Em Marselha, o lixo se acumula nas ruas e o porto está bloqueado
Protestos se multiplicam na segunda maior cidade da França; greve dos portuários deixa navios à espera no Mediterrâneo
Andrei Netto CORRESPONDENTE / PARIS - O Estado de S.Paulo
PARIS
Lixo nas ruas, desabastecimento em postos de combustíveis e porto bloqueado são o saldo de múltiplas greves que estão paralisando a segunda maior cidade da França, Marselha.
Segundo associações patronais, só a paralisação no maior porto comercial do país já teria causado uma perda avaliada em ? 600 milhões. E o cálculo não leva em conta as perdas em turismo causadas pela greve na coleta e pelo acúmulo de quatro toneladas de detritos.
A situação mais grave em Marselha é provocada pelos portuários. Cerca de 65 navios estão ancorados no Mar Mediterrâneo à espera de autorização para ancorar e carregar ou descarregar.
A mobilização é mais aguda entre os trabalhadores dos terminais petrolíferos do porto, que reproduzem no sul a greve nacional que provoca desabastecimento em 2,6 mil postos de combustíveis do país. Segundo balanço da instituição responsável pela administração do porto, a Grand Port Maritime de Marseille (GPMM), 28 navios petroleiros, cinco com cargas químicas e oito com gás estariam parados na altura de Fos-sur-Mer, na região marselhesa. Em Marselha, outros 18 petroleiros, dois de produtos químicos e dois de gás estão bloqueados.
Também o transporte marítimo de passageiros é prejudicado por graves de marinheiros de companhias SNCM e CMN, que realizam a rota entre a continente e a ilha da Córsega. Embora seja parte do movimento sindical nacional, a greve dos portuários, que já completa 22 dias, não tem relação direta com a reforma da previdência, mas com outra reforma (a portuária), proposta pelo Palácio do Eliseu.
A situação de caos no Mediterrâneo também começa a atingir Marselha futura Capital Europeia da Cultura de 2013. A exemplo a mobilização realizada em Nápoles, na Itália, em 2008, agora os funcionários dos serviços de limpeza urbana cruzaram os braços.
O resultado são toneladas de lixo nas ruas do balneário, um dos pontos turísticos mais visitados da França. A greve - que afeta o serviço na cidade em média a cada três anos - teve início na terça-feira passada, mas a mobilização começou a se intensificar no fim de semana.
Ontem, o sindicato lançou nota afirmando que "o espectro de um bloqueio total da cidade se desenha"
O Estado de São Paulo
Damco lança serviço com foco no agronegócio
Fresh Produce Direct proporciona entrega porta-a-porta de vegetais frescos.
A multinacional dinamarquesa Damco - braço logístico do grupo A.P. Möller-Maersk - acaba de lançar mundialmente a solução Damco Fresh Produce Direct. O serviço visa a proporcionar a entrega porta-a-porta de vegetais frescos diretamente do agricultor para o estoque do atacadista ou varejista.
De acordo com o diretor Comercial da Damco Brasil, Marcelo Vitorino (foto), o produto apresenta diversos diferenciais para todos os envolvidos na cadeia - dentre eles, redução tanto de custos quanto de riscos durante o processo. "Com todo o processo gerido por apenas um contato - da coleta do produto na propriedade à entrega no atacado/varejo - a redução de custos pode chegar a 20%, enquanto a confiabilidade do procedimento apresenta-se acima de 99%, o que, consequentemente, reflete nos resultados tanto do agricultor quanto do lojista".
A Damco Fresh Produce também proporciona maior sustentabilidade aos processos, por controlar desperdícios e emissões de gás carbônico durante todo o armazenamento, acondicionamento e transporte. "Consequentemente, isso reflete na redução de custos do processo que citamos anteriormente, além evidentemente de otimizar o serviço", destaca o executivo.
Os empreendedores do agronegócio de qualquer porte ou segmento podem tirar proveito da solução tanto para agenciamento de cargas pontuais quanto para desenvolvimento de soluções logísticas completas para qualquer lugar do mundo e qualquer meio de transporte - seja, marítimo, aéreo, rodoviário ou uma coordenação de um ou mais meios. "A Damco propõe ao empreendedor os melhores meios de acordo com as diretrizes de seu negócio. O produtor não precisa se preocupar em contratar qualquer outro serviço, pois, além do transporte, também viabilizamos o desembaraço aduaneiro e demais documentações requisitadas para envio e recebimento", finaliza Vitorino.
Guia Marítimo
Com nova regra, terminais poderão investir R$ 2 bilhões
O setor portuário brasileiro deverá receber mais de US$ 2 bilhões em investimentos somente com a nova resolução da Agência Nacional de Transportes (Antaq), que autoriza a renovação dos arrendamentos firmados antes da Lei de Modernização dos Portos (8.630/93).
No Porto de Santos, uma dezena de terminais deverá ser beneficiada com a nova norma. A renovação dos arrendamentos celebrados antes de 1993 é um dos pontos mais polêmicos do setor. Conforme o marco legal portuário, os contratos deveriam ser adequados pelo Governo Federal em até 180 dias após a promulgação da lei, o que não aconteceu.
O descumprimento da legislação gerou uma série de liminares judiciais por parte das empresas detentoras de terminais, para permanecerem no controle. E mais: nos últimos anos, a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) passou alicitar essas instalações, capitalizando ascompanhias docas com o valor de outorga dos terminais.
Portal Naval
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