LEGISLAÇÃO

terça-feira, 15 de maio de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 15/05/2012





SENAI promove workshop de logística em Balneário Camboriú

SENAI promove workshop de logística em Balneário Camboriú



Florianópolis, 14.5.2012 - O SENAI promove, nesta quarta-feira, dia 16, em Balneário Camboriú, o Workshop Internacional de Logística, evento que reunirá especialistas e representantes de empresas para discutir aspectos relacionados à produção, infraestrutura e logística interna das indústrias. As palestras e painéis abordarão sustentabilidade, cadeias produtivas, produção enxuta e plataformas logísticas e envolverão especialistas do Brasil, Alemanha e França. Este será o primeiro de quatro workshops que o Sistema FIESC, por meio do SENAI, realizará este ano, numa contribuição para o debate a respeito da competitividade industrial do Estado.

A série de workshops temáticos se iniciou em 2011, com três edições. Cada evento integra o projeto estruturante de sua área, que resultará na criação de institutos de tecnologia ou de inovação, que o SENAI implantará em Santa Catarina. Além dos workshops, os projetos estruturantes contemplam alianças estratégicas com instituições internacionais de referência, que participam da formulação do projeto dos institutos. No caso da Logística, a parceria ocorre com o Instituto de Fluxo de Materiais da Sociedade Fraunhofer, da cidade alemã de Dortmund, e com o Centro de Pesquisa sobre Transporte e Logística (CRET-LOG), de Aix-en-Provence, da França.

Parte das recomendações dessas duas instituições serão transmitidas nesta semana, quando técnicos delas estarão no Workshop de Logística, promovido pela unidade da instituição em Itajaí, onde será instalado o Instituto de Tecnologia SENAI de Logística. Os especialistas Hannes Winkler e Michael Toth (Fraunhofer) tratarão, respectivamente, de Lean Manufacturing e de sustentabilidade. Já Daniel Boudoin (CRET-LOG) abordará o tema plataformas logísticas e organização do território.

O evento contará também com a análise das cadeias produtivas de Santa Catarina, pela professora Mônica Maria Mendes Luna, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Rafael Eduardo da Cruz, consultor do SENAI em Itajaí, abordará a aplicação das ferramentas de gestão da produção e seu impacto na sustentabilidade.

O evento conta com o apoio da Câmara de Transporte e Logística da FIESC. Outras informações estão no site www.sc.senai.br/maiscompetitividade ou no telefone 0800 48 1212.

Os efeitos dos custos logísticos

Os custos logísticos consomem em média 8% da receita líquida das empresas no Brasil e comprometem quase 12% do Produto Interno Bruto brasileiro - índice que nos EUA fica abaixo de 9%. Os gargalos da competitividade podem estar na macroeconomia nacional, nas dificuldades regionais ou mesmo dentro da própria organização. Segundo o consultor Rafael Eduardo da Cruz, "empresas com desempenho médio gastam 95% do tempo com tarefas que os clientes não pedem, nem pagam". Ele cita como exemplo dessas atividades a movimentação, transporte e ajuste de máquinas. Para Rafael, essa situação decorre de uma cultura de maximização de recursos. "Por exemplo, quando se ajusta uma máquina, já se aproveita e se produz um lote maior. Contabilmente, faz sentido, entretanto a iniciativa traz prejuízos, se analisados os demais custos".

Para Mário Cezar de Aguiar, vice-presidente da FIESC, onde preside a Câmara de Transporte e Logística da FIESC, "da porta para dentro, as indústrias são extremamente competitivas". Contudo, salienta, "dependem da infraestrutura oferecida pelos governos estadual e federal". Mário Cezar de Aguiar observa que os principais gargalos da infraestrutura de transportes de Santa Catarina são a necessidade de ligações ferroviárias do Oeste Catarinenses aos portos do Estado, para o escoamento da produção; do Centro-Oeste brasileiro para o Oeste Catarinense, para o transporte de grãos, e entre os portos catarinenses, de Itapoá a Imbituba, para distribuição das cargas. Além disso, observa, "as BRs 470, 280, 282 precisam urgentemente serem duplicadas, favorecendo os cursos de transporte e logística".

Programação

13 horas - Credenciamento

14 horas - 14h40minmin - Cerimônia de abertura
14h45min - Impacto das mudanças no fluxo físico dos recursos para aumento do reaproveitamento dos recursos utilizados na produção, reduzindo os desperdícios e a geração de rejeitos nos processos produtivos - Dr. Michael Toth - Fraunhofer Institute for Material Flow and Logistics - IML / Alemanha.

