Brasil e Argentina vão combater concorrência chinesa
O combate à invasão de produtos chineses no mercado latino-americano é prioridade do Conselho Empresarial Brasil-Argentina, cuja primeira reunião deve ocorrer em meados de fevereiro. Especialistas calculam que, de 2005 a 2009, o Brasil deixou de exportar mais de US$ 2,5 bilhões para os países da América Latina por causa da concorrência com a China. As perdas da Argentina somaram US$ 730 milhões.
Entre os produtos dos dois sócios do Mercosul que mais perderam mercado para os similares chineses estão químicos, de informática, de telecomunicações e máquinas e equipamentos. Além disso, o Conselho, criado no ano passado pelas presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, buscará soluções para os conflitos comerciais entre os dois países e promoverá a integração bilateral.
O Conselho terá uma secretaria executiva formada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua congênere do país vizinho, a União Industrial Argentina (UIA). Segundo a gerente-executiva de Comércio Exterior da CNi, Tatiana Porto, o intuito do Conselho é facilitar a elaboração de propostas para os governos brasileiro e argentino. “O diálogo é extremamente importante e, em muitos casos, leva a soluções rápidas e fáceis”, destaca Porto.
Participam do fórum 20 presidentes de grandes empresas – dez do Brasil e dez da Argentina. Entre os empresários brasileiros, estão representantes da construtora Camargo Correa, da Marfrig, do setor alimentício, da indústria de carrocerias Marcopolo e da mineradora Vale. Do lado argentino, participam gestores da Impsa, fabricante de equipamentos para geração de energia renovável, da indústria automobilística Fiat e da Bridas, do setor de óleo e gás.
“Nas próximas semanas, vamos elaborar a pauta de discussões do Conselho e, a partir daí, a CNI e UIA, além de organizar as reuniões empresariais, vai acompanhar as ações dos governos na agenda bilateral”, explica Porto.
A corrente de comércio entre Brasil e Argentina superou os US$ 39,5 trilhões em 2011, com superávit para o Brasil de US$ 5,8 trilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Os principais produtos brasileiros exportados para a Argentina foram automóveis, minério de ferro, óleo combustível e partes e acessórios de carrocerias para veículos. Entre os principais artigos argentinos importados pelo Brasil estão automóveis, nafta, trigo e farinha de trigo.
Além da Argentina, a CNI integra conselhos empresariais com outros países, como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Taiwan e África do Sul. Esses conselhos debatem propostas para eliminar barreiras comerciais e estreitar relações bilaterais.
CNI
Embargo
russo afetou pouco as exportações de carnes brasileiras
O embargo imposto pelo governo russo a vários estabelecimentos brasileiros não afetou como se imaginava as exportações brasileiras globais de carnes em 2011. Os embarques para a Rússia tiveram redução de 19,6%, mas, segundo o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, foram compensadas pelo crescimento de 14,7% nas vendas para outros mercados.
Por segmento, os embarques para a Rússia tiveram redução de 1,1% na carne bovina, 50,5% na de frango e 39,4% na suína. No entanto, para outros mercados, houve aumento de 11,5%, 19,9% e 7%, respectivamente.
O embargo a diversas plantas frigoríficas brasileiras foi anunciado em junho de 2011 e desde então os governos russo e brasileiro não conseguiram resolver o problema. Porto acredita que a entrada da Rússia na Organização Mundial e Comércio (OMC), oficializada em 1º de janeiro, pode facilitar as negociações, já que a Rússia será obrigada a seguir regras internacionais.
Até agora, o governo russo vinha exigindo do Brasil, que segue o regulamento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), regras específicas da união aduaneira formada por Bielorússia, Cazaquistão e Rússia.
Negociações para superar impasse
O Ministério da Agricultura espera receber, ainda nesta semana, um relatório técnico detalhado da missão russa que visitou o Brasil no fim de novembro do ano passado para tentar resolver a questão do embargo às exportações de carne de vários frigoríficos nacionais. Segundo o secretário de Relações Internacionais do MInistério da Agricultura, Célio Porto, já foi pré-agendado um encontro em separado do ministro Mendes Ribeiro Filho com sua correspondente russa no dia 17 de janeiro, em Berlim.
