LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

PORTOS E LOGISTICA - 22/10/2010

Porto de Santos terá tecnologia alemã para o setor de logística
O Porto de Santos deverá receber tecnologia alemã para ajudar a resolver seus problemas de acessibilidade. A informação foi divulgada pelo Ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, durante o workshop "Tecnologias da Alemanha para a Infraestrutura do Porto de Santos" realizado ontem em Santos, na Baixada Santista.

"A nossa expectativa é que o governo na Alemanha, que está trazendo aqui uma grande comitiva de empresários, possa oferecer para nós o que mais estamos precisando no momento, que é uma alternativa para viabilizar a acessibilidade terrestre ao Porto de Santos", disse o ministro, explicando que há muitas empresas alemãs já instaladas no Brasil que poderiam participar de concorrências para realizar obras no Porto de Santos.

Segundo Brito, a SEP recebeu ontem um "projeto conceitual" de soluções para o acesso rodoviário ao Porto de Santos, mas os estudos futuramente vão abordar questões referentes ao acesso aquaviário e uma ligação seca entre as duas margens do cais santista.

"Nós vamos naturalmente avaliar (os estudos) e depois discutir com o próprio governo da Alemanha essas alternativas", disse Brito, afirmando que, por enquanto, o projeto teve "custo zero" para o País e as sugestões apresentadas serão discutidas também pela comunidade portuária. "A ideia é que até março do próximo ano, com a vinda o ministro dos Transportes da Alemanha, possa ter o projeto concluído para se ter já a assinatura de algum contrato em relação a isso". O ministro destacou o conhecimento da Alemanha em logística.
O Estado de S.Paulo



Nova rodovia ligará portos do Paraná ao de Santos
O governo do estado deve lançar na próxima semana um pacote de cinco editais de licitação para elaboração de estudos prévios da mais importante obra viária do estado desde a duplicação da BR-376, iniciada no fim dos anos 80. Trata-se da Rodovia Interportos, que vai ligar Garuva (SC) a Santos (SP), passando pelos portos de Paranaguá e Antonina e pelos futuros terminais portuários de Pontal e Emboguaçu/Embucuí, que devem ser construídos no futuro.

O projeto foi dividido em duas fases. Na primeira, os estudos contemplam o trecho de Garuva a Antonina e preveem a construção de uma ponte na baía de Gua­ratuba, onde hoje é feita a travessia de ferryboat. A Interportos terá cerca de 90 quilômetros de extensão e deve custar em torno de R$ 500 milhões – a duplicação de 70 quilômetros da BR-376 custou, em valores corrigidos, cerca de R$ ­­­­190­­­­ milhões. Os recursos para as obras da nova rodovia, porém, ainda não estão garantidos.

De acordo com o secretário estadual de Transportes, Mário Stamm Júnior, os cinco editais contemplam estudos de viabilidade técnica econômica, ambiental, e projetos de engenharia. Os valores ainda estão sendo fechados, mas a licitação dos projetos deve girar em torno de R$ 18 milhões. Segundo Stamm Júnior, os estudos e projetos devem ser concluídos em até dois anos. As obras levariam mais três anos para serem executadas.

O projeto envolve a Secretaria dos Transportes, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Segundo Stamm Júnior, a Rodovia Interportos vai resolver um gargalo logístico do estado e integrar toda a região litorânea. “Permitirá a ligação entre as áreas portuárias e do próprio litoral do estado, melhorando o desenvolvimento social e dando acessibilidade a toda região”, afirma.

Hoje, para chegar ao Porto de Paranaguá, os caminhões têm de passar pela região metropolitana de Curitiba (RMC) via BR-376 (Sul) ou BR-116 (Norte) e, só então, acessar a BR-277 até o litoral. Estima-se que a Interportos desviará um tráfego de 12 mil veículos por dia da RMC.

Com a nova rodovia, o Paraná já se prepara para a construção de dois novos terminais portuários. “Primeiro precisamos fazer a estrada para depois construir os novos portos”, explica Stamm Júnior. “Mas estimamos que essa obra vai aumentar em 200% a capacidade de movimentação portuária do Paraná”, complementa.

A nova estrada será uma espécie de BR-101 no Paraná, rodovia federal translitorânea inexistente no estado. Segundo Stamm Júnior, porém, a Interportos não se confundirá propriamente com a BR-101, que deverá ser construída, no futuro, mais a oeste.

Sobre questões ambientais do projeto, já que parte da rodovia passará pela Serra do Mar, ele diz que que as pistas serão feitas de forma a causar o menor impacto ambiental. “Não teremos problemas am­­bientais se forem tomadas medidas mitigadoras e necessárias”, afirma. A Rodovia Inter­­portos vai lançar mão de recursos como túneis e pilotis (espécie de ponte baixa) em áreas alagadiças.
Gazeta do Povo - PR

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