LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 28 de julho de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 28/07/2011

Cai o ritmo de importações no ano
No primeiro semestre, o volume importado total aumentou 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

As importações de bens de capital e de bens de consumo duráveis crescem menos neste ano do que em 2010, mas o ritmo de alta ainda é expressivo, bastante superior ao dos bens intermediários. O momento positivo do investimento explica o aumento expressivo das compras de bens de capital, enquanto o consumo ainda razoável mantém forte as importações de bens duráveis, como automóveis e eletroeletrônicos, especialmente num quadro de real forte.
De janeiro a junho, as compras de bens de capital aumentaram 26% sobre igual período de 2010. É menos que os 39,8% no ano passado, mas ainda assim uma alta expressiva. O economista Fabio Ramos, da Quest Investimentos, diz que o investimento ainda tem perspectivas favoráveis, mantendo elevada a demanda por máquinas e equipamentos importados.

O dólar barato, segundo ele, joga um papel importante aí, fazendo produtores nacionais desses bens perderem espaço para os produtos estrangeiros. De janeiro a maio (dado mais recente para indústria), a produção local de bens de capital cresceu 6,4% sobre igual período de 2010, um ritmo muito inferior aos 26% das compras externas no primeiro semestre, o que evidencia que as importações continuam ganhar espaço no mercado interno.O economista-chefe da Funcex, Fernando Ribeiro, diz que a influência do câmbio é ainda maior no caso dos bens duráveis, cujas importações ainda aumentaram 33,7% no primeiro semestre, ainda que menos que os quase 50% do ano passado. Aí também fica clara a perda de espaço do produto nacional para o importado, já que a fabricação local de bens duráveis cresceu 2,3% nos cinco primeiros meses do ano. Para Ramos, as medidas macroprudenciais, que restringiram o crédito, contribuíram para moderar a alta das importações neste ano, por levar a alguma desaceleração do consumo.
O tombo mais expressivo do ritmo de crescimento foi das importações de combustíveis. De janeiro a junho, a alta foi de apenas 0,6%, muito abaixo dos 26% de 2010. O presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, diz que é difícil explicar esse movimento, porque as compras desses produtos mostram muita volatilidade, dependendo basicamente da política de uma empresa - a Petrobras.
Ribeiro, que também ressalta a forte oscilação desses números, atribui à atividade mais fraca da indústria algum peso na redução da demanda por combustíveis importados. Além disso, há uma tendência de, pelo menos nesse mercado, a produção local ganhar gradualmente espaço da estrangeira.
Valor Econômico




Comércio Brasil-Argentina deve superar US$ 40 bi em 2011
Valor supera o recorde do ano passado, de US$ 30 bilhões.

Apesar das restrições comerciais entre a Argentina e o Brasil, o comércio bilateral deve passar de US$ 40 bilhões em 2011, superando o recorde dos US$ 30 bilhões verificados no ano passado. As estimativas são do embaixador brasileiro em Buenos Aires, Enio Cordeiro, que se mostrou otimista com a relação entre os dois maiores sócios do Mercosul, mesmo com queixas comerciais de ambos os lados.

— Não se pode negar que as barreiras afetam, mas não tem que dramatizar esses problemas do comércio porque, de maneira geral, estes assuntos estão sendo administrados — afirmou aos jornalistas brasileiros na capital portenha, durante entrevista coletiva nesta terça-feira. Às vésperas da chegada da presidente Cristina Kirchner ao Brasil, Cordeiro afirmou que o clima entre os dois países não poderia ser melhor.

Cristina será recebida pela presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira, em Brasília, às 11 horas, para uma reunião de trabalho.

— O comércio, evidentemente, vai estar na agenda, porque os problemas continuam, mas as presidentes não vão analisar medidas técnicas —, disse ele.

Segundo o embaixador, Dilma e Cristina vão analisar se os mecanismos aplicados pelos dois países para administrar as restrições impostas de um lado e de outro estão sendo eficientes.

— Na minha avaliação, está funcionando bem porque, de janeiro a junho, o crescimento anual das exportações brasileiras para a Argentina cresceram 35% e da Argentina para o Brasil aumentaram 20%", opinou Cordeiro.

O embaixador estimou que o déficit comercial argentino com o Brasil deverá se expandir de US$ 4 bilhões para US$ 6 bilhões nesse ano. Mesmo assim, ele considera que o contexto geral da relação comercial é positivo.

— Nos primeiros seis meses do ano, o Brasil exportou US$ 10,5 bilhões para o mercado argentino, enquanto a Argentina embarcou US$ 8 bilhões para o Brasil. Esse é um desempenho comercial que nenhum dos dois tem com nenhum outro país — ressaltou o diplomata.
Portos e Navios

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