LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 30 de abril de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 30/04/2012


Porto do Açu entra em operação até o fim do ano


O governador Sérgio Cabral e a presidente Dilma Rousseff visitaram as obras do Porto do Açu, em São João da Barra, na Região Norte Fluminense. Com localização privilegiada, próximo às reservas de minério de ferro de Minas Gerais e de petróleo das bacias brasileiras, o empreendimento terá capacidade para movimentar até 350 milhões de toneladas por ano, o que o coloca entre os três maiores portos do mundo. A conclusão das intervenções está prevista para o fim de 2012. A operação do terminal vai gerar cerca de 50 mil empregos.

- A presidenta Dilma tem colocado o Brasil no caminho certo com distribuição de renda e estimulo ao setor privado. Esse empreendimento gera empregos e riqueza numa área que antes não tinha nada, absolutamente vazia. Vai trazer prosperidade para esta região – disse Cabral, que conheceu os dois terminais logísticos em construção: TX1 (offshore, para minério de ferro e petróleo) e TX2 (onshore, para granéis sólidos e líquidos, produtos siderúrgicos, carvão, ferro gusa, escória e granito).

A pedra fundamental do Porto do Açu foi lançada no fim de 2006 e sua construção teve início em outubro de 2007. Somente a retroárea do porto, onde surgirá o complexo logístico e industrial, mede 90 quilômetros quadrados, que representa cerca de 20% de todo o território do município de São João da Barra.

O terminal marítimo contará com um complexo industrial em uma área de 90 mil metros quadrados que vai atrair cerca de US$ 40 bilhões em investimentos, estabelecendo nele desde siderúrgicas a uma Unidade de Tratamento de Petróleo, passando por cimenteiras, base de granéis líquidos, polo metalmecânico, Unidade de Construção Naval, complexo termelétrico e plantas de pelotização, entre outros empreendimentos.

Dilma e Cabral também participaram da celebração do início de produção de petróleo no campo de Waimea, na Bacia de Campos, pela OGX, empresa do grupo EBX, que possui 30 blocos exploratórios no Brasil e cinco na Colômbia. A estimativa é que até 2015, a empresa, que extrai atualmente 10 mil barris por dia, passe a produzir 400 mil barris de petróleo diariamente.

Fonte:AE



Porto de Paranaguá terá terceiro berço para contêineres

O governador Beto Richa e a direção do Terminal de Contêiners de Paranaguá (TCP) anunciaram nesta quinta-feira (26/04), em Curitiba, a construção do terceiro berço de atracação do terminal privado no Porto de Paranaguá. Serão construídos 315 metros de cais que permitirão a ampliação da capacidade operacional do terminal para 1,5 milhão de contêineres por ano, a partir de 2013.

As obras terão início imediato, com prazo de conclusão de 14 meses. “Esta é a maior obra no Porto de Paranaguá nos últimos 14 anos e representa um passo muito importante em nossa estratégia de ampliar a capacidade e modernizar o porto, para facilitar as operações das nossas indústrias e do agronegócio, trazendo ganhos para todos os paranaenses”, disse o governador.

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, disse que com o terceiro berço dedicado a contêineres será possível aumentar a produtividade do Porto de Paranaguá. Segundo ele, o TCP já é um dos mais modernos terminais da América Latina. “Com esta expansão teremos um terminal ainda mais moderno e com capacidade para ampliar a movimentação em Paranaguá”, disse Dividino.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu na quarta-feira (25) a licença de instalação para o início da obra. A autorização foi obtida após a realização de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), atendendo a todas as exigências do Ibama e das entidades responsáveis.

“Esse licenciamento é fruto de um trabalho de profunda relevância técnica, contemplando todos os aspectos sociais, econômicos e ambientais da área afetada. É uma obra da maior relevância e trará melhorias e ganhos de eficiência, qualidade para toda a cadeia produtiva localizada na área de influência do Porto de Paranaguá”, afirma Juarez Moraes e Silva, diretor-superintendente do TCP.

INVESTIMENTOS - O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, explicou que a construção do novo berço do TCP é parte de um conjunto de ações que trará uma nova realidade para o Porto de Paranaguá, com receberá novos investimentos do Estado, do governo federal e da iniciativa privada. “Vamos aumentar a produtividade e dobrando a capacidade de carga e descarga dentro de uma mesma área com a troca de equipamentos antigos por novos e por meio do repotenciamento do corredor de exportações”, disse Richa Filho.

O secretário lembrou ainda que outros investimentos estão sendo feitos para aumentar a capacidade do porto, como a dragagem de manutenção, que foi anunciada pelo governador há duas semanas e deve ser iniciada nos próximos 30 dias. A obra vai possibilitar a movimentação de navios em dois caminhos no canal de acesso, para entrada e saída. “Esta operação hoje está restrita devido ao assoreamento do canal”, explicou. O plano de dragagem contratado prevê a manutenção do canal acesso por um período de cinco anos, como era feito no passado.

