LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

MP dos Portos - Greve



Portuários de todo o país entram em greve nesta sexta-feira

Os trabalhadores portuários de todo o país decidiram por realizar uma greve geral nos portos do país. A paralisação será realizada por seis horas nesta sexta-feira (22) e novamente uma nova paralisação, de também seis horas, deverá ocorrer na próxima terça-feira (26). A greve será realizada para demonstrar a insatisfação dos trabalhadores com relação à medida provisória n. 595/12, editada pelo Governo Federal em dezembro do ano passado.
A decisão de paralisação ocorreu antes da instalação da Comissão do Congresso Nacional que irá avaliar as mais de 600 emendas apresentadas por parlamentares de quase todos os partidos, sendo pelo menos 1/3 delas apresentadas por representantes dos trabalhadores.
O movimento foi confirmado mesmo com o governo convocando uma reunião na Casa Civil para amanhã pela manhã para discutir com os trabalhadores as reivindicações deles de mudanças da MP dos Portos, que está tramitando no Congresso.
Segundo Eduardo Guterra, presidente da Federação Nacional dos Portuários, caso amanhã o governo flexibilize sua posição e aceite mudanças na MP, os trabalhadores podem decidir não continuar o movimento, cancelando uma segunda greve marcada para terça-feira no período da tarde.
Guterra afirmou que os trabalhadores foram orientados a não paralisar cargas essenciais, como remédios, alimentos perecíveis e carvão.

Em Paranaguá, todas as sete categorias sindicais, além da Cooperativa de Transportes e da Coopadubo, devem aderir ao movimento, decisão esta que certamente irá prejudicar as operações nos Portos do Paraná.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está apreensiva com o movimento uma vez que existe uma programação de navios a serem atracados para carregar ou descarregar produtos e, com uma mobilização desta natureza, atrasos e prejuízos serão gerados.
“Num período em que a movimentação de granéis é grande por conta do período de safra, paralisações desta natureza podem gerar diversos problemas e prejuízos. Estamos preocupados com as consequências deste movimento, pois o produtor agrícola esta no momento da colheita da safra e muito precisa da operação portuária. Por outro lado, estamos confiantes que as partes chegarão a um consenso em benéfico para o país”, afirmou o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
Por outro lado, o superintendente pondera que o movimento grevista pode ser um tanto precipitado, uma vez que nem se começou a discutir as emendas apresentadas. “Os procedimentos para inicio dos trabalhos da comissão começaram na quarta-feira (20) e seria razoável primeiramente analisar a condução dos trabalhos da comissão e, em caso de fortes divergências, se justificaria uma manifestação que não necessariamente precisaria ser a paralisação de um sistema logístico tão importante para o país”, afirma.
A organização do movimento está sendo coordenada pela Federação Nacional dos Portuários, a Federação Nacional dos Conferentes e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios e pela Federação Nacional dos Estivadores.
http://www.conexaomaritima.com.br/index.php?option=noticias&task=detalhe&Itemid=22&id=11656

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