Mercado colombiano é alternativa para exportações brasileiras
Metade das exportações brasileiras para a América do Sul tem como destino a Argentina. A Colômbia surge como alternativa para quebrar essa dependência brasileira da nação vizinha na região. Para apresentar as oportunidades de negócios no país, foi realizado quinta-feira (29/3) o Seminário Mercado Foco Colômbia, uma iniciativa da Apex-Brasil, com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), na sede da entidade em Porto Alegre. O Seminário também foi transmitido via internet para empresários de todo o país. Mais de 250 empresários assistiram ao Seminário em Porto Alegre e 216 se inscreveram para assistir online.
O coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Agência, Marcos Lélis, divulgou dados referentes à realidade econômica colombiana, incluindo a expectativa média anual de crescimento do PIB (de 4,5% entre 2010 e 2016) e o fato de o país ter a segunda maior população sul-americana.
Hoje, os brasileiros são responsáveis por apenas 5% dos produtos e serviços que a Colômbia compra da região e ocupam a quarta colocação entre os fornecedores mundiais do país – atrás de Estados Unidos, China e México. “Há muito espaço para incrementar essa relação, que ainda não aproveitamos totalmente. A proximidade territorial também é um facilitador”, afirma Lélis.
Hoje, os brasileiros são responsáveis por apenas 5% dos produtos e serviços que a Colômbia compra da região e ocupam a quarta colocação entre os fornecedores mundiais do país – atrás de Estados Unidos, China e México. “Há muito espaço para incrementar essa relação, que ainda não aproveitamos totalmente. A proximidade territorial também é um facilitador”, afirma Lélis.
O diretor da Proexport (entidade governamental de promoção de exportações e atração de investimentos da Colômbia) no Brasil, Carlos Tribín, informou que o Plano Nacional de Desenvolvimento 2010-2014 do presidente colombiano Juan Manuel Santos destaca como setores estratégicos para a economia local a agroindústria, a infraestrutura, a mineração, a habitação e a inovação. “A tendência de consumo é muito diversificada, abrindo oportunidades para as empresas brasileiras chegarem a diversos segmentos”, diz Tribín. Um dos mais promissores, segundo ele, é o de máquinas e equipamentos industriais.
Informações sobre a legislação colombiana foram abordadas pelo representante do escritório de advocacia Brigard & Urrutia, José Francisco Mafla. Ele explicou que o mercado é bastante aberto. “As licenças prévias, por exemplo, são exigidas apenas em casos específicos, como é o caso de produtos tóxicos e usados”, relata.
No encontro, o coordenador da Unidade de Desenvolvimento de Novos Produtos da Apex-Brasil, Juarez Leal, detalhou os produtos e serviços oferecidos pela Agência para auxiliar tanto os empresários que desejam começar a exportar para o país quanto os que pretendem ampliar sua atuação no mercado colombiano. Também foram apresentados cases da empresa Dedini Indústrias de Base e da trading company General Products, ambas de São Paulo, que mantêm relações com a Colômbia. À tarde, representantes de empresas participantes receberam atendimentos individualizados dos técnicos da Apex-Brasil. “Já fazemos diversos negócios na Colômbia, país em que percebemos uma grande maturidade do ponto de vista jurídico e comercial. Além disso, há um grande potencial de desenvolvimento em diversos segmentos, principalmente no setor agrícola”, afirmou César Fayad Neto, superintendente de desenvolvimento de negócios da Dedini Indústrias de Base, um dos palestrantes do evento.
A trading company General Products trabalha com autopeças e móveis e tem a Colômbia como um de seus principais mercados-alvo. As exportações de autopeças para o país cresceram 22% entre janeiro e outubro de 2011, na comparação com o mesmo período de 2010. “Há bastante espaço no mercado de peças tanto para veículos pesados quanto para veículos de passeio”, afirmou Nicolau Saad Filho, diretor comercial da empresa e também palestrante do Seminário.
Empresas presentes no Seminário relataram boas expectativas
A Colômbia já é o quarto mercado mais importante para a indústria de calçados Piccadilly, atrás de Argentina, Venezuela e Bolívia. A empresa, atualmente, exporta cerca de dois mil pares por ano para o país. “É um mercado que tem tudo para ser o segundo maior da empresa. Já estamos em duas das três maiores redes de lojas do país, que têm cerca de 300 pontos de venda cada uma. Com a Apex-Brasil, temos buscado informações estratégicas que nos ajudem na negociação com os compradores. Além disso, queremos participar de outras ações da Agência, para aumentar a nossa presença no país”, afirmou Micheline Twigger, diretora de comércio exterior da Piccadilly, presente ao Seminário.
Para a Bia Brazil, fabricante de roupas para o segmento de fitness que tem 90% do seu faturamento proveniente do mercado externo, a Colômbia ainda é um mercado pouco expressivo, mas há forte interesse em reverter essa situação. “De dois anos para cá, nossa presença na América do Sul aumentou bastante. A Colômbia é um país que sofre grande influência cultural dos Estados Unidos, país em que já somos muito fortes. Acredito que isso facilitará nossa entrada. Já há dois anos participamos da principal feira de Medellín, a Colômbia Moda e, no ano passado, estivemos na Missão Comercial à Colômbia, organizada pela Apex-Brasil”, relatou a diretora da empresa, Beatriz Dockhorn.
A Seculum, fabricante de softwares para sistemas de tratamento de ponto eletrônico e controle de acesso, já dispõe de cinco revendas de seus produtos na Colômbia e espera incrementar fortemente a sua atuação no país. “Estamos focando nas cidades com maior população e, portanto, mais trabalhadores, tais como Bogotá, Medellín, Cali, Barranquilla e Cartagena. Nossa expectativa é passar a participar de mais feiras e de outras ações organizadas pela Apex-Brasil, além de renovar nossa participação no PEIEX”, afirmou o diretor da empresa, Fernando Lemmertz.
Grupo da OMC reclama de protecionismo da Argentina
Por O Globo | Agência O Globo
GENEBRA - Um grupo de 40 países, incluindo EUA, Japão, México e União Europeia, reclamou nesta sexta-feira, na Organização Mundial do Comércio, da política argentina de restringir as importações, segundo informações da Reuters.
O país sul-americano está implementando fortes barreiras ao comércio exterior, incluindo os limites sobre as importações, para proteger o superávit comercial.
- Manifestamos nossa preocupação contínua conjunta e profunda sobre a natureza e aplicação de medidas comerciais restritivas tomadas pela Argentina, que estão comprometendo um número crescente de membros da OMC - disse o documento assinado no Comitê de Commodities da Organização.
O documento foi assinado pela Austrália, a União Europeia, em nome de seus 27 membros, Israel, Japão, Coreia do Sul, México, Nova Zelândia, Noruega, Panamá, Suíça, Taiwan, Tailândia, Turquia e Estados Unidos.
O grupo também reclamou da "falta de transparência" da Argentina na implementação e administração do regime de licenças de importação, que, expressa, "profunda incerteza tanto para os exportadores e potenciais exportadores para a Argentina, bem como para aqueles que investem no país."
SP prorroga simplificação para exportadores
A
Secretaria da Fazenda de São Paulo autorizou que os contribuintes paulistas com
créditos acumulados de ICMS possam pedir para usar o saldo credor gerado até o
fim de dezembro de 2012 por meio de um arquivo alternativo — simplificado.
Antes, esse prazo venceria no fim de março.
A autorização foi instituída por meio da Portaria da Coordenadoria de Administração Tributária (CAT) nº 32, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira.
Esse arquivo alternativo é usado para prestar ao Fisco as informações necessárias para a determinação do valor do crédito que será reconhecido como passível de aproveitamento.
