LEGISLAÇÃO

terça-feira, 19 de outubro de 2010

PORTOS E LOGISTICA - 19/10/2010

Volumes mantém equilíbrio no quarto trimestre
Analistas estimam que a movimentação de contêineres por via marítima no trade norte-americano apresentará um crescimento sólido no final do ano, apesar dos varejistas já terem iniciado os embarques para estoques destinados à demanda do Natal.

De acordo com o Port Tracker - relatório de autoria da Hacket Associates para a NRF (National Retail Federation), Federação Nacional de Varejistas), os volumes de importação dos EUA para outubro terão incremento de 11% sobre o mesmo período do ano anterior, e o crescimento anual deve ser mantido nos meses subsequentes, mesmo com os níveis sazonais mais baixos para o restante de 2010.

"A mercadoria ainda está vindo, mas a maioria dos varejistas já preparou os estoques para a temporada de férias. Eles não dirão que a recessão está atrás deles até que os clientes passem a dizê-lo, mas estamos esperando um crescimento econômico sustentável para as próximas semanas. A meta é que os níves de inventário se equiparem o mais próximo possível das vendas", afirmou o vice-presidente da NRF para Supply Chain e política aduaneira, Jonathan Gold.

No entanto, em comparação ao restante do ano, o quarto trimestre poderá ser ligeiramente mais fraco que o normal. O relatório sustenta que, apesar de outubro tradicionalmente ser considerado o mês mais movimentado do exercício - quando os varejistas correm para encher as prateleiras para as festas de dezembro -, o período de alta temporada deste ano teria ocorrido em agosto.
A alteração foi resultado de um acúmulo de cargas após a demora por parte das transportadoras marítimas em substituir embarcações em lay-up durante a recessão, e também porque os varejistas trouxeram mercadorias mais cedo para evitar atrasos na entrega durante o outono no Hemisfério Norte.

"As operações comerciais, particularmente importações, são um forte indicador de que a recuperação é sustentável", comentou o fundador da Hackett Associates, Ben Hacket. "Continuamos a esperar que o quarto trimestre seja sazonalmente fraco - talvez um pouco mais do que no passado, uma vez que a alta temporada aconteceu mais cedo -, mas indubitavelmente, será uma média boa para o ano".

Durante o mês de agosto, os portos norte-americanos movimentaram 1,42 milhão de Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), contabilizando alta de 3% em relação a julho e 23% comparando ano a ano. Foi o nono mês consecutivo a apresentar melhora anual após dezembro de 2009 quebrar uma sequência de 28 meses de declínio. As projeções é de que setembro apresente 1,37 milhão de Teus, 20% a mais do que o ano passado.
Grupo Intermodal - Guia Marítimo



Companhias aéreas se beneficiam com dólar barato
O câmbio pode ter efeitos distintos dentro de uma mesma empresa, mas no caso das aéreas o impacto é quase todo positivo. Além de reduzir o endividamento, o dólar barato também diminui de forma importante os custos das companhias, o que deve elevar significativamente as margens no terceiro trimestre.

Segundo o sócio-gestor da Humaitá Investimentos Márcio Macedo, quase metade dos custos dessas empresas é em dólar, como gastos com combustíveis, pagamento do arrendamento das aeronaves e despesas com manutenção e revisão. Como o petróleo está comportado, não há contraponto na conta de combustíveis.
Apenas na dívida, descontada a perda de valor de registro dos aviões, Macedo calcula que o impacto positivo da queda do dólar para a TAM deve ser próximo de R$ 400 milhões no trimestre.

Ele menciona ainda que o real forte estimula a demanda por viagens internacionais, o que também beneficia as aéreas, que voam com os aviões mais cheios.

Ao olhar o efeito do dólar para empresas como a petroquímica Braskem ou as siderúrgicas, Macedo acredita que a redução da dívida pode não compensar a diminuição de competitividade ante concorrentes estrangeiras.

Já no setor de carnes, o especialista entende que as empresas brasileiras têm mais facilidade para repassar aumento de preços, dado o menor nível de competição no mercado global, a exemplo do que ocorre com o minério.

