CNI: importados representam 22,2% do consumo interno
Agência Estado
Já o coeficiente de participação das exportações, que mostra a evolução da proporção das vendas externas no valor da produção industrial, atingiu 18,1% no acumulado dos 12 meses encerrados em março. Foi um aumento de 0,2 ponto porcentual frente ao registrado no fim de 2011. Mesmo assim, o índice está abaixo do teto histórico, de 20,4%, registrado em 2006.
Retaliação brasileira
Em audiência com lideranças dos setores coureiro-calçadista e moveleiro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, anunciou que o Brasil está, desde terça-feira, “jogando duro” com a Argentina. Na reunião com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e com os ministros argentinos de Comércio Interior, Guillermo Moreno, e Relações Exteriores, Héctor Timerman, as conversas foram “duras”. Como o dia 15 de maio foi o prazo para as relações comerciais entre os dois países se normalizarem, o Brasil irá cortar ainda mais o número de produtos que tem licença automática. Atualmente, 70% do que é exportado pela Argentina tem que passar pela alfândega e pode ficar esperando até 60 dias para obter licenciamento e esse número pode chegar a 100%. Pimentel também afirmou que está marcada uma reunião técnica entre os dois países para o dia 12 de junho e que, a partir dessa data, o Brasil poderá retaliar.
Alívio para os calçados
O anúncio do ministro foi ouvido com alívio pelo setor coureiro-calçadista. Isso porque cerca de 20% da produção de calçados é exportada e o segundo principal destino é a Argentina, com 9 milhões de pares por ano. Segundo Heitor Klein, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Abicalçados, as barreiras do país vizinho soam como traição. “Temos um conflito que é contra o entendimento que tínhamos com Buenos Aires. São barreiras bem fortes”, disse.
Opinião dos deputados
O deputado Renato Molling (PP-RS), coordenador da bancada gaúcha, que organizou a reunião, se disse satisfeito, mas está cada vez mais descrente no Mercosul. “As exigências agora serão maiores. Até porque tem muito empresário no sufoco, dependendo do mercado argentino. Isso mostra que o Mercosul está patinando. As relações, sempre difíceis, pioraram”. De acordo com Alceu Moreira (PMDB-RS), areação foi tardia. “Esse extremo protecionismo agora ficou insuportável. Essa posição brasileira foi tomada tardiamente”. Jerônimo Goergen (PP-RS), que queria fazer uma CPI do Mercosul, já pensa em desistir da ideia. “Se isso se consolidar, já atingi o meu objetivo e não precisará mais de CPI”.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=93604
Alívio para os calçados
O anúncio do ministro foi ouvido com alívio pelo setor coureiro-calçadista. Isso porque cerca de 20% da produção de calçados é exportada e o segundo principal destino é a Argentina, com 9 milhões de pares por ano. Segundo Heitor Klein, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Abicalçados, as barreiras do país vizinho soam como traição. “Temos um conflito que é contra o entendimento que tínhamos com Buenos Aires. São barreiras bem fortes”, disse.
Opinião dos deputados
O deputado Renato Molling (PP-RS), coordenador da bancada gaúcha, que organizou a reunião, se disse satisfeito, mas está cada vez mais descrente no Mercosul. “As exigências agora serão maiores. Até porque tem muito empresário no sufoco, dependendo do mercado argentino. Isso mostra que o Mercosul está patinando. As relações, sempre difíceis, pioraram”. De acordo com Alceu Moreira (PMDB-RS), areação foi tardia. “Esse extremo protecionismo agora ficou insuportável. Essa posição brasileira foi tomada tardiamente”. Jerônimo Goergen (PP-RS), que queria fazer uma CPI do Mercosul, já pensa em desistir da ideia. “Se isso se consolidar, já atingi o meu objetivo e não precisará mais de CPI”.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=93604
Produto importado bate recorde na indústria
O coeficiente de participação dos produtos importados nas casas e indústrias atingiu 22,2%, maior valor desde 1996
A participação dos produtos importados no mercado brasileiro de bens industriais bateu recorde, segundo o estudo Coeficientes de Abertura Comercial, divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta quinta-feira.
O chamado coeficiente de penetração de importações atingiu 22,2% no acumulado de 12 meses encerrados em março. É o maior valor da série iniciada em 1996. Esse coeficiente corresponde à participação dos produtos importados no consumo doméstico de bens industriais, tanto o final quanto o de insumos para a produção.
Segundo a CNI, esse coeficiente ficou 0,3 ponto percentual acima do recorde anterior, 21,9%, registrado final de 2011. O estudo, feito em parceria com a Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), mostra ainda que, com exceção do ano de 2009, o índice de participação de produtos importados no mercado brasileiro tem subido desde 2003 e acumula crescimento superior a 10 pontos percentuais.
Na indústria de transformação, a participação de insumos importados na produção dobrou em uma década, e também atingiu valor recorde, ao passar de 10,5%, em 2002, para 21,1%, no acumulado de 12 meses até março deste ano.
