LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 19/01/2012

Investigação conclui falsa declaração de origem na importação de lápis de Taiwan

Brasília  – Foi publicada hoje, no Diário Oficial da União (DOU), a Portaria n° 3 da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) que conclui uma investigação sobre falsa declaração de origem e que indefere o pedido de licença de importação para lápis de grafite e lápis de cor, caracterizados como lápis de madeira com diâmetro de 7 a 8 mm (NCM 9609.10.00), comercializados por uma empresa taiwanesa.

Com o término da investigação, ficou comprovado que a empresa não cumpria as condições necessárias para a mercadoria ser considerada originária de Taiwan, conforme regras definidas pela Resolução nº 80/2010 da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

Eventuais novas solicitações de licenças da empresa taiwanesa investigada serão automaticamente indeferidas até que a mesma possa comprovar o cumprimento da legislação brasileira. O pedido de licença de importação objeto da investigação era para a comercialização de um lote no valor de US$ 89.213,04.

Essa é a terceira investigação de falsa declaração de origem concluída sobre lápis. Nas investigações anteriores (Portaria nº 41/2011 e Portaria nº 47/2011), a Secex também chegou à conclusão de que as operações não cumpriam com a legislação brasileira com o indeferimento das licenças de importação correspondentes.

“Se levarmos em consideração a soma do resultado dessas investigações, já podemos afirmar que uma importante parcela do mercado doméstico desse produto foi preservada. Caso contrário, essa mesma parcela de mercado seria tomada por empresas que não cumprem as regras de origem“, avalia o diretor do Departamento de Negociações Internacionais da Secex, Daniel Godinho.

O Brasil cobra direito antidumping de lápis de madeira originários da China desde 1997. A última revisão dos referidos direitos foi estabelecida pela Resolução Camex nº 2/2009 e instituiu direito antidumping ad valorem de 201,4% para lápis com mina de grafite e 202,3% para lápis com mina de cor. Na prática, a partir de agora, a efetividade da medida antidumping fica reforçada ao se eliminar a possibilidade de importações com falsa declaração de origem.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC




Nova Mutum: exportações de produtos agrícolas fecham com alta de 58% 
Só Notícias/Karoline Kuhn 

A venda de produtos industrializados em Nova Mutum para o mercado internacional atingiu, entre janeiro a dezembro do ano passado, o montante de US$ 784,4 milhões, alta de 58,87% quando comparado com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Os bagaços e outros resíduos sólidos da extração de óleo de soja somaram US$ 256,5 milhões. Em seguida aparece os grãos de soja (incluindo triturados). Óleo de soja bruto, com US$ 120 milhões; milho em grão, com US$ 104,1 milhões; algodão, com US$ 35,6 milhões e o óleo de soja refinado, com US$ 15,2 milhões aparecem na relação dos produtos mais enviados ao exterior.

A China foi o principal comprador, com negócios atingindo a casa de US$ 304,8 milhões. Tailândia aparece em seguida, com US$ 192,2 milhões. Irã e Vietnã estão em terceiro e quarto na relação, com US$ 57,1 milhões e US$ 42,8 milhões respectivamente. Em quinto, está a Malásia, com US$ 21,4 milhões. Ao todo, são 30 destinos relacionados.

O levantamento aponta ainda que, somente em dezembro, os negócios atingiram US$ 30,2 milhões, 231,18% a mais ante 2010, quando a balança comercial atingiu US$ 9,1 milhões.



Importações de celulares cresceram 168% em 2011

Segundo Abinee, exportações do produto, que já ocupam o primeiro lugar, caíram 73% no período.

As importações de aparelhos  celulares cresceram 168% em 2011 chegando a US$ 967 milhões, enquanto as exportações caíram 73%, atingindo US$ 558 milhões. O défict na balança comercial do país foi de US$ 429 milhões. Resultado bem diferente do observado em 2007, quando as exportações destes produtos atingiram US$ 2 bilhões e as importações somaram US$ 375 milhões, gerando um superávit de US$ 1,7 bilhão, informa a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Segundo a entidade, com este desempenho das vendas externas, os telefones celulares deixaram a liderança das exportações de produtos eletroeletrônicos, ocupada por vários anos, para ficar na 5ª posição. Ao mesmo tempo, os celulares foram o 7º produto mais importado. Os industriais culpam a valorização do real frente a outras moedas e a inundação de aparelhos vindos da  China como os principais motivos dessa virada na balança comercial.

A Abines já solicitou ao governo que analise os custos dos celulares importados da China (por cerca de US$ 12) comparativamente aos custos dos produtos fabricados no Brasil (cerca de US$ 38). O presidente da entidade, Humberto Barbato,  disse que esse baixo custo é, provavelmente, sustentado pelos subsídios que o governo chinês concede às suas empresas exportadoras, gerando uma concorrência desleal com os produtos fabricados no Brasil. “Precisamos encontrar ferramentas que garantam a isonomia competitiva dos produtos, reduzindo, inclusive, os altos custos de produção local”, diz Barbato.

O tema será debatido na próxima reunião da Câmara do Comércio Exterior (Camex), marcada para o dia 25 deste mês. A intenção do governo é obrigar a homologação dos aparelhos celulares antes de autorizar a exportação. A preocupação é com o grande quantidade de aparelhos piratas no mercado.(Da redação)


SISBACEN SERÁ DESLIGADO DEFINITIVAMENTE

Notícia siscomex - 09/01/2012 0031
ESTA SECRETARIA DE COMERCIO EXTERIOR REITERA QUE, A PARTIR DE 01 DE FEVEREIRO DE 2012, TODAS AS INCLUSOES DE REGISTROS DE EXPORTACAO (RE) DEVERAO SER FEITAS NO NOVOEX E QUE O SISBACEN SERAH DEFINITIVAMENTE DESLIGADO PARA NOVAS OPERACOES, PERMANECENDO ATIVO POR TEMPO INDETERMINADO PARA CONSULTAS E REIFICACOES APOS AVERBACAO.

OS RE QUE VENCEREM APOS ESSA DATA NAO SERAO PRORROGADOS.

PARA MAIORES ESCLARECIMENTOS E/OU DUVIDAS, ENTRAR EM CONTATO PELO ENDERECO NOVOEX@MDIC.GOV.BR
ATENCIOSAMENTE,
MDIC/SECEX/DECEX



Acre inaugura ZPE para elevar a exportação de manufaturados

O governo decidiu apostar, de fato, nas Zonas de Processamento de Exportações (ZPE) para estimular as vendas de manufaturados: em cinco dias, a ZPE do Acre deverá estar pronta para iniciar os trabalhos. A infraestrutura já está concluída, numa área de 100 hectares na pequena cidade de Senador Guiomard (AC), a 22 km de Rio Branco, capital do Estado.

Na segunda-feira, ela receberá a certificação final da Receita Federal para o último passo exigido pelos fiscais: a instalação de monitoramento em vídeo. Ontem, uma das maiores companhias privadas do Peru, o Grupo Glória, de laticínios, fertilizantes e cimento, fechou seu projeto produtivo básico (PPB) para operar na ZPE do Acre.

A evolução das obras e negociações em torno da ZPE no Acre surpreendeu os técnicos do Ministério do Desenvolvimento. Fontes no Palácio do Planalto afirmaram ao Valor que a presidente está entusiasmada com a ZPE e espera ver resultados já neste ano. Para isso, a instalação das fábricas deve começar em fevereiro.

As empresas que se instalarem na ZPE deverão exportar no mínimo 80% da produção. Em troca, as fábricas não vão recolher o IPI, a Cofins e o PIS/Pasep sobre os insumos adquiridos do mercado interno, e também as partes e peças importadas estão isentas do Imposto de Importação (II) e do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante.

