LEGISLAÇÃO

terça-feira, 26 de outubro de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - 26/10/2010

SP perde liderança entre exportadoras
A combinação entre a valorização do preço das commodities e a redução do peso dos produtos industrializados na pauta de vendas do Brasil para o exterior provocou, neste ano, alterações no mapa dos principais municípios exportadores do país.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento consolidados até setembro, a cidade de São Paulo perdeu a primeira posição no ranking das maiores exportadoras, posto que ocupava ao menos desde 2006. Agora, ocupa o terceiro lugar.

"Além da situação conjuntural, do aumento do valor das matérias-primas, influi o fato de que São Paulo está se tornando um centro de atuação do setor de serviços, com a transferência de indústrias para o interior", afirma o secretário de Comércio Exterior do ministério, Welber Barral.
Desde janeiro, o município de Angra dos Reis passou a liderar a lista. Sua pauta de exportações é bastante concentrada: 99,41% de tudo o que é vendido ao exterior se refere a petróleo, sendo o principal porto de escoamento da commodity no país.
A concentração em exportações de commodities também é uma realidade do segundo colocado no ranking dos exportadores.

Parauapebas, no Pará, que, já em agosto, deixou a capital paulista para trás, deve seu bom desempenho nas exportações à mineração. Mais de 96% do que vende é minério de ferro, e o restante, composto de manganês.

A mineração, aliás, é a principal responsável pela ascensão de mais municípios à lista dos dez maiores exportadores do Brasil.

As cidades mineiras de Itabira e Ouro Preto ganharam, respectivamente, a quarta e a nona posições no ranking.

A segunda principal capital brasileira em termos de exportações, Vitória (ES), deve mais de 70% do que vende para o exterior aos produtos de mineração de ferro.

Já municípios que diversificam as exportações com pauta mais variada ou apostam em importantes setores da indústria de transformação amargam queda no ranking. É o caso de São José dos Campos (SP), casa da Embraer, que recuou do terceiro para o sexto lugar.

Veículos
Embora não tenha observado grande recuo em termos de posição (caiu de nono para décimo ante o resultado fechado em 2009), a paulista São Bernardo do Campo vê sua importância nas exportações se reduzir na mesma medida em que as vendas externas de veículos e autopeças perdem espaço nos embarques do país ao exterior e a produção de veículos se descentraliza para outras cidades.

O resultado mais significativo é a saída do Rio de Janeiro do "top ten" em relação a dezembro do ano passado.

Mesmo com mais de 40% de suas exportações baseadas em petróleo, a capital fluminense recuou da sétima para a décima segunda colocação entre as cidades exportadoras.
Folha de São Paulo



Governo estuda medidas para conter a alta das importações
A primeira posição do governo foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que elevou de 4% para 6% a alíquota do Imposto sobre operações financeiras (IOF). Depois houve a redução para 2% da alíquota de importação de 158 produtos anunciada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento (Mdic). Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo poderá implementar novas ações para diminuir as importações e ajudar o equilíbrio comercial.

"Nós poderemos implementar novas ações para diminuir as importações e ajudar no equilíbrio da balança comercial", disse Lula. "Na hora em que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, me disser que as importações estão incomodando, nós iremos tomar medidas rapidamente. Por enquanto o que o ministro acha não é isso. Jorge acha é que a gente não tem que diminuir as importações, mas continuar trabalhando para aumentar as exportações", explicou Lula, ao lhe ser perguntado como o governo iria conter a alta das importações.

O presidente afirmou que, além do ministro do Desenvolvimento, o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também estão orientados a manter a atenção "24 horas por dia".

"Hoje a balança comercial está favorável, com uma perspectiva de US$ 195 bilhões de exportações, gerando superávit comercial", disse Lula.

De acordo com Miguel Jorge, o governo anunciará a nova meta do superávit da balança comercial de 2010 na próxima semana. A previsão atual é que o País fechará o ano registrando saldo positivo de US$ 15 bilhões. No entanto, esse número foi ultrapassado, conforme as projeções do governo, e nesta segunda-feira (25) será conhecida a nova meta. Atualmente, são estimadas para 2010 exportações da ordem de US$ 190 bilhões e importações de US$ 175 bilhões, resultando no saldo que será revisado.

Sobre a razão da mudança para cima da projeção do saldo comercial, Jorge disse que há uma pressão maior das exportações. Contudo, o ministro não disse quais setores teriam auxiliado essa alta. O último Boletim Focus do Banco Central aponta para este ano um superávit da balança comercial de US$ 15,85 bilhões.

Miguel Jorge criticou a divulgação, feita por analistas, de previsões da balança comercial do próximo ano tão díspares que apontam de um déficit de US$ 6 bilhões a uma repetição do superávit de US$ 15 bilhões.

"Não acredito em analistas desde o tempo que eu era jornalista", afirmou o ministro, que completou: "Pelos dados apresentados até agora, vimos que a indústria brasileira é sólida e diversificada, passa por um excelente momento em termos de investimento e de geração de emprego e tem competitividade em vários setores, com boas perspectivas para o futuro. São sinais claros de que não há desindustrialização", disse o ministro Miguel Jorge, em reunião promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

Com base em projeções do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Jorge disse que até 2013 está previsto investimento de mais de R$ 1 trilhão, quantia 9,1% superior à do período de 2005 a 2008.

Para a indústria especificamente, o crescimento previsto é de 74,8% se considerados os mesmos períodos. "O crescimento médio anual previsto para o investimento na indústria é de 11,8%, também maior do que nos outros dois setores."

O ministro reforçou a importância de uma política que evite a desvalorização do real, a necessidade de desonerar os investimentos produtivos, ampliar e melhorar a formação de mão de obra qualificada e manter o BNDES como importante instrumento de financiamento do setor no longo prazo.

"Todo mundo está percebendo que existe uma guerra cambial e nós precisamos, no G-20, discutir e dar uma solução definitiva para isso", completou Lula.

O Brasil reclamou, em Seul, de outras nações que estariam forçando a desvalorização de sua moeda como forma de beneficiar suas exportações.
O Brasil vê os Estados Unidos como o responsável pela desvalorização do dólar frente a outras moedas. Isto porque o governo americano, para estimular sua economia, está imprimindo mais dinheiro, o que tende a valorizar a moeda de outros países.
DCI



Têxteis querem tarifa zero com México
Autoridades brasileiras e mexicanas discutem diminuir e até zerar as tarifas de comércio entre os dois países para o setor têxtil e de confecção, ampliando o acordo de preferências que já funciona para outros segmentos, segundo a Abit (associação das indústrias do setor).

O México é um dos alvos internacionais dos produtos têxteis brasileiros porque tem um grande mercado consumidor interno -são cerca de 108 milhões de habitantes-, de acordo com Fernando Pimentel, diretor-superintendente da associação.

Além disso, Pimentel destaca a "complementaridade expressiva" entre as duas economias e o acordo de cooperação econômica 53, de 2002, que faz do México "o único mercado com o qual o Brasil pode negociar independentemente do Mercosul no momento atual".
"Você tem mais liberdade de negociar um acordo quando decide sozinho aquilo que vai ser concedido ou não."

Atualmente, o comércio de produtos têxteis entre os países é pouco expressivo. De acordo com dados divulgados em agosto em estudo da Abit, em 2009 o Brasil ocupou apenas a 21ª posição no ranking de fornecedores para o mercado mexicano.

O México importou US$ 6,72 bilhões em têxteis no ano passado, mas o Brasil enviou menos de US$ 59 milhões para lá.

"Como o México está mais voltado para a América do Norte desde a década de 1990, o comércio Brasil-México nunca se desenvolveu da forma como indica o potencial existente."

Porém, por conta do desaquecimento da economia norte-americana com a crise econômica, os mexicanos começam a buscar novos parceiros comerciais.
Momento
E é esse momento que os empresários brasileiros querem aproveitar. A participação dos produtos têxteis dos EUA nas importações mexicanas caiu de 59%, em 2007, para 53%, em 2009.

Se as tarifas forem zeradas, as perspectivas ficam ainda melhores. A Bia Brasil, de roupas esportivas femininas, enviou para o México 7.000 das 100 mil peças que produziu em 2008. Em três anos, pretende enviar 20 mil peças por mês ao país.

Na mira
Pimentel afirma que este não é um bom momento para as exportações brasileiras, especialmente de indústrias intensivas de mão de obra, como as têxteis.

"O nosso câmbio está extremamente valorizado e, em paralelo, o governo não avançou na agenda da competitividade com a velocidade necessária", afirma, além de citar os juros e a carga tributária como entraves.

Porém, a Abit tem vários países na mira para a expansão e reforço das fronteiras do setor têxtil brasileiro.

Os principais alvos, segundo Pimentel, são a UE, os EUA e países africanos. "Os mercados da América Latina continuam sendo fundamentais e estamos desbravando também o Oriente Médio."
Folha de São Paulo



Cresce exportação de carro desmontado
O Brasil retomou o nível pré-crise na exportação de automóveis e comerciais leves em quantidade, mas, com uma maior participação dos carros desmontados, que têm menor valor agregado, ainda não atingiu o mesmo patamar em valor.

A fatia dos CKDs ("complete knock-down"), que consistem em um kit com as peças para a montagem do veículo no país de destino, passou de 23,7% em 2008 para 36,3% neste ano.
No acumulado de janeiro a setembro, 542,3 mil unidades foram vendidas para o mercado externo, superando em 2,3% o montante do mesmo intervalo no ano do agravamento da crise internacional. Em valor (US$ 3,84 bilhões), ainda há queda, de 13,4%.
"O melhor é crescer com montados, sem dúvida nenhuma. Quando exportamos veículos montados, estamos colocando conteúdo, agregando o trabalho completo", avalia o presidente da Anfavea (associação das montadoras), Cledorvino Belini.
O executivo destacou ainda que as exportações de veículos já prontos, o que engloba ainda caminhões e ônibus, representavam 30% da produção em 2005, patamar que caiu para 14% nos nove primeiros meses deste ano.

Segundo a entidade, as vendas de CKD em 2010 se concentram na África do Sul, principalmente em carros enviados pela Volkswagen.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a montadora disse que está "observando um movimento de retomada dos principais mercados mundiais de exportação, como é o caso específico da África do Sul" e que, neste ano, "aumentará seu volume de exportações também em veículos montados".

Com esse impulso, a participação do país nas exportações totais saltou de 9,8% em 2008 para 25% neste ano.

Outra grande parte de desmontados vai para a Argentina, que, junto com o México, tem isenção no Imposto de Importação -em ambos os lados- devido a um acordo.
"O risco futuro é que o CKD se transforme em nada", afirma Marcelo Cioffi, sócio da PricewaterhouseCoopers, referindo-se à possibilidade de que os veículos comecem a ser produzidos já no destino. Uma das variáveis da equação é o custo da mão de obra local para esse trabalho.

O analista destaca, no entanto, que o relacionamento e a qualidade dos fornecedores também pesam nessa conta. "Para a montadora, faz sentido o que for agregar mais valor para o acionista."
O novo mapa das exportações mostra ainda a redução na participação de países europeus, como Alemanha, Itália e França, mercados considerados já maduros pelo setor automotivo.
Euler Ervilha, gerente de exportações da Fiat América Latina, aponta dois gargalos para as montadoras instaladas no país: a valorização do real e os custos de logística.

"Em alguns casos, o mesmo produto fabricado na Europa ou na Argentina consegue chegar ao Chile ou à Colômbia com preços mais competitivos do que o produzido no Brasil", exemplifica.
Folha de São Paulo



SECEX ABRE CONSULTA PÚBLICA SOBRE REQUISITOS DE ORIGEM PARA ACORDO ENTRE MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) abriu Consulta Pública, pelo prazo de 25 dias, para que sejam apresentadas manifestações sobre a proposta europeia de requisitos específicos de origem para os produtos classificados nos capítulos 1 a 23 do Sistema Harmonizado, tendo em vista as negociações do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

As manifestações de interesse poderão ser formuladas exclusivamente por associações ou entidades de classe e deverão ser encaminhadas por meio de documento escrito ao Departamento de Negociações Internacionais (DEINT), de acordo com as instruções constantes da Circular Secex nº 48, publicada no Diário Oficial da União de 25/10/2010.

