LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 1 de junho de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 01/06/2012





Appa readequa normas relativas ao recebimento de fertilizantes 

Autor: Assessoria 

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está readequando as normas do segmento de fertilizantes com propósito de dar maior clareza e transparência às operações portuárias no Porto de Paranaguá. Para isso, a Appa está promovendo audiências com todos os operadores portuários do segmento de fertilizantes, com o Sindicato da Indústria de Fertilizantes, com representantes da Secretaria da Agricultura do Paraná, Secretaria de Infraestrutura e Logística, Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, entre outras autoridades.

“Nosso objetivo é ouvir a sociedade, em especial todas as empresas envolvidas no segmento de fertilizantes de forma a garantir o interesse público e principalmente a isonomia na prestação dos serviços portuários. Temos que oferecer condições de igualdade para todos os operadores. Somente assim vamos garantir a competitividade nos Portos e atender o compromisso de reduzir os custos finais de insumos e fertilizantes ao segmento agrícola”, afirma o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

A iniciativa de promover a revisão das normas relativas ao segmento de fertilizantes se deu após a constatação de algumas não-conformidades no sistema como a falta de clareza nos procedimentos de uso das instalações públicas, preferências de atracação para determinadas empresas em detrimento de todas as demais, índices de produtividade questionáveis e principalmente a utilização de instalações pública com isenção de tarifas.

“O Porto de Paranaguá é público e nos cabe selar pela igualdade de condições a todos os agentes que queiram utilizar as nossas instalações. Ou seja, garantir a isonomia e igualdade de condições a todos”, afirma Dividino.

Terminal de fertilizantes – Além da readequação das normas, a Appa iniciou uma auditoria completa nos registros da obra do terminal de fertilizantes, inoperantes desde a sua construção, em 2009. Estão sendo feitos levantamentos quanto às operações de fertilizantes nos últimos anos em Paranaguá.

Na seqüência, serão feitas auditorias documental e jurídica em todos os processos de licenciamento e autorizações no segmento de fertilizantes desde 2010, quando as não conformidades foram detectadas. “Vamos aproveitar a Lei da Transparência e abrir todos os Registros, Regulamentos de Atracação e de Uso das Instalações Portuárias permitindo a todos os usuários dos Portos do Paraná conhecer como se estabelecem as operações e quanto devem pagar”, afirma Dividino.
http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=52693




Produtor de MT deve esperar até 2015 para escoar safra por portos do PA

O ano de 2015 deve representar para o setor produtivo de Mato Grosso um marco histórico na busca por novas rotas para escoamento da produção de grãos
Fonte: G1 Este é o tempo estimado pelas entidades do agronegócio estadual para que todos os portos do estado do Pará possam ser utilizados com a finalidade de levar as commodities para o mercado externo. Mas para que se concretize a ligação entre os dois territórios, o primeiro requisito é ter concluída a pavimentação na BR-163 sentido Cuiabá (MT) a Santarém (PA).

Em Mato Grosso a rodovia federal já está asfaltada. A última obra referia-se ao trecho de aproximadamente 50 quilômetros a partir de Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, até a divisa. Mas no estado vizinho mais de 1.000 km precisam sair do projeto.

O desafio promete mobilizar as forças do agronegócio. Elas querem que o governo pressione as empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para que cumpram o cronograma.

Edeon Vaz Ferreira, coordenador-executivo do Movimento Pró-Logística destaca que a estimativa do setor é que se até o final de 2013 estiver pronto o corredor ligando a divisa entre Mato Grosso e Pará até o Porto de Miritituba, no ano seguinte será possível ao produtor mato-grossense usufruir da estrutura do porto.

Mas para explorar toda potencialidade do Porto de Santarém e ter as despesas com frete reduzidas em até 40%, será preciso esperar um pouco mais: 2015. Dados do Movimento Pró-Logístico mostram que 674,56 km separam a BR-163 entre a fronteira com os dois estados até o entroncamento com a BR-230 (ponto de acesso a Miritituba). Deste total, 280 km estão pavimentados, ou 41,5% do total.

“Há uma luta para viabilizar a pavimentação. Vamos pressionar o DNIT para que cobre das empresas para que até o final do ano que vem esteja pronta a pavimentação neste trecho”, declarou o representante, em entrevista ao G1.

