Exportações de açúcar crescem 51,16% no MS em 2011
Em 2011, o produto ocupou o segundo lugar no ranking estadual em relação ao faturamento
Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior - SECEX - mostram que o açúcar se consolidou como um dos principais produtos exportados pelo Mato Grosso do Sul. Em 2011, o produto ocupou o segundo lugar no ranking estadual em relação ao faturamento, atrás somente da soja (US$ 695,525 mi). MS exportou em 2011, 1,242 bi toneladas de açúcar, o que representa 51,16% a mais na quantidade comercializada para outros países em relação a 2010 (821,642 mi toneladas).
O faturamento do estado com as vendas de açúcar alcançou no ano passado, US$ 650,711 milhões, o que equivale a 16,62% do total exportado, superando a participação de produtos como a carne bovina e a pasta de madeira. “O forte acréscimo da produçãode açúcar no MS se deve principalmente à instalação de sete novas indústrias durante o ano de 2009.", explicou Roberto Hollanda Filho, presidente da Biosul – Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul.
Conforme os dados apresentado pela Secex, o faturamento total do Estado com as exportações, em 2011, foi de US$ 3, 916 bilhões. Em 2010, o total somou US$ 2,962 bi, o que representa um aumento de 33,26% dos valores comercializados. No ranking estadual, o açúcar em 2010 era o quarto produto mais vendido.
O presidente da Biosul conclui ainda que o Estado foi beneficiado de duas formas. Uma pelo aumento da produção de açúcar e também pela valorização do produto. “Quando analisamos os dados de faturamento de 2010, em relação a 2011, verificamos um aumento de 96%”, apontou. Em 2010, o valor das exportações do açúcar chegou a US$ 331,06 milhões, enquanto que em 2011, esse número foi de US$ 650,71 mi.
Quando comparado o total exportado pelo Brasil, o açúcar permanece no mesmo patamar de 20 milhões de toneladas vendidas. “Contudo, os preços de mercado mais favoráveis em 2011 permitiram um crescimento no faturamento para US$ 11,5 bilhões, contra US$ 9,3 bilhões obtidos em 2010”, apontou Hollanda. O açúcar mantém a posição de quarto principal produto nas exportações brasileiras.
Obama faz discurso contra concorrência chinesa no comércio exterior
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu ontem (24) a adoção de mais medidas para proteger o país do que chamou de concorrência desleal no comércio exterior. As medidas visam principalmente a reagir ao crescimento chinês no comércio internacional. Segundo ele, não haverá tolerância para os que descumprirem as regras internacionais. "Não serei tolerante quando os nossos concorrentes não cumprirem as regras", disse ele.
A iniciativa de Obama ocorre um dia depois de a Casa Branca anunciar que no próximo dia 15 o vice-presidente chinês Xi Jinping – apontando como o sucessor do atual presidente da China, Hu Jintao – visitará o país.
Em seguida, Obama acrescentou que “não é certo quando outro país permite que sejam pirateados filmes, músicas e software e não é justo quando os fabricantes estrangeiros têm vantagem” sobre os produtos norte-americanos “só porque recebem grandes subsídios".
O presidente norte-americano disse ainda que vai aumentar o número de inspeções para impedir a entrada de bens falsificados e prejudiciais à saúde. Obama ressaltou também que durante seu governo apresentou queixas sobre assuntos comerciais contra a China.
"Esse Congresso deve garantir que nenhuma empresa estrangeira tenha vantagem sobre os fabricantes norte-americanos quando se trata de obter financiamentos a novos mercados, como a Rússia", apelou ele, ao lembrar que o governo norte-americano suspeita que a China mantenha a cotação do yuan (moeda chinesa) em um nível artificialmente baixo, beneficiando exportações chinesas.
Obama anunciou ainda a intenção de reforçar a exploração offshore de gás e petróleo, assim como as energias verdes e ampliar as investigações a práticas financeiras fraudulentas que levaram à crise.
Ele destacou também a importância da Educação, desenvolvimento tecnológico e emprego qualificado, segurança energética, condições para o sucesso futuro dos Estados Unidos.
Em relação à política internacional, Obama disse que a "América está de volta" e rejeitou o "declínio" de influência. Nos próximos dias, ele fará um percorrerá o país para promover os pilares do seu discurso do Estado da União, passando pelas regiões de Iowa e Arizona, além de Las Vegas, Denver e Ann Arbor.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante
Sete empresas brasileiras buscam negócios na feira do Sudão
Começa nesta quarta-feira (25), no Sudão, a 29ª edição da Feira Internacional de Cartum. Até o dia 1º de fevereiro, empresas brasileiras de alimentos, máquinas agrícolas, borrachas e até de construção de armazéns vão expor no evento multissetorial, que apresenta oportunidades de negócios no país africano. O estande do Brasil é organizado pelo Itamaraty e pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Os participantes terão também reuniões com empresários locais.