15h40minmin - Análise das cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina - Dr.ª Mônica Maria Mendes Luna - Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.

16h30min - Coffee Break

17 horas - Aplicação das ferramentas de gestão da produção e seu impacto na sustentabilidade - Msc. Rafael Eduardo da Cruz - SENAI em Itajaí/Brasil.

17h35min - Plataformas logísticas e organização do território - Dr. Daniel Boudoin - Centre de Recherche sur le Transport et la Logistique (CRET-LOG) da Univesridade de Marseille - França.

18h30min - Lean Manufacturing aplicado a processos logísticos - Dr. Hannes Winkler - Fraunhofer Institute for Material Flow and Logistics IML-Alemanha.

19h25min - Perguntas e Respostas - Q&A

19h50min - Encerramento

20 horas - Coquetel de Encerramento

Ivonei Fazzioni
Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC
48 3231-4673 / 48 8421-3600
ivonei@fiescnet.com.br
http://www2.fiescnet.com.br/web/pt/site_topo/principal/noticias/show/page/1/tipoNoticia/2/id/10700/portalId/1



Fiscalização frágil nas fronteiras e Aduanas precárias não conseguem impedir entrada ilegal de produtos no Estado
Assim, o Estado se torna entrada de contrabando, inclusive de drogas e animais, avalia o Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita).

Conforme Sérgio Castro, diretor do Sindireceita, dos 12 postos na fronteira com Uruguai e Argentina, só dois têm condições razoáveis de conter o descaminho. O número de servidores é o mesmo da década de 1980, quando o Brasil negociava US$ 40 bilhões, ante os atuais US$ 300 bilhões.

Com o quadro atual, diz Castro, é impossível fiscalizar no Estado. Diversos produtos sem indicação de procedência entram no Rio Grande do Sul. Em muitas passagens, não há agentes da Polícia Federal atuando.

— Na verdade, nossas fronteiras são peneiras. Temos sorte de que o crime não é organizado, senão estaríamos em uma péssima situação — resume.

Para mostrar a “situação de abandono” das fronteiras brasileiras, , conforme o Sindireceita, a entidade lançou um livro e um documentário chamados Fronteiras Abertas. De agrotóxicos e linhas de petshop a drogas e armas, o Estado recebe os mais variados tipos de produtos ilegais, sem incômodo para os autores.

A constância é tão grande que já foi possível mapear as mercadorias que chegam ao Rio Grande do Sul e quais seus principais acessos. Em Aceguá, a 60 quilômetros de Bagé, por exemplo, as ruas vicinais ao acesso principal entre a cidade gaúcha e a vizinha uruguaia são as mais usadas para trazer agrotóxicos ilegais chineses, que chegam pelo porto de Montevidéu.

Outro caso crítico está em Tiradentes do Sul. Não há posto da Receita e um funcionário é deslocado para atender durante o funcionamento das balsas, que levam veículos para as cidades vizinhas.

— Para falar com ele, temos de ligar para um bar, perto da aduana, e o pessoal lá o chama — explica Castro.

Na análise do Sindireceita, apenas em Uruguaiana, onde há o maior porto seco da América Latina, e São Borja, em que policiais e analistas da Receita atuam em conjunto com colegas argentinos, há condições de “encarar e combater o contrabando”.

Segundo a Polícia Federal, a operação Sentinela atua nas fronteiras, envolvendo Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Brigada Militar. Além disso, há delegacias em Chuí, Jaguarão, Bagé, Santana do Livramento, Uruguaiana, São Borja e Santo Ângelo. 

Fonte: Diário gaúcho/Rafael Diverio
http://portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/15370--fiscalizacao-fragil-nas-fronteiras-e-aduanas-precarias-nao-consegue-impedir-entrada-ilegal-de-produtos-no-estado






