LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 19 de abril de 2012

VINHOS




Para chanceler do Chile, investigação sobre vinhos feita pelo Brasil não afeta comércio

BRASÍLIA - Alfredo Moreno disse que a relação entre os dois países são muito boas...

Agência Brasil
BRASÍLIA – O ministro das Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno, negou nesta quinta-feira (18), que a decisão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) de abrir investigações para a aplicação de salvaguardas na importação de vinhos possa afetar o comércio dos produtos chilenos para o Brasil. A investigação pode criar entraves ao comércio dos vinhos chilenos no Brasil. Segundo o chanceler, não há difilculdade alguma porque o “vinho chileno está em todas as partes do mundo”.
Moreno disse ainda que as relações entre Brasil e Chile são muito boas. “Temos um excelente relacionamento com o Brasil. Estou confiante de que as autoridades brasileiras podem investigar o que quiserem porque encontrarão a indústria de vinho chileno funcionando plenamente”, disse ele, depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota.
Moreno acrescentou que “o vinho chileno está presente e é vendido em todas as partes do mundo" e que não há "dificuldades nem reclamações, não há subsídios, nem nenhum tipo de ajuda particular aos produtores do Chile”. Ele disse ainda que entre 55% e 60% da economia chilena estão baseados no comércio. “Nós temos uma economia totalmente aberta, a tarifa média de importação no Chile é menor do que 1%.”
No dia 15, o MDIC publicou uma circular com a decisão de aplicar salvaguarda às importações brasileiras de vinhos. A ideia, segundo especialistas, é proteger a vinicultura nacional, que sofre com a concorrência dos vinhos importados de países com mais tradição.
A salvaguarda é aplicada a todas as importações brasileiras, independentemente do país de origem. As exceções são os países do Mercosul e Israel que, por causa de acordos firmados, não estão no escopo da medida, segundo informou o governo.


Vinho não tem subsídios, diz Chile diante de investigação

O chanceler do Chile, Alfredo Moreno, afirmou nesta quarta-feira que os produtores de uva chilenos não recebem nenhum "subsídio nem nenhum tipo de ajuda particular" que justifique limitar a entrada doproduto no Brasil.

No mês passado, o Brasil deu início a uma investigação para definir se irá elevar o imposto de importação ou restringir as compras de vinhos finos de outros países.

Na ocasião, o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) disse que havia "indícios suficientes" de que o crescimento da importação da bebida vem prejudicando gravemente a indústrianacional.

"Confio plenamente que as instâncias legais do Brasil que investigarão [o assunto] (...) verão que a indústria do vinho chileno funciona de forma completamente competitiva", afirmou Moreno após reunião com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota. O ministro afirmou que esse tema não foi tratado durante o encontro.

O Chile é a origem da maior parte dos vinhos finos importados no Brasil. Segundo dados do Mdic, o país importou 26,4 milhões de garrafa do produto chileno no ano passado.

HISTÓRICO

A Abba, associação que representa 130 importadores questionou a medida da pasta, e alegou, por exemplo, que o preço médio da garrafa de vinho fino importado subiu entre 2009 e 2011 -tornando o produto menos competitivo no mercado interno.

Nesse mesmo período, a importação de vinho tinto fino cresceu de 54,9 milhões de garrafas para 71,7 milhões (aumento de 30%). Atualmente, o Imposto de importação de vinho fino é de 27%.

Se aplicada, a medida não valerá para Argentina e Uruguai, países com os quais o Brasil mantém acordo comercial.
http://www.jornalfloripa.com.br/economia/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=6938




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