MDIC divulga dados complementares da balança comercial de 2011
Brasília – Foram publicados, na página eletrônica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os dados complementares da balança comercial de dezembro 2011 e do acumulado do ano. As informações complementam os dados divulgados no dia 2 de janeiro.
A série de arquivos apresenta ainda os valores mensais e acumulados das exportações e importações, além da série histórica desde 1991. As principais empresas exportadoras e importadoras, no resultado mensal e no acumulado do ano, estão dispostas e é possível obter também uma listagem de empresas exportadoras e importadoras classificadas por faixa de valor.
Está à disposição informações com a classificação dos principais produtos exportados e importados e a divisão por fator agregado (básicos, semimanufaturados e manufaturados). A relação dos principais países de destino (exportação) e de origem (importação) e dos principais parceiros comerciais (corrente de comércio) é outra informação acessível, além da lista por blocos econômicos.
Confira os arquivos da balança comercial: http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1161
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Cooperativas batem recorde de exportações e têm superávit 40% maior em 2011
Brasília - Em 2011, as exportações das cooperativas brasileiras tiveram crescimento de 39,8% sobre 2010, alcançando um total de US$ 6,175 bilhões. Foi o maior resultado já verificado na série histórica iniciada em 2005. As importações realizadas por cooperativas também registraram expansão de 29,6%. Passaram de US$ 274 milhões, entre janeiro e dezembro de 2010, para US$ 355,2 milhões, no mesmo período de 2011. Com isso, o saldo chegou a US$ 5,819 bilhões, resultado recorde superando em 40,4% o registrado em 2010, quando atingiu US$ 4,144 bilhões. A corrente de comércio em 2011 também foi a melhor da série histórica: US$ 6,530 bilhões. Uma expansão de 39,2% em relação aos doze meses de 2010.
Exportações
Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas no ano passado, destacaram-se: açúcar refinado (com vendas de US$ 1,048 bilhão, representando 17% do total); café em grãos (US$ 839,3 milhões, 13,6%); soja em grãos (US$ 698,9 milhões, 11,3%); açúcar em bruto (US$ 675,8 milhões, 11%); os pedaços e miudezas comestíveis de frango (US$ 569,9 milhões, 9,2%); e o etanol (US$ 535,3 milhões, 8,7%).
As cooperativas venderam para 133 países no período. Os principais foram os Estados Unidos (exportações de US$ 739,2 milhões, 12% do total); a China (US$ 736,1 milhões, 11,9% ); os Emirados Árabes Unidos (US$ 526,3 milhões, 8,5%); a Alemanha (US$ 441,5 milhões, 7,2%); e os Países Baixos (US$ 311,9 milhões, 5,1%).
Das 27 Unidades da Federação, 21 realizaram exportações por meio de cooperativas. São Paulo foi o estado com maior participação (vendas de US$ 2,078 bilhões, 33,7% do total). Em seguida ficaram o Paraná (US$ 1,930 bilhão, 31,3%); Minas Gerais (US$ 885,5 milhões, 14,3%); o Rio Grande do Sul (US$ 363,6 milhões, 5,9%); e Santa Catarina (US$ 312,7 milhões, 5,1%).
Importações
Os principais produtos importados pelas cooperativas em 2011 foram os cloretos de potássio (compras de US$ 58,5 milhões, 16,5% do total); a ureia com teor de nitrogênio (US$ 29,4 milhões, 8,3%); o diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 27,0 milhões, 7,6%); a cevada cervejeira (US$ 23,8 milhões, 6,7%); e o milho em grãos (US$ 20,1 milhões, 5,7%).
As compras externas das cooperativas foram originárias, no período, de cinquenta países. Merecem destaque a Argentina (compras de US$ 46,2 milhões, representando 13,0% do total); a Rússia (US$ 45,0 milhões, 12,7%); a Alemanha (US$ 44,4 milhões, 12,5%); o Paraguai (US$ 34,8 milhões, 9,8%); e os Estados Unidos (US$ 26,7 milhões, 7,5%).
No ano passado, das 27 Unidades da Federação, 13 realizaram importações por meio de cooperativas. O Paraná foi o estado com maior valor de importações (US$ 136,8 milhões, representando 38,5% do total). Em seguida ficaram Santa Catarina (US$ 92,2 milhões, 26%); São Paulo (US$ 62,1 milhões, 17,5%); Rio Grande do Sul (US$ 24,1 milhões, 6,8%); Goiás (US$ 18,6 milhões, 5,2%); e Mato Grosso (US$ 11,2 milhões, 3,2%).
Veja os dados da balança comercial das cooperativas: http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3186
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
O Governo argentino assegurou nesta quinta-feira que o superávit que o Brasil tem no comércio entre os dois países não autoriza Brasília a fazer críticas sobre o estado vizinho.
O ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, durante visita aos Estados Unidos, assegurou que as relações comerciais com a Argentina sempre foram um problema para o Brasil.
"Temos boas relações políticas, mas economicamente é difícil lidar com eles", disse o dirigente.
Diante dessas declarações, a ministra da Indústria, Débora Giorgi, respondeu em comunicado que a "realidade do comércio bilateral entre Argentina e Brasil não permite os comentários" de Pimentel.