Vaz Ferreira acompanha, no Pará, a comitiva do Estradeiro Aprosoja. Equipes percorrem a região para verificar o cronograma de serviços de pavimentação. Quando operacionalizada, somente pela BR-163 devem rodar 150 mil carretas em direção aos portos. Em um primeiro momento, os portos do Pará já devem receber 6 milhões de toneladas de grãos.

Mas ao mesmo tempo em que a BR-163 é considerada uma das principais demandas para baratear o frete com transporte, o segmento também cobra a implementação de outros projetos, como a hidrovia Teles Pires-Tapajós. “O que insistimos também é na hidrovia. Embora a BR-163 soja nova ela já vai nascer saturada”, complementou o coordenador-executivo.

Estradeiro 2012

Nesta terça-feira (29) as equipes que formam o Estradeiro Aprosoja percorreram o trecho entre a cidade de Sinop (MT) até Novo Progresso (PA). Neste estado, o andamento das obras imprime velocidade considerável, pontua Ferreira. No entanto, lembra o representante, algumas empresas precisam ser acompanhadas de perto para que estejam no ritmo considerado ideal.

Todas as constatações do Estradeiro vão formar um documento a ser elaborado pelas entidades do agronegócio mato-grossense. Os pontos elencados vão ser repassados aos governos federal e estadual para que acompanhem a situação.
http://www.expressomt.com.br/economia-agronegocio/produtor-de-mt-deve-esperar-ate-2015-para-escoar-s-15915.html




Porto de Itajaí discute Resolução do ICMS

O Porto de Itajaí sediou, no último dia 29, painel sobre os impactos da Resolução 72/2012 nos setores portuários regional e estadual. A medida estabeleceu aplicação da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) unificada de 4% para todas as operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior e acabou com incentivos fiscais que eram oferecidos pelo governo de Santa Catarina aos importadores que operassem nos portos do Estado.
Segundo as discussões, uma das conclusões é de que o quadro não tende a ser tão pessimista como se previa inicialmente. Embora o governo catarinense não possa mais oferecer os benefícios fiscais, a agilidade e eficiência dos portos sediados em Santa Catarina, aliados à localização privilegiada – os portos catarinenses englobam, em um raio de 600 quilômetros, cerca de 50% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro – tendem a contribuir para que as cargas não retornem aos seus estados de origem. Outro fator favorável a Santa Catarina é de que o estado importa basicamente insumos, matérias primas e maquinário para a indústria, itens fundamentais para o abastecimento da cadeia produtiva.
Entretanto, diversas ações para minimizar os impactos dessa resolução já estão em fases de estudo. Entre eles um plano de redução de tributos estaduais e municipais para as operações de comércio exterior e para a cadeia logística gerada pelas importações e exportações, o fortalecimento dos portos catarinenses com pesados investimentos em infraestrutura e também a melhoria dos acessos terrestres aos portos e terminais. Ações que devem ser implementadas pelos governos do Estado e Município.
O gerente de negócios do Porto de Itajaí, Leônidas Gomes Ferreira, explica que várias ações já estão em andamento e acredita que o impacto possa ser amenizados. “Embora não possamos rever juridicamente esse quadro, estamos implementando ações comerciais, políticas e de planejamento estratégico”, diz Ferreira. Ele destaca que a maioria das ações envolve também o CAP (Conselho de Autoridade Portuária), governos municipal e estadual, terminais que compõem o Complexo Portuário do Itajaí e também a União e iniciativa privada, na busca de pesados investimentos em infraestrutura e redução de custos operacionais. “Já superamos os impactos de duas enchentes, de grandes crises econômicas e também vamos superar esse problema”, diz Ferreira.
O painel foi promovido pela Associação Empresarial de Itajaí (ACII). O evento reuniu importantes nomes do segmento portuário, administração pública e representantes de sindicatos que debateram os impactos que a resolução poderá gerar na economia catarinense. A superintendência do Porto de Itajaí foi representada pelo gerente de Negócios do Porto, Leônidas Gomes Ferreira, enquanto que o auditor fiscal José Ronaldo Machado representou o poder municipal.
Ainda participaram dos debates o superintendente da Portonave S/A – Terminais Portuários Navegantes Osmari Castilho Ribas, a representante do governo estadual professora Eliane Rebelo, o advogado tributarista Rodrigo Dalcin e o presidente do Sindicato das Tradings de SC Rogério Marin. A moderação foi do coordenador da Câmara do Porto da ACII, Christian Neumann.