"A ZPE vai funcionar como polo de atração de investimentos no setor manufatureiro, justamente num momento em que a indústria sofre com a rigorosa competição com os importados no Brasil e também na conquista de mercados", diz Gustavo Saboia Fontenele, secretário-executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação, formado pelos ministérios do Desenvolvimento, Fazenda, Integração Nacional, Planejamento e Casa Civil.

A ZPE já conta com licenciamento ambiental e liberação alfandegária. No local, órgãos públicos, como Correios, Anvisa, Caixa Econômica Federal e Ministério da Agricultura, estão em operação. "Já está pronto", disse Fontenele, "só falta as empresas começarem a montar suas fábricas".

O governo acreano negocia com 13 companhias a instalação de fábricas na ZPE, nas áreas de madeira, alimentos processados, carne, têxtil e frutas. Uma companhia italiana de joias já apresentou um projeto para produção de "biojoias", aproveitando insumos naturais do Estado, inserido na floresta amazônica. O governo planeja plantar 3.000 mil hectares de seringueiras, que devem servir de insumo para as companhias que se instalarem na ZPE.

Além disso, a Natex, empresa pública de preservativos masculinos feitos com borracha natural, localizada em Xapuri (AC), pode abrir uma segunda unidade, para produção de luvas para cirurgias hospitalares. A fábrica já opera com capacidade máxima, diz a diretora-executiva da Natex, Dirlei Bersch, em três turnos, de domingo a domingo.

Caso concreto é o do Grupo Glória, do Peru. Empresários da companhia fizeram a última visita técnica às instalações em Senador Guiomard para fechar os termos do processo produtivo básico a ser entregue aos técnicos do governo do Estado. A companhia, que também tem unidades na Argentina, Colômbia, Bolívia e Equador, vai desenvolver linhas produtivas de leite e cimento.

Um fator que acelerou as negociações com o Grupo Glória, e que serve de grande atrativo às demais empresas em negociação com o governo do Estado, é a rodovia Transoceânica, inaugurada em outubro do ano passado, que servirá para escoar a produção da ZPE para três portos no Peru, a 1,6 mil km de distância. A viagem por rodovia é 14 dias mais curta que o trajeto marítimo, por meio do Canal do Panamá.

"A ZPE segue exatamente o que deseja a presidente Dilma Rousseff", disse o governador do Acre, Tião Viana (PT). "Vamos ajudar as exportações da indústria e incentivar investimentos em inovação, que é o foco do programa Brasil Maior."

Os técnicos da ZPE do Acre negociam também com a multinacional americana Johnson & Johnson, que já demonstrou interesse em a fabrica instalada na Venezuela, devido ao desgaste político com o governo do presidente Hugo Chávez. Mas os executivos da empresa querem do governo do Estado uma "flexibilização" das regras das ZPEs.

A Johnson & Johnson quer, segundo o governo do Estado do Acre, que até 40% da produção seja escoada para o mercado interno, e não apenas 20%, como prevê a Lei 11.508 (07/2007), que criou o marco regulatório das ZPEs. No ano passado, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, chegou a declarar em audiências públicas ser favorável à elevação do teto de 20% para 40%.

As negociações ainda não terminaram, porque, em contrapartida, o Acre quer convencer os executivos a montar duas fábricas: uma na ZPE, seguindo as regras da zona, e outra fora, que receberia incentivos tributários para a parcela vendida internamente. Procurada pelo Valor, a empresa negou, por meio de sua assessoria, que esteja negociando.
Valor Econômico/João Villaverde | De Brasília


Embarque de carne deve crescer 20%


O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli, afirmou hoje que a receita das exportações da proteína registrará um aumento de 20% em 2012, passando dos US$ 6 bilhões pela primeira vez na série história da entidade, que começou em 1996.

Já em volume, haverá uma reversão da queda de 10,8% de 2011 em relação a 2010 para um crescimento de 10% em 2012. Desde 2007 o setor não registra crescimento anual das exportações em volume. "Nossas expectativas para 2012 são decorrentes de fatores que já estão acontecendo", disse o executivo durante coletiva de imprensa.

Dentre os fatores citados por Camardelli estão a retomada de volumes embarcados à Rússia, a flexibilização das regras exigidas pela União Europeia - rastreabilidade, lista de fazendas habilitadas a exportar para o bloco e cota Hilton - e a abertura das importações de carne in natura pelos Estados Unidos.
Agencia Estado/SUZANA INHESTA



Acre inaugura ZPE para elevar a exportação de manufaturados

O governo decidiu apostar, de fato, nas Zonas de Processamento de Exportações (ZPE) para estimular as vendas de manufaturados: em cinco dias, a ZPE do Acre deverá estar pronta para iniciar os trabalhos. A infraestrutura já está concluída, numa área de 100 hectares na pequena cidade de Senador Guiomard (AC), a 22 km de Rio Branco, capital do Estado.

Na segunda-feira, ela receberá a certificação final da Receita Federal para o último passo exigido pelos fiscais: a instalação de monitoramento em vídeo. Ontem, uma das maiores companhias privadas do Peru, o Grupo Glória, de laticínios, fertilizantes e cimento, fechou seu projeto produtivo básico (PPB) para operar na ZPE do Acre.

A evolução das obras e negociações em torno da ZPE no Acre surpreendeu os técnicos do Ministério do Desenvolvimento. Fontes no Palácio do Planalto afirmaram ao Valor que a presidente está entusiasmada com a ZPE e espera ver resultados já neste ano. Para isso, a instalação das fábricas deve começar em fevereiro.

As empresas que se instalarem na ZPE deverão exportar no mínimo 80% da produção. Em troca, as fábricas não vão recolher o IPI, a Cofins e o PIS/Pasep sobre os insumos adquiridos do mercado interno, e também as partes e peças importadas estão isentas do Imposto de Importação (II) e do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante.

"A ZPE vai funcionar como polo de atração de investimentos no setor manufatureiro, justamente num momento em que a indústria sofre com a rigorosa competição com os importados no Brasil e também na conquista de mercados", diz Gustavo Saboia Fontenele, secretário-executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação, formado pelos ministérios do Desenvolvimento, Fazenda, Integração Nacional, Planejamento e Casa Civil.

A ZPE já conta com licenciamento ambiental e liberação alfandegária. No local, órgãos públicos, como Correios, Anvisa, Caixa Econômica Federal e Ministério da Agricultura, estão em operação. "Já está pronto", disse Fontenele, "só falta as empresas começarem a montar suas fábricas".

O governo acreano negocia com 13 companhias a instalação de fábricas na ZPE, nas áreas de madeira, alimentos processados, carne, têxtil e frutas. Uma companhia italiana de joias já apresentou um projeto para produção de "biojoias", aproveitando insumos naturais do Estado, inserido na floresta amazônica. O governo planeja plantar 3.000 mil hectares de seringueiras, que devem servir de insumo para as companhias que se instalarem na ZPE.

Além disso, a Natex, empresa pública de preservativos masculinos feitos com borracha natural, localizada em Xapuri (AC), pode abrir uma segunda unidade, para produção de luvas para cirurgias hospitalares. A fábrica já opera com capacidade máxima, diz a diretora-executiva da Natex, Dirlei Bersch, em três turnos, de domingo a domingo.

Caso concreto é o do Grupo Glória, do Peru. Empresários da companhia fizeram a última visita técnica às instalações em Senador Guiomard para fechar os termos do processo produtivo básico a ser entregue aos técnicos do governo do Estado. A companhia, que também tem unidades na Argentina, Colômbia, Bolívia e Equador, vai desenvolver linhas produtivas de leite e cimento.

