LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 11 de abril de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 11/04/2012





Ucrânia puxa embarques brasileiros de carne suína

Impulsionadas por um "surpreendente" desempenho dos embarques para a Ucrânia, as exportações brasileiras de carne suína renderam US$ 121,01 milhões em março, crescimento de 3,02% sobre o mesmo período do ano passado, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Abipecs, entidade que representa os produtores e exportadores do setor. Em março, foram embarcadas 47,3 mil toneladas do produto, incremento de 6,93% sobre o mesmo mês de 2011.
Principal destino das exportações brasileiras em março, os embarques para a Ucrânia saltaram 301%, para 11,9 mil toneladas, e renderam US$ 31,57 milhões, um crescimento de 255,7%. "A Ucrânia surpreendeu, comprando acima do que se esperava", reconheceu Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs. "Mas [o crescimento] das exportações é resultado de sacrifício das empresas, que estão vendendo barato", afirmou.
.Apesar do avanço dos embarques de carne suína, Camargo Neto ressaltou ainda que persistem as dificuldades impostas pela Rússia, que mantém o embargo a diversas unidades exportadoras de carne, e pela Argentina. "Embora tenha voltado a comprar de quatro estabelecimentos brasileiros, a Rússia continua com baixo desempenho nas nossas exportações: metade do que comprou no ano passado", afirmou. "As restrições aos embarques para a Argentina continuam sem solução".
No caso da Rússia, terceiro maior comprador de carne suína brasileira, as exportações somaram 8,2 mil toneladas e renderam US$ 25,83 milhões. Trata-se de uma queda de 47,97% em volume e de 46,89% em valor. Já os embarques para o país vizinho recuaram 87% em volume, para 427 toneladas, e 85,8% em valor, para US$ 1,32 milhão.
No acumulado do ano, as exportações de carne suína do país também cresceram. Entre janeiro e março, foram embarcadas 122,2 mil toneladas, volume 3,45% superior ao primeiro trimestre do ano passado. Contudo, a receita avançou apenas 0,7%, para US$ 313,3 milhões, limitada pela retração de 2,6% no preço médio da mercadoria.
A retração dos preços pagos pela carne suína no exterior, explica Camargo Neto, tem no mercado doméstico um dos principais fatores de pressão. Por causa do ritmo mais fraco da demanda interna, o preço do suíno vivo fechou o mês de março no menor patamar desde setembro de 2011, apontou boletim divulgado ontem pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em São Paulo, o indicador Cepea/Esalq para o suíno vivo recuou 20% em março, cotado, em média, a R$ 2,44 o quilo.
E o preço pago pelo suíno pode cair ainda mais, afirmou o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster. Na avaliação dele, começo de ano é sempre um período mais difícil para os negócios por conta do verão, que faz com que o consumidor prefira outras carnes, mais leves. "Mas este início de ano está um pouco pior porque em março e neste começo de abril ainda há estoques de carnes de fim de ano no varejo", afirmou.
Para Lanznaster, há um excesso de carnes no mercado nacional, potencializado pelas vendas externas mais fracas em importantes mercados como os da Rússia e da Argentina.
Fonte:  Valor Econômicohttp://www.suinoculturaindustrial.com.br/noticias/ucrania-puxa-embarques-brasileiros-de-carne-suina/20120410085550_I_516




Exportações de Minas Gerais superam os US$ 2,8 bilhões em março
As exportações mineiras atingiram o valor de US$ 2,8 bilhões e média diária de US$ 128 milhões em março de 2012. Na comparação com o mês de fevereiro de 2012, houve um aumento de 6%. Os dados preliminares foram divulgados pela Central Exportaminas, órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), que realiza mensalmente o Mapeamento das Exportações de Minas Gerais com base nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Já as importações registraram no mês passado um aumento de 5% em relação ao mesmo mês de 2011, totalizando US$ 964 milhões. A média diária das importações foi de US$ 43,8 milhões. Houve um aumento de 16,3% no valor importado em relação a fevereiro de 2012.
Por sua vez o saldo comercial de março de 2012 alcançou US$ 1,8 bilhão. Em relação a fevereiro deste ano, houve um aumento de 1,4%. Também a corrente de comércio contabilizou queda de 5,8% em relação ao valor do mesmo mês em 2011, atingindo US$ 3,8 bilhões no mês passado, enquanto a participação de Minas Gerais no comércio exterior nacional ficou em 9,5%.
Acumulado
No primeiro trimestre do ano as exportações mineiras totalizaram US$ 7,8 bilhões. Houve redução de 8,4% em relação ao período de janeiro a março de 2011. A participação sobre o total brasileiro ficou em 14,2%.
No mesmo período as importações aumentaram 7,6% na comparação com o mesmo período de 2011, totalizando US$2,83 bilhões. A participação de Minas Gerais nas importações brasileiras foi de 5,4% do total.
No acumulado de 2012, o saldo comercial estadual foi de U$ 4,9 bilhões, enquanto o saldo nacional ficou em US$ 2,4 bilhões. No período analisado, registrou-se queda de 15,5% no saldo comercial mineiro.
A corrente de comércio registrou valor de US$ 10,63 bilhões no período analisado. Esse valor correspondeu a 9,9% do total nacional. A corrente teve a variação negativa de 4,6%.
Já nos últimos 12 meses, as exportações totalizaram US$ 40,6 bilhões, tendo expansão de 17,7% em relação ao período de abril de 2010 a março de 2011. A participação sobre o total brasileiro ficou em 15,7%.
As importações aumentaram 24,7% na comparação com o mesmo período de 2010/2011, totalizando US$ 13,2 bilhões. O crescimento das importações mineiras ficou acima da variação das importações nacionais ( 20,6%). Minas Gerais foi responsável por 5,7% do total importado pelo Brasil.
O saldo comercial mineiro foi de U$27,4 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses enquanto o saldo nacional foi de US$ 29 bilhões. No período analisado, registrou-se crescimento de 5,8% no saldo comercial mineiro.
A corrente de comércio registrou valor de US$ 53,9 bilhões no período analisado. Esse valor correspondeu a 11% do total nacional. A corrente teve a variação de 6,4% se comparado aos 12 meses anteriores.







DO CEARÁ PARA O MUNDO

Meta para 2012 é de US$ 1,5 bi em exportações, alta de 7%

Expectativa deve-se ao desempenho da indústria do Estado e à diversificação de mercados compradores
As exportações do Ceará devem crescer 7% neste ano, alcançando um total de US$ 1,5 bilhão. A expectativa é do superintendente do CIN (Centro Internacional de Negócios), órgão ligado a Fiec, Eduardo Bezerra, diante do desempenho do primeiro trimestre, divulgado ontem pelo Ipece (Instituto de Pesquisa Estratégica Econômica do Ceará).

Para ele, a meta deve-se a uma confiança na indústria do Estado e na diversificação de mercados. "O setor não está desempregando.

Estão trabalhando, produzindo e vendendo", afirma. "O Ceará também está variando os países de destino, principalmente, na América Central, Caribe, Ásia e África.

O Estado pode vender pouco para um pequeno país e, com isso, os dois saem felizes. Isto não interessa a um estado como São Paulo". De acordo com ele, a crise na Europa e Estados Unidos não ameaçam as exportações do Ceará. Ele, no entanto, ressalta. "Essa expectativa é uma hipótese. Ainda não há uma segurança".

Trimestre
Da janeiro a março deste ano, as vendas do Estado para o mercado externo cresceu 4,10%, somando USS 315,8 milhões, em comparação com o primeiro trimestre de 2011.

As importações apresentaram alta de 38,12% (US$ 439,9 milhões). Esses movimentos resultaram num saldo negativo da balança comercial do Estado de US$ 278,9 milhões, 2,25 vezes superior a igual período do ano passado.

A corrente de comércio exterior (soma dos valores exportados e importados) registrou US$ 936,5 milhões, 23,91% superior ao montante observado em igual período do ano anterior.

Somente no mês de março de 2012, os valores das exportações, importações, saldo comercial e corrente de comércio foram superiores a fevereiro mas não atingiram o patamar de janeiro. As exportações no último mês cresceram 5,94% ante fevereiro, registrando US$ 109 milhões. Frente a março do ano anterior, houve acréscimo de 6,85%. As importações registraram US$ 191,2 milhões, alta de 25,15% ante fevereiro. A corrente de comércio subiu 17,42% (US$ 300,2 mi), quando comparado a fevereiro.

O resultado para o saldo da balança comercial do Ceará em março segue negativo, ficando em US$ 82,2 mi.

Observando a evolução do primeiro trimestre, entre 2002 e 2012, verifica-se que o último, apresenta valores recordes para o período, nas quatro dimensões analisadas nos últimos 10 anos.

ProdutosA pauta de exportações cearenses em março foi liderava pelo setor de calçados, com participação de 30% (US$ 31,9 milhões). Em seguida, vem couros e peles, castanha de caju, ceras vegetais e preparações alimentícias diversas. A exportação de minérios de ferro neste mês, exclusivamente para a China, é a sexta maior negociação. Os dez principais produtos exportados representam 91,17% da pauta no mês.