A medida deverá afetar principalmente as empresas exportadoras, que são as que mais acumulam créditos de ICMS por não recolher o imposto na saída das mercadorias para o exterior. Quando não for mais possível usar esse arquivo alternativo, deverá ser usado um arquivo eletrônico mais detalhado, que gerará mais risco de redução do saldo credor dessas empresas.
Com a prorrogação, o pedido para o uso do saldo credor por meio desse arquivo alternativo poderá ser feito até 31 de janeiro de 2013. “Porém, o contribuinte continua a ter que usar o Sistema Eletrônico de Gerenciamento do Crédito Acumulado – e-CredAc para requerer isso”, afirma Marcelo Jabour, diretor da Lex Legis Consultoria Tributária.
O e-Credac está disponível no portal da Secretaria da Fazenda na internet (www.fazenda.sp.gov.br).
Segundo nota enviada pela Secretaria da Fazenda, de acordo com a Portaria CAT nº 26/2010, o crédito acumulado gerado a partir de 1º de abril de 2010 deveria ser apurado e demonstrado por meio de Arquivo Digital.
“Tendo em vista que a maioria dos contribuintes não compôs os arquivos digitais, foi editada a Portaria CAT nº 118/2010, que permitiu aos contribuintes apropriar o seu crédito acumulado na forma antiga no período de abril de 2010 a março de 2011, apresentando toda a documentação comprobatória em papel. A Portaria CAT nº 38/2011 prorrogou a Portaria CAT nº 118/2010, estendendo o período de abril de 2010 a março de 2012. A Portaria CAT nº 32/2010 prorrogou novamente isso estendendo o período de abril de 2010 a dezembro de 2012″.
Com informações da Lex Legis Consultoria Tributária
Fonte:
Valor EconômicoA autorização foi instituída por meio da Portaria da Coordenadoria de Administração Tributária (CAT) nº 32, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira.
Esse arquivo alternativo é usado para prestar ao Fisco as informações necessárias para a determinação do valor do crédito que será reconhecido como passível de aproveitamento.
A medida deverá afetar principalmente as empresas exportadoras, que são as que mais acumulam créditos de ICMS por não recolher o imposto na saída das mercadorias para o exterior. Quando não for mais possível usar esse arquivo alternativo, deverá ser usado um arquivo eletrônico mais detalhado, que gerará mais risco de redução do saldo credor dessas empresas.
Com a prorrogação, o pedido para o uso do saldo credor por meio desse arquivo alternativo poderá ser feito até 31 de janeiro de 2013. “Porém, o contribuinte continua a ter que usar o Sistema Eletrônico de Gerenciamento do Crédito Acumulado – e-CredAc para requerer isso”, afirma Marcelo Jabour, diretor da Lex Legis Consultoria Tributária.
O e-Credac está disponível no portal da Secretaria da Fazenda na internet (www.fazenda.sp.gov.br).
Segundo nota enviada pela Secretaria da Fazenda, de acordo com a Portaria CAT nº 26/2010, o crédito acumulado gerado a partir de 1º de abril de 2010 deveria ser apurado e demonstrado por meio de Arquivo Digital.
“Tendo em vista que a maioria dos contribuintes não compôs os arquivos digitais, foi editada a Portaria CAT nº 118/2010, que permitiu aos contribuintes apropriar o seu crédito acumulado na forma antiga no período de abril de 2010 a março de 2011, apresentando toda a documentação comprobatória em papel. A Portaria CAT nº 38/2011 prorrogou a Portaria CAT nº 118/2010, estendendo o período de abril de 2010 a março de 2012. A Portaria CAT nº 32/2010 prorrogou novamente isso estendendo o período de abril de 2010 a dezembro de 2012″.