Um fator que acelerou as negociações com o Grupo Glória, e que serve de grande atrativo às demais empresas em negociação com o governo do Estado, é a rodovia Transoceânica, inaugurada em outubro do ano passado, que servirá para escoar a produção da ZPE para três portos no Peru, a 1,6 mil km de distância. A viagem por rodovia é 14 dias mais curta que o trajeto marítimo, por meio do Canal do Panamá.

"A ZPE segue exatamente o que deseja a presidente Dilma Rousseff", disse o governador do Acre, Tião Viana (PT). "Vamos ajudar as exportações da indústria e incentivar investimentos em inovação, que é o foco do programa Brasil Maior."

Os técnicos da ZPE do Acre negociam também com a multinacional americana Johnson & Johnson, que já demonstrou interesse em a fabrica instalada na Venezuela, devido ao desgaste político com o governo do presidente Hugo Chávez. Mas os executivos da empresa querem do governo do Estado uma "flexibilização" das regras das ZPEs.

A Johnson & Johnson quer, segundo o governo do Estado do Acre, que até 40% da produção seja escoada para o mercado interno, e não apenas 20%, como prevê a Lei 11.508 (07/2007), que criou o marco regulatório das ZPEs. No ano passado, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, chegou a declarar em audiências públicas ser favorável à elevação do teto de 20% para 40%.

As negociações ainda não terminaram, porque, em contrapartida, o Acre quer convencer os executivos a montar duas fábricas: uma na ZPE, seguindo as regras da zona, e outra fora, que receberia incentivos tributários para a parcela vendida internamente. Procurada pelo Valor, a empresa negou, por meio de sua assessoria, que esteja negociando.
Valor Econômico/João Villaverde | De Brasília




Crise mundial pode levar Brasil a importar mais, aponta CNI


O excesso de oferta de produtos manufaturados no mercado mundial e a baixa demanda deverão contribuir para a retração da atividade industrial brasileira em 2012. A avaliação é do chefe do Departamento Econômico da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Segundo ele, esse quadro vai continuar influenciando o aumento de importações pelo Brasil, o que é um fator desfavorável para a indústria nacional.
Castelo Branco reconheceu que, em vista dos baixos resultados verificados na economia brasileira no ano passado, especialmente no segundo semestre, o governo tomou medidas pontuais na política monetária, como a redução da taxa básica de juros, a Selic, e na política financeira. Ao mesmo tempo, foi promovida uma desoneração em favor de cadeias produtivas e na área de bens de capital. Mas, para o economista, os impactos só vão aparecer a médio prazo.
O representante da CNI estima que são necessárias “medidas, de maturação mais rápida, na área do crédito, para criar melhores condições para os produtores brasileiros”. Tudo isso apesar do que já foi decidido pelo governo, inclusive no que diz respeito a medidas macroprudenciais, na área do crédito ao consumidor e na abertura de algumas linhas de financiamento dentro do Plano Brasil Maior.
O economista arrisca prever que, em vista do cenário internacional de crise, na Europa e nos Estados Unidos, o ritmo na atividade da indústria poderá começar a melhorar só depois do segundo semestre de 2012. “O começo do ano é sempre caracterizado por respostas em relação ao desempenho dos setores de atividade no final do ano, e os números ainda não estão fechados. Algumas áreas do setor varejista tiveram crescimento de vendas não muito fortes no final do ano, tendo havido em alguns casos, até algumas frustrações em alguns segmentos”.
A necessidade de reposição de estoques faz com que as empresas trabalhem para supri-los a partir de janeiro, mas isso deverá acontecer de forma moderada, segundo ele. Castelo Branco lembrou que a indústria sempre cresce abaixo do Produto Interno Bruto (PIB), que, pelas estimativas do próprio governo, deverá ficar em torno de 3% em 2012. Para e economista, esse índice “é baixo para os padrões e as necessidades da economia brasileira”.
Na opinião de Castelo Branco, o novo valor do salário mínimo, que começará a ser pago no início de fevereiro, deverá servir de impulso à economia no início do ano, já que a correção serve de parâmetro para o aumento de outros rendimentos.
Jornal do Comércio