O economista da CNI Marcelo Azevedo destacou que as novas medidas do Plano Brasil Maior, a redução da taxa de juros e a valorização cambial demoram para surtir efeito prático e, por isso, a participação dos importados continua crescendo. “Essas mudanças demoram a aparecer nos preços e na percepção dos consumidores na hora da compra”, disse, em nota divulgada pela CNI.
O estudo também mostra o coeficiente de participação das exportações, que é o valor da exportação de bens industriais dividido pelo da produção industrial. Esse coeficiente – que é uma medida da importância das exportações para as empresas – atingiu 18,1% no acumulado de 12 meses encerrados em março. Mesmo com aumento de 0,2 ponto percentual ante o registrado em 2011, o índice está abaixo do teto histórico, 20,4%, registrado em 2006.
http://www.band.com.br/noticias/economia/noticia/?id=100000504248
Exportações crescem menos devido à crise internacional
De Sérgio Motta *
O diretor de Competitividade da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, André Favero, em conferência no Rio, mostrou que não há mais como se fugir dos efeitos da crise. Em 2011, o Brasil movimentou US$ 482 bilhões no seu comércio exterior, com alta de 26,8% nas exportações e 24,5% nas importações, em relação ao ano anterior. Já em 2012, embora se deve superar a marca de US$ 500 bilhões, a expansão na movimentação será bem mais modesta, segundo previsão oficial. Tanto importações como exportações devem crescer entre 4% e 5%. Em comparação com o ritmo anterior, é uma queda brusca. Fávero destacou que o Departamento de Competitividade foi criado há apenas um ano e reflete a preocupação do governo não só com itens básicos – como existência de portos, estradas e ferrovias – mas também com aplicação de normas inteligentes aos processos de comércio exterior.
Embora 17 órgãos governamentais atuem nos portos, o governo quer criar a janela única, ou seja, um guichê onde se possa cuidar de todos os assuntos, com base de dados integrada. Admitiu ser comum um exportador ter de preencher formulários praticamente iguais para diversos órgãos de governo e um não querer saber se o outro já o tem. “Hoje há uma parafernália de documentos”, afirmou. Em certos casos, como ocorre com importação de artigos químicos, o empresário tem de comprovar, para três órgãos diferentes, que não há efeito nefasto para os humanos (Anvisa), para os animais (Agricultura) e para o ambiente (Ibama), o que caracteriza burocracia excessiva.
Em geral, demora 15 dias para se fechar uma importação e 11 dias para uma exportação, e o Ministério do Desenvolvimento enviou sugestões de simplificação à Casa Civil, com base no que foi adotado por México, Chile e Colômbia. Além disso, o empresário Jorge Gerdau Johanpeter está pressionando a presidente Dilma a simplificar processos. Deseja-se que, antes da chegada da mercadoria ao porto, os órgãos federais já disponham de todos os dados sobre o embarque ou desembarque. O programa Porto Sem Papel, da Secretaria Especial de Portos, é considerado um avanço, mas seu efeito ainda é limitado. No caso de se desejar fazer uma inspeção à carga, entidades como Receita Federal ou Anvisa terão de realizar isso no mesmo momento e não, como hoje, quando convier a cada uma das entidades. A Receita promete criar uma Central de Gerenciamento de Riscos. A meta do governo é a de reduzir os prazos burocráticos para cinco dias na importação e três na exportação.
* Colunista do jornal MONITOR MERCANTIL
Argentina e Brasil devem levantar barreiras ao comércio bilateral favorecendo setor suinícola
A disposição do Brasil em adquirir produtos da Argentina deve colocar fim às barreiras de importação da carne suína brasileira. Foi o que garantiu o ministro de Comércio Exterior da Argentina, Guillermo Moreno em reunião com autoridades brasileiras nesta terça-feira, 15.
As autoridades brasileiras acenaram aos argentinos que há "plena disposição" do governo Dilma Rousseff, segundo um ministro, em ampliar o consumo de bens exportados pelo vizinho.
Entre esses produtos foram destacados os farmacêuticos, cítricos e uvas-passas - hoje "retidos" nos órgãos de controle do governo, como a Anvisa, além da recente imposição de licenças não automáticas (que ampliam o rigor na verificação dos produtos importados) a esses produtos.
Esse compromisso do Brasil em ampliar as importações, porém, só ocorrerá se, antes, os argentinos retirarem as barreiras da carne suína. O gesto dos líderes argentinos presentes ontem no Itamaraty foi muito bem recebido pelo governo brasileiro.
"É fundamental para a Argentina que nosso déficit comercial com o Brasil seja reduzido", afirmou o ministro de Relações Exteriores argentino, Héctor Timerman. "Entendemos que o movimento brasileiro de dificultar a entrada de nossos produtos cítricos, de uvas, uvas-passas, de camarões, e lagostinos não são barreiras, mas devem ser superados. Vamos superar as dificuldades com a carne suína brasileira", disse ele.
O Brasil se comprometeu a retirar as barreiras em 120 dias, se a Argentina fizer sua parte com os suínos. Nas contas de Timerman, se o governo brasileiro superar as barreiras apenas a remédios e camarões, os argentinos podem vender US$ 2 bilhões em produtos ao país, de imediato.
Fonte: Notícias Agrícolas
http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=195436&codDep=6
Nenhum comentário:
Postar um comentário