Auditores agendam
início da greve para o dia 18
Os auditores fiscais de
Marília, acompanhando movimento de todo o Brasil, devem iniciar greve por tempo
indeterminado dia 18 de junho. Data pode ser deliberada em assembléia do
Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) nesta
quarta-feira (30), mesmo dia da segunda paralisação dos serviços em protesto
contra a falta de iniciativa do governo em negociar aumento salarial da
categoria que está há quatro anos sem reajuste. Última greve dos auditores
ocorreu em 2008 e durou pouco mais de um mês.
No dia 8 de maio,
paralisação dos auditores da Receita Federal de Marília suspendeu o andamento de
3 mil processos, entre outros serviços prestados á população. Somente os casos
que implicaram em perecimento de direitos ou prejuízos irreversíveis foram
atendidos. Segundo o auditor fiscal Luiz Antonio Benedito, presidente da
delegacia sindical do Sindifisco Nacional em Marília, no dia 11 deste mês,
negociação com o Governo terminou sem avanços e a categoria decidiu em
assembléia, no dia 17, promover novo protesto.
"Caso não ocorram
avanços nas negociações com o governo vamos iniciar uma paralisação por tempo
indeterminado a partir do dia 18 de junho", avisa Luiz ressaltando que diferente
do que ocorre na iniciativa privada, os auditores da Receita, assim como os
auditores fiscais do trabalho, delegados e peritos da policia federal e
procuradores da fazenda nacional, não têm dissídio coletivo e negociam os
reajustes salariais e demais benefícios diretamente com o governo. No encontro
que ocorreu no último dia 11 nenhuma proposta foi definida.
"Nossa última
negociação salarial ocorreu em 2008. São quatro anos sem reposição alguma. O que
os auditores fiscais reivindicam é 30,19% de reajuste por conta da defasagem
salarial", explica Benedito. Segundo ele, no ano passado o governo prometeu
anunciar reajuste em agosto, quando é divulgada a projeção do orçamento. "Nada
foi definido. Este ano o governo parece adotar a mesma estratégia", diz
Luiz.
A Paralisação dos
Auditores-Fiscais da Receita Federal ocorrida dia 9, suspendeu andamento de 3
mil processos de restituição de tributos, isenção de taxistas, pedidos de
parcelamento, entre outros trabalhos desenvolvidos pela delegacia da Receita
federal de Marília. A Receita Federal de Marília também deixou de fiscalizar,
autuar e intimar contribuintes. Cerca de 4 mil declarações que se encontram em
malha fiscal deixaram de ser analisadas.
O plantão fiscal de
orientação aos contribuintes também ficou suspenso, assim como as manifestações
judiciais nos processos de execuções. Também não foram realizadas ações de
fiscalização do trabalho, que envolvem inclusive a repressão do trabalho escravo
ou infantil. Assim, não foram também recolhimentos de FGTS ou trabalhadores
registrados sob ação fiscal.
Jornal da Manhã
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