Portos e aeroportos terão tarifas mais elevadas

O presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transporte (Anut), Luiz Henrique Baldez, em sua exposição no Fórum Anual Portos Brasil, nesta segunda-feira, no Rio, criticou o governo por realizar licitações em que os vencedores são os que aceitam pagar acréscimos mais elevados em relação às avaliações. Disse Baldez que na concessão dos aeroportos de Brasília, Campinas (SP) e Guarulhos (SP), em fevereiro último, o ágio médio foi de 348% e que isso forçará a cobrança de tarifas maiores, a serem pagas pelos usuários. 
- Quando se conheceu o resultado do leilão, o governo mostrou o ágio como prova do sucesso e muita gente comentou que o alto acréscimo foi prova da legitimidade da disputa. Mas a sociedade deveria se conscientizar de que o ágio será incluído na tarifa, a ser paga pelos usuários. 
Lembrou que o governo prepara a licitação de 77 terminais portuários e, ao que tudo indica, seguirá a elogiada mas condenável prática de estimular ágio crescente. Revelou Baldez que o ideal seria fazer licitação em que ganhasse quem prometesse cobrar mais baixas tarifas pelos serviços, garantindo investimentos. A Anut vai fazer essa proposta no Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit), que foi criado há longo tempo mas só agora está sendo implementado pelo Governo Federal. 
Explicou Baldez que, no caso de um ágio de 50% sobre o valor-base, haverá um aumento na tarifa de 11%. Como o vencedor do leilão já paga 20% do valor como taxa anual de outorga, verifica-se que, nesse caso, o Governo Federal fica com 34% da tarifa, nível que sobe com licitações em que há ágio mais acentuado em relação ao preço-base. 
- Ninguém há de se espantar quando for usar um aeroporto licitado recentemente e verificar que, do estacionamento ao cafezinho, tudo será caro - comentou com ironia.
Em relação aos 77 terminais portuários prestes a serem licitados, se o governo mantiver a regra atual, isso irá onerar o Custo Brasil, pois, pelos terminais portuários passam cargas de importação, exportação e cabotagem. Foi anunciado que terminais portuários que estavam sendo operados antes da Lei dos Portos - 8630, de 1993 - serão objeto de licitação, o que irá implicar elevada arrecadação para os cofres federais. Para Baldez, essa licitação para portos ampliará o Custo Brasil, em hora dramática para o preço dos produtos nacionais. 






Gargalos: Portos ruins atrasam exportações de grãos do Brasil

A corrida para exportar soja e farelo de soja do Brasil está resultando em uma fila de dezenas de navios nos portos do sul do Brasil com o tempo de espera para carregar uma média entre 20 dias e, nos piores casos, até um mês. A grande demanda por soja está empurrando as operações portuárias para o limite, mas os portos simplesmente não têm a capacidade necessária para atender a demanda.
Segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), desde 08 de maio, havia 16 navios atracados, 51 na baía de esperando para carregar e 23 navios eram esperados para chegar dentro das próximas 48 horas. Quase metade dos navios estão à espera para carregar soja ou farelo de soja a partir do corredor de exportação público. Mesmo que estes tempos de espera sejam excepcionalmente longos, eles estão dentro da média histórica para o porto. Funcionários Appa não sintem que o porto perdeu negócio devido à longa espera, mas há relatos de exportadores ignorando o Porto de Paranaguá em favor de outros portos, como São Francisco, no estado de Santa Catarina.

A Appa informou que durante o primeiro trimestre de 2012, o Porto de Paranaguá exportou 2,9 milhões de toneladas de soja e 1,7 milhões de toneladas de farelo de soja, o que representou um aumento de 67% e 22% respectivamente, em comparação ao ano anterior.

O ritmo de exportação aumentado é o resultado dos preços da soja fortes estimulando os agricultores a rapidamente vender a sua produção 2011/12, o tempo relativamente seco no porto permitindo um ritmo acelerado de carregamento, bem como um enfraquecimento da moeda brasileira que faz com que os preços sejam ainda melhor para os agricultores brasileiros.

O governo está tentando resolver o congestionamento crônico nos portos com uma proposta para expandir e modernizar, a um preço estimado de R$ 2 bilhões. A proposta envolve a construção de um novo pier forma "T"  que permita sete navios sejam carregados simultaneamente no corredor público, em vez dos atuais três navios. A proposta também envolve as coberturas, que os permitiriam uma operação de carregamento para continuar durante os períodos de tempo molhado. Atualmente, as operações de carga são suspensas sempre que há uma chance de chuva e tempo chuvoso é a razão número um para atrasos de carregamento.

Enquanto isso, autoridades portuárias esperam aumentar sua capacidade de carga diária, simplesmente por atualizar os seis carregadores de navios no corredor público. Atualmente, cada carregador de navios pode lidar com 1.500 toneladas por hora, mas com uma simples atualização de partes fundamentais do carregador de navios, que pode ser aumentado para 2.000 toneladas por hora.

No Porto de Santos no estado de São Paulo, que é o maior porto do Brasil, há 34 navios atracados e 126 que deve chegar nos próximos 30 dias. A maioria dos carregadores de Santos são para conteiners, mas há também uma porta principal para a exportação de soja. O tempo médio de espera para o carregamento de soja no porto é de 12 dias. Nos portos privados ao longo da costa de São Paulo o tempo de espera médio é de apenas cinco dias.


Nenhum comentário: