MSC e CMA CGM fecham acordo de cooperação
Os armadores MSC e CMA CGM - respectivamente segundo e terceiro maiores transportadores de contêineres do mundo - surpreenderam o mercado ao anunciarem ontem um acordo de cooperação em nível mundial. A parceria é uma forma de enfrentar o excesso de capacidade nos tráfegos entre a Ásia e o Norte da Europa, Ásia e África do Sul e nas rotas que envolvem a América do Sul. Por conta da crise mundial, as trocas comerciais estão declinando, pressionando os fretes marítimos para baixo.
O anúncio foi feito pela francesa CMA CGM. O armador afirma que a parceria tem como objetivo o ganho de "sinergias operacionais", mas não entra em detalhes. A nota não menciona fusão ou compra. "O atual excesso de capacidade, combinado com a menor demanda, está impactando nosso desempenho financeiro", disse o diretor financeiro do grupo, Michel Sirat. Somam-se a isso os altos custos de combustível. Principal gasto do navio em uma viagem, o preço do óleo subiu 40% na comparação entre novembro deste ano e de 2010, segundo dados do mercado. No último dia 17, a tonelada do tipo mais nobre estava cotada em US$ 962, contra US$ 684 em 2010.
A parceria com a MSC integra um vigoroso plano de redução de custos anunciado pela CMA CGM em setembro. A meta é cortar US$ 400 milhões anuais.
O acordo começa a valer em março de 2012 e inicialmente será por dois anos. Juntas, MSC e CMA CGM somarão uma frota de 3,6 milhões Teus (contêiner de 20 pés), ultrapassando os 2,5 milhões de Teus da líder dessa indústria, a APM Maersk, segundo dados da consultoria Alphaliner. Em número de navios, o acordo entre MSC e CMA CGM totalizará 877 embarcações, contra 654 da Maersk.
Nos tráfegos que envolvem as trocas com o Brasil, a MSC é a segunda colocada e a CMA CGM, a quinta. Nos nove primeiros meses do ano, a MSC, com base na Suíça, movimentou 734 mil Teus cheios nas rotas que envolveram os países da Costa Leste da América do Sul. A CMA CGM operou 333 mil Teus no período. O ranking é da empresa Datamar, que compila dados de movimentação de cargas nos países da Costa Leste da America do Sul, por meio de convênios com o Centro Nacional de Navegação (Centronave) e com entidades e empresas dos demais países.
Além da cooperação com a MSC, a CMA CGM anunciou a renegociação de taxas de afretamento e a implantação de medidas para elevar a eficiência do combustível.
Também ontem a empresa divulgou os resultados financeiros. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos nove primeiros meses foi menor que o de 2010, mas positivo: US$ 672 milhões. E o lucro líquido ficou em US$ 13,2 milhões, sinalizando que um resultado ruim no último trimestre pode deixar a companhia no vermelho.
Valor Econômico
Guindastes que vão modernizar Porto de Salvador chegam a cidade
Equipamentos vieram da China em uma viagem que durou 44 dias. Investimento foi de R$ 160 milhões
Um navio com uma carga da altura de um prédio de cinco andares chamou a atenção na Baía de Todos os Santos, nessa quinta-feira (1º), em Salvador. São os novos guindastes que vão modernizar e aumentar a capacidade do porto da capital. Os equipamentos vieram da China em uma viagem que durou 44 dias.
A carga é bem diferente das que são transportadas por outras embarcações. Por hora, o equipamento é capaz de transportar 55 contêineres. Os atuais transportam 30, e são os primeiros desse tipo da América Latina, movidos a energia elétrica.
“Vamos aumentar nossa produtividade mais de 40% e vamos voltar a ser a grande ferramenta de atração de novos investimentso no estado da Bahia”, observa Demir Lourenço, diretor executivo da Tecon.
Com esses novos guindastes e a profundidade do mar ampliada para quinze metros na área de atracação, o terminal de contêineres vai ser capaz de receber os maiores cargueiros do mundo. O investimento foi de R$ 160 milhões.
