CEARÁ AUMENTA EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS EM 42,3%
Um dos destaques do levantamento da Abicalçados sobre as exportações de calçados, de janeiro a setembro deste ano, é o fato de os estados nordestinos terem alcançado os maiores índices de crescimento nas vendas ao exterior. Nesse contexto o Ceará ocupa o primeiro lugar por ter embarcado 50 milhões de pares, gerando receita de US$ 298,5 milhões. A alta foi de 40,7% em volume e 42,3 % em faturamento em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcados 35,5 milhões de pares, com receita de US 209,7 milhões, de acordo com a entidade.
A Bahia ocupa o segundo lugar no ranking de exportação calçadista do Nordeste, registrando alta de 5,9% em volume e 36,5% em receita. Foram embarcados 5,3 milhões de pares, que geraram US$ 70,6 milhões, este ano, contra 5 milhões de pares e faturamento de US$ 51,8 milhões em 2009.
O terceiro maior exportador nordestino de calçados é a Paraíba. As fábricas paraibanas foram responsáveis pela exportação de 18,8 milhões de pares, com faturamento de US$ 56,5 milhões, este ano. De janeiro a setembro de 2009, elas embarcaram 16,2 milhões de pares com receita de US$ 51,1 milhões. Significa que houve crescimento de 16% em volume e 10,6% em faturamento, comparando-se os dois períodos.
Sudeste e Sul
Enquanto São Paulo embarcou menos calçados, Minas Gerais aumentou as vendas para o exterior, segundo a Abicalçados. O estado mineiro apresentou alta de 25,5% em volume e 32,7% em faturamento. Foram 1,1 milhão de pares, com faturamento de US$ 13,4 milhões, contra 865,7 mil pares e US$ 10,1 milhões, no ano passado.
O estado paulista exportou menos 7,6 %, mas o faturamento cresceu 9,1%, este ano. As fábricas paulistas embarcaram 4,8 milhões de pares e faturaram US$ 93,7 milhões. No ano passado, elas exportaram 5,2 milhões de pares, que geraram receita de US$ 86 milhões.
O Rio Grande do Sul registrou índices negativos. Nos primeiros nove meses, embarcou 23,6 milhões de pares, com receita de US$ 559,6 milhões. No ano passado foram exportados 26,9 milhões de pares, com receita de US$ 581,8 milhões. A baixa foi de 12,3 % em volume e de 3,8% em faturamento.
Agência Sebrae
Representantes brasileiros e colombianos participam de reunião bilateral
Na manhã desta quarta-feira (20/10), o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, recebeu o vice-ministro de Comércio Exterior, do Ministério de Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia, Gabriel Duque Mildenberg, para a reunião do Comitê de Monitoramento do Comércio Bilateral Brasil-Colômbia, no MDIC, em Brasília.
Na pauta da reunião, estiveram temas como a integração produtiva, com a proposta brasileira de análise sobre possibilidades e oportunidades das indústrias dos dois países e o intercâmbio de informações estatísticas de bens e serviços. Além disto, houve discussões técnicas sobre o comércio entre setores agroindustriais, como de bovinos e bubalinos, e ainda de lácteos. Outro assunto do encontro foi a proposta de criação do regime especial fronteiriço entre as cidades de Letícia (Colômbia) e Tabatinga-AM, já aprovada pelo legislativo brasileiro e que aguarda deliberação dos parlamentares colombianos.
Intercâmbio Comercial
Até setembro de 2010, as exportações brasileiras para a Colômbia somaram US$ 1,548 bilhão, uma expansão de 18,4% sobre igual período de 2009 (US$ 1,309 bilhão). No período, as exportações brasileiras para a Colômbia representaram 1,1%. As importações brasileiras da Colômbia somaram US$ 738,7 milhões, com crescimento de 89,9% em relação à igual período do ano anterior (US$ 388,9 milhões). No acumulado do ano, as importações brasileiras da Colômbia representaram 0,6% das compras totais.
Nos primeiros nove meses de 2010, as transações comerciais com a Colômbia apresentaram superávit de US$ 810,2 milhões favorável ao Brasil. A corrente de comércio foi de US$ 2,288 bilhões, com aumento de 34,8% sobre período de 2009. Entre janeiro e setembro de 2010, o mercado colombiano ocupou a 22ª colocação entre os compradores de produtos brasileiros e a 31ª posição entre os fornecedores.
No acumulado do ano, as exportações brasileiras para Colômbia foram compostas de 89% de produtos industrializados (83,9% de manufaturados e 5,2% de semimanufaturados), 6,2% de básicos e 4,8% de operações especiais. Já as importações brasileiras provenientes da Colômbia, no período, foram compostas por 63,3% de produtos industrializados (61,7% de manufaturados e 1,6% de semimanufaturados) e 36,7% de produtos básicos.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Brasil e Malásia comemoram aumento de 55% no comércio bilateral
Kuala Lumpur (Malásia) - Depois de uma queda de 19% no intercâmbio comercial em 2009, Brasil e Malásia esperam fechar 2010 com um recorde histórico de aproximadamente US$ 3 bilhões na corrente de comércio. A expectativa é do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, chefe da missão comercial brasileira que esta semana visita a capital do país, Kuala Lumpur.
Segundo ele, o otimismo se justifica pelo bom momento econômico dos dois países. Levantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta previsão de crescimento do PIB da ordem de 7,5% para o Brasil e de 4,7% para a Malásia, em 2010. “São muitas as oportunidades para as empresas brasileiras, já que estão crescendo tanto as exportações quanto as importações”, destacou o secretário durante a abertura oficial da missão comercial.
No período entre janeiro de setembro, as exportações do Brasil para a Malásia chegaram a US$ 765 milhões, aumento de 54% em relação ao mesmo período de 2009. A mesma margem de crescimento também é observada nas importações provenientes do país, que fecharam o período em US$ 1,3 bilhão, crescimento de 55,6% considerando o mesmo período comparativo. Somando as duas operações, o crescimento da corrente de comércio foi de 55%.
Participação de mercado
A participação dos produtos brasileiros nas importações malaias, porém, é pequena – apenas 0,7% do total importado pelo país em 2009. O número modesto se repete nas importações brasileiras provenientes desse país. De tudo o que o Brasil importou nesse ano, apenas 0,8% foram de produtos malaios.
Para o vice-ministro de Comércio e Indústria da Malásia, YB Dato’ Mukhriz Tun Mahathir, esses índices são muito pequenos se consideradas as oportunidades disponíveis em cada um dos países. No seminário de abertura da missão, que contou com a presença dos empresários brasileiros participantes da delegação, ele destacou o interesse em atrair investimentos brasileiros para o país.
Como atrativos ele citou os números positivos da economia malaia e sua posição estratégica na Ásia, podendo ser a porta de entrada para um mercado com 3 bilhões de consumidores. O vice-ministro ainda disse que empresas da Malásia têm interesse em participar dos investimentos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil.
Alimentos e petróleo
Tanto o vice-ministro da Malásia quanto o embaixador do Brasil no país, Sérgio Arruda, destacaram os setores de alimentação e de óleo e gás como segmentos com grande contribuição para o aumento do comércio entre os dois países. O embaixador citou investimentos da empresa brasileira Vale no país e acordos entre a Petrobrás e a Petronas, empresa malaia de petróleo.
“Esta é a terceira missão brasileira de alto nível que acompanho nos últimos dois anos”, destacou o embaixador brasileiro, que ainda convidou empresários e governo malaios a investirem no Brasil. “A Malásia deveria olhar com mais atenção para o Brasil, seu principal parceiro comercial na América Latina”, completou.
A visita da delegação brasileira a Kuala Lumpur faz parte da programação da Missão Empresarial à Malásia e Indonésia, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), de 18 a 22 de outubro. Representantes do governo e de 11 empresas participam do grupo.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Reunião entre Abimaq e Embaixada da Venezuela tranquiliza empresários brasileiros
Encontro serviu para mostrar à indústria de maquinas agrícolas as novas oportunidades criadas com a política de segurança alimentar venezuelana.
Uma reunião entre representantes da indústria de maquinário agrícola e do governo venezuelano, ocorrida nesta sexta-feira (15), marcou a abertura de um importante diálogo que serviu para mostrar as novas oportunidades no comércio bilateral entre os dois países e também para esclarecer o empresariado brasileiro em relação à estatização da empresa venezuelana Agroisleña, rebatizada de Agropátria. O encontro, que aconteceu na sede da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo, contou com a participação do embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil, Maximilien Arvelaiz, de Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, Reginaldo Arcuri, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e de industriais e executivos de várias empresas do setor.
O embaixador Maximilien Arvelaiz dispersou o temor do empresariado brasileiro com a estatização da Agroisleña, uma das principais fornecedoras de sementes e fertilizantes da Venezuela e importante compradora de maquinário e equipamentos agrícolas brasileiros. “Nossa decisão permitirá a melhoria das relações entre Brasil e Venezuela em diferentes níveis e o governo (venezuelano) tem sido o principal propulsor desse estreitamento de relação. Não há nenhum motivo para interromper essa relação ou suspender as compras do Brasil”, garantiu Arvelaiz. Lembrando ao empresariado que a medida faz parte de um projeto de governo, o embaixador ressaltou o leque de oportunidades que surgirão com a Agropátria, a empresa que nasce da estatização da multinacional. “A Venezuela está apostando em um processo de desenvolvimento de nossa indústria e é claro que a agricultura é um dos principais pilares. O Brasil é essencial para o fortalecimento da Venezuela como um mercado integral, é nosso principal parceiro. A ideia é incrementar cada vez mais o comércio”, adiantou.
Eudelcio de Oliveira Dias, gerente de exportação da Nogueira S/A, empresa brasileira que produz e exporta maquinário e equipamentos para a Venezuela, deixou a reunião confiante na possibilidade de novas oportunidades. “Trabalhamos há muitos anos com a Venezuela e temos que ressaltar que foi a partir do governo do presidente Hugo Chávez que percebemos a transformação promovida na agricultura da Venezuela. Antigamente, caminhávamos pelo interior do país e víamos tratores antigos, maquinários bastante ultrapassados. Com a política de segurança alimentar do presidente Chávez, as empresas brasileiras passaram a ter maior participação no mercado venezuelano”, destacou o gerente..
Reginaldo Arcuri, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), entidade ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, lembrou a importância estratégica da integração entre o Brasil e a Venezuela. “Queremos promover cada vez mais a integração positiva com a América do Sul justamente para que a gente possa ter com nossos vizinhos muito mais do que a compra e venda de materiais, para que possamos produzir juntos. O Brasil sempre esteve muito voltado para si mesmo e a Venezuela para o Caribe e os Estados Unidos. Então, a ideia tem sido de aprofundar esse relacionamento com esse parceiro, com quem temos 2.200 km de fronteira seca numa região importante do Brasil”, ressaltou.
Canal aberto - O empresariado presente à reunião deixou o encontro satisfeito com a abertura do diálogo e as garantias do embaixador venezuelano. Arvelaiz pediu ao grupo que reunisse suas principais pendências e as questões de extrema urgência em um documento que será encaminhado ao ministro de Agricultura e Terra da Venezuela, Juan Carlos Loyo.
Para o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, reuniões como a desta sexta-feira são o caminho para reabrir os canais de comunicação entre representantes do setor de maquinário e o governo venezuelano e para aprimorar o comércio entre os dois países. “Temos duas missões. A primeira é resolver as questões mais urgentes. A segunda é criar uma agenda para reunir a nova diretoria da Agropatria e o empresariado brasileiro”, enumerou. Neto ponderou ainda que está na hora de cessar as conversas pela imprensa e começar a tratar dessas importantes questões pessoalmente.
Desinformação na mídia brasileira - O empresário Carlos Santana, representante do setor, destacou que a imprensa chegou a noticiar erroneamente que a Venezuela teria suspendido as importações. “Isso é mentira, como disse o embaixador. Mas ainda temos dúvidas quanto ao que será feito em relação aos pedidos em produção ainda sem carta de crédito abertas e em relação às cartas de crédito abertas irrevogáveis”, assinalou Santana. Essas e outras questões levantadas durante a reunião devem ser debatidas em um novo encontro, já com a nova diretoria da estatal venezuelana, que deve ocorrer em, no máximo, dois meses, segundo adiantou o embaixador da Venezuela no Brasil.
Estudo do BID avalia impacto das agências de exportação
Estudo do BID examina as agências de promoção de exportações na América Latina e Caribe e seu impacto sobre os volumes de vendas para os países e empresas fora da região.
Os organismos de exportação da América Latina e Caribe têm sido bem sucedidos no apoio à diversificação e expansão das exportações, mas seria mais eficaz, segundo novo estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O estudo recomenda que as agências avaliem melhor os impactos de suas atividades, permitindo-lhes adaptar-se às necessidades de seus clientes. "Precisamos de avaliações sistemáticas e regulares para obter o melhor impacto possível das agências sobre o potencial de exportação de seus países", disse Chris Volpe, autora do estudo.
A arquitetura institucional da promoção das exportações determina a sua eficácia, conlui o estudo. Os organismos de exportação do Chile, México, Colômbia e Costa Rica têm suas próprias representações no exterior, enquanto outros países como Argentina, Peru e Uruguai têm que recorrer a suas embaixadas e consulados.
A abertura de um escritório de promoção de exportações no exterior se reflete no aumento das exportações em 5,5 vezes maior do que o estabelecimento de uma nova embaixada ou consulado responsável por essa tarefa, diz o livro dos mercados "Odisséia Internacional" de 250 páginas.
Em média, as agências de exportação na região tem gerado aumento das exportações em 47 setores econômicos. Em contrapartida as missões diplomáticas têm ajudado a aumentar as exportações em apenas 12 setores, especialmente produtos de valor agregado, como sapatos ou máquinas especializadas.
Quanto ao México, os cálculos mostram que, em média, abrindo um novo escritório da agência ProMexico poderia aumentar o número de produtos vendidos no exterior em oito setores e países de destino.
"Isto não significa que os países devem inundar o mundo com agências de promoção das exportações", disse Christian Volpe. "Os responsáveis pelas políticas públicas do setor precisam avaliar com cuidado o que é mais adequado, pois há casos em que uma missão diplomática pode ter um desempenho tão bom quanto o de uma agência de exportação. Em alguns casos é melhor fortalecer as competências comerciais de uma missão diplomática. Outras medidas incluem uma melhor coordenação entre as missões diplomáticas e as respectivas agências de promoção das exportações do país, promover a capacitação e trazer compradores potenciais para o próprio país".
O comércio internacional é um mecanismo fundamental para o desenvolvimento. Nas últimas duas décadas, a concorrência se tornou muito difícil, depois do aparecimento de "gigantes comerciais" da Ásia. Agências de promoção das exportações tornaram-se agentes-chave para ajudar as empresas a dar um salto no mercado externo, ajudando a superar a falta de conhecimento das condições para os negócios, além de suas fronteiras. "As agências são como um GPS que orienta as empresas pelas vias desconhecidas que implica os mercados internacionais", diz Volpe.
A promoção das exportações tem sido bem sucedida na América Latina e no Caribe. As empresas e países tem diversificado as exportações, especialmente na indústria manufatureira.
O estudo avalia a eficácia das atividades de promoção de exportações realizadas no Peru, Costa Rica, Uruguai, Chile, Argentina e Colômbia, durante o período de 2000-2007. Os cálculos mostram que, por exemplo, no Peru, a taxa de crescimento das exportações foi 17% mais elevada para as empresas que contaram com o apoio da PROMPEX/PROMPERÚ. Em relação ao número de países e o número de produtos, as taxas de crescimento foram de 7,8% e 9,9% maior, respectivamente.
De fato, as agências ajudam a diversificar as exportações facilitando as vendas externas de uma maior variedade de produtos em um número maior de países, ao invés de simplesmente ajudar a gerar um maior volume de exportações de um mesmo produto ou ao mesmo país importador. Assim, na Costa Rica, empresas que vendem produtos mais sofisticados no exterior e que recebem assistência do PROCOMER apresentaram taxas de crescimento das exportações e do número de países de destino de 15,3% e 8,5% maior, respectivamente.
O efeito das medidas de promoção das exportações é maior nas pequenas e médias empresas e aquelas com pouca exposição ara os mercados internacionais. Na Argentina, as pequenas empresas que receberam apoio pela primeira vez, registraram uma taxa média de crescimento das exportações 13,9% maior no período de 2002-2006 e médias empresas, 28,7% maior. Em termos de mercados de destino, o aumento foi de 18,5% e 26,4%. Isso mostra o potencial de um país como o México, onde existem 30 mil micro e pequenas empresas, que em média exportam a 1,2 e 2,2 países respectivamente, principalmente neste hemisfério, com um valor total de mais de US$ 5 bilhões.
O estudo mostra também que as agências de promoção de exportações são muito mais eficazes quando apoiam todo o processo de exportação, desde o fornecimento de informações, capacitação e suporte a missões empresariais ou feiras comerciais até a assistência na coordenação de reuniões de negócios com potenciais compradores. Um exemplo disso são as empresas colombianas que receberam serviços da Proexport e alcançaram um crescimento nas exportações e nos países compradores de 17,7% e 11,7% maiores respectivamente, em relação a seus pares que receberam apenas um serviço.
No Brasil, a Agência Brasileira de Promoção das Exportações (APEX) segue esta linha, oferecendo orientação, informações gerais e específicas do mercado, aconselhamento, inteligência e assistência técnica, missões, feiras, contatos de negócios específicos, consórcios e assistência na procura de financiamento.
"A concepção de programas de promoção do comércio exterior é um fator determinante na sua eficácia. Os resultados do estudo apresentam algumas recomendações gerais que ajudarão as agências a melhorar seus instrumentos e programas e como resultado sua relevância para o desenvolvimento da exportação dos países da Região", concluiu Volpe.
"Odisséia nos mercados internacionais" é uma publicação do Setor de Integração e Comércio do Vice-Presidente de conhecimento e setores do BID.
Revista Fator Brasil
Camex facilita importação de máquinas e informática
O conselho de ministros da Camex (Câmara de Comércio Exterior) decidiu ontem (19.10) reduzir para 2% as alíquotas de importação para 154 tipos de bens de capital (máquinas e equipamentos) e quatro tipos de produtos de informática e telecomunicação que não são produzidos no Mercosul.
A alíquota anterior era de 14% para bens de capital e variava entre 14% e 18% para bens de informática e telecomunicações.
Documento divulgado pelo conselho informa que a medida contempla importações no valor estimado de US$ 488,123 milhões nos próximos dois anos (que é o prazo de validade da redução das alíquotas), referentes a planos de investimentos de US$ 2,347 bilhões.
"Essas máquinas e equipamentos serão incorporadas a unidades produtivas, dentro de investimentos para ampliação das fábricas brasileiras", afirmou o secretário-executivo da Camex, Helder Chaves.
Entre os principais projetos beneficiados com a redução temporária das alíquotas, estão aqueles destinados a transmissão de energia, processamento de minérios, produção de embalagens do tipo "longa vida", produção de aços galvanizados, produção de blocos de motor e outras peças forjadas utilizadas no setor automotivo, instalação de boias em tubulações submersas no mar em águas profundas, entre outras.
Além disso, a Camex suspendeu por um ano a aplicação de direito antidumping sobre as importações de carbonato de bário chinês. Esse produto químico é utilizado no revestimento de tubos de raios catódicos (CRT) utilizados em televisores analógicos. A aplicação da sobretaxa foi suspensa a pedido da empresa Química Geral do Nordeste, que deixou de fabricar o produto, por conta da queda de participação dos aparelhos de TV com tecnologia antiga no mercado. "Ainda existe fabricação de televisores de tubo, mas a tendência é caminhar para uma redução substancial", disse Chaves.
Agência Estado
Brasil pensa em importar mais têxteis de outros países
O Brasil está insistindo com a China para colocar em prática o mecanismo permanente de consulta e coordenação entre os dois países, inclusive para discutir a diversificação do comércio bilateral. O principal instrumento acertado por Brasília e Pequim, para implantar um plano de metas até 2014, é a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Coordenação (Cosban), coordenada pelos respectivos vice-presidentes da República.
Só que essa comissão, criada em 2004, até agora teve uma única reunião. Há dois anos que o Brasil tenta reativá-la. Algumas vezes o estado de saúde do vice-presidente José Alencar, impediu os encontros. Nos últimos tempos, contudo, os chineses argumentam que seu vice-presidente está ocupado com a exposição de Shangai ou com agenda lotada. Nem uma subcomissão econômica foi aceita pelos chineses para ocorrer logo.
É nesse ambiente que o Brasil espera aumentar a pressão para que Pequim comece a diversificar suas importações originárias do Brasil, compostas hoje de 33% de soja, 30% de minério de ferro e 10% de petróleo, comparados a 95% de manufaturados chineses exportados para o Brasil. Na prática, desde 2008 não há verdadeiro contato econômico regular entre os dois países, segundo negociadores.
Na área financeira, a situação é um pouco diferente, em razão dos encontros entre ministros e banqueiros centrais no G-20, o grupo das principais economias do planeta. Mas o projeto de utilização comum de suas moedas no comércio bilateral tampouco avança.
Ao mesmo tempo em que continua sofrendo a pressão dos produtos chineses, o Brasil está atento a um projeto da União Europeia para fazer uma concessão apenas ao Paquistão: eliminar as tarifas de importação de 81 produtos por três anos, para ajudar esse país no rastro da forte inundação que destruiu parte de sua economia.
Só que a indústria têxtil brasileira pediu para o governo tentar limitar na Organização Mundial do Comércio (OMC) esse projeto da UE. É que a UE precisa apresentar o pedido na OMC para fazer a concessão apenas para o Paquistão, sem que ele seja estendido aos outros membros.
A Euratex, representando a indústria têxtil europeia, denunciou que a lista beneficiará mais de 60 produtos têxteis e confecções originárias de companhias paquistanesas eficientes, bem equipadas, localizadas fora das áreas inundadas e com faturamento superior a média da própria indústria europeia.
Na mesma linha, a Associação Brasileira da Industria Têxtil (Abit) pediu oficialmente ao governo, em Brasília, para só apoiar os europeus na OMC se o pacote excluir todo o universo da cadeia têxtil (fibra, fios, filamentos, tecidos, vestuário, etc) o que significaria destruir o pacote para o Paquistão. O Brasil exporta atualmente US$ 500 milhões por ano de tecidos para o mercado europeu e teme perder ainda mais espaço para os paquistaneses.
A indústria têxtil brasileira se opõe também à concessão, pelo Brasil, de livre acesso para produtos dos países mais pobres do mundo, uma promessa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá dificuldades de cumprir até dezembro. O setor alega que o Brasil precisa manter as tarifas sobre importação de têxteis, diante da forte competitividade de países como Camboja e Bangladesh, que serão beneficiados pelo plano brasileiro. Na negociação Sul-Sul, de 11 países emergentes, que deve ser assinado em Foz do Iguaçu no mês que vem, o Brasil acabou excluindo concessões no setor têxtil.
Blog João Carlos On Line
Integração entre Brasil e Argentina ganha força
Pela terceira vez em 2010, os ministros da Agricultura do Brasil, Wagner Rossi, e da Argentina, Julián Dominguez, se encontram para discutir ações comuns nas áreas de comércio e cooperação técnica. A 3ª Reunião do Diálogo Bilateral entre os dois países é realizada hoje, em Buenos Aires e dá continuidade ao cronograma de encontros trimestrais estabelecidos pelos ministros. "Juntos, Brasil e Argentina são gigantes no mercado mundial de alimentos. Temos todas as condições de aprofundar uma parceria estratégica para reforçar o peso dos nossos países no setor", diz Rossi.
O ponto de partida para a integração entre as duas nações vizinhas no setor agropecuário foi a visita de Wagner Rossi a Buenos Aires, em maio deste ano. Na ocasião, foram acertadas reuniões entre as equipes ministeriais dos dois países a cada três meses. O último encontro ocorreu em julho, com a vinda do ministro Julián Dominguez ao Brasil. Avanços na cooperação em pesquisa já puderam ser vistos naquela reunião, quando a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (Inta) assinaram memorando de entendimento.
Ao representar o ministro no lançamento do Plano Estratégico Agroalimentar e Agroindustrial da Argentina, no mês passado, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles, assinou outro memorando, em cooperação estratégica.
Entre janeiro e setembro deste ano, foram importados US$ 2,36 bilhões do agronegócio argentino, com destaque para trigo, farinha de trigo e malte. Em contrapartida, os embarques de produtos nacionais para o país vizinho totalizaram, no mesmo período, US$ 935 milhões.
Diário do Comércio e Indústria
Exportação de suco de laranja deve crescer 25%
A valorização do suco de laranja nos últimos dois anos no mercado internacional deverá resultar em um crescimento de praticamente 25% na receita das exportações brasileiras da commodity em 2010.
Segundo estudo recém-concluído por Marcos Fava Neves, professor titular da FEA/USP em Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat, as vendas ao exterior do produto concentrado (FCOJ, na sigla em inglês) e não concentrado (NFC) deverão alcançar US$ 2 bilhões no ano, ante US$ 1,6 bilhão em 2009. O número também inclui as exportações de suco para outros fins, que representam uma parte pequena do valor total.
O Markestrat, Centro de Pesquisas e Projetos em Marketing e Estratégia, é uma organização fundada por mestres e doutores em administração de empresas formados na FEA, e o estudo foi encomendado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Sucos Cítricos (CitrusBR), que reúne as grandes indústrias exportadoras de suco brasileiro (Cutrale, Citrosuco, Citrovita e Louis Dreyfus).
