LEGISLAÇÃO

terça-feira, 5 de junho de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 05/06/2012





Navios Valemax só entram na China se legislação mudar

A recente autorização do Governo Chinês para a construção de infraestrutura capaz de receber os gigantescos navios da Vale em um porto não muda a situação da mineradora, que deverá continuar impedida de exportar minério de ferro para o país por meio dos Valemax.
A medida é positiva, mas não resolve o problema da, afirmou à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
“Já existem portos capazes de receber esses navios, e o que está impedindo é uma legislação que retira dos portos a capacidade de decidir sobre esse assunto”, acrescentou a fonte, pedindo anonimato.
O Ministério dos Transportes da China aprovou recentemente planos para a construção de ancoradouros de minério de ferro para embarcações de até 400 mil toneladas no porto de Ningbo-Zoushan, no leste do país.
No início deste ano, a China fechou seus portos aos Valemax, depois de protestos domésticos contra os navios sob alegação de que a Vale estava usando as embarcações para dominar o comércio de minério de ferro. O primeiro e único Valemax a ingressar na China, o Berge Everest, de 380 mil toneladas, atracou no porto de Dalian em dezembro.
O argumento do governo chinês para proibir a entrada dos Valemax foi a suposta falta de infraestrutura, o que é contestado pela fonte e especialistas.
“No mundo todo é a autoridade portuária que toma essa decisão, e na China também era quando em fevereiro deste ano a regulamentação foi mudada, centralizando no Ministério dos Transportes essa decisão e proibindo navios acima de 350 mil toneladas. Enquanto esse regulamento estiver em vigor o navio de 400 mil não pode aportar.”
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, a questão é puramente política e nada técnica.
“Os armadores chineses não querem competição com a Vale, e aí usam a questão da infraestrutura como desculpa… A Vale não construiria todos esses navios sem conhecer a infraestrutura dos portos chineses”, afirmou.
PLANO B
Um plano B da Vale para contornar a resistência chinesa tem sido a construção de unidades flutuantes, centros de distribuição em países vizinhos para receber os Valemax, transferindo a carga para navios menores com autorização para atracar nos portos chineses.
A maior produtora de minério de ferro do mundo decidiu construir e arrendar 35 navios gigantes para reduzir seus custos com frete, dada a grande distância entre a produção de minério de ferro no Brasil e o seu maior mercado consumidor, a China.
Diante da resistência da China, a mineradora revisou a estratégia e informou que tentará vender as embarcações e arrendá-las em contratos de longo prazo. A maioria das embarcações que a Vale decidiu construir estão sendo erguidas, por ironia, na própria China.
Com as informações – Reuters
Por Rodrigo Cintra

No ano em que completa o primeiro centenário, o Porto de Niterói, local que há tempos foi orgulho de todo o Leste Fluminense, concebido como tentativa de afirmação de independência econômica, política e financeira em relação à cidade do Rio de Janeiro, passa por uma grande revitalização com a promessa de em três meses voltar a ser orgulho para a região. Moradores e comerciantes acreditam que o impacto será positivo para o Centro e bairros vizinhos, que contam com a valorização de áreas construídas e maior movimento no comércio. Como afirma a comerciante Maria Ângela, 71 anos, da Ponta D’areia, que tem muita esperança de melhoria para o local. “Moro aqui há 46 anos e espero que desta vez as coisas aconteçam, é muita promessa. Mas, se tudo der certo e meu ponto valorizar, vou alugar esse espaço”, disse.

O aposentado Carlos Alberto Porto, 68, nascido e criado no bairro, recorda do tempo em que era criança e acompanhava o pai, estivador do cais. “Isso aqui era um movimento só, lembro do meu pai trabalhando na estiva. Espero que, ao menos, parte daquela época volte, mas para isso é preciso que os projetos sejam seguidos à risca”, revelou.

A área arrendada da Companhia Docas do Estado de Rio de Janeiro, em 2005, pela Nitshore e Nitport, tem previsão de término das obras em três meses. De acordo com os arrendatários, a intenção é transformar o Porto de Niterói em uma das bases logísticas mais modernas da América Latina.

“O porto tem como principal objetivo atender demandas do pré-sal e, em um futuro próximo, do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), no entanto, a revitalização desdobra-se para um desenvolvimento ainda maior e representa um passo a mais para Niterói se converter em uma referência nacional da indústria offshore”, disse uma representante da empresa, que não quis se identificar.

A revitalização conta com expansão e obras de infraestrutura. Os prédios deteriorados passaram por reforma. No antigo prédio industrial do Moinho, por exemplo, está um prédio comercial para até 440 salas, o que atrai empresas que queiram investir na cidade.
Para o professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), Paulo Knauss, a revitalização do Porto de Niterói promove um resgate em fatores históricos da importância de uma área que nunca deveria ter sido esquecida.

“O Porto de Niterói era o principal escoadouro de produção de toda a região Leste Fluminense, com ele a cidade se desenvolveu com investimentos importantes e mostrava independência em relação ao antigo estado da Guanabara”, explicou o professor.

Fonte:O São Gonçalo
http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/15680-porto-de-niteroi-e-revitalizado

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