Portos e Navios
Porto recebe primeiro transatlântico da temporada
O Porto do Rio Grande recebeu nesta quinta-feira o navio Silver Whisper, de bandeira das Bahamas, o primeiro transatlântico da temporada 2011/2012. A embarcação atracou no cais do Porto Novo por volta das 9h15min, com quase uma hora e meia de atraso. A atracação estava prevista para às 8h, mas o vento forte dificultou a manobra na Barra do Rio Grande ocasionando o atraso. A bordo estavam 284 tripulantes e 315 passageiros de diferentes nacionalidades, como suíços, alemães, belgas, ingleses e americanos, sendo a maioria da faixa etária de 50 a 60 anos.
Parte dos turistas desembarcou para um passeio pelo centro da cidade, programado pela Fellini Turismo e Viagens Ltda. Um grupo de 89 turistas inscreveu-se para o passeio, que incluía visitas ao prédio da Alfândega, à Praça Xavier Ferreira, Museus de Arte Sacra e Oceanográfico, Catedral de São Pedro e Praça Tamandaré. Outros fizeram saídas por conta própria, utilizando um dos ônibus mobilizados pela Fellini e táxis. Essa agência disponibilizou quatro ônibus, sendo três para atender os que fizeram o passeio por ela organizado e outro para as saídas individuais.
A Superintendência do Porto do Rio Grande disponibilizou vários serviços para recebê-los, como intérpretes, guias de turismo, câmbio, correio e internet. Entre os passageiros do transatlântico estava Hans Joachim, 55 anos, de Hamburgo, Alemanha. Ele contou ter embarcado no último dia 27, no Rio de Janeiro, com a intenção de conhecer "um pouco de tudo no Brasil". Relatou que a primeira impressão que teve do País é muito boa e que pretende voltar em outra ocasião, acrescentando que virá ao Brasil na Copa.
Antes de chegar em Rio Grande, o Silver Whisper esteve em Santos (SP). Às 16h30min de ontem, ele deixou o porto rio-grandino e seguiu viagem para Punta del Este, de onde irá para Montevidéu e depois Buenos Aires. Outros sete cruzeiros terão escala em Rio Grande na temporada 2011/2012. Para este mês, ainda está prevista a vinda do Insignia (dias 18 e 26) e do Spirit (dia 27). No mês de fevereiro, virão o Silver Whisper (dia 14) e o Mariner (dia 17). Em março, o Insignia virá a Rio Grande duas vezes - nos dias 5 e 13.
Portos e Navios
Tecon Rio Grande investe em novos equipamentos
Guindastes devem custar US$ 25 milhões e operar após 2013
Para aprimorar a movimentação de contêineres, o Tecon Rio Grande pretende adquirir seis guindastes RTGs (sobre pneus) e dois portêineres (sobre trilhos). O investimento nos equipamentos totalizará aproximadamente US$ 25 milhões e será realizado entre o próximo ano e 2013. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Paulo Bertinetti, a iniciativa agilizará a operação do terminal rio-grandino.
O dirigente participou nessa quinta-feira da Expocargo 2011 - Feira de Comércio Exterior e Logística, que se encerra nesta sexta-feira na Fiergs. Na ocasião, ainda foi apresentado o serviço de reefer intelligence do Tecon Rio Grande, que oferece suporte aos clientes do segmento de cargas refrigeradas. O sistema tem como objetivo sanar dúvidas operacionais e de cobrança, auxiliar nos processos de vistoria, disponibilizar aos exportadores controles estatísticos e prestar informações sobre mercados e soluções logísticas etc. A partir de fevereiro, o Tecon Rio Grande passa a contar também com uma estrutura para carga refrigerada localizada próxima ao terminal, em parceria com a Martini Meat. O armazém terá capacidade para 13 mil toneladas e, com essa instalação, o movimento pode aumentar de 15% a 20% na exportação de carga refrigerada pelo terminal.
