LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 20 de abril de 2012




Canoas prepara construção de plataforma intermodal
Rafael Vigna
MARCO QUINTANA/JC
Rodrigo Demeterco (d), presidente da Capital Realty, projeta prazo de 5 anos para conclusão da obra
Rodrigo Demeterco (d), presidente da Capital Realty, projeta prazo de 5 anos para conclusão da obra
Canoas se prepara para receber investimento de R$ 210 milhões na construção de um condomínio logístico que deve reunir mais de 30 empresas, gerar 3,5 mil vagas diretas de trabalho e outros 7 mil postos indiretos. O projeto, considerado o maior dos últimos 40 anos na cidade, foi apresentado ontem pelo prefeito Jairo Jorge, que afirmou que o empreendimento concentrará a segunda arrecadação de tributos com mais de R$ 1,3 bilhão, atrás apenas da Refap.

A empresa responsável pela construção e administração, a Capital Realty, estima que as obras comecem em dezembro deste ano e que o primeiro dos quatro armazéns de 30 mil metros quadrados esteja concluído em julho de 2013. Ao todo serão 172 mil metros quadrados de área construída, o que coloca o Mega Intermodal de Canoas como o maior condomínio logístico da região Sul, com quase três vezes o tamanho do espaço administrado pela mesma marca no complexo portuário de Itajaí, em Santa Catarina.

Para o prefeito de Canoas, atividades do varejo e da indústria alimentícia podem ser os principais interessados. “Muitas empresas deixam de se instalar no Estado por falta de espaços como este. Estamos propondo uma estrutura de primeira linha. Combinamos os fatores intermodais e uma localização privilegiada para atender as demandas na região e reafirmar a vocação logística de Canoas”, analisa.

Construído na BR-386, próximo ao entroncamento da BR-448 (Rodovia do Parque), a 3,5 km da BR-116, o terminal possuirá conexão com a malha ferroviária da região Sul e ligação direta com porto de Rio Grande. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eltamar Salvadori, explica que o centro é composto por armazéns que funcionam como uma espécie de expansão da atividade industrial. Cada empresa abre uma unidade fiscal para receber a produção e agilizar o atendimento das demandas de mercados regionais.
Segundo ele, não está descartada a possibilidade de um terminal hidroviário com saída pelo Rio dos Sinos, já prevista pelo plano diretor da cidade. “Atualmente, o nosso calado do Rio dos Sinos, mesmo na época de seca, chega a 4 metros, o que é considerado positivo para a navegação. Por isso, existe potencial para transformá-lo em um corredor de exportações, principalmente para a parte de grãos.

Condomínios logísticos são tendência de mercado

O presidente da Capital Realty, que administra unidades em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, Rodrigo Demeterco, considera os condomínios logísticos como uma tendência de mercado. Ao todo são 7 milhões de metros quadrados - com previsão de chegar a 14 milhões em quatro anos. A área atual já representa 20% dos imóveis de distribuição de empresas no Brasil. Na Europa, a proporção é de 50% e nos Estados Unidos chega a 80%.

A localização - a apenas 12 km da Capital – foi fundamental para a escolha de Canoas. “É o nosso maior empreendimento e será o de maior porte e relevância em toda a região Sul”, destaca. A conclusão de todas as etapas deve ser gradual e pode levar até cinco anos. Entretanto, a velocidade será dada pela aceitação do mercado. A expectativa é de que com os módulos em atividade a empresa obtenha um retorno financeiro de R$ 12 milhões por ano. “É um negócio muito dinâmico, pois se torna rentável de acordo com a demanda de mercado”, conclui.

Entre os atrativos dos empreendimentos desta natureza está a possibilidade de compartilhar despesas de segurança e manutenção, além dos benefícios de localização, que otimizam os custos de conservação e ampliam a eficiência dos investimentos. Sob a bandeira Mega, a empresa tem parceiros como Walmart, Seara, Magazine Luiza e Brado Logística e não vê dificuldades em repetir as parcerias no Estado.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=91501

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