saldo estava positivo em US$ 4,59 bilhões.

Com isso, houve melhora frente ao mesmo período do ano passado, quando foi contabilizado um déficit das transações comerciais do Brasil com o exterior de US$ 783 milhões.


Na parcial de 2015, as exportações somaram US$ 116,76 bilhões, com média diária de US$ 778 milhões (queda de 15,6% sobre o mesmo período do ano passado). As importações, por sua vez, somaram US$ 111,43 bilhões, ou US$ 742 milhões por dia útil, uma queda de 19,9% em relação ao mesmo período de 2014.

De acordo com dados oficiais, a melhora do saldo comercial, no acumulado deste ano, está relacionada com o aumento de vendas externas de minério de ferro e de trigo, além do baixo ritmo da atividade econômica – que tem gerado queda das importações – e também, do recuo do preço do petróleo. Como o Brasil mais importa do que vende petróleo ao exterior, a queda do preço favorece a melhora do saldo comercial do país.

Começo de agosto
Na primeira semana de agosto, ainda de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, a balança comercial teve um superávit (exportações menos importações) de US$ 726 milhões.

No período, as exportações somaram US$ 3,9 bilhões, com média diária de US$ 781 milhões, e queda de 19,8% sobre agosto do ano passado, ao mesmo tempo em que as compras do exterior totalizaram US$ 3,18 bilhões, ou US$ 636 milhões por dia útil – o que representa um recuo de 30,8% sobre o mesmo mês de 2014.

Nas exportações, a queda de 19,8% se deve ao recuo das vendas de produtos manufaturados (-24,4%) e básicos (-22,6%), ao mesmo tempo em que cresceram as vendas de semimanufaturados (+8,9%). Já no caso das importações, caíram os gastos com combustíveis e lubrificantes (-78%), adubos e fertilizantes (-31,6%), farmacêuticos (-28,1%), siderúrgicos (-26,1%) e aparelhos eletroeletrônicos (-24%), entre outros.

Resultado de 2014
Em 2014, a balança comercial brasileira teve déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 3,93 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 1998, quando houve saldo negativo de US$ 6,62 bilhões. Também foi o primeiro déficit comercial desde o ano 2000, quando as compras do exterior ficaram US$ 731 milhões acima das exportações.

De acordo com o governo, a piora do resultado comercial no ano passado aconteceu, principalmente, por conta da queda no preço das “commodities” (produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos, por exemplo); pela crise econômica na Argentina – país que é um dos principais compradores de produtos brasileiros – e pelos gastos do Brasil com importação de combustíveis.

Estimativas do mercado e do BC para 2015
A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 7,7 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.

Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 3 bilhões para 2015, com exportações em US$ 200 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 197 bilhões.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, declarou recentemente que os resultados parciais da balança comercial brasileira indicam que o saldo do ano de 2015 fechado pode ficar superavitário (exportações menos importações) em um valor entre 8 bilhões e US$ 10 bilhões, informou o governo.

Fonte: G1 Economia

http://www.conews.com.br/superavit-da-balanca-comercial-passa-de-us-5-bilhoes-na-parcial-ano/

Nenhum comentário: