LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 3 de maio de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 03/05/2012






Aquecimento da economia resulta em aumento nas importações

BRASÍLIA - De janeiro a abril, as importações brasileiras somam US$ 71,328 bilhões, um aumento de 3,4% sobre o mesmo período do ano passado...

Agência Brasil
Brasília – O aquecimento da economia interna brasileira é responsável pelo aumentos nos gastos em compras internacionais avaliou nesta quarta-feira (2) o secretário-executivo doMinistério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira. “A dinâmica da economia interna tem sido mais forte que da economia externa. É normal que a importação continue elevada, já que importamos bens necessários para a produção de bens finais, que têm mantido a economia brasileira”, disse.
De janeiro a abril, as importações brasileiras somam US$ 71,328 bilhões, um aumento de 3,4% sobre o mesmo período do ano passado. Do lado das exportações, no mesmo período, o crescimento foi mais modesto, 2%. No acumulado do ano, as vendas externas somam US$ 74,646 bilhões.
Diante de um cenário de instabilidade econômica internacional, é “normal” que o Brasil sinta dificuldade nas exportações. “É normal que o front externo esteja com maior dificuldade porque (a economia) da Europa é ponto de interrogação, (economia) da Ásia é ponto de interrogação e Estados Unidos está se recuperando agora”, explicou Teixeira.
O secretário-executivo acredita que a meta de exportações de US$ 264 bilhões do governo para 2012 é compatível com o atual cenário. “Nossa previsão de aumento de 3,1% é realista com o cenário difícil. Nossa análise é muito pé no chão. Não é meta fácil, vamos ter que colocar esforço razoável, mas é meta factível. Se melhorar o cenário a tendência é melhorar ( a estimativa), acho difícil o cenário piorar”, disse. No ano passado, a meta foi de US$ 257 bilhões.


BRASIL IMPORTA ALUMÍNIO DOS ÁRABES

O mercado brasileiro importou 4,3 mil toneladas em alumínio e seus produtos do mundo árabe no primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 132% sobre as 1,8 mil toneladas do mesmo período de 2011. Em receita, o avanço foi maior, de US$ 3,5 milhões de janeiro a março do ano passado para US$ 9,9 milhões neste ano. Ou seja, o aumento foi de 184%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Barci
O Brasil importou dos países árabes cabos, desperdícios e resíduos, ligas em forma bruta, além de fios de liga e acessórios para tubos, tudo de alumínio. Os produtos que representaram maior volume nas compras do trimestre foram os cabos de alumínio, com 1,9 mil toneladas e US$ 5,6 milhões, seguidos dos desperdícios e resíduos, com 2,2 mil toneladas e US$ 3,2 milhões. Depois deles vieram os fios de ligas e então as ligas e os acessórios.
O país árabe que mais forneceu produtos de alumínio para o Brasil foi o Bahrein, com 2,1 mil toneladas e US$ 6,1 milhões em receitas. O segundo foi Arábia Saudita, com 1,7 mil toneladas e US$ 2,8 milhões, e o terceiro Tunísia, com 291,7 toneladas e US$ 523,7 mil. Também venderam obras de alumínio para o Brasil os Emirados Árabes Unidos e o Kuwait.
Segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o País importou, em alumínio e obras de alumínio, 29,4 milhões de toneladas em janeiro deste ano. O valor correspondeu a US$ 112 milhões. Houve queda de 11% no volume comprado lá fora e 14% nos gastos sobre o primeiro mês de 2011. O Brasil, no entanto, é o sexto maior produtor de alumínio primário, segundo informações da Abal, e também exportador da commodity.


Receita Federal lança operação contra fraudes nas importações

A movimentação de cargas nunca foi tão grande no Porto de Vitória. Foram 8 milhões de toneladas só no ano passado. Uma mostra do crescimento das importações no país, que segundo a Receita Federal, foi de 24% em 2011. Mas como fiscalizar tanta mercadoria que vem de fora? Na maioria dos casos, só é feita uma checagem na papelada da importação. Desse jeito, muitos produtos entram no país de forma irregular.

“É uma forma que o importador encontra de pagar menos impostos. Assim, o produto fica mais barato, e com isso ameaçando a indústria nacional”, ressalta o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FIES), Marcos Guerra.

Para evitar fraude nas importações, este ano a Receita iniciou a Operação Maré Vermelha, anunciada como a maior da história do país. É um pente fino em portos e aeroportos que aumentou o rigor da fiscalização. Vistorias, em que os auditores da Receita mandam abrir um container para olhar mais de perto o que tem lá dentro, ficaram muito mais frequentes.

“A abertura de contêineres para conferência física auxilia na identificação dos produtos, na verificação, se aquilo que foi declarado realmente confere com aquilo que foi trazido pelo importador”, destaca o chefe da alfândega de Vitória (ES), Flávio Passos Coelho.

O alvo principal da Receita Federal são bens de consumo, como produtos eletrônicos e vestuário. O resultado de um mês de operação em todo o país é um aumento de 800% no volume de importações retido com suspeita de irregularidade.

“Pode acontecer em importações em portos, aeroportos, que é a natureza da Operação Maré Vermelha, mas pode acontecer com contrabando físico também, que ingressa pelas nossas fronteiras”, afirmou o subsecretário da Aduana, Relações Internacionais da Receita, Ernani Argolo Checcucci Filho

A Receita Federal também promete ampliar o pessoal trabalhando na operação, porque fiscalização mais rigorosa também representa mais demora na liberação dos produtos. Em alguns portos do país, já começa a faltar espaço para guardar tanta carga à espera de liberação.

Fonte: G1 Economia






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