O Ministério de Indústria argentino lembrou que a Argentina representou 19,5% do superávit comercial do Brasil em 2011, e que o déficit do país no comércio com o vizinho foi de US$ 5.800 bilhões. Além disso, no ano passado, as importações argentinas do Brasil aumentaram 23%.
"Nas relações comerciais com o Brasil, tanto bilaterais como no âmbito do Mercosul, sempre seguimos as pautas normativas dos tratados regionais e as normas da Organização Mundial do Comércio", garantiu Giorgi.
A ministra afirmou ainda que seu país "procura reequilibrar o comércio e a industrialização regional, requerendo acesso ao mercado brasileiro e pedindo a eliminação das inúmeras barreiras para-tarifárias", que, segundo ela, são aplicadas para a entrada de produtos argentinos no Brasil.
"Defendemos nossa produção da concorrência desleal implícita nos incentivos à produção, à exportação e aos investimentos", acrescentou.
Após o início da crise econômica internacional, em meados de 2008, a Argentina iniciou diversos mecanismos comerciais para proteger sua produção local, como a implementação de licenças não automáticas para a importação e acordos com setores-chave, como o automotivo, para equilibrar importações com exportações.
Além disso, a Argentina criou um novo regime para as importações de bens de consumo, mediante o qual se deve informar previamente a realização das compras, que serão avaliadas por vários escritórios governamentais.
Ao ser consultado nesta quinta-feira em entrevista coletiva sobre as declarações de Pimentel, o titular da Administração Federal de Receita Pública da Argentina, Ricardo Echegaray, disse que os dados do comércio "mostram um crescimento das importações do Brasil".
O funcionário lembrou que existe uma resolução do Mercosul de 2004 que permite seus sócios a solicitar informação antecipada sobre as importações, o que a Argentina passará a fazer a partir de 1º de fevereiro
Outro dado negativo: a participação dos produtos industriais na pauta exportadora brasileira chegou a 57,8%, muito aquém dos 81,3% correspondentes ao ano 2000.
Responde por esse resultado um processo muito intenso de commoditização da pauta exportadora brasileira, o qual ganharia forte impulso após 2005 com o boom dos preços internacionais de produtos primários impulsionado pelo crescimento econômico chinês.
Outro movimento vai se tornando evidente nos últimos dados do comércio exterior brasileiro: dentro das próprias commodities tem havido um aumento dos itens de menor valor agregado.
De fato, commodities do setor extrativo mineral e da agropecuária vêm ganhando terreno vis-à-vis commodities industriais delas derivadas, fato este associado ao peso dos impostos e demais custos sistêmicos que incidem sobre o produto manufaturado quando são ampliadas as etapas de produção.
A propósito, o superávit comercial de US$ 78,5 bilhões que as mercadorias típicas da extração mineral (saldo de US$ 43,3 bilhões), da agropecuária (US$ 29 bilhões) e demais segmentos (US$ 6,2 bilhões) obtiveram mais do que compensou o déficit da indústria de transformação, levando a um saldo global de US$ 29,8 bilhões, um aumento de US$ 9,5 bilhões ante o resultado do ano anterior.
Exportar commodities é bom para o país porque ajuda a dar sustentabilidade às contas externas, mas a excessiva dependência de maiores preços para elevar as vendas desses produtos ao exterior, como ocorreu em 2011, é fator de vulnerabilidade.
No ano passado até novembro, segundo a Funcex, nossas exportações de produtos básicos foram 39,3% maiores do que em 2010, superando o crescimento de 29,2% das exportações totais. No entanto, o aumento em volume foi de somente 4,3%, enquanto os preços médios cresciam 33,7%.
O déficit comercial da indústria também não é em si ruim. Mas o quadro muda diante de duas constatações. Primeira, a velocidade com que o processo vem se desenvolvendo é inusitada e reveladora das forças adversas que estão em jogo.
O resultado comercial da indústria, cujo valor em 2011 foi negativo em quase US$ 50 bilhões, era superavitário em US$ 18,8 bilhões em 2007.
Em segundo lugar, o enorme descompasso entre o dinamismo do mercado consumidor doméstico e a produção industrial interna, como aconteceu em boa parte de 2011, evidencia uma súbita e enorme perda de competitividade da produção nacional em relação ao produto importado.
Assim, se as vendas do varejo cresceram 6,9% em termos reais no período de janeiro a novembro de 2011 perante o mesmo período de 2010, a evolução da produção de bens de consumo industriais foi negativa em 0,7%.
A capacidade ociosa na indústria mundial e a grande vantagem que um país como a China obtém com seu controle sobre o câmbio concorrem para a formação de agressivos preços nas exportações para o Brasil, o que desloca a produção de bens comercializáveis realizada no país, especialmente os da indústria.
Responde por esse resultado um processo muito intenso de commoditização da pauta exportadora brasileira, o qual ganharia forte impulso após 2005 com o boom dos preços internacionais de produtos primários impulsionado pelo crescimento econômico chinês.
