Os 32 Mercados Prioritários para o Comércio Exterior Brasileiro segundo o PNE – TURQUIA
Da Redação
Brasília – O governo brasileiro lançou no mês passado o Plano Nacional de Exportações (PNE), com o objetivo de fomentar as vendas de bens e serviços brasileiros no exterior, com foco na ampliação, diversificação, consolidação e agregação de valor e de intensidade tecnológica. O PNE lista um grupo de 32 países considerados Mercados Prioritários para as exportações brasileiras.
O portal Comexdobrasil.com começa a publicar hoje, pela Turquia, uma série de matérias sobre cada um desses países que ocuparão, cada vez mais, lugar de destaque entre os parceiros preferenciais do comércio exterior brasileiro.
Com uma população de 75 milhões de habitantes (2013), Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 1,508 trilhão (estimativa para 2014) e um PIB per capita de US$ 19,610,44 (estimativa 2014), a Turquia tem uma economia pujante e em ritmo acentuado de crescimento. A expectativa para 2015 é de um crescimento da ordem de 3,15% e de 3,60%, segundo previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Economist Intelligence Unit (EUI).
Em 2014, o fluxo de comércio exterior da Turquia totalizou US$ 400 bilhões, com exportações no montante de US$ 158 bilhões e importações no total de US$ 242 bilhões, o que gerou um saldo negativo de US$ 85 bilhões.
Por outro lado, o ranking dos maiores exportadores para a Turquia foi liderado pela Rússia (US$ 25,3 bilhões), seguida pela China (US$ 24,9 bilhões), Alemanha (US$ 22,4 bilhões), Estados Unidos (US$ 12,7 bilhões), Itália (US$ 12,1 bilhões), Irã (US$ 9,8 bilhões), França (US$ 8,1 bilhões), Coreia do Sul (US$ 7,5 bilhões), Índia (US$ 6,9 bilhões) e Espanha (US$ 6,1 bilhões. Ocupando a trigésima posição entre os maiores exportadores para a Turquia, o Brasil exportou para aquele país mercadorias no montante de US$ 1,7 bilhão.
A composição da pauta exportadora da Turquia em 2014 foi integrada, entre outros itens, por automóveis (US$ 18,1 bilhões), máquinas mecânicas (US$ 13,6 bilhões), vestuário de malha (US$ 10 bilhões), máquinas elétricas (US$ 9,7 bilhões), ferro e aço (US$ 9,3 bilhões), ouro e pedras preciosas (US$ 7,7 bilhões), obras de ferro ou aço (US$ 6,4 bilhões), vestuário exceto de malha (US$ 6,2 bilhões), combustíveis (US$ 6,1 bilhões) e plásticos (US$ 6,1 bilhões).
A relação dos produtos importados pela Turquia foi liderada pelos combustíveis (US$ 54,9 bilhões) e seguida por máquinas mecânicas (US$ 28,1 bilhões), máquinas elétricas (US$ 18 bilhões), ferro e aço (US$ 17,6 bilhões), automóveis (US$ 15,7 bilhões), plásticos (US$ 14,2 bilhões), ouro e pedras preciosas (US$ 8,1 bilhões), químicos orgânicos (US$ 5,8 bilhões), instrumentos de precisão (US$ 4,9 bilhões) e farmacêuticos (US$ 4,4 bilhões).
Comércio bilateral
A participação brasileira no comércio exterior da Turquia está distante da condição que o país ostenta como sétima maior economia mundial. Em 2010, essa participação foi de apenas 0,56% de todo o volume (US$ 185,5 bilhões) importado pela Turquia e em 2014 caiu ainda mais, para 0,54% de importações no total de US$ 242 bilhões. Na outra ponta, as importações brasileiras originárias da Turquia oscilaram entre 0,58% de USS 656 milhões em 2010 e 0,56% de US$ 882 milhões em 2014
De janeiro a julho deste ano, as exportações brasileiras para a Turquia tiveram um aumento de 16,95% e somaram US$ 770 milhões. No mesmo período, a Turquia exportou para o Brasil mercadorias no total de US$ 382 milhões, resultando num superávit brasileiro no total de US$ 387 milhões.
Liderada por outros produtos semimanufaturados de ferro/aço no total de US$ 119 milhões, a pauta exportadora para a Turquia tem composição fortemente concentrada em produtos básicos. Entre os principais itens se destacam minérios de ferro (US$ 95 milhões), café não torrado (US$ 65 milhões), algodão debulhado (US$ 44 milhões), fumo não manufaturado (US$ 41 milhões) e soja (US$ 37 milhões).
À exceção de avelãs (US$ 18 milhões), as exportações turcas para o Brasil englobam essencialmente produtos manufaturados ou semimanufaturados. Entre os principais itens vendidos ao Brasil nos sete primeiros meses deste ano se destacaram barras de ferro/aço laminadas a quente (US$ 71 milhões), outras partes e acessórios de carroçarias para veículos (US$ 16 milhões), fio de fibras artificiais (US$ 11 milhões), outras rodas, suas partes e acessórios para automóveis (US$ 10 milhões), fio-máquina de ferro/aço, dentado (US$ 8 milhões).
Na avaliação de especialistas do MDIC, as perspectivas de ampliação do fluxo comercial entre o Brasil e a Turquia são expressivas e com a implantação do Plano Nacional de Exportações, o Ministéri e a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) vão promover uma série de ações visando gerar novas oportunidades de negócios para o empresariado brasileiro junto àquele importante mercado.
Especial atenção deverá ser dispensada também ao mercado da Turquia no setor de serviços. Em 2013, a Turquia realizou importação global de serviços no valor de US$ 22,19 bilhões. No ano seguinte, as exportações brasileiras de serviços para o mercado turco totalizaram pouco mais de US$ 16 milhões.
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