Sobre a Expocargo, o diretor da Sinal Comunicações (organizadora da feira), Luiz Reni Marques, informa que a expectativa é de que a feira que se encerra nesta sexta-feira registre em torno de 12 mil visitantes. Ele estima que serão movimentados cerca de R$ 120 milhões em negócios envolvendo transportadoras multimodais, agentes portuários, entre outros. Marques lembra que, paralelo às rodadas de negócios, há o Fórum Expocargo para debater temas relativos ao setor logístico.
Entre os assuntos de interesse dos operadores de terminais estão os benefícios fiscais que alguns estados concedem para as importações. Em Santa Catarina, por exemplo, apesar do ICMS incidente sobre as importações ser de 17%, o programa Pró-Emprego permite que na prática esse percentual caia para 3,4%.
O diretor-presidente do Tecon Rio Grande é um dos defensores do fim da guerra fiscal entre os estados. "Isonomia é uma palavra muito bonita", salienta Bertinetti. Já o diretor-comercial da Santos Brasil, Roberto Tórtima, admite que o incentivo ajuda. No entanto, ele argumenta que, com a tendência de crescimento do comércio exterior e da cabotagem, um eventual cancelamento dos incentivos não representaria grande impacto na movimentação de contêineres na região catarinense. A Santos Brasil detém a concessão do Tecon Imbituba, a 360 quilômetros de distância de Porto Alegre e de Curitiba.
Portos e Navios
Brasil embarca 2,783 milhões de sacas de café em novembro
São Paulo - A exportação de café em 20 dias úteis de novembro alcançou 2,783 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa redução de 5,6% em relação ao mesmo mês do ano passado (2,949 milhões de sacas). Em termos de receita cambial, no entanto, houve forte aumento, de 36,5%, no período, para US$ 803,6 milhões em comparação com os US$ 588,9 milhões em novembro de 2010.
Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Quando comparada ao mês anterior, a exportação de café em novembro apresenta queda de 2,9% em termos de volume, pois em outubro passado o País embarcou 2,867 milhões de sacas. A receita cambial foi 2,7% menor, considerando faturamento de US$ 826,1 milhões em outubro.
Agência Estado / Tomas Okuda
http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/geral/13077-brasil-embarca-2783-milhoes-de-sacas-de-cafe-em-novembro
Além da infraestrutura logística
KARLA MOTTA [ Consultora de logística ]
As políticas dirigidas aos investimentos em infraestrutura logística são essenciais para o crescimento econômico, pois a competitividade do produto final é afetada pela oferta, qualidade e custo dos transportes. Entretanto, a presença de infraestrutura de transportes é insuficiente para que os países obtenham a competitividade que a logística tem a capacidade de lhes proporcionar. As atividades que condicionam o desempenho do sistema de logística e transporte de uma região estão relacionadas com a maneira como as empresas organizam suas cadeias de suprimentos, como também pelas capacidades dos operadores e intermediários logísticos dos quais elas dependem. Trata-se de um enfoque microeconômico, com forte influência na competitividade estadual.
O Estado deve buscar promover o desenvolvimento do setor privado, pois dele depende o uso eficiente dos recursos de infraestrutura, bem como a maior facilidade na adoção de novos procedimentos definidos pelo poder público. A presença de empresas de médio e grande porte alavanca o desenvolvimento de uma região, mas é necessário considerar o papel das micro e pequenas empresas (MPEs), que merece destaque nesse contexto. A competitividade das MPEs deve ser de interesse do Governo e das entidades locais, embora o seu desempenho logístico seja inferior ao das grandes empresas, uma vez que elas representam mais de 90% do contingente empresarial e têm uma grande importância na geração de empregos e no equilíbrio social do país. Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) afirmam que os dirigentes das MPEs precisam se capacitar em logística, para que utilizem os transportes e armazenem cargas de modo competitivo, sendo importante o planejamento e a realização de iniciativas nesse sentido.