Destinos
Os EUA apareceram novamente como o principal parceiro de compras dos produtos cearenses, adquirindo principalmente castanha de caju (US$ 8,2 milhões), e calçados (US$ 6,9 milhões). Para a Argentina, seguiram principalmente calçados (US$ 9,3 milhões).

E para a China, além dos minérios de ferro (US$ 5,9 milhões), foram couros e peles (US$ 2,6 milhões) e ceras vegetais (US$ 1,1 milhão).

As exportações cearenses foram realizadas principalmente por via marítima (91,48%) no mês de março de 2012, sendo os principais portos: Porto do Pecém (45,41%) e o Porto de Fortaleza (34,82 %).

Por via aérea foram realizadas 4,56% das vendas internacionais cearenses, e por via rodoviária 3,49%, e somente 0,32% por via ferroviária.

EUA surpreendem figurando em quarto nas importaçõesA China segue na liderança dos maiores países que vendem para o Ceará, posição tradicionalmente ocupada pelos Estados Unidos. Os norte americanos, no entanto, caíram para quarto lugar no comércio internacional do Estado. "A China está invadindo o mundo", diz o superintendente do CIN/Fiec, Eduardo Bezerra.

O país asiático enviou US$ 38,6 milhões em produtos para o Ceará, segundo dados do Ipece. De lá, vieram especialmente laminados de ferro e cimento.

A Argentina foi o segundo país que mais vendeu para o Ceará (US$ 22 milhões) em março 2012, respondendo por todo o trigo e mistura de trigo adquirido pelo Estado.

O Catar está no terceiro lugar, por ter enviado todo gás natural liquefeito. "Isto é uma surpresa", avalia Bezerra. "O Catar deve estar com um preço melhor, porque poderíamos comprar gás da Nigéria, que é mais perto".

Ele diz que os EUA pode voltar a subir no ranking de importações do Estado. Em março, a Itália foi o único país da Europa que apareceu entre os dez países que o Ceará comprou.

Os produtos metalúrgicos continuam na frente das importações cearenses. Foram US$ 191,2 milhões, correspondendo a 23,5% do total de bens comprados no exterior pelo Estado.

A importação de combustíveis e minerais atingiu US$ 38,2 milhões no mês, com destaque para a compra de gás natural liquefeito (US$ 21,7 milhões).

Máquinas e aparelhos elétricos têm participação de 13,7%.

O valor das importações de artigos de vestuário que, apesar de ainda não ser tão representativo, alcançaram em março US$ 3,2 milhões, crescimento de 240,7%, relativamente a igual mês de 2011.

Segundo o Ipece, esse dado reflete a forte concorrência com produtos importados que o setor Vestuário está enfrentando nos últimos meses. Destaque também para a importação do setor têxtil, que foi de US$ 7,6 milhões, com o item tecidos em geral respondendo por 34,8% das compras internacionais do setor e fio de fibras artificiais, responsável por 30%.

Brasil em abril
As importações brasileiras superaram as exportações na primeira semana do mês (período de 2 a 5 de abril), de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

No período, as exportações alcançaram US$ 3,37 bilhões e as importações chegaram a US$ 3,67 bilhões --o que resultou o déficit da balança comercial.

No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 58,4 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 56,3 bilhões, resultado que leva a um superávit de US$ 2,14 bilhões. O resultado é 31,4% menor do que o apurado no mesmo período de 2011 (US$ 3,12 bilhões).

Carol de CastroRepórter




Comércio exterior chinês cresceu 7,3% no 1º trimestre
As importações e exportações da China aumentaram 7,3% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o ano passado, chegando ao valor de US$ 859,37 bilhões, apontou a Administração Geral de Alfândegas nesta terça-feira (10).
Nos primeiros três meses, as exportações do país atingiram US$ 430,02 bilhões, uma alta de 7,6%; as importações aumentaram 6,9%, chegando US$ 429,35 bilhões. A velocidade de crescimento do comércio exterior se aproximou de um nível equilibrado. A China registrou um superavit comercial de US$ 670 milhões.
Houve um crescimento mais rápido no comércio exterior da China com a Rússia, com aumento de 33%, e com o Brasil, 11,5% maior. O volume de importações e exportações para os Estados Unidos e países da Asean aumentou mais de 9%. Porém, o volume comercial entre China e Japão registrou uma tendência de queda.
Tradução: Catarina Wu
Revisão: Camila Olivo
http://portuguese.cri.cn/561/2012/04/10/1s149086.htm

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