Baldan Implementos Agrícolas, KeplerWeber Industrial, Indústrias de Borrachas N.S.O., Brazilian Sudanese Agribusiness, Diplomata S/A, Irriger e BR Foods (BRF) são as empresas brasileiras expositoras. Dessas, três participam pela primeira vez, o que é positivo na avaliação do CEO da Câmara Árabe, Michel Alaby. “Isto significa que estão apostando no mercado local, que oferece muitas oportunidades. Além da própria feira, haverá uma agenda paralela. Os empresários irão visitar as três maiores empresas do Sudão e ter reuniões no país, com o apoio da embaixada brasileira lá”, diz Alaby.
O embaixador do Sudão em Brasília, Abd Elghani Elnaim Awad Elkarim, afirma que a feira é uma oportunidade para as empresas que querem entrar em um mercado em pleno desenvolvimento. “O Brasil é um parceiro importante no Sudão por causa da excelente experiência brasileira, especialmente na área da agricultura e da segurança alimentar”, diz.
Ele afirma que uma empresa que pretende entrar em qualquer área do mercado sudanês precisa investir, acima de tudo, em qualidade. “O preço também precisa ser competitivo para todas as empresas. Também valorizamos os bons padrões que as companhias brasileiras se preocupam em obter.” O diplomata diz que os setores em que o país mais precisa de investimentos são agropecuária, máquinas, papel, madeira e calçados.
Elkarim acrescenta que o Sudão precisa de empresas que invistam lá. Isso ajudaria o país a se desenvolver. Ele afirma que as empresas de petróleo e de minério de ferro brasileiras poderiam obter sucesso se investissem nas áreas de extração.
Vice-presidente de Mercado Externo da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, Antonio Augusto De Toni afirma que a empresa ainda não está no mercado sudanês, mas quer entrar nele. Para isso, irá participar da feira, apresentar a linha de produtos e seus representantes no evento irão se reunir com potenciais parceiros e clientes. Ele observa, contudo, que algumas medidas protecionistas e a pequena indústria local impedem o acesso de um “produto de qualidade e baixo custo” que o Brasil poderia suprir. “Buscamos parceiros para distribuir os nossos produtos no Sudão e, assim outras oportunidades de investimentos que forem viáveis no país, gerando empregos e renda”, afirma.
Gerente de Exportação e Novos Mercados da KeplerWeber, empresa que desenvolve sistemas de armazenamento e movimentação de grãos, Antônio Carlos Campos afirma que a companhia irá buscar um parceiro comercial no Sudão. “Buscamos expandir nossas atividades no continente africano, objetivando a divulgação da companhia e a prospecção de parcerias comerciais, uma empresa que represente a Kepler no Sudão”, diz. Ele acredita que a separação entre Sudão e Sudão do Sul será melhor para fazer negócios, porque os dois países têm características diferentes e a empresa já tem representantes no vizinho do sul. “Podemos buscar uma alternativa mais regionalizada para o Sudão em termos de atuação comercial.”
As exportações brasileiras para o Sudão somaram US$ 97,2 milhões em 2011, 3,22% a menos do que em 2010, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O principal produto exportado foi o açúcar, com US$ 54 milhões, seguido de trigo, máquinas agrícolas, carne de frango e aparelhos para pulverização. Juntos esses produtos atingem 82,5% do que o Brasil enviou para o Sudão. Já as importações somaram US$ 63 mil. O Brasil comprou, principalmente, plantas (US$ 44 mil) e resinas (US$ 10 mil).
Ministros da Agricultura da Rússia e do Brasil se encontraram em Berlim
A Feira Internacional de Agricultura, a chamada Semana Verde, abriu em Berlim. A inauguração oficial da feira ocorreu em 20 de dezembro. Elena Skrynnik, ministra da Agricultura da Rússia, apresentou na exposição o lado russo. No âmbito da Semana Verde ela teve encontros com os seus homólogos de vários países, entre os quais o ministro da Agricultura e Comércio Exterior do Reino dos Países Baixos Henk Bleker, a ministra da Agricultura da Alemanha Ilse Aigner e o ministro da Agricultura do Brasil Mendes Ribeiro Filho.
No âmbito do encontro com o ministro da Agricultura do Brasil foi discutido um vasto leque de questões, incluindo as direções gerais de cooperação da Rússia e do Brasil na esfera do complexo agroindustrial, as perspetivas da exportação de trigo russo para o Brasil, a interação na esfera de controle veterinário e fitossanitário.
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