Indústria têxtil espera para abril nova tributação sobre importações

Sistema atual, baseado no preço do produto, pode ser alterado para uma taxação fixa determinada pelo peso do item.
SÃO PAULO – O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, informou hoje que entregará, até meados de fevereiro, uma petição ao governo federal para mudança do regime de tributação de importação de produtos têxteis.
O sistema atual é baseado em alíquotas ad valorem, cuja base de cálculo é o preço do produto. A proposta pretende que o governo mude a taxação para alíquotas baseadas ad rem, que estabelece valores fixos pelo peso do produto importado. De acordo com o presidente da Abit, a previsão é de que este novo sistema de tributação seja aprovado pelo governo e passe a valer em abril.
Diniz Filho defende a mudança do sistema de cobrança por conta do subfaturamento de importações. “Se um terno chega ao Brasil a US$ 5, não adianta colocarmos em cima uma alíquota de 35%”, explicou. “Trinta e cinco por cento sobre nada é nada.”
A tributação levando em conta o peso dos produtos, segundo Diniz Filho, serviria como uma salvaguarda para a indústria nacional têxtil e de confecção. Segundo o presidente da Abit, já foram realizadas três reuniões com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o governo está sensibilizado para as dificuldades que o setor enfrenta. “Senti claramente que não foi conversa vazia com o ministro”, afirmou.
O Estado de São Paulo





Indústria têxtil lança ‘Importômetro’ para medir gasto com importados

Sistema estima, em tempo real, quantos dólares o País gasta com a importação de produtos têxteis e quantos empregos deixam de ser criados no mercado doméstico por conta das compras externas.
SÃO PAULO – A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) lançou nesta terça-feira, 17, na sede da entidade, em São Paulo, o “Importômetro”, sistema que estima, em tempo real, quantos dólares o País gasta com a importação de produtos têxteis e quantos empregos deixam de ser criados no mercado doméstico por conta da importação. O objetivo da entidade é chamar a atenção do governo para o dano causado à indústria nacional pela invasão de importados.
Entre os oito maiores exportadores para o Brasil no setor, seis são asiáticos: China (1º), Índia (2º), Indonésia (3º), Taiwan (6º), Coreia do Sul (7º) e Bangladesh (8º). Estados Unidos, em quarto lugar, e Argentina, em quinto, completam a lista. “Com o ”Importômetro”, vamos levar para o governo o problema das importações”, afirmou o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho. “O volume de importações aumentou 17 vezes desde 2003.”
Campanha
O sistema faz parte de uma campanha lançada também hoje pela associação para reunir 1 milhão de assinaturas em apoio a um projeto que busca mudar o regime de tributação da indústria nacional do setor. Com o lançamento do programa de política industrial Brasil Maior, no ano passado, os produtores de calçados, confecções, móveis de madeira e empresas que prestam serviços de tecnologia de informação e software ganharam o direito de ter zerada a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos, substituída por uma alíquota de 1,5% (2,5% para software) sobre o faturamento bruto.
A Abit, no entanto, reivindica a redução da alíquota de 1,5% para 0,8%. O diretor-superintendente da entidade, Fernando Valente Pimentel, diz que, com a alíquota de 1,5%, 30% das empresas de confecção sairiam perdendo com o Brasil Maior e para 12% a carga tributária permaneceria a mesma.
O “Importômetro” foi inspirado no “Impostômetro”, sistema da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que mede o tamanho da carga tributária brasileira. O mecanismo da Abit já vem medindo as importações desde 1º de janeiro. Às 14h46 de hoje, por exemplo, ele indicava US$ 305,786 milhões em produtos importados que entraram no País e o total de empregos que o País poderia ter gerado: 33.117 vagas, segundo os cálculos da associação.
O Estado De São Paulo






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