LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PORTOS E LOGISTICA - 18/10/2010

Ineficiência diminui a capacidade de aeroportos no Brasil
DE SÃO PAULO
Não é só falta de obras. A ineficiência na gestão da aviação civil tem contribuído para a redução da capacidade dos aeroportos e também para o aumento da duração de voos e conexões, informa Mariana Barbosa, em reportagem na Folha desta sexta-feira.

O aeroporto de Congonhas tem um tempo mínimo de conexão de uma hora entre voos domésticos, segundo levantamento feito pela Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) a pedido da Folha. O aeroporto central de Chicago, o Midway, oferece um tempo de conexão mínimo de 25 minutos.

O tempo mínimo de conexão é um dos principais indicadores de eficiência. É um dado estabelecido pelas companhias aéreas e leva em conta o tempo de liberação de bagagens, de acesso aos terminais, filas na alfândega e na imigração, manutenção das aeronaves, entre outros.

Questionada pela reportagem, a Infraero afirmou que o tempo de conexão "depende basicamente das empresas aéreas".

Além das lentas conexões, Congonhas perdeu capacidade após os acidentes da Gol (2006) e da TAM (2007).

Hoje, o aeroporto opera com 38 movimentos de pouso ou decolagem por hora. No Midway, são realizados 64 movimentos/hora. A quantidade bem maior de movimentos em Chicago tem a ver com o tamanho e a quantidade de pistas (cinco).
Folha de São Paulo 



Congestionamento no Porto de Buenos Aires obriga MSC a mudar rota
A MSC começou a restringir o volume de carga transportado em barcaças para o Paraguai através do Porto de Buenos Aires, na Argentina. A mudança foi motivada pelo congestionamento do porto argentino e pelo baixo nível do Rio da Prata. Estes fatores reduziram a capacidade das barcaças, que distribuem as cargas transportadas pela armadora.

Segundo a empresa, até novo aviso, o roteamento das cargas oriundas do Norte da Europa mudará para Montevidéu, no Uruguai, em razão dos terminais de Buenos Aires estarem extremamente congestionados e os volumes estarem aumentando consideravelmente.

A transportadora disse que está limitando o peso até o máximo de 150 toneladas por barcaça. O motivo é que, no momento, aquelas com vários contêineres ou peso acima desse limite estão enfrentando problemas para serem repassadas pelas barcaças.
A Tribuna On-line




Governo amplia prazo de entrega dos projetos para o novo porto de Manaus
O governo deverá receber no mês que vem as propostas das empresas interessadas em elaborar o projeto básico e os estudos para a concessão de um novo porto em Manaus, no Amazonas. As propostas estavam previstas para serem entregues hoje, mas o prazo foi estendido para 12 de novembro a pedido de alguns participantes, informou a Secretaria Especial de Portos (SEP). Esse é o segundo adiamento - antes, a data prevista para apresentação dos projetos era 31 de agosto. A expectativa é que empresas de navegação e de terminais portuários apresentem projetos para o novo porto.

O empreendimento deverá ser o primeiro projeto portuário a ser licitado dentro das novas regras para investimento no setor no país, definidas por decreto no fim de 2008. Na primeira fase, a SEP convocou os interessados a elaborar o projeto básico e os estudos para o porto novo de Manaus. "É o primeiro passo para se fazer outorga", disse Fabrizio Pierdomenico, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da SEP, em recente entrevista ao Valor. É admitida a participação de consórcios na elaboração dos projetos. Escolhido o ganhador, será licitada a concessão do novo porto.

Uma fonte que acompanha o tema disse que cabe às empresas interessadas arcar com os custos do projeto. Quem tiver o projeto escolhido, poderá participar da licitação e, se perder, será ressarcido dos gastos com os estudos pelo ganhador. O processo licitatório para fazer a concessão do novo porto será conduzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), disse Pierdomenico.

O porto será instalado em terreno da antiga Companhia Siderúrgica da Amazônia (Siderama), próximo ao ponto conhecido como "encontro das águas", confluência dos rios Negro e Solimões. O empreendimento deverá atender ao movimento de carga geral, sobretudo no fluxo de importação.

Hoje, existem em Manaus dois terminais portuários para movimentação de contêineres, mas o crescimento no fluxo de cargas na importação justifica um novo porto, disse um empresário do setor. Segundo o executivo, deverá ser implantado em Manaus um porto de uso público, construído e operado pelo setor privado via concessão válida por 25 anos.

Dados de mercado indicam que, de janeiro a agosto deste ano, os terminais de Manaus movimentaram 71 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés) na importação, volume quase 90% maior do que os 38 mil TEUs de igual período de 2009. Os números consideram somente a navegação de longo curso e não incluem a cabotagem, o trânsito marítimo na costa brasileira.

Segundo o executivo, o investimento a ser feito no novo porto será definido no projeto básico, mas o valor vai depender das características de cada projeto e da capacidade de movimentação de carga indicada pelas empresas. Há quem estime que, em alguns casos, o projeto de Manaus poderia indicar uma capacidade de movimentação de 300 mil a 400 mil contêineres por ano. Além da Zona Franca, que demanda logística para importação de insumos e exportação de produtos, Manaus será uma das sedes da Copa de 2014, o que exige infraestrutura de transporte para suportar os investimentos a serem feitos na capital amazonense.
Valor Econômico

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