Pesquisas mostram que a eficiência da logística se eleva com terceirização de serviços nessa área, ao ponto deste ser um dos indicadores usados na avaliação do desempenho logístico dos países pelo Banco Mundial. Os prestadores de serviços logísticos (PSL) vêm ganhando importância no contexto nacional e internacional, por atuarem como facilitadores da cadeia de suprimentos e aumentarem a competitividade empresarial, por meio do uso de tecnologias de ponta e da obtenção de economias de escala na realização das atividades logísticas. Grandes PSLs se destacam no cenário nacional, disseminando melhores práticas logísticas, oferecendo às MPEs, médias e grandes empresas a possibilidade de atenderem mercados mais distantes, com melhor nível de serviço. A presença de PSLs em uma região é um diferencial de competitividade para as empresas locais, devendo ser estimulada pelo Governo.
As plataformas logísticas são um exemplo de solução que visa promover a integração das atividades dos diferentes participantes da cadeia suprimentos, tais como fornecedores, indústrias, distribuidores, atacadistas, varejistas e clientes finais. Elas consistem em uma solução adotada em diversos países e correspondem a áreas de serviços logísticos, localizadas em um ponto estratégico das cadeias logísticas e das redes de transporte. Essas estruturas aportam contribuições importantes na cadeia de valor, por meio da prestação de diversos serviços de valor agregado. Dentre eles estão a integração das redes de transporte e de telecomunicações, os serviços de consolidação, fracionamento e armazenagem de mercadorias, e outras atividades de suporte às pessoas, aos veículos e equipamentos. Com características e serviços distintos, algumas soluções possíveis de serem adotadas são as Zonas de Atividades Logísticas, as Plataformas Logísticas Multimodais e os Centros de Logística Integrada ou Portos Secos, que precisam constar do planejamento estadual da infraestrutura de logística e transportes.
Ao considerar uma abordagem sistêmica e os objetivos de melhoria da cadeia de suprimentos, é necessário levar em conta o desempenho das empresas, a forma como estas se organizam nas cadeias de suprimentos e utilizam a infraestrutura disponível. Ações que promovam a melhoria da logística empresarial no nível microeconômico terão impacto significativo sobre o desempenho da logística e transporte no Estado, assim como sobre o uso eficiente da infraestrutura disponível.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/alem-da-infraestrutura-logistica/204709
Os armadores MSC e CMA CGM - respectivamente segundo e terceiro maiores transportadores de contêineres do mundo - surpreenderam o mercado ao anunciarem ontem um acordo de cooperação em nível mundial. A parceria é uma forma de enfrentar o excesso de capacidade nos tráfegos entre a Ásia e o Norte da Europa, Ásia e África do Sul e nas rotas que envolvem a América do Sul. Por conta da crise mundial, as trocas comerciais estão declinando, pressionando os fretes marítimos para baixo.
O anúncio foi feito pela francesa CMA CGM. O armador afirma que a parceria tem como objetivo o ganho de "sinergias operacionais", mas não entra em detalhes. A nota não menciona fusão ou compra. "O atual excesso de capacidade, combinado com a menor demanda, está impactando nosso desempenho financeiro", disse o diretor financeiro do grupo, Michel Sirat. Somam-se a isso os altos custos de combustível. Principal gasto do navio em uma viagem, o preço do óleo subiu 40% na comparação entre novembro deste ano e de 2010, segundo dados do mercado. No último dia 17, a tonelada do tipo mais nobre estava cotada em US$ 962, contra US$ 684 em 2010.
A parceria com a MSC integra um vigoroso plano de redução de custos anunciado pela CMA CGM em setembro. A meta é cortar US$ 400 milhões anuais.
O acordo começa a valer em março de 2012 e inicialmente será por dois anos. Juntas, MSC e CMA CGM somarão uma frota de 3,6 milhões Teus (contêiner de 20 pés), ultrapassando os 2,5 milhões de Teus da líder dessa indústria, a APM Maersk, segundo dados da consultoria Alphaliner. Em número de navios, o acordo entre MSC e CMA CGM totalizará 877 embarcações, contra 654 da Maersk.
