LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

PORTOS E LOGISTICA

Indústrias de açúcar do Nordeste aproveitam atrasos de embarque nos portos
As indústrias de açúcar do Nordeste estão acelerando as vendas da commodity para aproveitar a vantagem dos altos preços e dos atrasos de embarque nos portos do Sudeste. De acordo com dados do Sindicato do Açúcar e do Álcool de Alagoas informados pela Bloomberg, os embarques ao exterior a partir do Nordeste estão adiantados em um mês. O Nordeste é responsável por cerca de 12% do açúcar brasileiro. O número de navios esperando para embarcar açúcar nos portos nordestinos de Recife e Maceió subiu para 17 embarcações ontem, comparada com nove de um ano atrás, de acordo com a Santos Associados e a Unimar Agenciamentos Marítimos. Os navios devem carregar 349,3 milhões de toneladas de açúcar. Nos portos do Centro-Sul, as chuvas seguem atrasando os embarques da commodity. Ontem, os portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP) tinham fila de 89 navios esperando para carregar açúcar, ante as 50 embarcações no mesmo período do ano anterior.
Valor Econômico




Complexos portuários necessitam de expansão urgente
A expansão portuária global foi parcialmente interrompida durante a recessão econômica no ano passado, mas a construção de novos terminais deve ser retomada antes que a falta de capacidade atinja algumas regiões, de acordo com a Drewry Shipping Consultants.

Segundo o consultor-sênior da Drewry, Neil Davidson, o volume global de contêineres aumentou 11% até o momento, e a taxa deve sofrer novos incrementos de 7% a 8% ao ano até 2015. O crescimento será variável dependendo da região, com os portos asiáticos apresentando demanda maior do que os complexos europeus e norte-americanos.

Considerando os longos prazos para a construção de novos terminais e que a Ásia já estaria próxima de atingir os limites de capacidade, os complexos portuários do planeta poderiam ficar seriamente comprometidos pelos próximos anos. "Há uma necessidade urgente em dar continuidade a alguns destes projetos", declarou Davidson, em referência aos planos de expansão de portos.

As transportadoras continuam a encomendar novas embarcações, com 40% da carteira de encomendas atual composta por unidades de 10 mil Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) ou mais. Isso significa que os novos terminais de contêineres nas principais rotas comerciais entre oriente e ocidente terão que ser grandes o suficiente para acomodar estas embarcações de grande porte.

As operadoras de terminais sofreram um baque durante a recessão, assim como outros agentes do setor marítimo, mas muitas lucraram independente da crise, com resultados de 30% a 40% no ano anterior, de acordo com Davidson.

Depois de anos de investimentos em terminais marítimos, muitas operadoras estão evitando esta estratégia. No entanto, as empresas ainda querem garantir a capacidade portuária, e devem proteger seus interesses assinando contratos com estivadores para conseguir tal objetivo, na visão do consultor.
Grupo Intermodal - Guia Marítimo




Porto de Vitória faz reajuste em todas as tarifas a partir desta sexta-feira
O Porto de Vitória fará um reajuste de 5% em todas as suas tarifas, a partir da próxima sexta-feira. O aumento será linear e vai incidir sobre as tarifas das tabelas I (proteção e acesso ao porto), II (instalações de acostagem), III (utilização da infra-estrutura), IV (armazenagem), V (aluguel de equipamentos) e VI (serviços diversos).

O reajuste atende a Resolução nº 1731-Antaq, de 22 de junho de 2010, que aprovou um reajuste linear de 15% incidente sobre os valores da tarifa do Porto de Vitória. O Conselho de Autoridade Portuária (CAP) da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), entretanto, homologou o reajuste em duas etapas: 5% a partir de 01/10/2010 e 9,52% a partir de 01/11/2011.
O reajuste não incidirá sobre as novas tarifas offshore criadas a partir de 01/09/2010 e nem sobre a armazenagem de importação.
A Tribuna



Greve em porto da França afeta comércio e encarece combustível
Trabalhadores do maior porto petrolífero da França entraram em seu quarto dia de greve nesta quinta-feira, impedindo dezenas de navios de abastecer grandes refinarias e empurrando para cima os preços do óleo combustível, devido aos receios de bloqueios ainda maiores.

Cerca de 24 navios-tanque com petróleo e produtos refinados estavam bloqueados no centro petrolífero estratégico de Fos-Lavera, perto de Marselha, disseram as autoridades portuárias, enquanto trabalhadores protestavam contra uma lei que altera o regime de aposentadorias e buscavam garantias de manutenção de seus empregos, apesar da reforma dos portos.

Os grevistas devem reunir-se com a administração do porto na tarde desta quinta-feira.
Se a greve continuar, pode colocar em risco o processamento de até 1 milhão de barris por dia (bpd) de óleo em sete ou possivelmente oito refinarias europeias, o que equivale a aproximadamente 7 por cento da capacidade de refino da Europa.

Um comerciante que trabalha em uma empresa ligada a uma refinaria próxima ao porto disse: "O que está me afetando mais é a greve em Marselha. Há problemas para levar e tirar produtos das instalações."

Ele afirmou que a greve ainda não refletiu na taxa de uso da refinaria, mas que ele está tendo de recorrer a meios alternativos para abastecer seus clientes.

Christopher Bellew, da Bache Commodities, disse que o preço do óleo combustível no mercado futuro da ICE está subindo em parte por causa da greve e também porque a demanda está aumentando devido à necessidade de aquecimento no inverno europeu.

Os preços do óleo combustível no mercado futuro de outubro subiram 3,7 por cento às 10h09 (horário de Brasília), superando a alta de 2 por cento do óleo cru.

O porto petrolífero foi atingido por várias greves nos últimos três anos, desde que o governo decidiu privatizar as operações de descarga nas docas antes administradas pelo Estado.

"Estas greves raramente duram mais que cinco dias", disse um negociador de produtos de Londres.

Mas o impacto dos protestos foi ampliado pela pane de uma unidade de destilação de óleo cru (UDC) na refinaria de Trecate, na Itália, após um incêndio este mês, e também por paradas planejadas para manutenção em outras unidades na região, disse ele.

Uma greve semelhante de 12 dias em dezembro de 2008 ameaçou fechar várias refinarias dependentes do maior porto petrolífero da França.

Na quarta-feira a UFIP, o organismo francês da indústria petrolífera, disse temer que as operações de sete refinarias europeias possam ser prejudicadas pela nova greve e que isso possa causar prejuízos de longo prazo ao refino de petróleo na região.

"A UFIP observa com preocupação que as ações trabalhistas vêm impedindo as operações normais no porto de Marselha há vários anos, comprometendo sua competitividade e, portanto, a continuidade do refino na região", disse a UFIP.

Os grevistas estavam bloqueando a passagem de nove navios de óleo cru e 15 embarcações com outros produtos petrolíferos. Outras embarcações impedidas de usar o porto incluem oito navios de gás e quatro com cargas de produtos químicos.

O porto, pelo qual passam anualmente 64,2 milhões de toneladas de petróleo, abastece de óleo cru seis refinarias francesas e duas na Suíça e Alemanha, com capacidade total de 900 mil barris por dia, segundo estimativas da Reuters.

Mas a refinaria de Miro, na Alemanha, possui uma fonte de abastecimento alternativa, segundo a UFIP.
O Estado de São Paulo



Expansão da frota capesize acompanha alta prevista para 2011

Cerca de 250 novas embarcações integrarão capacidade global no próximo ano.
Um número recorde de 250 novas embarcações capesize será adicionada à frota global em 2011, paradoxalmente enfraquecendo taxas em um momento de grande demanda para os veículos de transporte marítimo, de acordo com recentes previsões da corretora Braemar Seascope.

O diretor do grupo, Peter Malpas, acredita que o montante de capesizes previstos para o próximo ano - somado a um novo recorde de entregas de VLOCs para 2012 - culminará em um excesso de capacidade que poderá afetar a recuperação das taxas de mercado até 2014.

"Iremos atravessar um período de fraqueza no mercado, e ainda assim, mantendo uma demanda sólida por capesizes", observou o pesquisador durante apresentação recente para executivos do setor marítimo em Xangai. "Nunca antes havíamos registrado perspectivas tão diferentes convergindo desta maneira."

Um total de 104 novas embarcações estão programadas para iniciar serviços nos últimos meses de 2010, de acordo com as projeções da Braemar Seascope, incluindo 53 no último semestre do ano. Cerca de 1.100 unidades compõem a frota atual.

As previsões da Braemar quanto às importações de minério de ferro para a China - fator-chave para o sucesso da demanda por capesizes - permanecem promissoras, com 690 milhões de toneladas para 2010, 800 milhões de toneladas em 2011 e 870 milhões de toneladas em 2012. Metade do total de embarques graneleiros são relacionados à produção e consumo de aço, com a expectativa de consumo chinesa atingindo 700 milhões de toneladas em 2012.

Os preços de commodities também terão influência significativa sobre as taxas. A flutuação corrente nos preços da matéria-prima injetaram instabilidade suficiente nos valores spot para as embarcações, que caíram quando os traders e siderúrgicas da China evitaram o minério enviado do Brasil sob preços maiores e remessas trimestrais, reduzindo os embarques.
Malpas também falou sobre a prática recente de embarcar minério de ferro em embarques do Brasil para a China, que acabam por retornar vazios ao País. A discrepância entre as rotas de importação e exportação tem se mostrado bastante pronunciada desde 2009, de acordo com o pesquisador.

Em 2010, a demanda para jornadas de ida será de 250 milhões de dwts. As de retorno, por sua vez, serão de apenas 50 milhões de dwts. "Para cada cinco navios que saem do Brasil para a China, quatro voltam vazios para o Atlântico", sustentou Malpas, acrescentando que tal desequilíbrio equivale a 46 capesizes adicionais por ano.

Na visão do pesquisador, a demanda anual prevê uma necessidade de 200 milhões de dwts na frota global em 2012. A dimensão atual é que 197 milhões de dwts, o que corrobora a projeção de crescimento acelerado para o próximo ano. No entanto, em 2012, o ciclo normal de embarques será retomado, e até 2014, as taxas serão "encorajadoras", segundo Malpas.
Guia Marítimo

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