CRESCIMENTO – A ampliação do terminal de contêineres faz parte de um plano de investimentos iniciado pelo TCP em 2011, que abrange também a compra de equipamentos e a melhoria dos processos do terminal. A empresa estima realizar um investimento de R$ 250 milhões.

Segundo Moraes e Silva, com novos equipamentos já em funcionamento a produtividade do TCP passou de 35 mph (movimentos por hora/navio) para mais de 60 mph neste mês de abril, possibilitando um crescimento na movimentação de 16% em relação ao primeiro trimestre de 2011.

Para ele, a maior eficiência possibilitará aos armadores, importadores, exportadores e transportadores expressivas reduções de tempo e custo quando da utilização dos serviços no Terminal, tornando o Porto de Paranaguá ainda mais competitivo.

Com a modernização dos equipamentos, a expectativa é passar de uma média de 800 mil TEUs/ano (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), movimentados em 2011, para 1,2 milhão de contêineres, ainda em 2012.

Com a implantação do terceiro berço, a capacidade do TCP deve chegar em 1,5 milhão de TEUs/ano em 2013, com perspectiva de dobrar a capacidade atual de receber navios, que é de 850 embarcações por ano.

Fonte:Agência Paraná





Lucro líquido da Santos Brasil sobe 2,8% e faturamento tem alta de 9,2%


A Santos Brasil, maior operadora de terminais de contêineres do país, fechou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 44,2 milhões, um aumento modesto de 2,8% em relação a igual intervalo de 2011. Os três meses iniciais do ano costumam ser os mais fracos e, segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Marcos Tourinho, o resultado foi positivo, de maneira geral.

A receita líquida avançou 9,2% no trimestre, para R$ 277,6 milhões, e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu R$ 105,7 milhões, com alta de 3,1%. A margem Ebitda, por sua vez, caiu de 40,3% para 38,1%.

Entre janeiro e março, a Santos Brasil movimentou 243.047 contêineres, volume 7,1% superior ao dos três primeiros meses do ano passado. A operação de contêineres foi a principal nos resultados financeiros do trimestre, respondendo por R$ 238,3 milhões da receita bruta do grupo, de R$ 315,8 milhões. As atividades de menor peso, contudo, chamaram mais atenção.

A receita da atividade logística, que dá apoio aos terminais portuários, aumentou 24,2% no trimestre, para R$ 57,9 milhões, e a do terminal de veículos cresceu nada menos que 79,1%, para R$ 19,7 milhões. Os volumes movimentados pelas atividades no período ainda se expandiram em 15,6% e 45,5%, respectivamente.

"Operações de importação e exportação de carros ficam cada vez mais relevantes no grupo e também estamos incrementando a logística terrestre dentro dos negócios", diz Tourinho.

A redução do tempo médio de armazenamento dos contêineres nos portos, contudo, levou à queda dessas operações, o que o diretor de RI considera uma tendência. Por outro lado, a conquista de novos contratos em Santos (SP) e Imbituba (SC) tende a aumentar a movimentação a partir do próximo trimestre.

O guidance da empresa para 2012 foi mantido. A Santos Brasil projeta movimentação de até 1,730 milhão de TEU (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e Ebitda entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões. A margem Ebitda prevista varia entre 41% e 43% e o capex estimado para o ano corresponde a R$ 80 milhões, valor que não considera novas aquisições. Apenas nesse primeiro trimestre, a empresa investiu R$ 16,7 milhões.

Fonte: Valor Econômico/Por Beatriz Cutait | De São Paulo




Iniciativas tornam rios apropriados para a navegação
A navegabilidade do sistema hidroviário Paraguai-Paraná, um dos principais projetos do Eixo Hidrovia Paraguai-Paraná, cumpre etapas cada vez mais concretas. Do lado brasileiro, por exemplo, as intervenções previstas para a melhoria de navegabilidade do rio Paraná, segundo Francisco Luiz Baptista da Costa, diretor de Planejamento do Ministério dos Transportes, entra agora na fase de estudos de viabilidade técnica e ambiental. A previsão é de que esses estudos se concluam até junho de 2013 e a licença para operação seja concedida ao longo do segundo semestre do ano que vem.

O mapa das intervenções no rio Paraná, que serão executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), de acordo com Costa, prevê investimentos da ordem de US$ 70 milhões, e incluem obras de dragagem e sinalização que vão desde o trecho da Usina Hidrelétrica de São Simão até o trecho da Usina de Itaipu. "O objetivo é estabelecer um calado de 10 pés para que a hidrovia seja navegável durante todo o ano", diz ele. A expectativa é que todas as obras estejam concluídas até 2014.

