LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 20 de abril de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 20/04/2012




Câmara aprova fim de encargo por contrato de exportação cancelado

Arquivo/ Gustavo Lima
Paes Landim
Landim aponta punição desnecessária a empresas.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta terça-feira (17), em caráter conclusivo, projeto que extingue a cobrança de encargo financeiro por contrato de exportação cancelado antes do embarque de mercadoria. A medida cancela também o mesmo encargo cobrado em caso de cancelamento de contrato de exportação de serviço ou transferências financeiras com origem no exterior antes da entrada das divisas.
A proposta seguirá para o Senado, a menos que haja recurso para que seja analisada pelo Plenário.
Foi aprovado substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio ao Projeto de Lei 5620/09, do deputado Paes Landim (PTB-PI), com alteração apenas de redação.

O autor argumenta que essa taxação não faz mais sentido, uma vez que o País superou há mais de 15 anos os problemas com a inflação. Conforme explica, o encargo que pretende extinguir surgiu para evitar especulação no contexto inflacionário. Segundo ele, era comum a realização de “exportações fictícias, realizadas para serem canceladas”, unicamente com o objetivo de receber moeda estrangeira.
O pseudoexportador vendia mercadorias para um cliente no exterior, aplicava os recursos recebidos no mercado financeiro, e em seguida, desfazia o contrato. Ao final, ficava com os rendimentos da aplicação.
Atualmente, com inflação na faixa dos 5% ao ano e disponibilidade de moeda estrangeira no mercado interno, os parlamentares afirmam que a cobrança representa apenas “uma punição desnecessária” para os exportadores brasileiros.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Maria Neves
Edição – Wilson Silveira


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http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/ECONOMIA/415080-CAMARA-APROVA-FIM-DE-ENCARGO-POR-CONTRATO-DE-EXPORTACAO-CANCELADO.html




Importadoras vão à Brasília negociar cotas com ministro
Flavio Padovan, presidente da Abeiva, vai se encontrar com ministro nesta sexta
DIOGO DE OLIVEIRA
   Divulgação
Associação das importadoras (Abeiva) reúne mais de 25 montadoras e grupo tende a crescer em 2012
Editora Globo
Flavio Padovan, líder da Abeiva
Nesta sexta-feira (20), as importadoras de veículos darão um novo passo na negociação de um sistema de cotas para modelos produzidos fora do eixo Mercosul-México. Segundo o presidente da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos), Flavio Padovan, a intenção é criar um regime semelhante ao acordo com México, para isentar parte dos carros forasteiros do gordo aumento de 30 pontos percentuais no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), vigente desde meados de dezembro – e recém-perpetuado pelo novo regime automotivo nacional.

Pelo decreto, todos os veículos (nacionais ou importados) terão de pagar a sobretaxa nos próximos cinco anos (até 2017). E as montadoras instaladas no país, incluindo as que já anunciaram planos de construção de fábrica, terão descontos nesse adicional da alíquota – os abatimentos vão variar de acordo com os investimentos locais. Mas e as importadoras? "É importante evitar a inviabilização dos negócios de algumas empresas no país. Tem casos em que não é economicamente viável erguer uma fábrica, e o aumento no IPI é forte, repercute muito nos preços", defende Padovan.

"Se não tivermos um posicionamento do governo, ou as importadoras aumentarão os preços, ou reduzirão os volumes trazidos ao Brasil, o que pode enxugar a rede de concessionários, resultando em cortes de pessoal. É uma situação delicada, se as empresas não tomarem essas medidas, e reajustarem os preços ou reduzirem a quantidade de modelos, as matrizes certamente não vão gostar dos resultados", aponta o executivo. Confira abaixo um bate-papo exclusivo com Flavio Padovan, que além de liderar a Abeiva, também preside a Jaguar Land Rover do Brasil.

Como a Abeiva recebeu o novo regime automotivo brasileiro? 
Algumas importadoras começaram os estudos para construção de fábrica no Brasil muito antes do aumento do IPI. É o caso da Jaguar Land Rover – nosso planejamento teve início em fevereiro de 2011. Lembro-me que aJAC Motors e a Chery também se manifestaram nesse período. E o aumento do IPI realmente nos pegou de surpresa. Todos passaram a reavaliar os planos estratégicos. Os 30 pontos percentuais de aumento do IPI afetam muito o desempenho dos negócios. E as regras para que as empresas ergam fábricas locais ainda não estão muito claras. Além disso, nem todas estão prontas a entregar todas as exigências nesse primeiro momento.

Há um consenso entre as importadoras? 
Nós estamos estudando essas medidas, e por isso pedimos uma reunião essa semana com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Queremos entender como vai funcionar o regime, há muitas dúvidas nas empresas, faltam detalhes. O que sabemos até agora é que o governo quer que as montadoras de veículos tragam contribuições para o país, com investimentos em pesquisa, desenvolvimento e engenharia. Isso é positivo e se abriu uma porta para que as matrizes decidam isso. Mas as regras ainda não estão tão claras para nós. Não foi publicado nada sobre a questão de cotas para os importadores.

