UE deve suspender sanções contra portos líbios na sexta-feira
As sanções da União Europeia contra seis portos líbios, quatro empresas de petróleo e mais de uma dúzia de outras entidades devem ser suspensas em breve, possivelmente nesta sexta-feira (3), disseram diplomatas da UE.
Os 27 governos da União Europeia chegaram a um acordo preliminar nesta quarta-feira (31) para amenizar as restrições do bloco contra uma lista de 28 entidades, disseram as fontes, em uma medida que poderá ajudar o conselho interino da Líbia a retomar as atividades econômicas.
O acordo final deve ser alcançado na quinta-feira (1), disseram diplomatas.
"A decisão deve entrar em vigor na quarta-feira", disse um diplomata, sob condição de anonimato.
Outra fonte disse que o conselho interino da Líbia solicitou a suspensão das sanções contra portos, empresas petrolíferas e até outras 19 instituições.
Portal Naval
Federação sul mato-grossense assina acordo para uso de porto chileno
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), Sérgio Longen, o superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/MS), Bergson Amarilla, e o subgerente de negócios da empresa portuária da província chilena de Iquique, Hector Marcondes Rojas, assinaram, na última segunda-feira (29/8), um termo de cooperação.
O acordo prevê o envio de dois indicados, empresários ou técnicos, a cada ano para Iquique, onde participarão de um treinamento para conhecer melhor os processos alfandegários e a operação do porto.
Após a assinatura do termo, os empresários locais e chilenos participaram do seminário Aproximando o Brasil da Ásia por meio do Chile. “Esse encontro empresarial foi importante para esclarecer as dúvidas sobre a exportação e importação de produtos por meio do Porto de Iquique. Representou um avanço nas relações de Mato Grosso do Sul com o programa de fomento a exportações chilenas ProChile (Dirección de Promoción de Exportaciones), que nos possibilitará enviar os técnicos e empresários para conhecerem a capacidade de exportação e importação para a Ásia via Iquique”, disse Amarilla.
DISTÂNCIA - Ele destacou ainda que os esclarecimentos sobre a saída para a Ásia, via Iquique, são fundamentais. “Essa rota pode ser um diferencial para as empresas do estado. Já que, via Iquique, conseguimos reduzir o tempo e encontramos um porto bem eficiente em operações logísticas”, disse, referindo-se o encurtamento de até 7 mil quilômetros da distância até o mercado asiático.
Hector Rojas lembrou que ainda faltam quase 80 quilômetros de pavimentação na estrada que vai viabilizar a chegada dos produtos até o porto de Iquique. “Faltam 32 quilômetros de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, até Corumbá, em Mato Grosso do Sul, e outros 50 quilômetros de Oruro, na Bolívia, até Iquique, no Chile”, disse, prevendo que os dois trechos devem ser concluídos até novembro de 2012.
Durante o seminário, o diretor-regional do ProChile, Ricardo Bonacic Leal, destacou alguns dos principais atrativos da utilização do porto de Iquique. “Temos 20 acordos comerciais com 56 países e acesso preferencial a um mercado com mais de 4,1 bilhões de habitantes, entre outros”, pontuou, completando que todos os segmentos do setor industrial do estado poderiam ser beneficiados com o uso dos portos chilenos.
Agência CNI
Terminais de contêineres vão investir R$ 1,6 bi em ampliações
Os terminais de contêineres privatizados no fim dos anos 90 preparam-se para um novo ciclo de crescimento. Quatro deles, situados no Rio, Salvador e Paranaguá, têm programados investimentos totais de R$ 1,6 bilhão em expansões nos próximos anos. Os recursos permitirão aumentar a capacidade de movimentação de carga. Com obras e novos equipamentos, os terminais vão se adequar para receber as últimas gerações de navios, de 7 mil e até 9 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés).Os navios de 7 mil TEUs podem ter mais de 300 metros de comprimento e mais de 40 metros de largura. No fim da década de 90, quando os terminais de contêineres foram repassados ao setor privado em concessão, o padrão era outro: os navios de contêineres tinham cerca de 180 metros de comprimento e capacidade de cerca de 2 mil TEUs. Os ganhos de escala na indústria marítima levaram os terminais a abrir um longo processo de negociação com as autoridades portuárias e com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para adequar os contratos de concessão à nova realidade.