Entre outros números e análises, o estudo mostra em detalhes o amadurecimento do domínio do Brasil nas exportações mundiais de suco de laranja. Atualmente responsável por 85% dos embarques globais, o país já exportou US$ 60 bilhões em suco de laranja desde 1962, quando começaram os embarques.
Apesar da força que tem nas exportações, o Produto Interno Bruto (PIB) do segmento citrícola ainda é maior no mercado interno. Na frente doméstica, o PIB chegou a US$ 4,4 bilhões em 2009. No mercado externo, calcula o estudo, foram US$ 2,2 bilhões. No total, os produtores de citros faturaram US$ 1,9 bilhão no ano passado, enquanto em todos os elos da cadeia o valor sobe para US$ 14,6 bilhões.
Além de trazer levantamentos nacionais como empregos diretos e indiretos (230 mil posições), massa salarial anual (R$ 676 milhões), arrecadação de impostos (US$ 189 milhões) e números de árvores em produção (165 milhões), o estudo chama a atenção para os desafios gerados pela queda da demanda mundial de suco, marcante na última década.
E chama a atenção para o fato de que as últimas ondas de altas de cotações internacionais, como a atual, terem sido provocadas por problemas na oferta em São Paulo e também na Flórida, que reúne o segundo maior parque citrícola do mundo.
Ontem, em Nova York, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a US$ 1,4935 por libra-peso, ganho de 110 pontos. Nos últimos 12 meses, a valorização acumulada chegou a 26,25%. Em 24 meses, atingiu 71,86%.
Valor Econômico
Recorde na importação de petróleo
Conforme a divulgação da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), as importações totais brasileiras devem somar, em 2010, US$ 175 bilhões. Em 2009, diante da crise financeira, chegaram a US$ 127 bilhões; em 2008, totalizaram US$ 173 bilhões.
As despesas com as compras no exterior dos principais derivados do petróleo (nafta petroquímica, gás de botijão, óleo diesel, gasolina e outros subprodutos) cresceram perto de 220% no 1º semestre deste ano, quando comparadas com igual período do ano passado.
Mais de US$ 6 bilhões foram despendidos com os combustíveis importados, onerando a balança comercial do país.
Contribui para essa situação o aumento do preço médio do petróleo bruto nos países exportadores, alcançando US$ 81 barril nos seis primeiros meses deste ano, quando, em igual período de 2009, a média do valor era de US$ 52/barril.
A nafta petroquímica e o diesel continuam sendo os principais subprodutos do combustível fóssil importado pela Petrobras, que detém o monopólio de fato dessas operações.
A gama de produtos que se pode obter a partir da nafta é infindável na vida moderna (plásticos, detergentes, borrachas, resinas, fibras sintéticas, fertilizantes etc.)
Com a redução da mistura obrigatória do etanol, de 25% para 20%, na gasolina automotiva, de 1º de fevereiro a 1º de maio deste ano, houve um substancial aumento do uso da gasolina.
Quanto à política de preços dos combustíveis, o governo nacional continua irredutível no sentido de não alterar os valores da gasolina e do diesel, mantendo-os acima dos preços do mercado internacional e, assim, visando contribuir para resultados financeiros da Petrobras.
Com o início da extração da monumental reserva do pré-sal, o cenário poderá ser alterado, desenhando-se uma paisagem mais promissora para os acionistas e para os consumidores dos derivados.
Nas nações mais desenvolvidas, os combustíveis limpos e ecológicos, como é o caso do etanol, do biodiesel e do GNV (Gás Natural Veicular), são tributados com valores menores que os derivados do petróleo; em algumas nações, inclusive, não recolhem impostos, visando incentivar sua produção e consumo, a fim de melhorar as condições ambientais.
Os informes da ANP (Agência Nacional do Petróleo), da mesma forma, esclarecem que cresceram de forma expressiva as importações do gás liquefeito de petróleo (GLP) (60%), responsável pelo abastecimento de cerca de 90% das residências brasileiras e do querosene dos aviões (32%).
Outra questão a ser equacionada é a nossa real capacidade de refino do petróleo, hoje perto de 2 milhões de barris diários, área em que a Petrobras, da mesma forma, mantém o monopólio.