Outro movimento vai se tornando evidente nos últimos dados do comércio exterior brasileiro: dentro das próprias commodities tem havido um aumento dos itens de menor valor agregado.
De fato, commodities do setor extrativo mineral e da agropecuária vêm ganhando terreno vis-à-vis commodities industriais delas derivadas, fato este associado ao peso dos impostos e demais custos sistêmicos que incidem sobre o produto manufaturado quando são ampliadas as etapas de produção.
A propósito, o superávit comercial de US$ 78,5 bilhões que as mercadorias típicas da extração mineral (saldo de US$ 43,3 bilhões), da agropecuária (US$ 29 bilhões) e demais segmentos (US$ 6,2 bilhões) obtiveram mais do que compensou o déficit da indústria de transformação, levando a um saldo global de US$ 29,8 bilhões, um aumento de US$ 9,5 bilhões ante o resultado do ano anterior.
Exportar commodities é bom para o país porque ajuda a dar sustentabilidade às contas externas, mas a excessiva dependência de maiores preços para elevar as vendas desses produtos ao exterior, como ocorreu em 2011, é fator de vulnerabilidade.
No ano passado até novembro, segundo a Funcex, nossas exportações de produtos básicos foram 39,3% maiores do que em 2010, superando o crescimento de 29,2% das exportações totais. No entanto, o aumento em volume foi de somente 4,3%, enquanto os preços médios cresciam 33,7%.
O déficit comercial da indústria também não é em si ruim. Mas o quadro muda diante de duas constatações. Primeira, a velocidade com que o processo vem se desenvolvendo é inusitada e reveladora das forças adversas que estão em jogo.
O resultado comercial da indústria, cujo valor em 2011 foi negativo em quase US$ 50 bilhões, era superavitário em US$ 18,8 bilhões em 2007.
Em segundo lugar, o enorme descompasso entre o dinamismo do mercado consumidor doméstico e a produção industrial interna, como aconteceu em boa parte de 2011, evidencia uma súbita e enorme perda de competitividade da produção nacional em relação ao produto importado.
Assim, se as vendas do varejo cresceram 6,9% em termos reais no período de janeiro a novembro de 2011 perante o mesmo período de 2010, a evolução da produção de bens de consumo industriais foi negativa em 0,7%.
A capacidade ociosa na indústria mundial e a grande vantagem que um país como a China obtém com seu controle sobre o câmbio concorrem para a formação de agressivos preços nas exportações para o Brasil, o que desloca a produção de bens comercializáveis realizada no país, especialmente os da indústria.
Julio Gomes de Almeida é ex-secretário de Política Econômica e professor da Unicamphttp://www.brasileconomico.com.br/noticias/o-comercio-exterior_111939.html
Exportação deve crescer 20% em 2012
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Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli, a receita das exportações da proteína terá aumento de 20% em 2012, passando dos US$ 6 bilhões pela primeira vez na série histórica da entidade, que começou em 1996.
Em volume, haverá uma reversão da queda de 10,8% de 2011 em relação a 2010 para um crescimento de 10% em 2012. Desde 2007 o setor não registra crescimento anual das exportações em volume. “Nossas expectativas para 2012 são decorrentes de fatores que já estão acontecendo”, diz Camardelli. Dentre esses fatores estão a retomada de volumes embarcados à Rússia, a abertura das importações de carne in natura pelos Estados Unidos e a flexibilização das regras exigidas pela União Europeia rastreabilidade, lista de fazendas habilitadas a exportar para o bloco e cota Hilton, que define quanto da carne deve vir da gado criado no pasto e em confinamento. A receita cambial com exportação de carne bovina apresentou aumento de 11,65% em 2011, passando de US$ 4,814 bilhões em 2010 para US$ 5,375 bilhões, impulsionada pelo crescimento de 25,17% nos preços médios do produto no período, segundo a Abiec. O preço da tonelada subiu de US$ 3.913 para US$ 4.898 de 2010 para 2011. | |
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China concentra compra do açúcar brasileiro
São paulo - Em 2011, os embarques do açúcar brasileiro para a China cresceram 70%, para 2,1 milhões de toneladas, rendendo mais de US$ 1,2 bilhão. Com isso, aquele país passou de sexto para segundo maior importador de açúcar brasileiro em 2011, atrás somente da Rússia, tradicional líder. Já em 2012 o país asiático deve superar os russos e assumir a liderança. As altas taxas de crescimento e o avanço da urbanização do país asiático justificam o movimento que tende a ser ampliado ano a ano, diz o CEO da maior exportadora brasileira de açúcar, a Copersucar, Paulo Roberto de Souza. Ele aposta que a China deve se tornar "a nova Rússia" para o açúcar, ou seja, assumir a liderança entre os maiores importadores. "Os russos que buscam autossuficiência em açúcar, devem continuar reduzindo suas compras, enquanto os chineses vão aumentar, com o consumo crescente de industrializados", avalia. Diante dessa realidade, a Copersucar vai abrir neste ano um escritório comercial ou estabelecer uma joint venture na Ásia para atender mais de perto China, Malásia, Indonésia e entre outros.DCI - Agronegócios - B10
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