Hoje, para atracar dois navios modernos de forma simultânea, um terminal precisa ter dois berços com cerca de 400 metros de comprimento cada um. No Rio, a expansão vai fazer com que surja o maior cais contínuo para contêineres da América do Sul, diz o empresário Richard Klien, do grupo Multiterminais. Atualmente, o grupo de Klien mais a Libra Terminais têm, no porto do Rio, cais com 1.258 metros, extensão que aumentará 60%, chegando a 1.960 metros. No total, a Multi vai investir R$ 492 milhões em seu projeto de expansão, com recursos próprios e financiamento na modalidade "project finance", afirmou Klien.
Luiz Henrique Carneiro, presidente da MultiRio e MultiCar, empresas do grupo que movimentam contêineres e carros, respectivamente, previu que o projeto de expansão da Multi no porto do Rio deve estar pronto no segundo semestre de 2014. Carneiro disse que a expansão vai gerar ociosidade nos terminais, o que é positivo porque tende a acabar com as filas de espera de navios. O resultado, segundo ele, será o aumento da competitividade, que pode levar à redução de preços. "É a lei da oferta e da procura", afirmou.
Juntos, os terminais da Multi e da Libra têm capacidade para movimentar cerca de 1,2 milhão de TEUs por ano no Rio, número que vai aumentar cerca de 66% chegando a 2 milhões de TEUs por ano. Wagner Biasoli, presidente da Libra Terminais, também falou do projeto: "Estamos bem aparelhados para fazer a expansão porque o Rio vai precisar." No total, se prevê que a Libra vai investir R$ 763 milhões na expansão das operações da empresa no Rio. Desse total, R$ 423,2 milhões serão aplicados nas obras em diferentes etapas. Há ainda cálculo de que a empresa pode aplicar R$ 340 milhões em equipamentos e instalações, mas Biasoli disse que essa é uma "estimativa".
O executivo reconheceu que o aquecimento do mercado da construção civil representa aumento de custos acima da inflação para as obras de expansão do terminal e disse que, no caso do projeto da Libra, será importante utilizar a areia dragada de um canal que desemboca na Baía de Guanabara. Os dois projetos ainda aguardam a obtenção de licenças ambientais. O projeto da Libra tem fases que serão executadas a curto prazo, caso da ampliação do cais, mas há outras, como a expansão da retroárea do terminal em 54 mil metros quadrados, que está prevista para o médio prazo e vai depender da demanda, disse Biasoli.
No Paraná, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) tem projeto de expansão de R$ 170 milhões que vai permitir ao terminal atingir capacidade de 1,5 milhão de TEUs por ano a partir do primeiro trimestre de 2013, disse Luiz Antonio Alves, diretor financeiro do TCP. Em 2010, o terminal movimentou 700 mil TEUs.
Em Salvador, a Wilson, Sons vai investir R$ 180 milhões para duplicar a capacidade do terminal da empresa. O Tecon Salvador, da Wilson, Sons, tem capacidade de movimentar 250 mil TEUs, segundo dados de 2010. E poderá movimentar 112% a mais, ou 530 mil TEUs por ano, a partir de março, disse Demir Lourenço Júnior, diretor-executivo do terminal.
Do total a ser investido no projeto, R$ 160 milhões serão aplicados no próprio terminal e R$ 20 milhões em depósito para contêineres vazios, com capacidade para 8 mil TEUs, situado a 17 quilômetros do porto de Salvador. Lourenço disse que a expansão do terminal inclui reforço estrutural do cais, dragagem e pavimentação de 45 mil metros quadrados do pátio atual, além da aquisição de equipamentos.
