LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

PORTOS E LOGISTICA - 10/12/2010

Lufthansa Cargo vai voar de Frankfurt para Manaus a partir de 21 de janeiro
A Lufthansa Cargo está expandindo sua malha aérea no Brasil no início do próximo ano. A empresa de carga aérea deverá começar a voar de Frankfurt para Manaus em 21 de janeiro de 2011, dependendo apenas da autorização das autoridades competentes. Serão dois voos MD-11 por semana, às segundas e sextas-feiras.

Os voos para a cidade situada na Bacia Amazônica incluirão uma parada no aeroporto de Viracopos, em Campinas. Os voos de volta de Manaus às terças-feiras e aos sábados farão escala em Quito, no Equador, e em Bogotá, na Colômbia.

“Manaus é uma zona de livre comércio que evoluiu para um dos maiores centros industriais do Brasil”, disse Achim Martinka, vice-presidente para as Américas da Lufthansa Cargo. “Com nossas novas conexões, estamos expandindo nosso produto personalizado a fim de atender o aumento da demanda da indústria de alta tecnologia, principalmente na Ásia.”

“Depois de anos servindo Manaus por meio de parceiras, estamos felizes por finalmente marcarmos presença aqui, fechando, assim, a importante lacuna que havia em nossa malha aérea sul-americana”, acrescentou Daniel Bleckmann, diretor regional da Lufthansa Cargo para a América do Sul, o Caribe e a Flórida. “Enquanto Manaus é primariamente um forte mercado importador, a Lufthansa Cargo será uma das muito poucas empresas aéreas a oferecer espaço também para a exportação.”

Atualmente, a Lufthansa Cargo conta com uma frota mundial de 18 cargueiros M1F, além de 300 aeronaves de passageiros da Lufthansa Passage, a frota da SWISS (72 aviões), seis 74F da Jade e seis 77F da Aerologic. No Brasil, são 10 voos cargueiros semanais MD11F e 12 voos de passageiros (sete com Boeing 747-400 e cinco Airbus 340-300), além de sete da SWISS para o Aeroporto Internacional de Guarulhos (A340-300). A Lufthansa Cargo oferece também serviços charter por meio da LCCA Lufthansa Cargo Charter (aeronaves diversas). A Lufthansa Cargo emprega 4.600 funcionários em todo o mundo, dos quais aproximadamente 40 no Brasil.
NetMarinha




Cresce participação do Porto no mercado de café
O Porto de Santos aumentou mais uma vez sua participação nas exportações brasileiras de café. Entre janeiro e o mês passado, foram embarcados 22,2 milhões de sacas do produto no complexo santista ­ 75,1% de tudo que o País escoou (29,5 milhões de sacas, no total). Vitória (ES), com 12,9% (3,8 milhões de sacas), e Rio de Janeiro, com 9,3% (2,7 milhões), vêm na sequência. Uma das cargas mais tradicionais do cais santista, o café não é embarcado diretamente nos porões dos navios, a exemplo de outras cargas granelizadas, mas em contêineres. O motivo é sua fragilidade: dependendo das condições de transporte, o café pode absorver odores e, assim, perder qualidade. No mercado, conta-se o produto em sacas de 60 quilos, de forma que o montante enviado ao exterior pelos terminais santistas representa, em peso, 1,3 milhão de toneladas. O volume geral de mercadorias do Porto deverá chegar a 96 milhões de toneladas neste ano. A parcela do Porto de Santos nos embarques do café nacional vem aumentando gradativamente nos últimos 12 meses. Era dois pontos percentuais menor em novembro do ano passado, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Porém, no balanço divulgado no mês passado, já havia subido a 74,7%. A movimentação deste ano marcou também um incremento de 9,5% no total embarcado pelo Porto no período, frente ao resultado acumulado nos 11 primeiros meses de 2009. O resultado isolado de novembro também é expressivo. Foram 2.487.607 sacas, um incremento de 26,5% na comparação com o mesmo mês de 2009 e cerca de 200 mil sacas menos que a melhor movimentação dos últimos cinco anos no complexo.