Que proposta a Abeiva levará à Brasília?

O sistema de cotas, com parte do volume de importação isento do aumento do IPI, é uma requisição nossa desde o ano passado. Isso foi feito recentemente com o México, e será importante para evitar a inviabilização dos negócios de algumas empresas que atuam no país. Tem casos em que não é economicamente viável erguer uma fábrica, e o aumento de 30 pontos percentuais é muito forte, repercute demais no preço e afeta fortemente os resultados. Parece-me que uma cota sem o aumento é a medida mais sensata. De qualquer forma, precisamos conhecer como isso vai funcionar.

O que pode acontecer se as negociações emperrarem? 
O governo abriu uma possibilidade de as empresas se estabelecerem no país, e as que vão começar terão alguma vantagem. Mas é importante que se estabeleça uma cota para a importação. Essas empresas tem responsabilidades, compromissos que não podem ser quebrados, todas estão sacrificando os resultados. Nossa rede gera atualmente 35 mil empregos diretos, e – é importante ressaltar – a maioria das empresas não compete com os produtos nacionais. Ao contrário, nós agregamos valor com produtos sofisticados, e acredito que o governo já esteja olhando isso, creio no bom senso, para não prejudicar o cliente brasileiro.

E caso sejam estabelecidas as cotas, podem surgir novos anúncios de fábrica? 

Ninguém começa um projeto sem passar por um período de adaptação. Precisamos ter tempo sem matar o negócio, as importadoras pagam salários, impostos. São 850 concessionários no país e R$ 6 bilhões em impostos recolhidos todos os anos. Esse mercado não pode ser interrompido por um decreto. Então, tem de haver um tempo de maturação, para que as empresas se planejem. E tem empresas que mesmo querendo investir, não conseguirão, porque as regras são complicadas para montadoras de baixo volume. A Land Rover terminou 2011 com cerca de nove mil carros, para investir em uma fábrica local teria de ter a confiança no retorno. Ainda estamos avaliando essa possibilidade sobre a ótica do novo regime. 
http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI302971-10142,00-IMPORTADORAS+VAO+A+BRASILIA+NEGOCIAR+COTAS+COM+MINISTRO.html





Algodão: Abrapa prevê exportação recorde de 1 milhão de t

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) prevê que nesta safra o País exporte um recorde de 1 milhão de toneladas da pluma. Os dados do Sistema de Análise das Informações de ComércioExterior (AliceWeb) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) mostram que as vendas externas de julho do ano passado a março deste ano atingiram 855.129 toneladas, volume 114% acima do exportado em igual período da safra passada.
Sérgio De Marco, presidente da Abrapa, diz que os números apontam a real expectativa dos cotonicultores. "Esperamos exportar, no mínimo, um milhão de toneladas. É o necessário para escoar nossa produção, tendo em vista que a nacional não deve ser uma consumidora em grande escala neste ano", diz De Marco. Os principais países compradores do algodão brasileiro continuam sendo a China, a Coreia do Sul e a Indonésia.

No primeiro trimestre deste ano as vendas externas de algodão cresceram 312% em relação a igual período do ano passado, com embarque de 174.581 toneladas da pluma. A receita cresceu 348% e atingiu US$ 342 milhões.





Sorriso: exportações acumulam alta de 48% no trimestre 

Autor: Só Notícias/Karoline Kuhn 

Os negócios feitos por empresas e indústrias sorrisenses com o comércio exterior atingiram US$ 227,7 milhões no primeiro trimestre deste ano. Alta de 48,70% ante o período anterior, quando a balança comercial somava US$ 153,1 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Foram US$ 176,6 milhões somente em março, incremento de 54,80% ante o mesmo mês de 2011.

O município, que é considerado o principal produtor de soja no Estado, negociou US$ 199,6 milhões somente do grão (exceto para semeadura) no período. Na relação estão ainda o milho (exceto para semeadura), com US$ 16,9 milhões; outros grãos de soja, mesmo triturados, aparecem em seguida com US$ 6,7 milhões; bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja estão em quarto na relação, com US$ 4,2 milhões e, algodão debulhado, aparece em último, com US$ 72,3 mil.

A China é o principal destino dos produtos, somando US$ 128,4 milhões em negócios, 94,42% a mais ante 2011. A Espanha aparece em seguida, com participação de US$ 28,2 milhões, 196% a mais do que o registrado no ano passado. Tailândia (US$ 15,4 milhões), Irã (US$ 10,1 milhões) e Países Baixos - Holanda - (US$ 9 milhões) também encabeçam a relação que tem, ao todo, 20 destinos.

Importações
As compras feitas pelas empresas sorrisenses no exterior também cresceram no trimestre, somando cerca de US$ 11,7 milhões (+ 231,58% ante ano anterior). Apenas em março, o Ministério aponta que foram US$ 6,4 milhões. Insumos industriais e acessórios de equipamentos para transportes foram os itens mais adquiridos.
http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=51601 





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