LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

COMÉRCIO EXTERIO - 23/01/2012





Produto sem nenhum valor agregado ganha terreno frente a commodity industrial



Enquanto a soja em grão teve aumento de 44,9% em valor exportado ao final de junho de 2011, seu óleo soja cresceu menos da metade: 20,4% (Foto: Sxc.Hu - arquivo)

O que é ruim ainda pode piorar


Além da crescente fatia das commodities na pauta de exportação brasileira, outro movimento vai se tornando evidente nos últimos dados do comércio exterior do país: dentro das próprias commodities tem havido um aumento dos itens de menor valor agregado, denuncia o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). 
Os produtos do setor extrativo mineral e da agropecuária vêm ganhando terreno frente a commodities industriais delas derivadas. Enquanto a soja em grão, por exemplo, tinha um aumento de 44,9% em valor exportado ao final de junho de 2011, o óleo de soja crescia menos da metade (20,4%). Comportamento semelhante no ano teve o minério de ferro frente aos semimanufaturados de ferro e aço. 
No ano passado até novembro, segundo a Funcex, as exportações brasileiras de produtos básicos foram 39,3% maiores do que em 2010, superando o crescimento de 29,2% das exportações totais. No entanto, o aumento em volume foi de somente 4,3%, enquanto os preços médios cresciam 33,7%. 
"Exportar commodities é bom para o país porque ajuda a dar sustentabilidade às contas externas", afirma o Iedi, "mas a excessiva dependência de maiores preços para elevar as vendas ao exterior desses produtos, como ocorreu em 2011, é fator de vulnerabilidade." 
O déficit comercial da indústria vem crescendo velozmente. O resultado negativo de quase US$ 50 bilhões em 2011 fica mais problemático se comparado ao superávit de US$ 18,8 bilhões quatro anos antes, em 2007. 
Os analistas do Instituto afirmam que os desastres naturais em países como Japão e Tailândia têm levado as transnacionais a reverem suas estratégias de cadeias produtivas enxutas. "As corporações querem mais opções para não ficar refém de fornecedores e serviços. Logo, é um momento propício para a inserção brasileira e aproveitar a janela de oportunidades, que pode não se abrir desta forma futuramente", finalizam. 








Novo sistema de comércio exterior entra em funcionamento pleno em fevereiro

Brasília  – O Novo Módulo do Siscomex Exportação Web (Novoex) entrará em funcionamento pleno a partir do dia 1° de fevereiro. O Novoex substitui o módulo atual do Siscomex Exportação, lançado em 1993. Até o dia 31 de janeiro, o novo sistema estará operando concomitantemente com o antigo sistema que será, então, desligado definitivamente para novas operações, permanecendo disponível para consultas, alterações e demais procedimentos nos registros já efetivados.

O Novoex pode ser acessado diretamente na internet, sem a necessidade de instalação de programas adicionais nos computadores dos usuários. Pelo sistema, os usuários podem gravar os Registros de Exportação (REs) e os Registros de Crédito (RCs), estes últimos feitos para as exportações financiadas com recursos tanto privados como públicos.

Com novas funcionalidades, o Novoex possibilita o aproveitamento de informações de registros anteriores e ainda permite que os usuários possam fazer REs por lotes, o que facilita o trabalho dos operadores, além de reduzir o tempo das operações. O Novoex apresenta ainda interface mais interativa para os usuários, maior visibilidade do processo pelo exportador e pelo anuente, e permite a simulação prévia do RE.

Entre outras inovações do novo sistema podem ser destacadas a totalização online dos valores e quantidades informados pelo exportador com críticas para valores incompatíveis. No Novoex, serão efetuadas apenas as operações comerciais (RE e RC), sendo que todas as operações aduaneiras continuam a ser realizadas da mesma forma nos sistemas da Receita Federal.