Nos tráfegos que envolvem as trocas com o Brasil, a MSC é a segunda colocada e a CMA CGM, a quinta. Nos nove primeiros meses do ano, a MSC, com base na Suíça, movimentou 734 mil Teus cheios nas rotas que envolveram os países da Costa Leste da América do Sul. A CMA CGM operou 333 mil Teus no período. O ranking é da empresa Datamar, que compila dados de movimentação de cargas nos países da Costa Leste da America do Sul, por meio de convênios com o Centro Nacional de Navegação (Centronave) e com entidades e empresas dos demais países.
Além da cooperação com a MSC, a CMA CGM anunciou a renegociação de taxas de afretamento e a implantação de medidas para elevar a eficiência do combustível.
Também ontem a empresa divulgou os resultados financeiros. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos nove primeiros meses foi menor que o de 2010, mas positivo: US$ 672 milhões. E o lucro líquido ficou em US$ 13,2 milhões, sinalizando que um resultado ruim no último trimestre pode deixar a companhia no vermelho.
Valor Econômico
Guindastes que vão modernizar Porto de Salvador chegam a cidade
Equipamentos vieram da China em uma viagem que durou 44 dias. Investimento foi de R$ 160 milhões
Um navio com uma carga da altura de um prédio de cinco andares chamou a atenção na Baía de Todos os Santos, nessa quinta-feira (1º), em Salvador. São os novos guindastes que vão modernizar e aumentar a capacidade do porto da capital. Os equipamentos vieram da China em uma viagem que durou 44 dias.
A carga é bem diferente das que são transportadas por outras embarcações. Por hora, o equipamento é capaz de transportar 55 contêineres. Os atuais transportam 30, e são os primeiros desse tipo da América Latina, movidos a energia elétrica.
“Vamos aumentar nossa produtividade mais de 40% e vamos voltar a ser a grande ferramenta de atração de novos investimentso no estado da Bahia”, observa Demir Lourenço, diretor executivo da Tecon.
Com esses novos guindastes e a profundidade do mar ampliada para quinze metros na área de atracação, o terminal de contêineres vai ser capaz de receber os maiores cargueiros do mundo. O investimento foi de R$ 160 milhões.
Portos e Navios
Porto recebe primeiro transatlântico da temporada
O Porto do Rio Grande recebeu nesta quinta-feira o navio Silver Whisper, de bandeira das Bahamas, o primeiro transatlântico da temporada 2011/2012. A embarcação atracou no cais do Porto Novo por volta das 9h15min, com quase uma hora e meia de atraso. A atracação estava prevista para às 8h, mas o vento forte dificultou a manobra na Barra do Rio Grande ocasionando o atraso. A bordo estavam 284 tripulantes e 315 passageiros de diferentes nacionalidades, como suíços, alemães, belgas, ingleses e americanos, sendo a maioria da faixa etária de 50 a 60 anos.
Parte dos turistas desembarcou para um passeio pelo centro da cidade, programado pela Fellini Turismo e Viagens Ltda. Um grupo de 89 turistas inscreveu-se para o passeio, que incluía visitas ao prédio da Alfândega, à Praça Xavier Ferreira, Museus de Arte Sacra e Oceanográfico, Catedral de São Pedro e Praça Tamandaré. Outros fizeram saídas por conta própria, utilizando um dos ônibus mobilizados pela Fellini e táxis. Essa agência disponibilizou quatro ônibus, sendo três para atender os que fizeram o passeio por ela organizado e outro para as saídas individuais.
A Superintendência do Porto do Rio Grande disponibilizou vários serviços para recebê-los, como intérpretes, guias de turismo, câmbio, correio e internet. Entre os passageiros do transatlântico estava Hans Joachim, 55 anos, de Hamburgo, Alemanha. Ele contou ter embarcado no último dia 27, no Rio de Janeiro, com a intenção de conhecer "um pouco de tudo no Brasil". Relatou que a primeira impressão que teve do País é muito boa e que pretende voltar em outra ocasião, acrescentando que virá ao Brasil na Copa.