Os ministros estarão na capital alemã para participar da Semana Verde Internacional de Berlim e, caso se confirme, será o primeiro encontro entre os dois. O embargo à carne brasileira foi anunciado pelo governo russo em junho e, desde então, muita desinformação e acusações foram disparadas pelos dois lados.
Porto disse que a Rússia tem tradição de suspender as importações com origem em estabelecimentos de todos os seus fornecedores “ao menor sinal de desacordo com suas regras”. No entanto, com a entrada oficial do país na Organização Mundial do Comércio (OMC) no dia 1º de janeiro, “a expectativa é que siga regras internacionais”, disse Porto à Agência Brasil.
“O grande problema do embargo russo à carne brasileira é a equivalência de sistemas”, explicou o secretário. O Brasil segue regras da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), enquanto o governo russo exigia que se cumprisse o regulamento específico da união aduaneira formada por Bielorússia, Cazaquistão e Rússia.
Estados Unidos abrem seu mercado para carne suína brasileira
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, anunciou na tarde de hoje (10) a abertura do mercado norte-americano para a carne suína brasileira. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês) reconheceu a equivalência do serviço brasileiro de inspeção de carne suína e autorizou a habilitação de matadouros-frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína in natura para o país.
“Isso [abertura do mercado norte-americano] para a economia é extraordinário. Agora vem Japão e Coréia”, disse o ministro por telefone ao governador Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina, único estado reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem necessidade de vacinação e que concentra grande parte da produção nacional de suínos. “O embargo da Rússia nos atrapalhou muito. Agora estabelecemos um outro patamar”, complementou logo depois a jornalistas recebidos em seu gabinete.
Para os estados livres de aftosa com vacinação, o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos Estados Unidos autorizou a habilitação de unidades para exportação de carne suína cozida e processada, desde que a industrialização ocorra em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) e habilitados como produtores de matéria-prima. Nos demais estados, o Ministério da Agricultura (Mapa) ainda fará uma supervisão nas plantas.
Na próxima semana sairá uma lista oficial com seis plantas, de três empresas, localizadas em Santa Catarina, que estarão habilitadas a começar a vender para os Estados Unidos. Mendes Ribeiro disse que elas já foram selecionadas e receberão um comunicado ainda esta semana.
Apesar de importarem grande quantidade de carne suína, os Estados Unidos também exportam, o que pode dificultar aos produtores brasileiros conseguir exportar grandes volumes para o país. No entanto, o reconhecimento norte-americano pode ajudar a derrubar barreiras nas negociações, que já duram anos, com dois dos maiores importadores mundiais de carne suína: o Japão e a Coréia, mercados de mais de US$ 1 bilhão em importações do produto.
“Os Estados Unidos permitiram que nós escolhêssemos as plantas frigoríficas. Não tem limite de indústrias. Podemos indicar quantas atenderem os requisitos. É um voto de confiança”, disse Luiz Carlos Oliveira, diretor do Departamento Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa).
O Ministério da Agricultura informou que a principal preocupação dos Estados Unidos dizia respeito à falta de fiscais federais agropecuários nos estabelecimentos habilitados, mas a pasta já se comprometeu a atender a exigência.
Comércio exterior da China fecha 2011 em US$ 3,6 trilhões
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Segundo dados divulgados hoje (10) pela Administração Estatal de Alfândegas da China, o volume total de importação e exportação do país atingiu US$3,64 trilhões em 2011, crescimento de 22,5% em relação ao ano anterior.Sob a política de "ampliar a importação", o ritmo de aumento da compra de importados registrou uma alta de 4,6 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado. O superavit anual do comércio exterior chegou a US$155 bilhões, diminuindo em US$ 26,3 bilhões, um decréscimo de 14,5% em comparação com 2010.
De acordo com a estatística, o comércio exterior chinês manteve aumento estável em mercados tradicionais, como na União Europeia e nos EUA, e conseguiu acréscimo forte em mercados emergentes.