Um aspecto importante desse projeto, indica o técnico do Ministério dos Transportes, é o de tornar o sistema do rio Paraná compatível com a hidrovia do rio Tietê, fortalecendo o canal de escoamento para cargas transportadas através da hidrovia do rio Paraná até o porto de Santos.

O cronograma de investimentos para obras e projetos hidroviários do rio Tietê prevê um orçamento de R$ 1,7 bilhão entre 2012 e 2015. Trata-se de uma obra inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que contará também com recursos do governo paulista. Desse montante, R$ 178,8 milhões estão previstos para este ano e R$ 312,9 milhões no próximo. Hoje a hidrovia Tietê-Paraná possui 2,4 mil km, dos quais 800 km estão em território paulista.

O investimento para a construção de eclusas e barragens no rio Tietê será de R$ 722 milhões até 2015. Em relação aos projetos de navegabilidade do rio Paraná, a questão de transposição da barragem de Itaipu por meio de eclusas, aliás, permanece indefinida, assinala Costa. Pelo menos os estudos do fluxo de cargas no segundo semestre do ano passado, realizados pelo Banco Mundial, sob encomenda do governo federal, concluíram pela não viabilidade econômica dessa transposição através da construção de eclusas.

Do lado paraguaio, um dos projetos mais avançados, segundo Luis Maria Pereira, vice-ministro dos Transportes do Paraguai, é o da melhoria da navegabilidade do rio Paraguai no trecho entre Assunção e Formosa, na Argentina, correspondente a 554 quilômetros. O objetivo é permitir condições de navegação até 11 pés de calado. Os estudos de viabilidade técnica estão em desenvolvimento, com apoio do Banco Mundial, e a previsão é de que nos próximos quatro anos sejam investidos cerca de US$ 104 milhões em obras de dragagem e balizamento para a navegação noturna.

O eixo hidroviário Paraguai-Paraná envolve ainda diversos corredores transversais, rodoviários e ferroviários. Ao todo, são quase 20 projetos estruturantes e individuais, que preveem investimentos com a participação do setor privado da ordem de US$ 1,5 bilhão. Um desses projetos é o da interconexão ferroviária Paraguai-Argentina-Uruguai, no valor total de US$ 268 milhões.

O objetivo dos vários projetos uruguaios, destaca Pablo Genta, subsecretario do Ministério de Obras Públicas do Uruguai, é ampliar e melhorar a infraestrutura disponível, utilizando todo o potencial de transportes e serviços conexos para consolidar o país como hub logístico.

"Temos uma situação privilegiada com as melhores conexões (Santiago do Chile, Buenos Aires, na Argentina, Assunção, no Paraguai, e Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, no Brasil) para estabelecer uma plataforma logística na porta de entrada da região com maior atividade económica e de riqueza do continente", diz Genta.
Fonte: Valor Econômico




Confiabilidade das operadoras de contêineres sobe – Maersk continua na liderança

A confiabilidade das agendas das transportadoras globais melhorou de 78% em fevereiro para 79% em março com base em contêineres que chegam no prazo inferior a 24 hrs ao dia programado, de acordo com a SeaIntel.
Na lista das top-20 operadoras de containers, as três primeiras posições permaneceram inalteradas, com a Maersk Line permanecendo na liderança, seguida pela Hamburg Süd e APL.
A diferença na confiabilidade global entre as top-20 transportadoras permaneceu significativa, com MSC em último lugar, com apenas 64% de pontualidade nos casos registados, comparado aos 93% da Maersk Line.
No entanto, como adverte a SeaIntel, o desempenho global não é sempre um bom indicador do desempenho das linhas de carga. Por exemplo, a MOL é o top performer da linha América do Norte x América do Sul com 96% de suas chegadas dentro do prazo de um dia, a “Deutsche Afrika Linien” é a líder da conexão Norte da Europa x África, com 75% e a Matson é a líder na linha ‘Transpacífico x Ocidente” com 100%.
A melhoria mais significativa em uma linha comercial foi vista na linha América do Norte x Costa Leste da América do Sul (Brasil, Argentina e Uruguai), onde cumpriram-se 80% dos prazos de um dia em comparação a 70% de pontualidade no mês passado.
As medições são baseadas no banco de dados da SeaIntel considerando mais de 68.000 chegadas em 2200 navios, 29 rotas de comércio e 52 transportadoras (desde julho de 2011), nenhuma destas envolvendo operações de transbordo, cujo desempenho permanece muito mais questionável.
Por Rodrigo Cintra

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