Com o crescimento da economia brasileira, haverá a imprescindibilidade da construção de novas unidades de refino ou da ampliação das existentes, a fim de atender às necessidades crescentes dos combustíveis e insumos, nos dias atuais já superando cerca de 200 mil barris diários/importados. Luiz Gonzaga Bertelli, presidente da Associação Paulista de História, presidente-executivo do Ciee-SP (Centro de Integração Empresa-Escola de São Paulo) e diretor e conselheiro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
Folha de São Paulo
Índia volta a exportar açúcar em 2010/11
O governo indiano divulgou ontem, em evento em São Paulo, uma estimativa conservadora para a produção de açúcar do país na safra 2010/11, que por lá começou oficialmente em 1º de outubro. Na conferência da consultoria Datagro, a secretária do Departamento de Alimentação e Distribuição Pública da Índia, Alka Sirohi, anunciou que a previsão é que o país produzirá 24,5 milhões de toneladas de açúcar até setembro de 2011
Estes 24,5 milhões de toneladas, representará um aumento de 30% em relação ao total na safra anterior (18,8 milhões de toneladas).
A previsão oficial, considerada conservadora por analistas e empresários, considera um processamento de 324,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e uma área cultivada de 4,86 milhões de hectares. A secretária indiana prevê um excedente exportável, uma vez que o consumo indiano esta previsto em 22,5 milhões de toneladas, mas não arrisca volumes e nem quando as exportações ocorrerão. "O governo vai definir esses volumes e quando eles serão autorizados ao longo da safra, conforme ela for evoluindo", disse Alka.
Já a Datagro prevê que a produção de açúcar na Índia será de 25,5 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas a mais do que a estimativa do governo indiano Há projeções do mercado que enxergam a produção na Índia pelo menos 2 milhões de toneladas maior que a previsão oficial. É o caso da estimativa da consultoria F.O. Licht. Seu diretor, Stefan Uhlenbrock, prevê produção de 26,2 milhões de toneladas no país, com um excedente exportável de 3 milhões de toneladas que devem ser escoadas até setembro de 2011. "A produção global vai aumentar em 11,9 milhões de toneladas de açúcar, mas as quebras de safras no mundo por problemas climáticos manterão o superávit menor do que o esperado", diz Uhlenbrock.
Ele prevê que a China vai ampliar suas importações de 1 milhão para 2 milhões de toneladas em 2010/11 por causa da estiagem que atingiu 70% de sua produção de açúcar. Também estima que as inundações no Paquistão farão com que o pais tenha que importar em torno de 1 milhão de toneladas. "E a Rússia também vai continuar importando volumes significativos", afirma.
Para Uhlenbrock, se houver mais revisões para baixo nas produções mundiais, os preços podem chegar a um novo pico. "Estamos patinando em gelo fino e ele pode quebrar. É bom que saibamos nadar em águas geladas", alerta Uhlenbrock. Ontem, em Nova York, os contratos para maio fecharam a 25,47 centavos de dólar, alta de 57 pontos. Ele observa, porém, que a redução da produção mundial na safra 2010/11 foi causada por problemas climáticos, e não por uma redução de apostas.. Com preços atraentes, diz , a produção continuará a crescer e um novo recorde poderá ser alcançado na safra 2011/12.
Valor Econômico
Austrália impõe tarifa antidumping de biocombustíveis de 40% contra os EUA
CANBERRA - A Austrália vai impor uma tarifa provisória de 40% sobre as importações de biodiesel dos Estados Unidos, depois que uma investigação concluiu que o parceiro comercial pratica dumping, ou seja, vende o combustível a preços abaixo do custo de produção. A determinação é do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteira.
O departamento disse que a importação de biodiesel norte-americano, cuja produção recebe subsídios em seu país de origem, está prejudicando a indústria australiana, que perdeu fatias do mercado interno por causa da queda nas vendas do produto.
De acordo com um comunicado do órgão, a alíquota da tarifa reflete o tamanho das margens de dumping e subsídios, o nível dos preços das importações, e o consequente impacto sobre a indústria australiana, incluindo a perda de volume de vendas e de fatia de mercado, redução de lucros e de rentabilidade. A investigação foi iniciada em 22 de junho, a pedido da Australia's Biodiesel Producers Ltd., que reúne os fabricantes do país.
O departamento deverá apresentar um relatório ao Ministério de Assuntos Internos até o dia 22 de dezembro, que determinará as medidas a serem adotadas. Dependendo dessa decisão, a tarifa antidumping poderá ser mantida ou revogada. A empresa Australian Renewable Fuels Ltd. disse em comunicado que o anúncio do Departamento de Alfândega destaca a necessidade de impedir a importação de biodiesel dos EUA a fim de evitar prejuízo para a indústria australiana.
Dow Jones
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