O que é o Sistema Radar Comercial
Desenvolvido pela Secretaria de Comércio Exterior - SECEX, o Radar Comercial é um instrumento de consulta e análise de dados (data mining) relativos ao comércio exterior, que tem como principal objetivo auxiliar na seleção de mercados e produtos que apresentam maior potencialidade para o incremento das exportações brasileirasAtravés de um sistema de busca e cruzamento de dados estatísticos, o Sistema permite a identificação de oportunidades comerciais – produtos ao nível de seis dígitos do Sistema Harmonizado (SH-6) – em um universo de mais de 100 países, que representam cerca de 95% do comércio mundial.
As informações poderão ter como foco o Brasil ou determinado Estado brasileiro de um lado, e de outro, o Mundo ou um determinado país. As buscas poderão ser conjugadas – a critério do usuário, dentro de um conjunto de opções disponíveis –, de modo a permitir a comparação de mercados e de variáveis relativas aos produtos.
Ao dar entrada com um código SH (NCM) – até seis dígitos – ou com uma palavra chave que identifique determinado produto, o usuário do Sistema poderá acessar diversas informações sobre aquele produto, tais como: preço médio, potencial importador, dinamismo, performance da exportação brasileira, valores exportados e importados, principais países concorrentes, medidas tarifárias, medidas não tarifárias.
Os dados e análises disponíveis no Sistema são relatados por triênio, a fim de demonstrar as tendências mercadológicas e evitar sazonalidades. O último triênio disponível é apresentado como o “padrão” nas consultas, entretanto, triênios anteriores também podem ser consultados.
O Sistema Radar Comercial tem contribuído para a democratização das informações relativas ao comércio externo, propiciando a que mesmo as pequenas e médias empresas (PMEs), localizadas nas regiões mais distantes do Brasil, tenham acesso – gratuito – a dados e análises que facilitam a sua inserção no mercado internacional. Em 2005, O Sistema foi premiado com o 1º lugar no “Concurso Inovação na Gestão Pública Federal”, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública – ENAP.
http://www.radarcomercial.mdic.gov.br/o-que-e-o-radar
Radar Comercial inicia atualização anual de dados
Brasília – O sistema Radar Comercial iniciou a atualização anual de sua base de dados para incluir as informações sobre o comércio exterior de 2011. No primeiro momento, já foram atualizados dados de 16 países já disponíveis na United Nations Commodity Trade Statistics Database (Comtrade). São eles: Bahrein, Canadá, Coreia do Sul, Croácia, Estônia, Etiópia, Japão, Jordânia, Letônia, Luxemburgo, Paraguai, Polinésia Francesa, Reino Unido, Senegal, Tanzânia e Togo. À medida que os demais países atualizarem suas estatísticas de comércio exterior, os dados serão lançados no sistema.
O Radar Comercial é uma ferramenta de inteligência desenvolvida pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que permite identificar produtos e países que representem oportunidades comerciais para o Brasil no mercado externo.
Atualmente, ele conta com uma base de dados de 136 países que respondem por 96% do comércio mundial. No sistema, exportadores brasileiros podem formular estratégias de promoção comercial, investimento e negociação, e realizar a prospecção de potenciais setores exportadores e mercados compradores.
É possível produzir análises de mercado e seleção de produtos prioritários, de medidas tarifárias e não tarifárias, de fornecedores, de dinamismo e de performance, entre outras. Há ainda a opção de gerar relatórios, como, por exemplo, de mercados alvo com informação dos países concorrentes do Brasil, com opções em padrão Excel, PDF e de gráficos (barra ou pizza). A página está compatível com diversos navegadores de internet (Internet Explorer, Firefox, Chrome).
Acesse o Radar Comercial: www.radarcomercial.mdic.gov.br
Mais informações para a imprensa:Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Trading companies tiveram superávit de US$ 4,058 bilhões no primeiro
trimestre
Brasília – No primeiro trimestre
deste ano, as exportações brasileiras via trading companies somaram US$
5,349 bilhões e as importações do segmento foram de US$ 1,281 bilhão. Com isso,
a corrente de comércio do setor totalizou US$ 6,631 bilhões e o saldo positivo
alcançou US$ 4,058 bilhões.
Em relação ao total vendido pelo Brasil ao exterior no período
(US$ 55,080 bilhões), as exportações das empresas trading companies
representaram 9,7%. Já em relação ao total importado pelo país no trimestre (US$
52,642 bilhões), a participação foi de 2,4%.
No comparativo com o mesmo período de 2011, as vendas
brasileiras dessa categoria de empresas (US$ 6,195 bilhões) recuaram 13,6% e as
aquisições (US$ 1,347 bilhão) diminuíram 4,9%. O saldo, no primeiro trimestre do
ano passado, foi de US$ 4,847 bilhões e, portanto, houve retração de 16,1% em
relação ao mesmo período deste ano, o que também ocorreu com a corrente de
comércio (US$ 7,542 bilhões), que retrocedeu 12,1%.
Produtos
As exportações de produtos básicos responderam por 80% do valor
exportado entre janeiro e março de 2012 pelas trading companies. Foram
destaques minério de ferro (US$ 2,913 bilhões, com participação de 54,5% do
total exportado), soja em grão (US$ 577,8 milhões, 10,8%), carne de frango (US$
351,3 milhões, 6,6%), farelo de soja (US$ 150,0 milhões, 2,8%) e milho em grão
(US$ 66,5 milhões, 1,2%).
