LEGISLAÇÃO

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 10/01/2012




Exportações foram de US$ 3,539 bilhões na primeira semana do ano

Exportações foram de US$ 3,539 bilhões na primeira semana do ano
Brasília  Na primeira semana do ano (1° a 8 de janeiro), com cinco dias úteis, as exportações brasileiras foram de US$ 3,539 bilhões, com média por dia útil de US$ 707,8 milhões. O valor é 2,3% inferior à média de US$ 724,5 milhões registrada em janeiro de 2011.

Neste comparativo, caíram os embarques de semimanufaturados (-17,5%) em razão de decréscimos nas vendas de semimanufaturados de ferro ou aço, óleo de soja em bruto, couros e peles e açúcar de cana em bruto. Em relação aos básicos (-4,9%), a retração foi impulsionada pelas quedas nas vendas de milho em grãos, petróleo em bruto, minério de ferro e café em grão. Houve aumento, porém, nas exportações de produtos manufaturados (1,4%), com destaques para aviões, automóveis de passageiros, óleos combustíveis, veículos de carga, óxidos e hidróxidos de alumínio, máquinas e aparelhos para terraplanagem, e polímeros plásticos.
Em relação à média de dezembro passado (US$ 1,005 bilhão), a média das exportações verificou redução de 29,6%, com diminuição nas três categorias de produtos: básicos (-36,4%), manufaturados (-24,7%) e semimanufaturados (-24,3%).
As importações, na primeira semana de janeiro, somaram US$ 3,644 bilhões, com média diária de US$ 728,8 milhões. O resultado foi 3,3% acima da média de janeiro de 2011 (US$ 705,5 milhões). Aumentaram os gastos, principalmente, com aeronaves e peças (57,8%), adubos e fertilizantes (41%), veículos automóveis e partes (31,8%), farmacêuticos (21,3%), plásticos e obras (12%) e equipamentos elétricos e eletrônicos (11,3%).
Na comparação com o resultado médio de dezembro de 2011 (US$ 832,4 milhões), houve retração de 12,4%. Houve diminuição, principalmente, nas compras dos seguintes produtos: combustíveis e lubrificantes (-40,4%), farmacêuticos (-19,9%), instrumentos de ótica e precisão (-13,6%), equipamentos mecânicos (-13,1%), químicos orgânicos e inorgânicos (-10,3%), e adubos e fertilizantes (-10,1%).
Em relação ao saldo comercial, houve déficit de US$ 105 milhões, com média diária negativa de US$ 21 milhões. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 7,183 bilhões, com média diária de US$ 1,436 bilhão. Pela média, o resultado representou aumento de 0,5%, na comparação com janeiro do ano passado (US$ 1,430 bilhão), e diminuição de 21,8%, na relação com dezembro de 2011 (US$ 1,838 bilhão). 

Assessoria de Comunicação Social do MDIC






Comércio exterior da China encontrará situação complexa em 2012
Devido à redução da demanda externa e à crescente concorrência internacional, o comércio exterior da China enfrentará uma complexa situação em 2012, afirmou o vice-ministro do Comércio chinês, Zhong Shan, na reunião nacional para o desenvolvimento de comércio, realizada nesta segunda-feira (9).
As estatísticas indicam que entre o terceiro trimestre do ano passado e agora, a exportação de produtos chineses para os mercados dos EUA, Europa e Japão diminuiu respectivamente 1,3, 1 e 0,6 pontos percentuais. Zhong Shan apontou que a maior diminuição nas exportações consiste nos produtos têxteis, vestuário, sapatos, malas e bolsas, móveis, brinquedos e produtos de plástico.
O vice-ministro afirmou que o Ministério do Comércio irá adotar medidas para consolidar as exportações para os parceiros tradicionais do país, os EUA, a Europa e o Japão, além de apostar no crescimento dos mercados emergentes, com o objetivo de alcançar um crescimento estável da exportação. Ao mesmo tempo, o país vai facilitar e alargar os canais de importação e aumentar a importação de matérias-primas energéticas, equipamentos de tecnologia avançada, peças e componentes chave e de artigos de consumo.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Miguel Torres