Tradução: Shi Xiaomiao
Revisão: Camila Olivo
http://portuguese.cri.cn/561/2012/01/10/1s144686.htm
O volume de exportações do Ceará foi de US$ 1,4 bilhão de janeiro a dezembro de 2011. O valor recorde é resultado de um crescimento de 10,54% em relação a 2010. O acumulado das importações em 2011 somou US$ 2,4 bilhões – uma expansão de 10,80% -, superando o volume registrado em 2010, de US$ 2,1 bilhões. Os dados constam do Enfoque Econômico nº 14, divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégica Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado. Em dezembro do ano passado, as exportações cearenses somaram US$ 133 milhões, representando um crescimento de 10,4% em relação ao mês anterior de novembro (US$ 120,5 milhões). O desempenho é o segundo maior registro em 2011, inferior apenas a agosto, quando as exportações totalizaram US$ 191,2 milhões. Já as importações, em dezembro de 2010, chegaram a US$ 245,5 milhões - um aumento de 11,2% em relação ao resultado de novembro (US$ 220,7 milhões). De acordo com o diretor Geral do Ipece, professor Flávio Ataliba, com esses movimentos (exportações e importações), o saldo negativo da balança comercial do Ceará alcançou US$ 1 bilhão no ano passado, significando crescimento de 11,16% quando comparado com 2010 (US$ 899,7 milhões). A corrente de comércio exterior, que é a soma de todas as exportações e importações, totalizou um valor recorde de US$ 3,8 bilhões em 2011, contra US$ 3,4 bilhões em 2010. O incremento foi de 10,70%. De acordo com Débora Gaspar Feitosa, economista do Ipece, o fluxo de comércio exterior cearense vem apresentando crescimento contínuo ao longo dos últimos dez anos, destacando-se uma variação positiva de 222,34% na corrente de comércio referente ao acumulado dos respectivos anos. O valor representa um incremento de US$ 2,6 bilhões em valores absolutos. O Enfoque Econômico do Ipece pode ser acessado no site do Instituto. O POVO Online / http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/geral/13618-exportacoes-do-ceara-batem-recorde-e-somam-us-14-bilhao
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O Terminal Portuário do Pecém está se preparando para iniciar uma nova operação comercial: a importação de arroz em grandes volumes. Em virtude da quebra da safra da região Sul, que abastece grande parte do Brasil, a compra do cereal de outros países deverá ser a alternativa para o abastecimento interno, e o porto cearense quer se credenciar para ser o centro concentrador desta carga para todo o Nordeste, se possível. De acordo com o presidente da Cearáportos - empresa administradora do terminal portuário -, Erasmo Pitombeira, o Pecém já está se preparando para esta nova demanda, e tendo reuniões com operadores para discutir a questão. A ideia é importar arroz do Vietnã, a granel e "big bag" (em grandes sacos). "Nós estamos vendo que tipo de armação que essa operação vai ter, em termo de contêiner", aponta Pitombeira. De acordo com ele, o porto já realizou operações com arroz, mas em pequenas quantidades. Para receber o produto em maiores volumes, deve ser organizado todo um novo esquema de logística, como a reserva de espaço na retroárea do complexo portuário. "O porto deve ter condições de receber e entregar o produto. E temos que discutir isso com os operadores, como, por exemplo, quanto tempo que eles deixam no depósito, ou se os compradores tiram logo o produto", explica. O presidente afirma que, como o arroz vem com casca, sendo beneficiado aqui, a operação será com volumes muito altos, que vão impactar significativamente a movimentação total do porto. "O Porto do Pecém tem condições de brigar por carga, e vamos correr atrás de carga nova", afirma. Os volumes importados seriam destinados a todo o Estado e, dependendo das negociações, para o Nordeste. Ampliação Já licitadas, as obras da segunda fase de ampliação do Porto do Pecém, que estavam programadas pelo consórcio vencedor da licitação para iniciarem agora em janeiro, estão ainda à espera da ordem de serviço, a ser dada pelo governador Cid Gomes. O serviço será tocado pelas construtoras cearenses Marquise e Queiroz Galvão e a paranaense Ivaí, no custo de R$ 568 milhões. O prazo para a execução é de 30 meses. A nova ampliação do porto dotará o equipamento das condições necessárias para receber os empreendimentos estruturantes a serem instalados no Ceará, em especial a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Inicialmente, será construída uma ponte de acesso ao quebra-mar existente, com 1.520 metros de extensão e 33 metros de largura. Diário do Nordeste(CE) / ttp://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/13617-pecem-podera-concentrar-importacao-de-arroz-no-ne
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Exportações da China têm crescimento anual de 13,4% em dezembro
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As exportações da China aumentaram 13,4% em dezembro em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a alfândega do país nesta terça-feira (10), um pouco menos do que as expectativas de mercado, de um crescimento de 13,5%, bem como do aumento de 13,8% em novembro.