Logística: um caminho produtivo

A logística se mostra presente na maioria das atividades cotidianas de qualquer empresa, nosso objetivo é abordar sua importância no auxílio da gestão de custos


A logística é um conceito que teve início durante guerras na antiguidade onde militares precisavam administrar o deslocamento de tropas e mantimentos.
Atualmente tem recebido grande destaque em células produtivas, pois se aplica na melhoria de métodos em busca da eficiência e maximização da produção, como lembram Ferraz Neto e Kuehne Júnior, pode-se definir logística como sendo a junção de quatro atividades básicas: as de aquisição, movimentação, armazenem e entrega de produtos. Ou seja, se apresentam nas principais atividades de produção.
Logística
A logística é um conjunto de atividades que visam administrar os materiais da empresa, segundo BALLOU (1993), tal atividade concentra-se em dispor o material certo, no local de operação certo, no tempo certo e nas condições desejadas, ao mesmo tempo em que fornece a maior contribuição à empresa, sendo economicamente eficaz.
Os materiais utilizados na indústria para realização das atividades produtivas devem ser geridos de modo que possam eliminar os desperdícios que afetam o custo unitário do produto.
Se o custo unitário de venda aumenta, ocasionado pela má administração de materiais, podemos verificar uma queda do poder de mercado, sendo que se perde público para os concorrentes pelo aumento dos preços. Se o custo unitário de produção aumenta e o preço continua o mesmo, poderíamos observar uma queda nos lucros da empresa, uma vez que a venda do produto deve cobrir os custos produtivos. A demanda se manteria estável apenas se o aumento do preço de venda estivesse agregado à diferenciação do produto, o que justificaria os lucros extraordinários.
"A logística diz respeito à criação de valor – valor para clientes e fornecedores de empresa e valor para os acionistas de empresa." (BALLOU, 1993, p.25).
As empresas são criadas para maximizar o retorno dos investidores, por isso busca pelo custo mínimo, quanto menor o custo, maior o lucro e maior torna-se o retorno sob o investimento.
Em busca do custo mínimo, é importante considerar também os custos com o armazenamento de materiais, adotando assim, sistemas como o Kanban para indicar as necessidades no fluxo de produção. Diminuindo o acúmulo de materiais e perdas por vencimento ou obsolescência.
Os Kanban e os sistemas Kanban realmente têm uma grande importância: estabelecem o número de Kanban para regular o fluxo de itens globais, mantêm o estoque a um mínimo e proporcionam controle visual, a fim de executar essas funções com precisão. (SHINGO,1996, p. 223).
O fluxo de produção deve ser coerente com as necessidades das fábricas. Prover o material certo, no momento certo, evitando imprevistos que geram gastos maiores.
A logística tornou-se uma estratégia com grande potencial para aumentar o poder competitivo quando empresas concorrentes são pouco distintas entre si, segundo DORNIER (2000), a concorrência incentiva as companhias a alterar suas cadeias logísticas de suprimentos de forma contínua, sendo que a gestão logística pode ser o meio de diferenciação para uma empresa em particular.
Assim, é possível afirmar a importância da capacidade de fornecer um produto para um cliente no momento em que a necessidade de consumo for estabelecida. Se uma empresa não possui os meios de fornecer o produto solicitado pela demanda, ela irá perder mercado para sua concorrente. A busca pela eficiência produtiva com o auxílio de conceitos logísticos consegue alinhar as decisões administrativas e aplica-las no chão de fábrica, podendo assim alcançar a eficiência produtiva e capacidade de expandir mercados.
1. Referências
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. 388 p.
SHINGO, Shiego. O sistema Toyota de produção: do ponto de vista da engenharia de produção. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 1996. 291 p.
DORNIER, Philippe-pierre (Et al). Logística e operações globais: textos e casos. São Paulo: Atlas, 2000. 721 p.
FERRAES, N. F.; KUEHNE, J. M. Logística empresarial. Disponível em . Acesso em 15 de março. 2012.


Nenhum comentário: