LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 3 de junho de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 03/06/2011

Volume de contêineres deve crescer
Os volumes europeus de contêineres de importação e exportação devem registrar um "crescimento sólido" na segunda metade deste ano, apesar dos resultados fracos no primeiro trimestre, de acordo com o último relatório regional Global Port Tracker, elaborado pela Hackett Associates e pelo Bremen Institute of Shipping Economics and Logistics.

A previsão mostrou um crescimento menos robusto para os seis maiores portos de contêineres da Europa (Le Havre, Antuérpia, Zeebrugge, Roterdã, Bremen/Bremerhaven e Hamburgo). Ben Hackett afirmou: "Estamos de volta aos níveis registrados no começo de 2008 e esperamos que o fluxo mensal continue a registrar a mesma quantidade de volumes do ano passado", disse.

Segundo o estudo, o crescimento mais forte será mesmo nos portos situados na extensão ao norte do continente europeu. Mas a previsão para eles é de que os volumes das importações abrandem um pouco até setembro: "Cada mês é projetado para registrar ganhos no ano a ano. Os seis portos devem ter um crescimento no mês a mês um pouco mais leve, mas crescimento forte no ano a ano, tanto para os volumes que chegam quanto para os que saem", afirmou o relatório.

"As importações e exportações europeias estão previstas para registrar crescimento no ano a ano em cada trimestre até o primeiro trimestre de 2012, com o terceiro trimestre de 2011 sendo, antecipadamente, cotado para ter o maior ganho", continua o relatório.

O hub alemão de Hamburgo tem mostrando um futuro saudável, com volumes que devem crescer em acompanhamento aos embarques para a Escandinávia e a Russia, especialmente no segundo e no terceiro trimestres de 2011.

Apesar das previsões de crescimento, há uma ressalva da Hackett: "Com o trade mundial este ano projetado para crescer apenas um dígito e com a capacidade se expandindo em dois dígitos, antecipamos que as transportadoras estarão sob pressão considerável já que as taxas de frete permanecem fracas".
Guia Maritimo



Múltis pesaram na opção de privatizar
A presidente Dilma Rousseff decidiu na última hora privatizar totalmente os aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília por avaliar que a estatal Infraero não tem sido eficiente na operação aeroportuária e era preciso atrair empresas internacionais do setor para melhorar a qualidade dos serviços.

Até então, o governo havia optado pelo modelo de concessão administrativa, no qual a operação dos aeroportos continuaria com a Infraero e apenas a construção de novos terminais seria repassada à iniciativa privada -que ficaria com a exploração comercial das áreas. Agora, segundo a Folha apurou, a estatal vai, no máximo, compartilhar a operação desses aeroportos, que ficará sob comando do consórcio vencedor.
Pesou na decisão da presidente Dilma informação repassada ao governo pelas empreiteiras interessadas em participar das licitações de aeroportos no país, como Andrade Gutierrez e Odebrecht.
As construtoras informaram que, para fortalecer os consórcios que vão disputar os leilões, precisavam se associar às grandes operadoras internacionais de aeroportos. E elas só entrariam no negócio se pudessem ter o controle da operação.
Diversas operadoras estrangeiras já demonstraram interesse pelo setor no país. Entre elas, a alemã Fraport, parceira da Andrade Gutierrez, a FMG (de Munique), que tem conversas com a Queiroz Galvão, a francesa Aéroport de Paris e a americana ADC&HAS. Há ainda a A-Port, joint venture da Camargo Corrêa com a Flughafen Zürich (Suíça) e a IDC (Chile). Durante a reunião com governadores anteontem, Dilma disse que estava decidida a atrair as operadoras aeroportuárias internacionais para melhorar a qualidade dos serviços. Segundo assessores, a presidente está convencida de que a Infraero "não dá conta do recado".
Além de Cumbica (em Guarulhos), Viracopos e Brasília, o governo vai oficializar em breve que também adotará o mesmo modelo de privatização nos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG).

A intenção é tentar acelerar os estudos para a formatação dos editais e fazer os três leilões no final do ano. Enquanto isso, a Infraero seguirá com os estudos e obras em curso desses aeroportos.

Dentre as obras que serão levadas adiante estão os MOPs (Módulos Operacionais Provisórios), batizados de "puxadinhos", nos aeroportos de Guarulhos, Brasília e outros. Num segundo momento, o governo pretende também abrir o capital da Infraero.

