LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 2 de abril de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 02/04/2012





Grupo Formitex assume 100% do Tecondi

O Grupo Formitex está prestes a assumir o controle total do Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi) do porto de Santos (SP), o terceiro maior terminal de contêineres do complexo. A holding, que atua ainda nos setores de papel e celulose, laminados e química, já detinha 50% das ações do Tecondi e, segundo o Valor apurou, cobriu a proposta de cerca de R$ 600 milhões feita pelo Grupo Libra ao outro sócio na empresa, o Grupo Barbeito.

No fim de 2011, o Grupo Barbeito, de capital fechado, anunciou a intenção de alienar as ações dos ativos que tem em Santos. Além do Tecondi, é sócio da Termares (armazém alfandegado) e da Termlog (empresa de transporte e logística), que dão apoio à atividade de movimentação de cais do Tecondi, o único do grupo com saída para o mar.

A Libra fez a proposta de aquisição neste ano. Por cláusula contratual, o Grupo Formitex podia exercer o direito de preferência sobre as ações dos Barbeito e assim o fez. A estimativa é que o processo de compra termine em duas ou três semanas, disse uma fonte próxima das negociações.

O grupo EcoRodovias - especializado em concessões de rodovias e em operações logísticas - também chegou a ser procurado para fazer uma oferta pela parte dos Barbeito. Após estudar o ativo, a companhia o considerou interessante - já que ele seria um complemento às operações do grupo na concessão do Sistema Anchieta-Imigrantes (ligação entre São Paulo e Santos). Em dezembro, o grupo fez uma proposta pela fatia no terminal, mas ela foi recusada pelos vendedores. Segundo fontes, desde então não houve mais negociação entre os dois grupos.

Segundo o presidente da EcoRodovias, Marcelino Rafart de Seras, o grupo tem no planejamento analisar possíveis negócios no setor portuário e em terminais de cargas. Em reunião pública com investidores neste mês, Seras citou como oportunidade para expansão no segmento a intenção do governo federal em relicitar 77 terminais portuários operados atualmente pelo setor privado. Hoje, a EcoRodovias tem atuação em logística por meio da controlada Elog.

O Tecondi vem aumentando a participação na movimentação em Santos nos últimos anos. O terminal encerrou 2011 com aproximadamente 16% dos 2,9 milhões de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) escoados pelos cais santista. O primeiro colocado foi o Tecon Santos, administrado pela Santos Brasil, com participação de 50%. O segundo lugar ficou com a Libra Terminais, com 26%, e a última posição foi ocupada pela Rodrimar (7%).

O presidente do Tecondi é Cesar Floriano, genro do presidente do Grupo Formitex, Alípio José Gusmão. Pelo acordo de acionistas, a ocupação do cargo era alternada a cada dois anos entre Floriano e Agnes Barbeito. O nome da executiva ganha, agora, mais força para assumir a presidência do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), o órgão deliberativo que atua como fórum consultivo e de homologação das diretrizes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A vaga é indicada pela Secretaria de Portos (SEP).

O momento é de consolidação para as operadoras de terminais de contêineres em Santos em grandes grupos. A Santos Brasil, controlada pelo grupo Opportunity, de Daniel Dantas, e pela Multi STS Participações, da família Klien, segue em destaque. Ainda estão em construção a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), parceria entre a Odebrecht TransPort, a DP World e a Coimex, e um terminal pela Brasil Terminal Portuário (BTP).

Procurados, Agnes, Floriano e o Grupo Libra não quiseram se pronunciar sobre o assunto. (Colaboraram Fábio Pupo e Beatriz Cutait, de São Paulo)

Fonte: Valor Econômico/Por Fernanda Pires e Ivo Ribeiro | De Santos e São Paulo
http://portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/14754-grupo-formitex-assume-100-do-tecondi





Plataforma Logística do São Francisco será instalada em Juazeiro

A localização estratégica de Juazeiro é um dos principais motivos para o município ser escolhido para a instalação da Plataforma Logística do São Francisco, um dos projetos estruturantes do Governo da Bahia e elemento central da operacionalização do Sistema Logístico Juazeiro-Petrolina. A perspectiva é que movimente até 33 milhões de toneladas por ano e gere 2,4 mil empregos na sua construção.

A modelagem da Parceria Público Privada (PPP) ainda passa por ajustes, mas a expectativa é que neste ano seja lançado o edital que concederá por 21 anos a operação do empreendimento.

As plataformas logísticas são os locais importantes por sua dinamização na economia, melhorando a competitividade das empresas, criando emprego e viabilizando as atividades logísticas, pois há uma crescente necessidade de se organizarem as instalações para atender os usuários e clientes. O espaço é caracterizado pela armazenagem e outras instalações utilizadas nas atividades de transportes.

De acordo com os estudos contratados, a localização estratégica do município, no epicentro geográfico do Nordeste, é uma das razões da escolha do município para a instalação da plataforma. Alia-se à questão espacial o grande potencial logístico nas margens do extremo norte do trecho navegável do Rio São Francisco e a interligação por rodovias, aeroporto e ferrovias com as principais capitais do Nordeste e as cidades de médio porte do semiárido.

Através da Hidrovia do São Francisco, sua área de influência estende-se até o norte de Minas Gerais, articulando-se, inclusive, com a Ferrovia Transnordestina e a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol). Além disso, os fluxos para o Complexo Portuário de Salvador e para a região sudeste do país podem articular-se com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).

O secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, elenca aspectos positivos da plataforma logística. Ajudar a conseguir economias de escala para as empresas menores, ao oferecer serviços logísticos compartilhados (como armazenagem, manipulação e embalagem), permitindo que compitam com as empresas grandes é um exemplo. A estrutura, acrescenta Gabrielli, também dará maior agilidade aos trâmites alfandegários que podem ser feitos na plataforma.

Outra vantagem é que com a intermodalidade (navegação do Rio São Francisco até Ibotirama, FCA, Transnordestina e Fiol) se conseguirão custos de transporte mais competitivos.

O titular da pasta do Planejamento aponta ainda outros desdobramentos a partir da implantação da plataforma, a exemplo do favorecimento do crescimento econômico da região de Juazeiro-Petrolina; criação de empregos e estabilidade econômica na área de influência da plataforma; apoio às atividades de maior valor agregado (logística, serviços) e suporte à atividade tradicional da região (agroindústria, essencialmente); e, por fim, o favorecimento da mudança modal no sistema de transporte de mercadorias para modais mais sustentáveis e competitivos.

Estudos

Os estudos contratados revelam os mercados potenciais que se beneficiarão com a plataforma e com a intermodalidade. Dentre eles, empresas da região que distribuem as suas mercadorias na mesma região, em outras partes do Brasil e no exterior, a exemplo do mercado frutícola e outros mercados produtores em Juazeiro e Petrolina.

Outro mercado promissor são as empresas no Brasil com destinos na região, a exemplo das produtoras de insumos para o setor frutícola, bem como os comerciantes, atacadistas e varejistas para o mercado local.

Por fim, as instituições no exterior com destinos na região e empresas do oeste baiano com destinos no Norte e o sentido oposto.

Fonte: Tribuna da Bahia
http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/14742-plataforma-logistica-do-sao-francisco-sera-instalada-em-juazeiro





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