Antes de chegar em Rio Grande, o Silver Whisper esteve em Santos (SP). Às 16h30min de ontem, ele deixou o porto rio-grandino e seguiu viagem para Punta del Este, de onde irá para Montevidéu e depois Buenos Aires. Outros sete cruzeiros terão escala em Rio Grande na temporada 2011/2012. Para este mês, ainda está prevista a vinda do Insignia (dias 18 e 26) e do Spirit (dia 27). No mês de fevereiro, virão o Silver Whisper (dia 14) e o Mariner (dia 17). Em março, o Insignia virá a Rio Grande duas vezes - nos dias 5 e 13.
Portos e Navios
Tecon Rio Grande investe em novos equipamentos
Guindastes devem custar US$ 25 milhões e operar após 2013
Para aprimorar a movimentação de contêineres, o Tecon Rio Grande pretende adquirir seis guindastes RTGs (sobre pneus) e dois portêineres (sobre trilhos). O investimento nos equipamentos totalizará aproximadamente US$ 25 milhões e será realizado entre o próximo ano e 2013. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Paulo Bertinetti, a iniciativa agilizará a operação do terminal rio-grandino.
O dirigente participou nessa quinta-feira da Expocargo 2011 - Feira de Comércio Exterior e Logística, que se encerra nesta sexta-feira na Fiergs. Na ocasião, ainda foi apresentado o serviço de reefer intelligence do Tecon Rio Grande, que oferece suporte aos clientes do segmento de cargas refrigeradas. O sistema tem como objetivo sanar dúvidas operacionais e de cobrança, auxiliar nos processos de vistoria, disponibilizar aos exportadores controles estatísticos e prestar informações sobre mercados e soluções logísticas etc. A partir de fevereiro, o Tecon Rio Grande passa a contar também com uma estrutura para carga refrigerada localizada próxima ao terminal, em parceria com a Martini Meat. O armazém terá capacidade para 13 mil toneladas e, com essa instalação, o movimento pode aumentar de 15% a 20% na exportação de carga refrigerada pelo terminal.
Sobre a Expocargo, o diretor da Sinal Comunicações (organizadora da feira), Luiz Reni Marques, informa que a expectativa é de que a feira que se encerra nesta sexta-feira registre em torno de 12 mil visitantes. Ele estima que serão movimentados cerca de R$ 120 milhões em negócios envolvendo transportadoras multimodais, agentes portuários, entre outros. Marques lembra que, paralelo às rodadas de negócios, há o Fórum Expocargo para debater temas relativos ao setor logístico.
Entre os assuntos de interesse dos operadores de terminais estão os benefícios fiscais que alguns estados concedem para as importações. Em Santa Catarina, por exemplo, apesar do ICMS incidente sobre as importações ser de 17%, o programa Pró-Emprego permite que na prática esse percentual caia para 3,4%.
O diretor-presidente do Tecon Rio Grande é um dos defensores do fim da guerra fiscal entre os estados. "Isonomia é uma palavra muito bonita", salienta Bertinetti. Já o diretor-comercial da Santos Brasil, Roberto Tórtima, admite que o incentivo ajuda. No entanto, ele argumenta que, com a tendência de crescimento do comércio exterior e da cabotagem, um eventual cancelamento dos incentivos não representaria grande impacto na movimentação de contêineres na região catarinense. A Santos Brasil detém a concessão do Tecon Imbituba, a 360 quilômetros de distância de Porto Alegre e de Curitiba.
Portos e Navios
Brasil embarca 2,783 milhões de sacas de café em novembro
São Paulo - A exportação de café em 20 dias úteis de novembro alcançou 2,783 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa redução de 5,6% em relação ao mesmo mês do ano passado (2,949 milhões de sacas). Em termos de receita cambial, no entanto, houve forte aumento, de 36,5%, no período, para US$ 803,6 milhões em comparação com os US$ 588,9 milhões em novembro de 2010.
Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Quando comparada ao mês anterior, a exportação de café em novembro apresenta queda de 2,9% em termos de volume, pois em outubro passado o País embarcou 2,867 milhões de sacas. A receita cambial foi 2,7% menor, considerando faturamento de US$ 826,1 milhões em outubro.