Exportação do agronegócio de Minas cresce e bate recorde




arte/arquivo
Café, açúcar e soja foram os destaques do ano
As exportações do agronegócio de Minas Gerais em 2011 movimentaram US$ 9,7 bilhões. O valor recorde apresentou um crescimento de 27,6% em relação ao ano anterior.
O desempenho do Estado superou a média nacional do setor, que registrou um aumento de 23,8%. Os principais destinos das vendas dos produtos de Minas para o exterior foram Estados Unidos, Alemanha, Japão, Itália e China. As informações são da Secretaria de Estado de Agricultura de Minas Gerais (Seapa), baseadas nos dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC).
O café foi responsável por mais da metade das vendas do agronegócio mineiro para o exterior. O valor negociado no ano passado foi de US$ 5,8 bilhões. Um crescimento de 41,6% na comparação com 2010. Segundo o Superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria, João Ricardo Albanez, os estoques mundiais estão em queda desde 2002, elevando os preços internacionais. “Em 2002, os estoques mundiais de café eram suficientes para abastecer o mercado por 333 dias. No ano passado, a quantidade de café estocada era o equivalente a 72 dias de consumo em todo o mundo”, explica.
No ano passado, Minas Gerais exportou café para 74 países. Os principais clientes foram Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e Bélgica. Albanez comenta que a perspectiva é de que em 2012 os estoques continuem em baixa, mantendo o mercado favorável para o setor.
Outro destaque nas exportações foi o complexo soja (grão, farelo e óleo). As vendas cresceram 44,9% e atingiram US$ 605,3 milhões. A comercialização da soja em grão foi a que apresentou o maior valor no ano, com uma movimentação de US$ 326,6 milhões. A China foi responsável por quase a metade das vendas dos produtos do complexo soja exportados por Minas Gerais. Outros mercados de destaque no ano passado foram Holanda, Tailândia, Índia e Espanha. No total, 79 países importaram a soja em grão e seus derivados produzidos por Minas Gerais.
AçúcarA comercialização de açúcar para o exterior em 2011 também apresentou um crescimento expressivo. O valor dos embarques por Minas Gerais chegou a US$ 1,3 bilhão, graças a um crescimento de 31,1% em relação ao ano anterior. Mais uma vez, a China lidera a lista dos principais compradores, seguida do Irã, Egito, Rússia, e Argélia.
“A China é o quarto maior produtor mundial de açúcar. Mas a produção não é suficiente para atender a demanda interna, por isso o país também é um grande importador do produto”, explica João Ricardo Albanez. As vendas de açúcar por Minas Gerais também foram favorecidas pela redução dos estoques mundiais nos últimos anos. “O Brasil, que é o maior produtor, também apresentou uma redução da sua produção. Minas Gerais foi uma exceção, com aumento da produção de açúcar nos últimos anos. Com isso, conseguimos ampliar nossa participação no mercado internacional”, explica.
As vendas de carne (bovina, suína e aves) por Minas Gerais no ano passado somaram US$ 832 milhões, com um crescimento de 10,6% em relação a 2010. O destaque do grupo foi a carne de frango, que registrou um crescimento de 36,5%.
Saldo positivoO saldo da balança comercial do agronegócio de Minas Gerais em 2011 foi superavitário. Enquanto o Estado exportou US$ 9,7 bilhões, as importações de produtos do agronegócio foram apenas de US$ 382 milhões. Ou seja, o saldo positivo foi de US$ 9,3 bilhões. O agronegócio responde por 23,5% do saldo da balança comercial de todo o Estado. Os principais produtos do setor importados por Minas Gerais são trigo, algodão e arroz.
Números das exportações do agronegócio em 2011 - MG
Valor total exportado: US$ 9,7 bilhões (+ 27,6%)
Café: US$ 5,8 bilhões (+41,6%)
Açúcar: US$ 1,3 bilhão (+31,1%)
Carnes US$ 832 milhões (+10,6%)
Madeira e derivados: US$ 680 milhões (-6,2%)
Complexo soja: US$ 605,3 milhões (+44,9%)
Principais destinos: Estados Unidos, Alemanha, Japão, Itália e China
Marcelo Varella | Comunicação/Seapa



Exportações fluminenses de moda cresceram 134 na última década


Alana Gandra

Rio de Janeiro - As exportações fluminenses de moda cresceram 134 nos últimos dez anos, de acordo com informação divulgada hoje (9) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Ja o valor exportado subiu de US$ 9,414 milhões para US$ 22,027 milhões, elevando a participação do estado no nacional de vendas do setor de 3,63, em 2001, para 13,46 até novembro do ano passado.

