LEGISLAÇÃO

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 03/12/2011


Logística do comércio exterior precisa de avanços

Brasil deve pegar como exemplo outros países


“A infraestrutura que funcionava nos portos secos de São Paulo nos anos 70 é a mesma de hoje e falamos no Estado mais desenvolvido do País”. A afirmação é de Luis Opice, diretor-presidente da Elog. Para ele, um dos grandes problemas atuais são as estruturas físicas limitadas, antiquadas e sem possibilidade de atender a multimodalidade que, hoje, os portos secos apresentam. “O congestionamento em Santos se dá porque o sistema não tem vazão para portos secos, que estão estrangulados , ou seja, as vias do terminal ficam paradas e são fundamentais para a exportação e importação, queremos escoar a carga mas ela fica parada”, afirma.
O executivo, no entanto, lembra que outros países enfrentaram dificuldades semelhantes, mas souberam administrar os problemas criando áreas para a movimentação de contêineres, reorganizando o acesso ferroviário como acontece, por exemplo, no Porto de Barcelona, que tem uma ferrovia que chega direto ao complexo, sem ter de acessar a cidade. “Ali, há, ainda, uma zona de atividades logísticas, que faz todo o sistema de forma integrada, inteligente e não como no Brasil onde há diversos entraves”, compara. Para ele, exemplos como este mostram um sistema de transporte que agrega valor e não custo. “Não adianta privatizar, tem de legislar, reduzir o chamado custo Brasil, criar um sistema de ferrovias que tragam intermodalidade”, diz.
Pensando nisso, a Elog investiu e criou o Ecopátio Cubatão, um projeto que ocupa uma área total de 442 mil m2, com a previsão da implantação de uma área de 139.000 m2 destinada ao Clia, onde estão sendo construídos dois galpões alfandegados com 8.000 m2 cada. Além disso, na parte externa dos galpões, está sendo destinada uma área de 12.500 m2 para produtos químicos inflamáveis, constituída de área de desova (2.000 m2), armazenagem coberta (500 m2) e descoberta (10.000 m2). “A área alfandegada contará com tomadas destinadas a atender as demandas de armazenamento de contêineres refeers. A implantação do Clia aumenta a área alfandegada do empreendimento, onde já existe o Redex. A primeira fase do empreendimento consistiu na construção do Depot, do Redex e do pátio regulador de caminhões”, explica Edson Kazuhiro Nochi, da Gerência de Empreendimentos Logísticos da Ecorodovias, holding a qual pertence a Elog. “Com o ecopátio cubatão é possível desovar a carga e diminuir a burocracia na exportação”, completa Opice. Segundo ele, a plataforma logística de Cubatão deve estar 100% operacional no ano que vem.
Somado a este projeto a Elog conta, ainda, com o Ecopátio Imigrantes, que tem localização estratégica entre o Porto de Santos, o rodoanel e a região do grande abc, com uma área de 650.500 metros quadrados. Há, também, a plataforma logística de Viracopos, destinado a indústria alfandegária. “os portos secos estão estrangulados e estamos apostando em Viracopos para atender a demanda alfandegária, uma infraestrutura necessária para um Brasil moderno”, afirma Opice.
Perfil
A Elog é uma empresa de logística do grupo EcoRodovias e considerada uma das pioneiras na implantação de estruturas de Plataformas Logísticas Intermodais no País.
A companhia, que tem investido em melhorias na estrutura de atendimento do Porto Seco de Foz do Iguaçu (PR) por conta do forte crescimento econômico do Brasil, que gerou aumento na movimentação de cargas no terminal anunciou, ainda, a aquisição da Maringá Armazéns Gerais. Desta forma, a Elog passa a administrar terminais e serviços de transporte aéreo de cargas no Norte do Estado do Paraná. “Com esta aquisição, a companhia passa a contar com recintos alfandegados em que predominam as cargas aéreas, expandindo sua atuação em serviços logísticos integrados também no norte paranaense”, comenta Luis Opice.
A Maringá Armazéns Gerais atua no segmento de armazenagem geral e é responsável pelas operações do Porto Seco Norte do Paraná e do Terminal Internacional de Cargas do Aeroporto Regional de Maringá (TECA Internacional), já a Maringá Serviços atua na execução de serviços auxiliares de transporte aéreo.
Andrezza Queiroga




Novo berço do porto ampliará a capacidade do Itaqui em 40%

O edital de licitação da construção do berço 108 foi publicado nesta quarta-feira, 28, pela Comissão Central Permanente de Licitação (CCL) do Governo do Maranhão. A licitação está marcada para ocorrer em 3 de fevereiro de 2012. A empresa vencedora deverá iniciar a obra, que tem 14 meses para ser concluída, ainda no primeiro semestre do próximo ano.

O Termo de Compromisso que garante o repasse de R$ 70 milhões do Governo Federal para construção de um novo berço no Porto do Itaqui já foi assinado. O píer 108, como é chamado, será totalmente dedicado à movimentação de granéis líquidos. O empreendimento aumentará em 40% a capacidade do porto maranhense em operar com derivados de petróleo.

O Porto do Itaqui já é um dos maiores entrepostos de derivados de petróleo do Norte e Nordeste do país. De janeiro a novembro deste ano, já foram movimentadas 6,5 milhões de toneladas de granéis líquidos. Isso representa cerca de 50% de toda a movimentação no Itaqui. Além de abastecer o mercado interno, os derivados seguem para outros estados via cabotagem, a navegação entre portos marítimos nacionais.

“Com a construção de um novo berço, teremos um incremento em torno de 40% na nossa movimentação de derivados de petróleo, o equivalente a 2,5 milhões de toneladas”, informou o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária, Luiz Carlos Fossati. Ele acrescentou que o convênio com a Secretaria de Portos é uma demonstração da confiança na capacidade da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) em conduzir grandes projetos com impacto na economia do estado.

Entre outros benefícios para o Maranhão, a movimentação de derivados de petróleo como gasolina, querosene de aviação e óleo diesel, representa uma das maiores arrecadações para o estado do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A entrada em operação está prevista para o segundo semestre de 2013. Antes disso, em maio de 2012, o berço 100, que será utilizado posteriormente em uma segunda fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), entrará em operação. As duas obras integram um conjunto de ações e projetos que visam expandir e adequar às instalações portuárias do Itaqui.

Governo do Estado do Maranhão http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/13493-novo-berco-do-porto-ampliara-a-capacidade-do-itaqui-em-40


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