Para solicitar informações e tirar dúvidas, envie mensagem para: novoex@mdic.gov.br
Assessoria de Comunicação Social do MDIC




Exportação cresce 9,6% em 2011 e soma US$ 19,4 bi
Clarisse de Freitas
ORLANDO KISSNER/AFP/JC
 Soja em grão foi responsável pelo ingresso de US$ 1,6 bilhão no País no ano passado
Soja em grão foi responsável pelo ingresso de US$ 1,6 bilhão no País no ano passado
As exportações do Rio Grande do Sul em 2011 registraram um crescimento em volume de 9,6% e superaram as do ano anterior em US$ 4 bilhões. Assim, a venda de produtos ao exterior provocou o ingresso de US$ 19,4 bilhões no Estado, segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE). O levantamento, feito pelo economista Bruno Caldas, do Núcleo de Indicadores Conjunturais, mostrou que o desempenho em valor cresceu 26,3%, um pouco abaixo do desempenho nacional, de 26,8%. "Isso ocorreu em função do crescimento menor dos preços, que foi de 15,2% aqui, contra 23,2% no Brasil."

O resultado manteve o Estado em quarto lugar entre os maiores estados exportadores, abaixo de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Rio Grande do Sul deu origem a 7,59% das exportações nacionais em 2011, o que representa uma perda de espaço frente a 2010, quando 7,62% do exportado pelo Brasil saiu do Estado (resultado que já era o menor dos últimos oito anos). No período, as exportações agropecuárias foram as que tiveram maior crescimento, 76% em valor e 38% em volume, o que corresponde a ingressos de US$ 1,6 bilhão, do qual US$ 1,2 bilhão veio das vendas de grãos de soja e US$ 369,7 milhões de trigo.

A indústria de transformação registrou alta de US$ 2,5 bilhões no acumulado do ano, o que representa um aumento de 18,4% em valor e 5,7% em volume. Nesse montante, os embarques de produtos alimentícios e bebidas respondem por US$ 1 bilhão (28,3% em valor e 10,6% em volume), enquanto óleos e gorduras vegetais e animais geraram US$ 548,7 milhões (um ganho de 45,1% em valor e 20,4% em volume). Neste item a soja alcança uma representatividade importante, já que US$ 343,2 milhões vieram pela venda de farelo de soja e US$ 198,2 milhões, do óleo de soja.

Para a supervisora do Centro de Informações Estatísticas da FEE, Cecília Hoff, as exportações da indústria de transformação são intimamente relacionadas ao agronegócio, pois além da participação de gêneros alimentícios, as máquinas e equipamentos agrícolas (que alcançaram US$ 324,7 milhões, valor 24,5% maior que no ano anterior) ajudam a caracterizar a pauta. "Temos uma pauta bastante diversificada, mas muito ligada ao agronegócio. O que podemos destacar fora desse ramo são os produtos químicos, que alcançaram US$ 511,4 milhões, um aumento de 28%, e os veículos automotores, que rendeu US$ 441,1 milhões, ou 54,5% a mais", disse ela.

Segundo Caldas, o ano registrou, como destaque negativo, a queda nas vendas do setor de refino de petróleo, que apresentou uma redução de 41,7% em valor, US$ 154,7 milhões a menos, e de calçados, com redução de US$ 106,3 milhões ou 12,7%. "No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado, destacam-se o crescimento de US$ 988,6 milhões para a China (41,3%) e de US$ 295,4 milhões para a Argentina (17,6%). A redução de US$ 210,4 milhões (-38,4%) nas vendas para a Rússia estão relacionadas basicamente ao embargo à carne suína brasileira", detalhou o economista.

Para ele, os números de 2011 não conotam desindustrialização, mas sim uma ampliação da importância do agronegócio na pauta de exportações. Ele indicou, ainda, que para 2012 espera um crescimento mais moderado, sobretudo porque o contraste entre a venda de uma safra recorde de soja com preços em alta em 2011 será grande com uma oferta reduzida pela estiagem em 2012.

Com relação aos dados isolados do mês de dezembro, o levantamento da FEE mostrou que as exportações somaram US$ 1,4 bilhão, o que representa apenas 7% (US$ 88,9 milhões) a mais com relação ao mesmo mês do ano anterior. Ainda assim, o resultado foi superior à média nacional, de alta de 5,8%. Em volume, as vendas ao exterior em dezembro foram 6,3% maiores no Rio Grande do Sul, enquanto no Brasil se observou uma retração de 1,5%. "No último mês do ano o Estado ficou com a sétima posição nas exportações nacionais, abaixo de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Espírito Santo e Paraná", indicou Caldas, ao destacar o crescimento de 166,8% das exportações de grãos de soja no mês e de 93,8% em fumo.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=84521&fonte=nw




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