Os dois maiores exportadores do setor da moda nacional, que são os estados de São Paulo e Santa Catarina, experimentaram diminuição nas exportações, no período pesquisado. Em São Paulo, a retração foi 25,04, passando de US$ 72,95 milhões para US$ 54,68 milhões. Santa Catarina, por sua vez, exportava US$ 104,87 milhões, em 2001, e caiu 53,30, atingindo US$ 48,97 milhões, em 2011. Na década, a exportação brasileira de moda também mostrou redução de 36,80 (de US$ 259 milhões para US$ 163,69 milhões).

Embora ocupe a terceira posição entre os maiores exportadores do país, o Rio de Janeiro apresentou valorização no preço médio dos produtos de moda exportados de 185,9 entre 2001 e 2011. O preço médio por quilo passou de US$ 32,30 para US$ 92,34. Em São Paulo, o preço médio por quilo atingiu US$ 53,65 no ano passado, até novembro, e em Santa Catarina alcançou US$ 36,29.

O gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) do sistema Firjan, João Paulo Alcântara, disse à que a valorização do preço médio do produto de moda fluminense vendido ao exterior é uma constatação que vem se confirmando a cada pesquisa que o Rio de Janeiro atingiu de fato um equilíbrio. Conseguiu crescer o volume financeiro de suas exportações de moda e também o preço médio das exportações. É vender mais por mais. Mais volume financeiro, por um preço cada vez maior.

Alcântara atribuiu a expansão das exportações fluminenses de moda à agregação de valor dada aos produtos embarcados. A diferenciação e a qualidade do produto feito no Rio de Janeiro são a fórmula do sucesso até aqui. Tem sido focar em um nicho de mercado onde ele não vai competir exclusivamente em preço. A opção se dá pelo , pela qualidade. O preço é um fator importante, mas não é o principal.

Ele destacou que o cenário mundial não coloca o Brasil como um país competitivo no setor. As condições de produção no Brasil não são convidativas, seja pelas questões cambiais ou pelo ambiente tributário. Os países asiáticos apresentam melhor condição para serem mais baratos em termos produtivos.

Por isso, a estratégia de ação do Rio de Janeiro no setor de moda voltou-se para o aspecto em que é mais difícil ter uma competição direta, que é na criatividade, ressaltou. O mercado percebeu a capacidade do Rio de Janeiro se diferenciar e essa estratégia foi incorporada pelas empresas. Esse foi o ponto central.

Os Estados Unidos permanecem como o maior destino das exportações de moda fluminense, com 31 do total, seguido da França (16), de Portugal (7), do Japão e de Angola (cada um com 5).





Exportação de arroz supera meta, diz ministério 
 DCI 

Com 141,2 toneladas de arroz exportadas em dezembro, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil embarcou nos últimos dez meses recorde de 1,827 milhão de toneladas base casca, ultrapassando a meta de 1,8 milhão prevista para o período. Considerando média superior a 175 mil toneladas mensais no período e os dois meses para a finalização do ciclo anual de venda da cultura, o volume final deve se aproximar de 2 milhões de toneladas.

Para o consultor Marco Aurélio Tavares, o resultado consolida o país como importante exportador mundial e deve estimular políticas voltadas para este segmento de mercado. O consultor Carlos Cogo não acredita que a performance possa se repetir em 2012 por fatores como uma safra até 15% menor e o preço internacional mais baixo. De acordo com Cogo, a tonelada caiu de 660 dólares, em novembro, para 570 dólares neste mês, em parte pela retomada forte de exportações de países como Tailândia e Vietnã. 





Franquias brasileiras ampliam presença no exterior
Com a estabilização do dólar, deve aumentar o número de empresários brasileiros exportando suas marcas para o exterior. Segundo a Associação Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABF Rio), atualmente são 68 bandeiras brasileiras operando em 49 países. No início do ano 2000 eram apenas 15, um aumento de 300% em 10 anos. Para 2012 a previsão é de que mais 80 marcas ingressem no exterior. "Os principais obstáculos para a expansão das marcas brasileiras para o mercado internacional são a falta de informação dos empreendedores brasileiros, o fato do Brasil ter uma das taxas mais altas do mundo para esses serviços e a pouca quantidade de portos no país", completa Fátima Rocha, presidente da ABF Rio. 