Receitas
O Cecafé comemora a receita obtida pelos exportadores, somando US$ 615,5 milhões em novembro ­ valor 57,8% maior que no mesmo mês do ano passado. O câmbio motivou este aumento desproporcional em relação ao ano passado, porque o produto é negociado em dólar e a moeda americana vem se desvalorizando. A movimentação física em novembro, nos portos brasileiros, somou 3,15 milhões de sacas, com aumento de 21,6% ante o exercício anterior. No ano, a receita cambial atingiu US$ 4,96 bilhões até o mêspassado, somando 29,5 milhões de sacas embarcados. Com os resultados, a expectativa é que o acumulado de janeiro a dezembro quebre, pela primeira vez na história,a barreira dos 33 milhões de sacas. O café do tipo arábica respondeu por 89% das vendas neste ano, seguido do solúvel (8%) e do robusta (3%). A Europa segue como o principal mercadoparao produtobrasileiro, com participação de 54%, à frente da América do Norte (23%), da Ásia (17%) e daAmérica doSul (4%). Individualmente, são os Estados Unidos os maiores compradores, com 5,9 milhões de sacas. O café brasileiro parece estar se tornando popular entre os americanos, pois eles aumentaram em 11% as importações. Alemanha (5,6 milhões) e Itália (2,4 milhões) também continuam grandes consumidores do grão nacional.
A Tribuna



Localfrio vai investir R$ 20 milhões em novas operações em Pernambuco
Grupo especializado na movimentação de contêineres em Santos e Itajaí (SC), a Localfrio fechou a compra de três operações no porto de Suape, totalizando uma área de armazenagem de 180 mil m2 no porto pernambucano. Além da aquisição - de valor não revelado - a empresa pretende investir mais R$ 20 milhões no negócio para comprar máquinas de movimentação de carga e construir armazéns e pátios para aproveitar a perspectiva de expansão do polo industrial do porto.

As operações adquiridas foram as empresas Suata e Atlântico, donas de retroáreas para movimentação de carga desembarcada no Tecon, o terminal de contêineres de Suape. Com dois berços de atracação próprios, o Tecon movimentou em 2008 cerca de 300 mil TEUs - unidade equivalente a um contêiner pequeno. O movimento caiu em 2009, mas este ano já ultrapassou o volume de 2008 e pode chegar a 400 mil TEUs. A administração do porto tem a perspectiva de movimentar, em 2016, cinco vezes mais do que hoje, chegando a 48 milhões de toneladas de carga geral - basicamente contêineres. Em 2010, foram 9 milhões de toneladas.

A Localfrio comprou também a Suata Transportes, uma empresa com 81 caminhões, e a Suata Log, uma empresa pré-operacional, com um terreno de 90 mil m2 dentro do complexo portuário do Suape, ainda em obras.

Uma das operações, a Atlântico Terminais, tem o direito de operar o berço de atracação público do porto, hoje usado apenas pelo Tecon. Mas Marcelo Orpinelli, presidente da Localfrio, diz que a intenção da empresa é se manter na operação de retroáreas - a mesma operação da empresa em Santos - que é a sua especialidade. A aquisição de terminais marítimos no futuro, contudo, não saiu do horizonte do grupo. O novo negócio, diz, não esgotou a capacidade de investimento do grupo. "A expansão está em andamento, ainda temos muita capacidade de investimento", diz o executivo.

Com as novas compras, a receita da empresa deve passar de R$ 200 milhões este ano para R$ 300 milhões em 2011. O investimento ajudará a cumprir a meta de dobrar a receita do grupo entre 2010 e 2015 - chegando a R$ 400 milhões. E devem vir mais aquisições por aí, diz Orpinelli.

Segundo o executivo, a operação de Suape se mostrou atrativa por ser uma forma de nacionalizar a atuação da empresa - hoje concentrada em Santos, com operações menores em São Paulo e Santa Catarina - e coloca a Localfrio em uma operação promissora. O complexo industrial de Suape está recebendo as instalações da refinaria Abreu e Lima da Petrobras, do Estaleiro Atlântico Sul, e outros projetos que totalizam investimentos de R$ 6,3 bilhões. Além de movimentar o porto com a chegada de máquinas e equipamentos, esses projetos deverão garantir a demanda pelos serviços da Localfrio depois de operacionais, avalia Orpinelli.
Valor Econômico

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