Zorovich inicia inspeção de segurança no fornecimento de bunker no Porto de Paranaguá
A Zorovich & Maranhão, que já faz a inspeção no abastecimento de combustível em navios no Porto de Santos para a Petrobras desde 2002, vence licitação e inicia contrato de dois anos no Porto de Paranaguá.
A Zorovich & Maranhão, empresa de serviços náuticos do Grupo Zorovich iniciou, em 25 de junho, o contrato de dois anos de duração com a Transpetro, subsidiária da Petrobras, de serviço de inspeção de segurança de carga e descarga no fornecimento de bunker - combustível para navios - nas embarcações que atracam no Porto de Paranaguá. Com a responsabilidade de inspecionar uma média de 160 navios/mês, a Zorovich & Maranhão dedicou equipe experiente para atender o Porto, considerado hoje o terceiro maior do país em valor de movimentação de comércio internacional, com US$ 16,55 bilhões no ano passado, segundo mapeamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
"O nosso comprometimento em realizar o melhor trabalho é proporcional à confiança que a Petrobras nos dedica. Já são oito anos de parceria no Porto de Santos nesta operação que demanda enorme responsabilidade. Por isto, agora chegamos em Paranaguá", afirma o Diretor Comercial do Grupo, Eduardo Zorovich. O fornecimento de bunkering atende às especificações da Agência Nacional de Petróleo - ANP, que exige integral inspeção de todo o processo de abastecimento. A operação ocorre entre a embarcação fornecedora de combustível e outra recebedora, que pode ser um navio ou um rebocador, sendo ambas inspecionadas antes do início e durante o fornecimento.
"São 79 itens vistoriados em todo o procedimento, que começa desde a saída da barcaça de óleo até a carga ou descarga completa do navio. Garantir a segurança durante toda a operação, sem qualquer intercorrência, é o nosso trabalho cotidiano", explica o Gerente Operacional da Zorovich, Adinir de Souza. "Esse serviço também tem fundamental importância para a proteção do meio ambiente, pois previne o risco de acidentes, como vazamento de óleo no mar", afirma Adinir ao destacar a responsabilidade de atender as vistorias dos maiores portos nacionais, como Santos e Paranaguá. A Petrobras, responsável pela contratação da Zorovich, é hoje a maior produtora e fornecedora de bunkering da América do Sul, abastecendo mais de 7 mil navios por ano nos portos brasileiros.
Histórico - A Zorovich & Maranhão, que oferece este serviço para a Petrobras desde 2002, conta com uma equipe de 25 inspetores técnicos, à disposição 24 horas por dia, para atender navios vindos de zonas e fusos horários diversos, respeitando ao máximo os requisitos operacionais de segurança nas operações. Para atingir excelência na execução do procedimento é necessário que o inspetor técnico tenha conhecimento do mapa de risco e capacidade de avaliar e conhecer os possíveis riscos inerentes durante a operação. Mensalmente, são inspecionados pelo Grupo Zorovich, somente no Porto de Santos, em torno de 260 navios nacionais e estrangeiros de todos os tipos, chegando a uma média de nove a dez navios por dia.
www.twitter.com/grupozorovich
Empresas inauguram rota de entrega entre Brasil e Paraguai com 72 horas de transit time
José Carlos Cabral - Da redação
Entregar cargas entre o Brasil e o Paraguai em 72 horas úteis. É o que promete o novo serviço “Rota 72Horas Brasil-Paraguai”, projeto de associação e colaboração lançado recentemente por três empresas de transporte e logística: TGA Logística (www.tgalogistica.com.br), La Asuncena (www.laasuncena.com.br) e AC Group (www.acgroupbrasil.com.br).
Serviço - De acordo com as empresas, o diferencial do transit time de 72 horas foi conseguido graças a uma desenvoltura imbatível na liberação de cargas em MIC-DTA, regime autorizado pelo governo brasileiro para o Paraguai. Para se ter uma idéia, segundo Nilson Santos, diretor de Operações da TGA, esta é uma rota normalmente operada em 96 horas, no mínimo.
Essa redução de 96 para 72 horas, de acordo com as parceiras, é exatamente o desembaraço aduaneiro ocorrendo em São Paulo, o que evita que o veículo fique parado na fronteira. “O conhecimento profundo do mercado, bem como dos caminhos para o rápido desembaraço dos carregamentos na origem é um dos nossos maiores diferenciais”, garante Nilson Santos.
Nilson: “conhecimento profundo do mercado”
Com o MIC-DTA, conforme explica o diretor executivo da TGA Logística, Adilson Gomes dos Santos, a consolidação é feita numa estação aduaneira da Receita Federal no Jaguaré. Lá são feitos todos os trâmites de desembaraço aduaneiro, fazendo com que o caminhão seja lacrado e parta diretamente para Assuncion. “Chegando ao Paraguai, a carga vai direto para um recinto aduaneiro, ou seja, não vai ter parada na fronteira. Dentro desse recinto, cada cliente fará seu desembaraço, nós faremos a entrega, um porta a porta integral”, detalha Nilson Santos.