EUA - Em Washington, o chanceler Antônio Patriota afirmou que o país quer atrair investidores americanos para os aeroportos. "Como é sabido, vamos modernizar nossos aeroportos e investimento americano seria bem-vindo, disse Patriota após encontro com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.
Folha de São Paulo




Coreanos confirmam estaleiro para região do Rio Grande
A empresa coreana Insung assinou hoje, 1º, um protocolo de intenções com um consórcio brasileiro, composto por três empresas do Rio de Janeiro e uma do Rio Grande do Sul, objetivando a implantação de um estaleiro na área do canal São Gonçalo, situado entre as cidades de Pelotas e do Rio Grande. A informação é da assessoria de imprensa do governador Tarso Genro, que está com a missão gaúcha na Coreia do Sul.
O local servirá para a manutenção e reparação de barcos pesqueiros da empresa coreana. O objetivo é atender as 25 embarcações que atuam na região das Ilhas Malvinas. Os executivos vinham negociando desde fevereiro e chegaram a um acordo na última segunda-feira, 30, durante a realização do seminário de oportunidades organizado pelo governo gaúcho em Seul. Em função disso, o governador Tarso Genro assinou o protocolo das empresas como testemunha, assim como o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, e o deputado estadual Alexandre Lindenmeyer.

Após a concessão das licenças ambientais, o estaleiro começará a ser construído. A expectativa é que o local esteja funcionando plenamente já no começo de 2012. O estaleiro é mais um investimento dentro da indústria oceânica, um dos eixos estratégicos para o desenvolvimento do Estado.
Jornal Agora (RS)




Porta-contêineres de médio porte em voga
Alto índice de grandes embarcações favorece afretamentos.

A frota de embarcações de médio porte terá boas oportunidades no mercado de afretamento, de acordo com o co-diretor do armador alemão Schiffahrts Oltmann, Peter Oltmann. Segundo ele, com a tendência atual para encomendas de navios cada vez maiores, proprietários e operadores de porta-contêineres com capacidade entre 3 mil Teus e 4 mil Teus podem se manter otimistas com as perspectivas do mercado charter.

"Os navios de até 4 mil Teus serão o motor de trabalho do futuro", disse Oltmann . "Eles vão substituir os navios de 2.500 Teus nos trades globais", acrescentou.

Oltmann afirma que o mercado charter para estes navios têm se desenvolvido melhor do que o esperado. "Podem ocorrer variações durante os próximos meses, mas estou muito otimista em relação ao mercado de afretamento para porta-contêineres em geral", disse.

A Schiffahrts Oltmann opera uma frota de 20 embarcações do segmento entre 2.500 Teus a 4.250 Teus. A maioria da carteira de navios deste porte está em negociações com o proprietário e corretor Peter Döhle.

O otimismo de Oltmann se traduz pelos valores recentes pelos quais as embarcações de médio porte têm sido negociadas; o JPO Leo, contruído em 2005 e com 3.100 Teus de capacidade, está com valor estimado em US $ 15 mil por dia. A Maersk Line contratou recentemente o AS Jutlandia (construído em 2006 e com 3.380 Teus) por dois a três meses a uma taxa diária de US$ 18.450.

Nos tamanhos acima de 4 mil Teus, o cenário também aponta valores expressivos, com a MSC (Mediterranean Shipping Co) fechando contrato com o Folegandros (construído em 2001 e com 5.576 Teus) por 12 meses a uma taxa de US$ 31 mil por dia.

A Hainan Pan Ocean contratou o Helena Schulte (construído em 2006, 3.500 Teus) durante 12 meses a US$ 8.750 dólares por dia. Duas embarcações-irmãs, Partici e o Praia, foram afretados pela CSCL e MISC por períodos de 30 a 45 dias e três meses, respectivamente, por valores equiparáveis.
Guia Marítimo




Maesk implementa sobretaxas contra violência
Entrou ontem em vigor a sobretaxa de US$ 70 por Feu (unidade de medida equivalente a um contêiner de 40 pés) para os contêineres carregados na região entre a Índia e o Oriente Médio pela Maersk Line, devido aos riscos de pirataria.

"Como resultado do aumento da atividade de pirataria, e com a finalidade de elucidar os esforços contínuos para prevenir ataques piratas e para proteger nossa tripulação e as cargas na região intra-Golfo, nós introduzimos uma sobretaxa emergencial de risco de pirataria para mitigar os custos decorrentes dos serviços de segurança", afirmou a companhia em declaração oficial.

A região intra-Golfo inclui os portos dos Emirados Árabes, da Arábia Saudita, do Kuwait, de Omã, do Qatar e de Bahrain.
Guia Marítimo

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