Certificados de origem preferenciais 
No dia 23 de janeiro entra em vigor a nova relação de entidades emissoras de certificados de origem preferenciais. A nova lista foi divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) com a publicação da Portaria Secex 45. Quando a portaria entrar em vigor, 50 entidades estarão autorizadas a prestar o serviço de emissão de certificados de origem preferenciais no Brasil. 
Por meio da Portaria Secex 33, de 27/12/2010, tornou-se público que a condição para emissão do certificado de origem é a adequação ao padrão da Associação Latino Americana de Integração (Aladi) que prevê, dentre outras exigências, a padronização informática de todos os campos do certificado de origem e o processamento online de documentos. A idéia é que, futuramente, o certificado de origem seja emitido de maneira eletrônica com assinatura digital. Mais informações: www.mdic.gov.br 

Feira de frutas em Berlim 
A tradicional Feira Internacional de Frutas e Hortaliças Frescas (Fruit Logistica) acontecerá entre os dias 8 e 10 de fevereiro de 2012 em Berlim, na Alemanha. A Fruit Logistica, considerada a mais importante feira internacional especializada no segmento, contará nesta edição com a participação de mais de 2400 expositores provenientes de 84 países. Durante os três dias de evento, os expositores apresentarão novidades em produtos e técnicas ao longo de toda cadeia produtiva - da plantação ao comércio. 
Além disso, a feira trará as novas tendências e projetos em seminários, workshops e conferências. Dessa forma, os participantes poderão vivenciar as mais recentes inovações e observar o panorama atual e futuro do setor. Os ingressos antecipados e com desconto para o evento já podem ser comprados através da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, a representante oficial da feira no país. Para mais informações envie um e-mail para feiras@ahkbrasil.com ou entre em contato pelo telefone (11) 5187-5214. 

Medidas de incentivo às exportações 
O governo brasileiro vai anunciar medidas de incentivos às exportações de manufaturados até março, revela o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira. "Teremos outras medidas de incentivo, principalmente para os manufaturados terem crescimento nas exportações brasileiras. Serão medidas que incentivem as exportações de produtos de média e alta tecnologia. É um momento importante. A gente acha que tem condições, em um momento de crise internacional, de entrar nos mercados." 

AEB prevê queda do superávit 
Para este ano, a AEB estima que as exportações vão cair para algo em torno de US$ 236,580 bilhões, em função do cenário internacional adverso. As importações alcançarão US$ 233,540 bilhões, o que irá gerar um superávit no ano de apenas US$ 3,040 bilhões. A queda estimada em comparação ao saldo de 2011 é 79,5%. As exportações, de uma forma geral, em dezembro, mostram queda de preço em quase todos os produtos, principalmente aqueles que interessam, que são minério de ferro e complexo soja. É exatamente isso que vai ter impacto em 2012. Os produtos terão uma queda de preço e, eventualmente, queda de quantidade. E isso vai refletir na redução das exportações, informa a AEB. 

Vendas de máquinas agrícolas 
No ano passado, as exportações brasileiras de máquinas agrícolas geraram uma receita de US$ 18,3 bilhões, um crescimento de 37,7% em relação a 2010. No entanto, em unidades exportadas houve uma queda de 4,7% em relação às 19.176 máquinas agrícolas que o Brasil vendeu para o mundo no ano passado. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a expansão da receita pode ser atribuída também a alterações no mix de produtos exportados e também a uma certa recuperação de preços no mercado externo. 

CNI pede melhoria dos portos 
A melhoria e a ampliação da infra-estrutura portuária brasileira devem ser prioridade em 2012 para atender ao crescimento das exportações nos próximos anos. A afirmação é do presidente do Conselho Temático de Infra-estrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José de Freitas Mascarenhas. Segundo ele, o governo precisa fazer com que os portos brasileiros tenham padrões internacionais de eficiência. "O aumento da produção de diversos setores gera mais produtos para exportação. Isso agrava ainda mais a já precária situação dos portos do país", avalia. 
Antonio Pietrobelli 
editor@exportnews.com.br 