O diretor executivo da TGA explica que o projeto em si está desenhado nos pequenos volumes, considerado por ele a grande dificuldade hoje das indústrias. “Projetamos trabalhar com cargas de no máximo 5 toneladas”, revela. “A idéia nossa é levar e trazer carga industrial. Muitos caminhões estão na rota de produtos industrializados, como PETs”, completa Adilson Gomes dos Santos.
Adilson: “cargas de no máximo 5 toneladas”
No entanto, o presidente da La Asuncena, Carlos Gonzalez, lembra que o volume de cargas hoje para o Paraguai é muito grande - desde sapatos, roupas, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, autopeças, alimentícios. “Nós já temos cargas piloto com os principais importadores paraguaios”, conta.
Entre outros diferenciais do novo serviço, as parceiras destacam a operação door to door nos limites da Grande Assunção, a “consularização” documental em Foz do Iguaçu, a ampla cobertura de seguros all risks e a estrutura de atendimento - tanto na origem como na fronteira e no destino, proporcionando total controle da operação. “Portanto, traremos ao mercado mais agilidade, desde o desembaraço da carga na origem, passando pelo tempo de trânsito pelas diversas aduanas, até o destino”, detalha Nilson Santos.
O diretor de operações da TGA Logística informa que a “Rota 72Horas Brasil-Paraguai” terá saídas semanais. “Pra fazer algo tão revolucionário, estamos nos baseando em experiência que nós temos. Experiência da TGA como operadora logística há sete anos, que faz essa rota, além de Argentina e Chile”, ressalta.
O executivo destaca ainda a possibilidade do retorno no serviço. “Nossos caminhões não voltarão vazios. Para isso nós temos a maior empresa logística de Assunção como parceiro, a AC Group”, explica.
As operações do serviço “Rota 72Horas Brasil-Paraguai” já foram iniciadas no trecho a partir de São Paulo a Assunção, no Paraguai, com saídas fixas semanais às sextas-feiras. O presidente da La Asuncena enfatiza que a sinergia com a TGA resultou no acordo que garantirá aos clientes da região Sudeste operações conjuntas e eficientes de transporte de carga consolidada para o Paraguai, por meio de um ´hub´ em São Paulo, com o compromisso de entrega com hora marcada. “Para a região Sul do Brasil estabelecemos com a TGA outro projeto de representação para as rotas da Argentina e Chile, usando como hub o nosso terminal de Porto Alegre, também para cargas consolidadas”, acrescenta Gonzalez.
Numa segunda etapa do serviço será incluído o Sul do país para o Paraguai, ainda este ano, segundo Adilson Santos. O serviço oferecerá a possibilidade de enviar cargas do Rio Grande do Sul, sede da La Assucena, que lá já atua em parceria com a AC Group. De acordo com Gonzalez, a empresa investiu na ampliação dos seus estoques, para que se possa fazer as operações de busca da mercadoria junto ao pólo industrial (Caxias do Sul, Bento Gonçalves e região), mandando para São Paulo. “Também adquirimos um veículo para buscar pequenas encomendas, especificamente para esse projeto”, informa.
Investimentos - Sobre investimentos, Adilson Santos revela que a TGA adquiriu três novos equipamentos para a operação, além de um terminal de 10 mil metros quadrados na Anhanguera, não só para o novo serviço, mas também para os projetos que já existem nas rotas Brasil – Chile e Brasil - Argentina “Projetamos que até o final de 2010 esse investimento chega a US$ 1,5 milhão”, acrescenta.
Novo terminal de 10 mil metros quadrados da TGA
O diretor de Operações da TGA informa que o serviço utilizará carretas de 25 toneladas e 80 metros para cada embarque. “Inicialmente, trabalharemos com em torno de 15 a 20 caminhões por mês só para essa rota”, completa Gonzalez.
Gonzalez: “15 a 20 caminhões por mês”
Perspectivas - A perspectiva da TGA com o novo serviço, segundo Adilson Gomes dos Santos, é ter um retorno de 10% do faturamento até o final do ano. No caso da La Asucena, Gonzalez espera um incremento da ordem de 50%.
Para o diretor executivo da La Asucena, o projeto em si vem muito a dar mais competitividade a exportadores e importadores brasileiros e paraguaios. “Esse é o nosso principal objetivo com o projeto, fazer com que não existam buracos negros no processo aduaneiro. Você sabe exatamente onde a carga está, por onde ela vai passar, a que horas e que dia ela vai chegar. A idéia nossa é realmente compartilhar essa cadeia logística usando nosso serviço de carga consolidada de 72 horas”, destaca Gonzalez. “Estamos convencidos que se trata de uma rara oportunidade de alavancar algo que o mercado está pedindo: transporte de mercadoria consolidada para o Paraguai”, conclui o diretor executivo da TGA.
Canal do Transporte
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