Agência Estado / Tomas Okuda
http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/geral/13077-brasil-embarca-2783-milhoes-de-sacas-de-cafe-em-novembro
Além da infraestrutura logística
KARLA MOTTA [ Consultora de logística ]
As políticas dirigidas aos investimentos em infraestrutura logística são essenciais para o crescimento econômico, pois a competitividade do produto final é afetada pela oferta, qualidade e custo dos transportes. Entretanto, a presença de infraestrutura de transportes é insuficiente para que os países obtenham a competitividade que a logística tem a capacidade de lhes proporcionar. As atividades que condicionam o desempenho do sistema de logística e transporte de uma região estão relacionadas com a maneira como as empresas organizam suas cadeias de suprimentos, como também pelas capacidades dos operadores e intermediários logísticos dos quais elas dependem. Trata-se de um enfoque microeconômico, com forte influência na competitividade estadual.
O Estado deve buscar promover o desenvolvimento do setor privado, pois dele depende o uso eficiente dos recursos de infraestrutura, bem como a maior facilidade na adoção de novos procedimentos definidos pelo poder público. A presença de empresas de médio e grande porte alavanca o desenvolvimento de uma região, mas é necessário considerar o papel das micro e pequenas empresas (MPEs), que merece destaque nesse contexto. A competitividade das MPEs deve ser de interesse do Governo e das entidades locais, embora o seu desempenho logístico seja inferior ao das grandes empresas, uma vez que elas representam mais de 90% do contingente empresarial e têm uma grande importância na geração de empregos e no equilíbrio social do país. Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) afirmam que os dirigentes das MPEs precisam se capacitar em logística, para que utilizem os transportes e armazenem cargas de modo competitivo, sendo importante o planejamento e a realização de iniciativas nesse sentido.
Pesquisas mostram que a eficiência da logística se eleva com terceirização de serviços nessa área, ao ponto deste ser um dos indicadores usados na avaliação do desempenho logístico dos países pelo Banco Mundial. Os prestadores de serviços logísticos (PSL) vêm ganhando importância no contexto nacional e internacional, por atuarem como facilitadores da cadeia de suprimentos e aumentarem a competitividade empresarial, por meio do uso de tecnologias de ponta e da obtenção de economias de escala na realização das atividades logísticas. Grandes PSLs se destacam no cenário nacional, disseminando melhores práticas logísticas, oferecendo às MPEs, médias e grandes empresas a possibilidade de atenderem mercados mais distantes, com melhor nível de serviço. A presença de PSLs em uma região é um diferencial de competitividade para as empresas locais, devendo ser estimulada pelo Governo.
As plataformas logísticas são um exemplo de solução que visa promover a integração das atividades dos diferentes participantes da cadeia suprimentos, tais como fornecedores, indústrias, distribuidores, atacadistas, varejistas e clientes finais. Elas consistem em uma solução adotada em diversos países e correspondem a áreas de serviços logísticos, localizadas em um ponto estratégico das cadeias logísticas e das redes de transporte. Essas estruturas aportam contribuições importantes na cadeia de valor, por meio da prestação de diversos serviços de valor agregado. Dentre eles estão a integração das redes de transporte e de telecomunicações, os serviços de consolidação, fracionamento e armazenagem de mercadorias, e outras atividades de suporte às pessoas, aos veículos e equipamentos. Com características e serviços distintos, algumas soluções possíveis de serem adotadas são as Zonas de Atividades Logísticas, as Plataformas Logísticas Multimodais e os Centros de Logística Integrada ou Portos Secos, que precisam constar do planejamento estadual da infraestrutura de logística e transportes.
Ao considerar uma abordagem sistêmica e os objetivos de melhoria da cadeia de suprimentos, é necessário levar em conta o desempenho das empresas, a forma como estas se organizam nas cadeias de suprimentos e utilizam a infraestrutura disponível. Ações que promovam a melhoria da logística empresarial no nível microeconômico terão impacto significativo sobre o desempenho da logística e transporte no Estado, assim como sobre o uso eficiente da infraestrutura disponível.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/alem-da-infraestrutura-logistica/204709
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