Após o prazo de consulta, a Secex verificará a necessidade de articulação com órgãos e entidades envolvidos e aqueles que tenham manifestado interesse na matéria, para que indiquem representantes nas discussões posteriores, a fim de consolidar a proposta brasileira, que será a base para a negociação com os demais Estados Partes do Mercosul na formulação da proposta do Bloco a ser apresentada à União Europeia.

As manifestações não enviadas na forma estabelecida ou recebidas fora do prazo fixado pela Circular não serão consideradas. A proposta europeia de requisitos específicos de origem pode ser consultada no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Aduaneiras



MDIC revisa meta de exportações de 2010 para US$ 195 bilhões
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou, nesta segunda-feira (25/10), a nova meta para as exportações no ano de 2010, de US$ 195 bilhões. A meta anterior era de US$ 180 bilhões, anunciada no mês de junho, e já era uma revisão do valor de US$ 168 bilhões, estipulado em novembro do ano passado.
Com o novo resultado, a estimativa de crescimento das exportações brasileiras está acima do esperado para a recuperação das vendas mundiais em 2010, conforme previsão de 19% do Fundo Monetário Internacional (FMI). O valor de US$ 195 bilhões está 27% acima das vendas brasileiras ao exterior em 2009 (US$ 152,995 bilhões).

Em entrevista coletiva para explicar o aumento das vendas externas, o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, disse que "o mérito é do exportador brasileiro que tem conseguido permanecer nos mercados externos e aumentar a sua participação, apesar das dificuldades cambiais".

América Latina e commodities
Entre as principais razões para o aumento das exportações, Barral destacou a retomada das vendas externas de manufaturados para a América Latina e Caribe, que teve alta de 36,4%, na comparação no acumulado de janeiro a setembro deste ano sobre o mesmo período do ano passado. Os manufaturados responderam por 79% das vendas brasileiras à América Latina e ao Caribe (US$ 26,896 bilhões), no período. Com isto, este bloco de países teve participação de 47% nas exportações totais de manufaturados.

As exportações brasileiras de todos os tipos de produto para a America Latina e Caribe no ano (US$ 34,164 bilhões) também responderam pela maior variação, em valor, representando crescimento de 40,5% na comparação com as vendas do mesmo período do ano passado (US$ 24,313 bilhões).

Outro motivo apresentado pelo secretário de Comércio Exterior foi a elevação das cotações internacionais de commodities minerais, alimentícias e agrícolas. Na comparação do acumulado de janeiro a setembro, as principais commodities que se destacaram foram: minério de ferro (66%), minério de cobre (72%), petróleo (62%), semimanufaturados de ferro e aço (35%), açúcar em bruto (41%), café em grão (21%), couros e peles (44%), carne bovina in natura (23%), carne suína (27%), fumo em folhas (20%) e celulose (45%).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC


 
Superávit na quarta semana de outubro é de US$ 274 milhões
A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 274 milhões, com média diária de US$ 54,8 milhões, nos cinco dias úteis da quarta semana de outubro de 2010 (18 a 24). A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 9,044 bilhões, com média diária de US$ 1,808 bilhão.

As exportações, no período, foram de US$ 4,659 bilhões, com média diária de US$ 931,8 milhões, que foi 1,4% superior à média de US$ 919,1 milhões registrada até a terceira semana do mês. Houve aumento das vendas de produtos semimanufaturados (23,7%), com destaque para açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, celulose, ferro-ligas e alumínio em bruto, e nos manufaturados (7,2%) com elevação nas vendas de açúcar refinado, aviões, veículos de carga, suco de laranja, laminados planos e máquinas/aparelhos para terraplanagem. As vendas de básicos decresceram (-9,1%), por conta, principalmente, de minério de ferro, carne de frango e bovina, soja em grão e fumo em folhas.
As importações, na quarta semana de outubro, alcançaram US$ 4,385 bilhões, com média diária de US$ 877 milhões. Houve crescimento de 12,7% sobre a média registrada até a terceira semana (US$ 777,9 milhões), motivado, principalmente, pelo aumento dos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos e siderúrgicos.