As importações aumentaram 11,8% no mês passado, bem abaixo da mediana das previsões em uma pesquisa da "Reuters", de uma expansão de 17%, e ainda menos do que os 22,1% de crescimento anual em novembro.
Isso deixou o país com um superávit comercial de US$ 16,5 bilhões em dezembro, levando o superávit do ano para US$ 155 bilhões em 2011, abaixo dos US$ 183,1 bilhões em 2010.
Economistas esperavam superávit de 8,8 bilhões em dezembro, comparado com os US$ 14,5 bilhões de novembro.
Portal Naval
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As exportações de soja em Mato Grosso tomaram um novo rumo em 2011, que deve persistir em 2012. A mudança é em decorrência ao exterior comprar mais soja in natura (grão) matogrossense e óleo do que farelo. Segundo entidades, a preferência do envio está associado ao preço, bem como a demanda, devido a qualidade, principalmente em grão. Enquanto as aquisições de farelo de soja recuaram 14% em 2011, frente a 2010, os envios de grão e óleo cresceram 4% e 8%, respectivamente, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Das 9,019 milhões de toneladas de soja, 56,4% tiveram a China, maior cliente da oleoginosa do Estado. De acordo com o boletim da soja divulgado pelo Imea, em dezembro do ano passado, de janeiro a novembro o Estado exportou 9,019 milhões de toneladas de soja em grão ante as 8,565 milhões de toneladas no período em 2010. Em negociações o envio gerou US$ 4,249 bilhões, contra os US$ 3,252 bilhões do período no ano retrasado. Em 2010 em farelo de soja foram exportadas 3,345 milhões de toneladas e em óleo 328.748 toneladas. "O destaque não é o volume, mas sim o valor pago pelo produto exportado", comentou o Imea em seu boletim. Em 2011, até novembro, a tonelada de soja custava em média US$ 495, 30% superior a 2010 quando era estimado em US$ 379. Conforme o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, a tendência da soja in natura ser mais comercializada para o exterior deve seguir em alta, principalmente para a China, que preza pela qualidade do produto. Favaro comenta que para Mato Grosso é fundamental que o processamento de óleo e farelo amplie, "visto que com sua política industrial pode-se agregar valores, trazendo não apenas mais indústrias de processamento, mas como, também, indústrias de carne. Assim geramos, consequentemente, mais empregos também. Nos últimos anos conseguimos evoluir significativamente neste sentido, mas precisamos melhorar ainda mais". CHINA Para a China, segundo o Imea, foram enviadas 5,093 milhões de toneladas de soja in natura entre janeiro e novembro, 56,4% dos 9,019 milhões de toneladas de grão comercializados. "A China está optando em comprar mais em grão para sanar sua demanda. Para o governo chinês é mais rentável comprar in natura a oleoginosa, pois gera valor agregado e emprego", comenta o presidente da Aprosoja-MT. A Holanda surge em seguida com 516.362 toneladas e a Tailândia em terceiro como maior comprador do grão mato-grossense com 456.505 toneladas de janeiro a novembro. Dos 9,019 milhões de toneladas de soja em grão comercializadas, 5,486 milhões de toneladas foram escoadas pelo porto de Santos (SP), o equivalente a 60,8%, 985.076 toneladas por Manaus (AM) e 834.086 pelo porto de Paranaguá (PR). Só Notícias / http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/geral/13620-soja-em-grao-e-carro-chefe-das-exportacoes-de-mt
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