O terminal passará a ter um cais com 377 metros de comprimento e 15 metros de calado e outro com 240 metros e 12 de calado. A área total do terminal vai aumentar cerca de 60%. Lourenço disse que a expansão está sendo acompanhada de um trabalho comercial para fazer o terminal recuperar cargas, como as frutas produzidas no vale do rio São Francisco, exportadas por outros portos do Nordeste.
Valor Econômico
China quer construir ferrovia de R$ 10 bi de Cuiabá a Santarém
Chega neste sábado a Cuiabá, capital de Mato Grosso, uma comitiva de engenheiros, geólogos e economistas da companhia estatal China National Machinery Corporation (CMC). Eles querem levantar informações em campo para, após esse reconhecimento, instalar uma nova ferrovia entre Cuiabá (MT) a Santarém (PA). A obra, uma continuação da Ferronorte, tem valor estimado em R$ 10 bilhões.
Uma intenção do grupo chinês é construir a linha férrea para tornar mais ágil e eficiente o escoamento da soja - entre outros produtos - de cidades como Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, no norte do Mato Grosso. Hoje esse trajeto é feito pela rodovia BR-163, que passa pelas mesmas cidades.
De Santarém, a produção parte de navio direto para a China, explica o secretário-extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes de Mato Grosso, Francisco Vuolo.
Outra intenção dos chineses seria também usar a ferrovia como um canal de acesso mais barato para trazer importados aos mercados do Centro-Sul do país. Compõem a comitiva chinesa também funcionários da agência de promoção de exportações e investimentos do país, a Asian Trade & Investments (ATI).
Linha de 2 mil quilômetros
De acordo com Vuolo, a obra terá uma extensão de quase 2 mil quilômetros, o que, pelo custo médio das últimas ferrovias feitas no Brasil, poderia ter um orçamento estimado em até R$ 10 bilhões. Mas o valor vai variar muito conforme o estudo do relevo, que será feito pelos chineses durante a viagem – a construção de pontes ou túneis encarece muito a obra.
Esse trecho da Ferronorte, entre outros, era concedido à América Latina Logística (ALL) até o ano passado, mas a concessão foi devolvida ao governo federal por falta de interesse da companhia. Por isso, já existem estudos preliminares para a instalação do empreendimento.
Segundo Vuolo, os chineses da CMC poderão vir a construir esse ramal da Ferronorte em forma de Parceria Público-Privada (PPP) ou algum outro modelo de concessão. A estatal, que já assinou protocolo de intenções para fazer a obra, possui mais de 90 mil quilômetros de ferrovias já instalados na China e em outros países, diz Vuolo.
Vuolo explica que, inicialmente, os chineses tendem a construir a ferrovia nas proximidades da BR-163, porque a construção nesses arredores – a chamada “faixa de domínio” – ofereceria maior facilidade para conseguir licenças ambientais.
Governo deve ser chamado a dar apoio
A expedição foi acertada pelo governador do Estado, Silval Barbosa, em viagem à China no início deste ano. Até cem pessoas – entre elas 14 chineses – vão sair de Cuiabá no sábado para uma viagem de três dias. Entre os passageiros, estarão também profissionais da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O projeto da ferrovia não está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e, a princípio, poderia ser um projeto 100% privado. No entanto, espera-se que os chineses queiram apoio financeiro do governo brasileiro para instalar a ferrovia, como ocorre no caso da fábrica da Foxconn, no Estado de São Paulo.
Futuramente, o governo do Estado de Mato Grosso espera que a ferrovia criada pelos chineses também possa se conectar à Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) em Sorriso (MT) e que o ramal da Ferronorte ainda concedido, que vai de Rondonópolis (MT) a Cuiabá, seja concluído. Essas duas linhas se conectam à ferrovia Norte-Sul, que corta o País e, em breve, chegará aos portos mais relevantes do Brasil.
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