Exportações voltam a desacelerar com menos compras por parte da zona euro

Por Ana Rita Faria
<p>Vendas ao exterior aumentaram 15,4% em termos homólogos</p>
Vendas ao exterior aumentaram 15,4% em termos homólogos
 (Manuel Roberto)
Em Novembro, as vendas de bens nacionais ao estrangeiro voltaram a desacelerar. O crescimento de 15,4% fez-se à custa de mais exportações para fora da Europa, que compensaram parte do abrandamento do comércio itracomunitário.
De acordo com as estatísticas do comércio internacional, hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no período de Setembro a Novembro, as saídas de bens aumentaram 15,1%, enquanto as importações diminuíram 3,6%, o que significa que o défice da balança comercial diminuiu em 2034,4 milhões de euros, fixando-se em 3109,9 milhões.

Olhando apenas para o mês de Novembro, verifica-se que voltou a haver um abrandamento das exportações para os mercados internacionais. As vendas de bens cresceram 15,4% em termos homólogos, abaixo dos 15,8% registados no mês anterior. Em termos mensais, as exportações aumentaram apenas 1,4%, depois de terem estagnado em Outubro.

A desaceleração mais acentuada ocorreu no comércio intracomunitário. As exportações para a União Europeia, onde estão os principais parceiros comerciais de Portugal, aumentaram 8,7% em termos homólogos, depois de terem crescido 13% no mês anterior. Em termos mensais, houve mesmo uma quebra (-0,5%), tal como já tinha ocorrido em Outubro.

A compensar parcialmente esta diminuição das vendas dentro da Europa esteve o comércio para fora do espaço comunitário, para onde as exportações cresceram 37% face a Novembro de 2010, naquele que foi o melhor desempenho do ano. Segundo os dados do INE, os combustíveis minerais (óleos leves, gasolinas e fuelóleo), metais comuns e produtos alimentares (sobretudo cervejas) sustentaram esse aumento.

Estes indicadores revelam que a desaceleração nas principais economias europeias já está a ter algum impacto em Portugal, que exporta para a União Europeia mais de 70% da sua produção. Neste momento, o país está a contar com as exportações para aguentar a economia à tona e impedir uma recessão maior do que a contracção de 3% prevista pelatroika.

Paralelamente, a quebra do principal motor da economia, o consumo privado, está a provocar uma diminuição das importações. Em Novembro, as compras ao exterior diminuíram 7,3%, devido à quebra do comércio intracomunitário (-13,8%), nomeadamente devido à diminuição das importações de veículos e outro material de transporte e das máquinas e aparelhos. No comércio extracomunitário, as importações aumentaram 16,5%, devido ao crescimento nos combustíveis minerais, com destaque para os óleos brutos de petróleo e o gás natural.



Fabricantes suspeitam de novo tipo de triangulação para importar calçados 
Valor Econômico