Mês
No mês, as quatro semanas de setembro (15 dias úteis) tiveram exportações de US$ 13,850 bilhões (média diária de US$ 923,3 milhões). Na comparação pela média diária, o valor é 37,7% maior que o registrado em outubro de 2009 (média diária de US$ 670,6 milhões). Houve aumento nas vendas das três categorias de produtos. Nos básicos (61,4%), a alta é devida às vendas em minério de ferro, milho em grão, café em grão, soja em grão, carne bovina e de frango, fumo em folhas e farelo de soja. Entre os produtos semimanufaturados (30,4%), houve crescimento por conta de açúcar em bruto, celulose, semimanufaturados de ferro e aço, óleo de soja em bruto, alumínio em bruto e couros e peles. Já nos manufaturados (20,2%), o aumento ocorre em razão de veículos de carga, açúcar refinado, autopeças, aviões, motores e geradores, automóveis de passageiros e óxidos e hidróxidos de alumínio.

Na comparação com a média diária de setembro de 2010 (US$ 896,8 milhões), a alta nas exportações no acumulado mensal foi de 3%, com aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (14,1%) e manufaturados (4,6%), e com decréscimo nas exportações de produtos básicos (-1,2%).

As importações, no acumulado mensal, foram de US$ 12,164 bilhões (média diária de US$ 810,9 milhões). Pela média diária, o número é superior (33,4%) ao aferido em outubro de 2009 (média de US$ 607,9 milhões). Neste comparativo houve crescimento nas compras cobre e suas obras (124,8%), siderúrgicos (84,7%), borracha e obras (62,8%), combustíveis e lubrificantes (42,8%) e equipamentos mecânicos (34,1%).

Ainda pela média diária das importações, os gastos, no acumulado do mês de outubro, tiveram redução de 4% na comparação com setembro de 2010 (US$ 844,8 milhões). Houve retração nos gastos com combustíveis e lubrificantes (-13,4%), equipamentos mecânicos (-13%), farmacêuticos (-10,9%), veículos automóveis e partes (-9,2%) e aparelhos eletroeletrônicos (-4%).

A corrente de comércio do mês alcançou US$ 26,014 bilhões (média diária de US$ 1,734 bilhão) e o saldo comercial foi superavitário em US$ 1,686 bilhão (média diária de US$ 112,4 milhões). Pelo resultado médio diário, o saldo da balança comercial cresceu 79,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado (US$ 62,7 milhões) e aumentou 116% em relação a setembro deste ano (US$ 52 milhões).

Ano
No acumulado de janeiro a quarta semana de outubro deste ano (203 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 158,779 bilhões (média diária de US$ 782,2 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2009 (US$ 604,9 milhões), as exportações cresceram 29,3%. As importações, no acumulado do ano, foram de US$ 144,316 bilhões, com média diária de US$ 710,9 milhões. O valor é 43,8% acima da média registrada no mesmo período de 2009 (US$ 494,5 milhões).

O superávit da balança comercial no ano chegou a US$ 14,463 bilhões, com média diária de US$ 71,2 milhões. A média ficou 35,5% abaixo da registrada no mesmo período do ano passado (US$ 110,4 milhões). A corrente de comércio acumulada no período foi de US$ 303,095 bilhões (média diária de US$ 1,493 bilhão). Por esse critério, o valor foi 35,8% maior que o registrado no mesmo período de 2009 (US$ 1,099 bilhão).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



RECEITA CONFIRMA AÇÃO CONTRA IRREGULARIDADES NA IMPORTAÇÃO DE AÇO
A Receita Federal confirmou, por meio de nota, que "desencadeou medida de combate a irregularidades nas operações de comércio exterior de importação de produtos de aço". Na sexta-feira, a Receita havia negado que houvesse qualquer medida em vigor para restringir as importações de aço. Na prática, desde o início deste mês a Receita ampliou os esforços de fiscalização na entrada dessas mercadorias no País, para evitar o subfaturamento das notas de importação.

De acordo com o fisco, foram constatadas compras de produtos de aço no exterior a preços inferiores àqueles declarados na importação de suas respectivas matérias-primas, o que caracterizaria indício de fraude de valor aduaneiro.