Com informações da Lex Legis Consultoria Tributária
Associação Paulista de Estudos Tributários
Publicado decreto de revisão do acordo automotivo Brasil-México
Brasília – Foi publicado, na
edição de hoje do Diário Oficial da União, o Decreto
n° 7.706, que dispõe sobre as novas regras para o comércio
bilateral de veículos leves entre Brasil e México, estabelecidas no Quarto
Protocolo Adicional ao Apêndice II do Acordo de Complementação Econômica n° 55
(ACE n° 55) entre os dois países.
O documento é resultado da revisão do acordo automotivo e
estabelece quotas anuais para o comércio de veículos leves. Para o período de 19
de março de 2012 a 18 de março de 2013, a quota será de US$ 1,450 bilhão. No
período de 19 de março de 2013 a 18 de março de 2014, o valor sobe para US$
1,560 bilhão. Para o período de 19 de março de 2014 a 18 de março de 2015, o
valor fixado foi de US$ 1,640 bilhão. As quotas são definidas para a redução a
zero do Imposto de Importação. O comércio que exceder esses limites ficará
sujeito a cobranças de tributos.
O decreto também modifica a fórmula de cálculo e o Índice de
Conteúdo Regional dos veículos comercializados entre os dois países da seguinte
maneira: 30%, a partir de 19 de março de 2012; 35%, a partir de março de 2013; e
40%, a partir de março de 2016.
O acordo foi revisto após a viagem dos ministros do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e das
Relações Exteriores, Antonio Patriota, à Cidade do México, há duas semanas,
quando o assunto foi discutido em reunião bilateral com as autoridades
mexicanas.
Novo acordo automotivo com México é
oficializado; veja regrasA revisão do acordo automotivo entre Brasil e México, fechado neste mês, foi oficilializado nesta sexta-feira, com a publicação no "Diário Oficial da União".
Foram estabelecidas cotas de exportação de veículos por três anos. Depois disso, os dois países devem retornar ao regime de livre comércio.
O México poderá exportar US$ 1,45 bilhão em veículos ao Brasil até a 18 de março de 2013. De 19 de março de 2013 a 18 de março de 2014, esse valor subirá para US$ 1,56 bilhão. Na sequência, de 19 de março de 2014 a 18 de março de 2015, a cota passará para US$ 1,64 bilhão. Depois dessa data, não haverá mais limite para a exportação.
Além disso, Brasil e México concordaram que os mexicanos aumentem a proporção de peças da América Latina em seus carros de 30% atualmente para 40% em um prazo de cinco anos, sendo: 30% a partir de 19 de março de 2012; 35% após 19 de março de 2013; e 40% a partir de 19 de março de 2016.
Segundo o texto, entre 19 de março de 2015 e 18 de março de 2016 os dois países examinarão a a possibilidade de aumentar essa proporção para 45%.
PERCENTUAL
No Brasil, esse percentual é de 65%. Como desde dezembro do ano passado os carros importados pagam 30 pontos percentuais a mais de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para entrar no mercado brasileiro, o raciocínio do governo é: de que adianta barrar a entrada de importados se os mexicanos, que não estão sujeitos à alta do imposto, exigem um percentual tão menor do que o Brasil?
O Brasil pediu a revisão do acordo automotivo depois que as exportações de carros do México saltaram cerca de 70% em 2011.
As concessões do México ficaram próximas daquelas que eram solicitadas pelo Brasil. No ano passado, os mexicanos exportaram US$ 2,4 bilhões em automóveis ao mercado brasileiro.
A disputa estava deixando as relações entre as duas maiores economias da América Latina tensas, em um ambiente de cada vez mais medidas de protecionismo.
Os países desistiram de incluir no acordo automotivo com o México veículos pesados. O texto publicado nesta sexta-feira afirma que Brasil e México farão "consultas relativas a veículos pesados, para atingir acesso recíproco e a homologação de normas técnicas e ambientais".
Folha de São Paulo
EUA e UE denunciam Argentina na OMC por ações protecionistas
Nenhum comentário:
Postar um comentário