Por Cesar Felício | De Buenos Aires
Fabricantes brasileiros de calçados e especialistas começam a suspeitar de um novo tipo de triangulação para importar calçados chineses. O novo esquema consiste em trazer as peças de borracha e de plástico separadamente, em lotes diferentes. As importações estariam entrando no Paraguai, onde seriam reembaladas e enviadas, separadamente, para o Brasil. O produto então seria montado como produto brasileiro.
Desde março do ano retrasado uma sobretaxa por dumping de US$ 13,35 por par encareceu a importação do produto chinês. Maior parceiro comercial do Brasil na região, a Argentina adotou uma medida defensiva semelhante. A partir de então aumentaram as importações brasileiras e argentinas de calçados do Vietnã, Malásia e Indonésia. Uma investigação sobre a origem foi aberta no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em outubro, para checar a real procedência desses calçados. Suspeita-se de triangulação por parte dos exportadores chineses.
Desta vez, a triangulação sob suspeita envolve componentes do calçado, como cabedal, tiras e solas, e não o produto acabado. A pedido da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), foi implantado no dia 16 de dezembro um "canal vermelho" na aduana brasileira. "Todas remessas passarão por um exame físico para identificação do produto. Esse novo canal poderá deixar claro se estão trazendo produtos acabados como insumos para a indústria", disse o diretor-executivo da Abicalçados, Heitor Klein.
Mas há setores na indústria que acreditam na existência de uma fraude ainda maior: as peças estariam entrando no Brasil fora da classificação de componentes de calçados. Por essa hipótese, seriam registradas como "plásticos e suas obras", ou "borracha e suas obras".
"Assim, não apenas se dribla a sobretaxa ao produto, mas também o pagamento de imposto de importação", comentou o advogado Jorge Zaninetti, do escritório de advocacia Siqueira Castro, de São Paulo, especialista em defesa comercial.
A variação da exportação paraguaia de partes de calçados para o Brasil no ano passado não impressiona. Entre janeiro e novembro, o Paraguai vendeu US$ 15 milhões em componentes de calçados, US$ 1 milhão a menos do que no mesmo período do ano passado. Mas a evolução das vendas paraguaias de insumos foi considerável. As remessas de "plásticos e suas obras" ao Brasil passaram de US$ 47 milhões para US$ 66 milhões no período e as de "borracha e suas obras" passaram de US$ 800 mil para US$ 6 milhões. Em outro sentido, as importações paraguaias dessas matérias-primas da China se aceleram, sobretudo em derivados de borracha. As compras do Paraguai passaram de US$ 10,3 milhões em 2008 para US$ 37,5 milhões no ano passado.
De acordo com a assessoria de imprensa do MDIC, só há duas investigações formais de triangulação abertas: além da iniciada em outubro, para verificar a procedência dos calçados asiáticos, há uma outra apurando a fabricação de cobertores no Uruguai e no Paraguai.
Uma investigação sobre resina PET foi encerrada em 2011, sem constatar desvios de origem. A assessoria frisou que o ministério nunca atua por iniciativa própria, mas só quando provocado por importadores ou por fabricantes no Brasil.
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=60914






Exportação de SC tem valor recorde e chega US$ 9 bi 

Assessoria de Imprensa da Fiesc

Os dados do comércio internacional catarinense mostram que 2011 foi um ano de valores recordes, com alta de 19,4% nas exportações, que chegaram a 9,05 bilhões, superando o desempenho de 2008, quando foram embarcados US$ 8,3 bilhões pelas empresas de Santa Catarina. As importações também registraram valor histórico, com 24% de elevação frente a 2010, totalizando US$ 14,8 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial do Estado ficou negativo em US$ 5,8 bilhões, mostram os dados divulgados nesta segunda-feira (9) pela Federação das Indústrias (FIESC).
Embora inferior à média nacional (26,8%), o índice de elevação das exportações catarinenses é bom, considerando o cenário em que trabalhou o setor industrial catarinense, avalia presidente da FIESC, Glauco José Côrte. Ele lembra que a demanda internacional se concentrou em itens não produzidos por Santa Catarina, como minério de ferro, aço ou automóveis, itens que puxaram as vendas externas brasileiras. "Em um cenário de câmbio desfavorável, crise internacional e custos estruturais de produção incompatíveis com os dos nossos concorrentes externos, é importante reconhecer o grande esforço realizado pelas empresas exportadoras catarinenses, que permitiu chegar a US$ 9 bilhões em vendas", afirma Côrte.
Ele lembra que as importações, embora crescendo mais do que os embarques, registraram índice de crescimento muito inferior ao do ano anterior, quando as compras contabilizadas para Santa Catarina no mercado externo saltaram 64%. "Um aspecto importante nas importações é que entre os dez principais itens pauta prevalecem os insumos para a indústria e não os produtos acabados. Além disso, seria necessário expurgar da conta o grande volume de importações destinadas a outros estados, mas realizadas por Santa Catarina e em função do eficiente sistema portuário do Estado e dos incentivos fiscais", diz.
Entre os produtos que puxaram o desempenho estadual nas exportações em 2011 estão os frangos, com US$ 2,2 bilhões e alta de 28%, motores elétricos, com US$ 591 milhões e alta de 31%, além dos suínos, com US$ 478 milhões e elevação de 52%. Os Estados Unidos lideraram as compras de produtos catarinenses no exterior, seguidos pelo Japão e pela Argentina. (veja tabelas).
O cenário para os exportadores em 2012 seguirá sendo de dificuldades, prevê Côrte, em função da crise na Europa e do baixo crescimento dos Estados Unidos. "Mas por outro lado, estamos preparados para seguir exportando. Temos produtos competitivos no mercado internacional, caso dos alimentos e manufaturados como compressores, que tem boa aceitação no mercado internacional.
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=60946


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