A medida adotada pela Aduana Brasileira arbitra um preço de referência para as mercadorias, com base no preço dos produtos de fabricação nacional que são exportados e no preço dos mesmos no mercado internacional. Desta forma, as alíquotas dos tributos cobrados na entrada no País incidem sobre esse preço de referência, não sobre o declarado nas faturas, caso seja inferior. A Receita ressaltou, no entanto, que a medida não estabelece uma lista de preços mínimos para o setor, mas um patamar médio de referência.
Medidas
Começou a valer na quarta-feira da semana passada a medida de defesa comercial contra a triangulação de mercadorias. O objetivo é impedir que a importação de produtos chineses passe por outros países antes de chegar ao Brasil para escapar de cotas ou impostos mais altos. Com o novo mecanismo, medidas antidumping aplicadas contra a China passarão a valer também para produtos vindos de outros países por onde os itens chineses tenham passado.

A maioria dos países que fazem essa triangulação é de asiáticos, como Taiwan. As mercadorias passam por esses países, onde uma nota fria é emitida. Assim, o produto chegava ao Brasil livre das limitações impostas pelo antidumping.

Outro mecanismo de driblar o sistema de defesa comercial brasileiro é o de trazer peças separadamente e montar as mercadorias em território nacional. Este mecanismo também está previsto nas regras contra triangulação.

O Ministério do Desenvolvimento definiu também as regras de apuração de um caso de triangulação. As investigações devem durar seis meses, podendo chegar a nove meses em casos especiais.
Diário do Comércio e Indústria


Empresas brasileiras fecham negócios em cerca de US$ 1,1 bilhão em Paris
Terminou ontem em Paris o Sial 2010 (Salão Internacional de Alimentação), uma das principais mostras mundiais de alimentos, que começou no último domingo, dia 17. Mesmo antes de fechar o balanço da participação brasileira na feira, as 134 empresas nacionais que foram lá para apresentar seus produtos já comemoram o grande número de negócios que devem render mais de US$ 1,1 bilhão pelas estimativas iniciais.

A informação é do diretor de Negócios da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Maurício Borges, que coordenou a ida de 116 empresas nacionais ao Sial 2010. Ele disse que a delegação organizada pela Apex-Brasil ganhou prêmios especiais e realizou cerca de 5.200 negócios, entre contratos já fechados e os previstos para os próximos 12 meses.

Segundo Borges, "o bom momento da economia brasileira possibilitou que as empresas investissem em pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e novos equipamentos, e isso resultou em um salto de qualidade dos produtos, com aumento de competitividade no mercado internacional".

Em decorrência disso, três vinhos brasileiros ganharam o prêmio Best Buy, que destaca os produtos com melhor relação qualidade-preço, e o Brasil conquistou também um Sial de Ouro na categoria de sobremesas. O Sial é concedido a inovações industriais com sucesso comercial no país de origem e premiou a mistura pré-pronta da Fleischmann com pudim de leite, brigadeirão e quindim.

De acordo com o diretor da Apex, foi a maior delegação empresarial que o Brasil já levou à Sial, o que explica em parte o elevado número de negócios; quase o dobro do que foi realizado no salão de 2008. Os produtos brasileiros que mais chamaram a atenção dos visitantes foram: café, carnes, biscoitos, massas, chocolates, balas e confeitos, lácteos, frutas, sucos, castanhas, temperos, vinhos, cachaças e frutas exóticas da Amazônia.
Conexao Maritima



Agronegócio mineiro já exportou 30% a mais este ano
São Paulo - A receita das exportações do agronegócio do estado de Minas Gerais (MG) alcançou US$ 5,3 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, o que representa um crescimento superior a 30% ante o mesmo período do ano passado. Em relação ao volume do produto mineiro colocado no mercado internacional entre janeiro e setembro de 2010 foi de 957,2 mil toneladas, um avanço de 7,7% em relação ao registrado no mesmo período de 2009. Com esse resultado o valor obtido com a comercialização dos produtos do agronegócio de Minas Gerais equivale a 24,2% do registrado nas exportações totais do estado nos nove primeiros meses de 2010.
Porto de Santos

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, recentemente fiz uma encomenda em um site de compras pela internet no experior, pelo site de rastreamento dos correios posso ver que a encomenda chegou ao brasil dia 13 de novembro e desde então a mensagem que aparece é que ela está em transito para a fiscalização da receita federal, gostaria de saber se é assim mesmo ou o que posso fazer pois nao acho ennhum telefone referente a seção da receita federal responsável pela fiscalização de encomendas, e também vejo na internet muitas pessoas na mesma situação...
desde já agradeço