Do lado de quem importa parte da produção, o sócio da Humaitá considera que a varejista do setor têxtil Hering pode ser beneficiada, porque tem custo menor com a parcela dos produtos que compra no exterior (55% das vendas), e não precisa cortar os preços.
Ele menciona ainda que, de forma geral, há um impacto positivo nos investimentos das empresas, uma vez que boa parte dos bens de capital são importados.
Valor Econômico



MSC enfrenta congestionamento em Buenos Aires
A MSC (Mediterranean Shipping Co.) está restringindo o volume de embarques para o Paraguai através de Buenos Aires em virtude de congestionamentos no complexo portuário argentino, além do baixo nível das águas do Rio de La Plata, que compromete a capacidade das barcaças que distribuem as mercadorias.

Como alternativa, a MSC irá rotear as cargas oriundas do norte da Europa para Montevidéu, no Uruguai, até que a situação em Buenos Aires seja normalizada, com o fim dos problemas de congestionamento.

A companhia também declarou que está limitando os carregamentos para as barcaças em 150 toneladas, uma vez que cargas mais pesadas com múltiplos contêineres estão apresentando problemas para serem transportadas.
Guia Marítimo



Porto de Cabedelo já desperta interesse de grandes armadores
O Porto de Cabedelo tem tudo para começar 2011 realmente com o pé direito. É que com a conclusão de sua dragagem, prevista o final de 2010, e o forte trabalho do setor comercial do Porto, que tem levado adiante - e com sucesso - o objetivo de atrair novos investidores e estabelecer linhas de navegação regulares tanto de containers quanto de transporte a granel, armadores de todo o país já enxergam o terminal paraibano como uma ótima opção. Não à toa, o diretor comercial do Porto de Cabedelo, Francisco Paquet, em visita recente ao Rio de Janeiro, trouxe excelentes notícias.

Em contato com dois grandes armadores na capital fluminense, a Westfal-Larsen Shipping e a empresa de navegação Norsul, Paquet, ao apresentar a nova condição operacional do Porto de Cabedelo, conseguiu despertar interesse nas empresas. De acordo com ele, a Westfal-Larsen Shipping, que tem forte atuação no Nordeste brasileiro com a exportação de granito em blocos, e a Norsul, que deseja trabalhar com o transporte de graneis, podem em breve atuar através do Porto de Cabedelo. Paquet explica que a Westfal-Larsen Shipping, por exemplo, que atua via Porto de Suape, exteriorizou sua vontade de trabalhar com o Porto de Cabedelo, já a partir do primeiro semestre de 2011.
“Durante nosso encontro, representantes da Westfal-Larsen Shipping apresentaram certa insatisfação em relação à Suape e com a apresentação das vantagens que o nosso porto oferece, como dragagem e forte investimento em maquinário, além de ótima localização, seus representantes ficaram bastante interessados”, disse Paquet, destacando que o armador já está inclusive trabalhando para efetivar suas escalas via Cabedelo para o mês de março.

A empresa de navegação Norsul, que conta com onze barcaças oceânicas de carga geral, cinco navios graneeleiros e se apresenta como um dos maiores armadores de cabotagem no Brasil, também ficou interessada no Porto de Cabedelo. Segundo o diretor comercial do Porto, a Norsul tem grande interesse no mercado nordestino para o transporte de graneis como trigo e milho, que hoje são transportados via rodovias. “Mesmo com esse interesse no mercado nordestino, a Norsul não tinha informação alguma sobre o Porto de Cabedelo e agora estamos estudando juntos o fluxo de mercadorias para o estabelecimento um uma linha regular para sua carga”, explica.

De acordo com o diretor presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wagner Breckenfeld, que administra o Porto de Cabedelo, o projeto de prospecção de novos clientes posto em prática pelo Porto tem o objetivo de reduzir o tempo de reação do mercado frente à nova condição operacional do terminal, que tem recebido grandes investimentos no que se refere à sua modernização. Breckenfeld explica que os efeitos das mudanças no Porto serão sentidas a curto, médio e longo prazos. “De imediato teremos o aumento da competitividade do Porto de Cabedelo. A médio prazo, podemos ter o estabelecimento de linhas regulares e a longo prazo um incremento do Parque Industrial do Estado, com o incentivo da logística portuária. Mas, tudo isso precisa ser acelerado com uma gestão que pense à frente e possa fazer o mercado reagir em um tempo bem mais reduzido”, finaliza Breckenfeld.

O diretor da Docas/PB afirma ainda que o porto terá um importante papel na economia da Paraíba. “Ele incrementará a receita do estado e dos municípios em impostos, e aumentará a demanda de transportes e serviços correlatos à operação portuária, tornando-se um importante agente no contexto estadual enquanto fomentador de receita e empregos”, finaliza Wagner.
Portos e Navios



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