As vendas brasileiras do segmento de produtos industrializados,
no acumulado trimestral, corresponderam a 20% (11,6% de bens manufaturados e
8,4% de bens semimanufaturados) sendo os principais produtos comercializados:
açúcar em bruto (US$ 292,6 milhões, 5,5%), suco de laranja (US$ 195,4 milhões,
3,7%), ouro semimanufaturado (US$ 96,9 milhões, 1,8%), açúcar refinado (US$ 64,6
milhões, 1,2%) e café solúvel (US$ 46,3 milhões, 0,9%).
Na pauta de importação das trading companies, os bens
industrializados representaram 94,4% (89,1% de manufaturados e 5,3% de
semimanufaturados) e os produtos básicos corresponderam 5,6%. Os bens mais
adquiridos foram automóveis de passageiros (US$ 347,9 milhões, participação de
27,2% do total importado), máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 124,1
milhões, 9,7%), aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular (US$
92,7 milhões, 7,2%), máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 71,3
milhões, 5,6%) e borracha natural (US$ 41,5 milhões, 3,2%).
Mercados
O principal mercado de destino das exportações brasileiras do
segmento, de janeiro a março deste ano, foi a China, com vendas de US$ 1,715
bilhão, o que representou 32,1% do total exportado pelo setor. Na sequência,
apareceram: Japão (US$ 422,2 milhões, participação de 7,9%), Países Baixos (US$
292,1 milhões, 5,5%), Coreia do Sul (US$ 221,8 milhões, 4,2%) e Alemanha (US$
202,7 milhões, 3,8%).
A China foi também principal mercado fornecedor das empresas
trading companies no trimestre. O setor importou do mercado chinês US$ 303,4
milhões, valor equivalente a 23,7% das compras totais no período. Na segunda
posição está a Argentina (US$ 225,4 milhões, participação de 17,6%), seguida por
Estados Unidos (US$ 161,2 milhões, 12,6%), México (US$ 72,4 milhões, 5,7%) e
Alemanha (US$ 58,8 milhões, 4,6%).
Trading companies
As vendas ao exterior por intermédio das empresas trading
companies são classificadas como exportações indiretas e são equiparadas às
exportações diretas no aspecto fiscal. Elas apresentam vantagens,
principalmente, para o pequeno e médio produtor nacional que não dispõem de uma
estrutura própria dedicada às operações de comércio exterior.
Neste ano, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC) passou a divulgar a balança comercial das trading
companies para servir como indicador para o setor e também para auxiliar na
formulação de políticas públicas na área.
Acesse
os dados da balança comercial das trading companies http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3371
Mais informações para a
imprensa:Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Vale mantém aposta no mercado chinês |
A Vale estima que mesmo se a China, seu maior cliente global, desacelerar seu crescimento econômico, o valor agregado chinês ainda aumentará significativamente e o país pesará mais em seu faturamento total.
Rafael Benke, diretor global de assuntos corporativos da Vale, mostrou em conferência da Unctad (Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento), em Doha, que entre 2002-11, quando o crescimento médio chinês foi de 10,6%, o valor agregado da economia chinesa foi de US$ 2,7 trilhões. No caso de crescimento médio de 7% entre 2012-2021, ou seja, menor, ainda assim quase duplicará o valor agregado para US$ 4,1 trilhões. "O impacto da economia chinesa continuará enorme", afirmou o executivo. "Apostamos muito na urbanização da China, na infraestrutura, residencial, no crescimento da produção automobilística e somos muito positivos não são sobre o país, como sobre toda a Ásia". As vendas da Vale para China representaram 32,4% e para toda a Ásia, 52%, de sua receita no ano passado. Para Benke, a tendência é de a participação asiática aumentar nos negócios da companhia, maior produtora e exportadora de minério de ferro do mundo. A situação da economia chinesa está no centro das atenções na conferência da Unctad, ainda mais que mais países em desenvolvimento dependem dos negócios com os chineses. O resultado do Índice de Gerente de Compras (PMI), indicador antecedente de atividade industrial, subiu em abril, mas a pequena subida parece ter desapontado quem esperava um claro sinal de que a desaceleração da economia chinesa tinha sido freado de vez. De todo modo, analistas veem tendências "estruturais" positivas, a exemplo da Vale. As famílias parecem ter voltado a aumentar sua fatia na renda nacional. A renda disponível cresceu 9,8% em um ano, e na zona rural 12,7%. Os salários de migrantes subiram até 16,6% em um ano. Pelo menos, esse é um sinal de que continua forte a demanda de mão de obra no altamente cíclico setor da construção civil e na manufatura leve, que empregam a maioria dos migrantes. A presença da Vale na conferência ministerial da Unctad se explica por ser uma das grandes multinacionais dos países emergentes, com presença em 38 países, valor de mercado de US$ 130 bilhões que a torna uma das 30 maiores empresas do mundo. A Vale fez um dos maiores investimentos nos países desenvolvidos, com aquisição da canadense Inco, de níquel, em 2006. Nos últimos sete anos, a companhia investiu US$ 104 bilhoes, segundo Rafael Benke. Uma questão em Doha foi sobre o impacto da passagem gradual de um ambiente de nos investimentos estrangeiros de liberal para mais regulatório, principalmente em setores como mineração. "Para nós, regulação não é necessariamente negativo. O problema é quando a regulação é afoita, feita de supetão e sem consultas", afirmou o executivo da Vale. Benke mencionou como exemplo positivo a reforma do código de mineração em Moçambique, concluída recentemente de maneira tranquila, em diálogo com o setor. Outra questão é o crescente numero de países detentores de recursos naturais que procura renegociar contratos. A Vale está em fase de "ajuste de contrato" na Indonésia, para exploração de níquel. O acordo estava caducando e as discussões também vem sendo "tranquilas". Fonte: Valor Econômico/Assis Moreira | De Doha (Catar) |
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