LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 12/01/2012


Companhia Docas do Ceará assina protocolo de cooperação com portos de Cabo Verde


Foi assinado ontem, terça-feira (10) protocolo de cooperação entre a Companhia Docas do Ceará (CDC) e a Enapor S.A. (empresa que administra os portos de Cabo Verde, na África).

O objetivo é reestabelecer a ligação comercial marítima entre o Porto do Mucuripe, em Fortaleza, e os portos caboverdianos, incrementando os negócios entre o Brasil e o continente africano, de um modo geral.

De acordo com o presidente da Câmara Brasil Angola-Ceará, Roberto Marinho, a assinatura representa um "marco, pois a intenção é utilizar o Porto de Praia, por exemplo, como ponto de atracação de cargas com destino para Angola, Senegal e outros países, reduzindo o tempo de trânsito."

Queda e expansão

Ainda conforme Marinho, "em 2008, com a crise econômica mundial houve queda no comércio Brasil-África que retomou o crescimento no ano passado. A partir dessa assinatura, as empresas aqui do Ceará já estão se movimentando. Por exemplo, uma empresa de calçados de Juazeiro do Norte já está instalando uma planta industrial de montagem lá em Cabo Verde".

Além de calçados, entre os principais produtos que o Ceará exporta para a África estão os itens de vestuário, material de construção e medicamentos. Marinho acrescenta ainda que a cooperação Brasil-Cabo Verde também pode ter impacto nas relações dos dois países com a Península Ibérica (Portugal e Espanha), "uma vez que as linhas comercias marítimas que partem desses países passam por Cabo Verde."

Além do comércio

O acordo entre os portos fortalezense e caboverdiano inclui ainda transferência tecnológica, de documentação e de estatísticas.

Diário do Nordeste (CE)/Adriano Queiroz / http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/13640-companhia-docas-do-ceara-assina-protocolo-de-cooperacao-com-portos-de-cabo-verde


Em 2012, logística pode ser uma boa opção de investimento no longo prazo


SÃO PAULO - Claramente apontado como um dos setores mais importantes da economia brasileira, as projeções para o segmento de transportes são positivas para 2012, apesar do forte impacto que o segmento pode sofrer com as variações do cenário doméstico.

“É um setor que sofre quando atividade econômica está mais enfraquecida, seja em setores da indústria ou nas commodities. Isso é representativo, mas estas empresas exercem outras atividades que compensam”, explica a analista da SLW Corretora, Rosângela Ribeiro.

Em relação ao desempenho das principais empresas listadas na BM&F Bovespa, destaque negativo para ALL (ALLL3) que apontou -37,57% no fechamento do ano, JSL (JSLG3) -14,61%, Localiza (RENT3) macando -3,37% e CCR (CCRO3) com -8,38%. Fecharam 2011 no campo positivo OHL (OHLB3) com +5,15%, Ecorodovias (ECOR3) com +13,36% e Tegma (TGMA3) com +5,31%.

Logística rodoviária e concessões
Neste sentido, para as empresas de logística rodoviária, que representam 60% do volume de mercadorias transportadas no Brasil, especialistas acreditam que serão marcadas principalmente pelo desempenho da economia nacional, embora também estejam sujeitas aos preços do petróleo, às intervenções do Governo, à manutenção das estradas entre outros aspectos.

“Esperamos declínio do segmento nos próximos anos devido a investimentos que estão sendo feitos no meio de transporte, principalmente ferrovias e hidrovias. No entanto, as empresas de logística devem ainda mostrar dependência dos negócios das operações com caminhões, não só para o transporte de curta distância, mas também devido à falta de infraestrutura no Brasil, em função dos baixos investimentos bem como o tamanho continental do país”, explica a dupla de analistas do Bradesco BBI , Edigimar Maximiliano e Luiz Peçanha.

Neste sentido, a equipe econômica do HSBC projeta um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,7% em 2012, um nível melhor que os 3,0% registrados em 2011. Os dados são também um pouco melhores do espera o Banco Central, segundo a última edição do relatório Focus, que estima um PIB de 2,87%. Mesmo assim, conforme os especialistas, em ambos os casos o resultado é considerado positivo para as rodovias pedagiadas.

Para a analista da SLW, Rosangela Ribeiro, a tendência é de que o crescimento neste segmento de transportes aumente, especialmente após a divulgação do pacote de incentivo do Governo à economia, o Brasil Maior. “Isso será refletido no ano que vem, no segundo trimestre”, espera.

Recomendações
Assim, Rosângela recomenda a compra das ações do setor, pela perspectiva de crescimento e aquecimento interno. “O setor de logística é atrativo como um todo e deve ser um bom investimento para 2012. Já em concessões o ritmo de crescimento também é muito acelerado e o potencial de avanço das empresas é muito grande”, aconselha a analista.

Pensando no investimento de longo prazo, o analista da UM Investimentos, Gustavo Hon, sugere a manutenção dos papéis. “As empresas devem manter um fluxo de caixa mais crescente ao longo do tempo para investidores, apontando maior pagamento de proventos alta previsibilidade do fluxo de caixa. É um setor para ficar bastante de olho, e o investimento é de longo prazo. As ações não performam de forma muito forte no curto prazo”, alerta.

Logística hidroviária
Por fim, em relação ao segmento portuário ou logística hidroviária, o grande desafio será promover um crescimento em volume, dado um pior cenário macroeconômico e diminuição dos fluxos de comércio global, segundo os analistas do Bradesco BBI.

Entre as empresas que se destaca no mercado brasileiro estão Log-in (LOGN3) que fechou o ano com perdas acumuladas de -34,03%, Santos Brasil (STBP11) com alta de +11,02% e Wilson Sons (WSON11) com queda de -19,49%.

A analista da SLW,explica que o cenário e bom para o segmento, mas o papéis tem pouca liquidez em bolsa. “Tem que ficar atento, são small caps, então não há cenário definido. São de longo prazo e 2012 ainda não será ano delas”, conclui Rosângela.



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